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PATOLOGIA DA PELE

ASPECTOS GERAIS:
1- Epiderme
2- Junção Dermo
Epidermica
3- Derme
4- Hipoderme
5- Filme Hidrolipídico
6- Corneocitos
7- Queratinócitos
8- Inervação
9- Melanócito
10- Células de
Langerhans
11- Células de Merkel
12- Sistema Linfático
13- Vascularização
14- Sistema Pilo sebáceo
15- Glândulas Sebáceas
16- Colagénio
17- Elastina
18- Fibroblastos
19- Substância
Fundamental
CAMADAS

EPIDERME- origem ectodérmica (epitélio)

DERME – origem mesodérmica (t. conjuntivo)

Transição – Tecido subcutâneo ou hipoderme

Tipos - Pele fina e Pele grossa


FUNÇÕES

 Barreira física entre o ambiente interno e externo

 Estímulos sensitivos e termorregulação

 Secreções

 Proteção contra os raios ultravioleta

 Produção de vitamina D3 (homeostasia do cálcio)

 Mobilidade externa e locomoção


CAMADAS DA PELE
RESPOSTAS DA PELE A LESÃO
- Diversidade de estruturas e causas.
- Classificações com denominações das mais variadas de
acordo com o tipo e o local da agressão
- Mais variados prefixos e sufixos.
- Exemplos:
- Derme
- Epiderme
- Hipoderme
- Epidermite, Paniculite, foliculite
- Dermatite
- Dermatose
• Diagnósticos dependentes de diversos fatores endógenos
e exógenos.
• Padrões de lesões facilitam o diagnóstico
(histopatológicos)
RESPOSTAS DA EPIDERME A AGRESSÃO

 Ceratinócitos basais:
• Menos diferenciados e em constante proliferação
• Migram para porções superiores e originam as outras
camadas.
• Em condições normais – equilíbrio entre a proliferação e
a descamação para a manutenção da espessura e da
morfologia normal.

 A regulação do crescimento e diferenciação dos


ceratinócitos depende:
• das citocinas produzidas pelos próprios ceratinócitos,
fibroblastos, células endoteliais, leucócitos .
• Fatores nutricionais- proteínas, zinco, vit.A e B
• Hormônios como o cortisol
RESPOSTAS DA EPIDERME A AGRESSÃO

 Situações de interferência nesses fatores podem levar a


perda do equilíbrio entre o crescimento e a diferenciação
dos ceratinócitos e, portanto, da epiderme, sinalizando
uma série de processos patológicos.
 Muitas desses processos são caracterizados por lesões
básicas da pele, importantes para determinar as suas
causas e natureza.

 A seguir, são indicados vários tipos de lesões epidérmicas


básicas em dermatopatologia.
1)DISTÚRBIOS DE CERATINIZAÇÃO- HIPERCERATOSES
Aumento da espessura do estrato córneo
• Geralmente secundárias a processos
inflamatórios, traumas, distúrbios
metabólicos e ou nutricionais (resposta
a estímulos crônicos).
• Alteração no equilíbrio entre a
maturação e a descamação dos
ceratinócitos
• Ortoceratótica ( células superficiais
anucleadas) e paraceratótica (células
superficiais ainda nucleadas).
• Paraceratose -Dermatose responsiva
ao zinco e síndrome hepatocutânea
• Ortoceratose – distúrbio primário do
Cocker spaniel e deficiência de
vitamina A.
HIPERCERATOSES
HIPERCERATOSES

Hiperceratose
ortoceratótica com
atrofia epidérmica
em lupus.

Paraceratótica

Hiperceratose ortoceratótica com acantose


2)HIPERPLASIA EPIDÉRMICA – ACANTOSE
distúrbio de crescimento e diferenciação da epiderme .
- Geralmente associada ao
aumento de proliferação
dos ceratinócitos,
principalmente da camada
espinhosa.

- Associada a vários
estímulos crônicos

- Tipos: regular, irregular,


papiliforme e
pseudocarcinomatosa.

- Exemplos – lesão actínica


crônica por radiação solar a
longo prazo; dermatites
psoriformes, papilomas,
calos de apoio, etc.
2)HIPERPLASIA EPIDÉRMICA – ACANTOSE
3) Edema intercelular da epiderme - ESPONGIOSE
- Acúmulo de líquido entre os
ceratinócitos com
espaçamento evidente entre
as células.
- Pontes celulares mais
evidentes entre os
ceratinócitos.
- Espongiose é comum em
processos inflamatórios
associados a infecções por
bactérias, vírus, além de
processos autoimunes como
o lúpus.
- Casos graves- formação de
vesículas espongióticas.
Degeneração balonosa
(camada espinhosa) e
degeneração hidrópica na
camada basal.
4) VESÍCULAS
- Cavidades repletas de
fluido no interior ou abaixo
da epiderme.
- Rompem com facilidade
- Associadas a processos
virais, auto-imunes e
físicos (traumas,
queimaduras)
4) VESÍCULAS
- Até 1cm de Ø: VESÍCULA
- Mais de 1cm de Ø: BOLHA
- Desenvolvem-se devido a
acantólise, espongiose e
edema dérmico.
5) Processos inflamatórios da epiderme - EPIDERMITES
• Na verdade, a inflamação aguda inicia na derme.
• Hiperemia, espongiose, migração leucocitária (Neutrófilos,
principalmente).
• Exocitose acompanhada de espongiose
• Progressão para pústula e, depois, crosta.
• Tipos de leucócitos e causa do processo – eosinófilos e
ectoparasitas; linfócitos e plasmócitos e doenças
imunomediadas.
• Eritrócitos associados a traumas e vasculites.
5.1) PÚSTULAS
- Cavidades repletas de
exsudato inflamatório
purulento no interior da
epiderme (microabcessos).
- Infecções bacterianas
superficiais – cocos,
neutrófilos em porções
subcórneas
- Associadas a ectoparasitas,
pênfigo e placa – pode
haver predomínio de
eosinófilos
5.1) PÚSTULAS

Seta preta – pústula


Seta vermelha – colarete epidérmico
5.2) CROSTAS

- Compostas por exsudato


ressecado contendo restos
celulares (debris) de
ceratiócitos, hemácias,
leucócitos, etc.
- Ficam na superfície da
epiderme em áreas de
lesão.
- Auxiliar no diagnóstico,
podem conter o agente
(hifas de fungos, bactérias,
células acantolíticas)
5.2) PÁPULAS
- Formação sólida
circunscrita até 1cm Ø.
- Epidérmica – acantose,
edema
- Dérmica – processo
inflamatório e edema.
- Folicular – devido a
infecção.
- Interfolicular –processo
alérgico ou infeccioso.
EROSÃO
• Perda superficial da epiderme com
manutenção da membrana basal.
• Proveniente da ruptura de vesículas
e pústulas.
• Área em depressão e com
hiperemia.
• Reepitelização mais fácil.
ULCERAÇÃO
• Perda epidérmica com membrana
basal e acometimento dérmico.
• Evolução da erosão.
• Área em depressão e com
hiperemia e exsudato.
• Reepitelização ou cicatrização.

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