Você está na página 1de 99

PATOLOGIA DO

SISTEMA
TEGUMENTAR
Universidade Federal do Vale do São Francisco - UNIVASF
Docente: Dra. Ana Catarina Luscher Albinati
Disciplina: Patologia Especial
Grupos: 02, 05, 10 e 17
Funções da pele

Flexibilidade,
Invólucro Proteção Termorregulação
elasticidade e
rigidez

Ação Indicador de
Imunorregulação Fotoproteção
antimicrobiana saúde
Estrutura da pele

Fonte: https://afh.bio.br/sistemas/tegumentar/1.php
Epiderme
 Porção mais externa da pele;
 Apresenta epitélio escamoso estratificado;
 Comporta queratinócitos e melanócitos;
 Comporta células de Langerhans e células de Merkel;
 Pode ser dividida em 5 camadas:

Interna Externa

 Camada basal
 Camada espinhosa
 Camada granular
 Camada clara (lúcida)
 Camada córnea
Epiderme

Fonte:https://extratosdaterra.com.br/blog/estrutura-e-funcao-da-pele-explicacao-tecnica/
Fonte:https://www.auladeanatomia.com/novosite/pt/sistemas/sistema-tegumentar/
Derme
 Composta por fibras, substância básica amorfa e células;

 Contém os anexos epidérmicos, músculo eretor do pelo, vasos sanguíneos, vasos


linfáticos e nervos;

 Representa a maior parte da força tênsil e da elasticidade da pele;

 Camada envolvida na remodelação, manutenção e reparo da pele;

 Modulando a estrutura e a função da epiderme.


Derme

Fonte:https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/85/85131/tde-01062011-153618/publico/2011YoshitoCultivo.pdf
Folículos Pilosos
 Em geral, estão posicionados em um ângulo de 30 a 60º;
 Possui 5 componentes principais:

 Papila dérmica folicular;


 Matriz folicular;
 Haste pilosa;
 Bainha interna da raiz folicular;
 Bainha externa da raiz ao pelo.

 Nos mamíferos, é encontrado 2 tipos de folículos com funções táteis:


 Folículos sinusais;
 Folículos tilótricos.
Glândulas Sebáceas
 São holócrinas, alveolares e ramificadas;
 presente em toda a pele hirsuta;
 São maiores e mais numerosas nas junções:
 Mucocutâneas;
 Regiões interdigitais;
 Dorsal da cauda;
 Mentoniana;
 Cervicodorsal;
 Lombossacra.
 Os produtos sebáceos confere maciez, brilho, hidratação e elasticidade à pele;
 Possui atividade antimicrobiana;
 A secreção sebácea sofre influencia hormonal.
Glândulas Sudoríparas
 São localizadas abaixo das glândulas sebáceas;

 O epitélio excretor é composto de monocamada de células planas a colunares


envoltas por monocamada de células fusiformes mioepiteliais;

 Glândulas sudoríparas epitriquiais: feromônio e antimicrobiano, se distribuem por toda


pele com pelos;

 Glândulas sudoríparas atriquiais: presentes apenas nos coxins podais.


Lesões primárias da pele
 São essenciais para identificar origem, natureza e etiologia da lesão

Mácula:

 Área lisa;
 Circunscrita na derme;
 Apresenta alteração de cor.

Causas:
 Aumento ou diminuição de melanina;
 Eritema;
 Hemorragia.

Exemplos:
 Hemorragia;
 Lentigo;
 Vitiligo. Fonte: https://www.gratispng.com/png-dwgwah/
Lesões primárias da pele
Pápula

Fonte:https://www.scielo.br/j/abmvz/a/qKZsDV7GkQZXK3cgWmRttnR/?lang=pt
Área elevada;
Firme;
Circunscrita com menos de 1 cm de
diâmetro.

Exemplos:
Picada de inseto;
Papiloma;
Foliculite superficial.
Lesões primárias da pele

de-cachorro-o-que-pode-ser-22741.html
Fonte:https://www.peritoanimal.com.br/caroco-no-pescoco-
Nódulo

 Lesão elevada;
 Firme;
 Circunscrita, ≥ 1 cm de diâmetro;
 Se estende da epiderme até hipoderme;

Fonte: dermatologiadepeuqenosanimaissegundaedição
 Pode ser alopécico e/ou ulcerado.

Exemplos:
 Infecção bacteriana ou fúngica;
 Granuloma infeccioso ou estéril.
Lesões primárias da pele

Fonte: dermatologiadepeuqenosanimaissegundaedição
Tumor

 Lesão sólida;

 Circunscrita, saliente ou não, com mais de 3cm


de diâmetro;

 O termo tumor deve ser utilizado


preferencialmente para neoplasia;

 Tamanho variado.

Fonte:https://www.smile4pets.com.br/vetsservices/neoplasias-orais/
Lesões primárias da pele

de-um-c%C3%A3o-gm979994578-266270160
Fonte: https://www.istockphoto.com/br/foto/cisto-na-pata-
Cisto

 Cavidade delimitada pelo epitélio e preenchida


com líquido ou material semissólido;

 Localizada na derme ou no tecido subcutâneo.

Fonte: dermatologiadepeuqenosanimaissegundaedição
Exemplos:

 Cisto folicular;
 Cisto dermoide.
Lesões primárias da pele

Fonte: dermatologiadepeuqenosanimaissegundaedição
Vesícula e bolha

 Elevação circunscrita de até 1 cm de diâmetro;

 contendo líquido claro;

Fonte: dermatologiadepeuqenosanimaissegundaedição
 Quando for maior que 1cm: é chamada de
bolha.

Exemplos:
 Queimadura;
 Infecção viral.
Lesões primárias da pele

%20tecnico%2071%20dermatologia%20caes%20e%20gatos.pdf
Fonte:https://vet.ufmg.br/ARQUIVOS/FCK/file/editora/caderno
Pústula

 Elevação pequena, circunscrita na epiderme;

 Preenchida por pus.

Exemplos:

Fonte: dermatologiadepeuqenosanimaissegundaedição
 Infecção bacteriana;
 Pênfigo foliáceo (doença autoimune).

Abscesso: lesão flutuante demarcada, resultante do


acúmulo dérmico ou subcutâneo de pus.
Lesões secundárias da pele

Crosta

 Exsudato seco sobre a superfície da pele;

 Recobrindo feridas.

Exemplo:
 Estágio crônico da doença pustular;
 Infecção estafilocóccica;
 Pênfigo foliáceo.
Fonte: http://bestofweb.com.br/post/gatinho-e-encontrado-com-sarna-crostas-pelo-
rosto-e-incapaz-de-enxergar-mas-ao-ser-resgatado-o-deixam-irreconhecivel/
Lesões secundárias da pele

Fonte: dermatologiadepeuqenosanimaissegundaedição
Descamação

 Acúmulos de fragmentos de queratinócitos soltos;

 Pele escamosa, irregular, grossa ou fina, seca ou


gordurosa.

Exemplos:
 Adenite sebácea;
 Ictiose.
Fonte:https://omeuanimal.com/dermatite-seborreica-em-caes-causas-e-tratamento/
Lesões secundárias da pele
Hiperqueratose

 Espessamento da epiderme devido ao


acúmulo de queratina no extrato córneo;

Classificação:
Fonte:https://www.petlove.com.br/dicas/ hiperqueratose-calos-no-cotovelo-dos-caes

 Ortoqueratótica: sem núcleos;


 Paraqueratótica: com núcleos.

Característica morfológica:
 Lamelar;
 Compacta;
 Cesta de balaio.

Fonte: https://pt.animalthai.com/id-what-is-paw-pad-hyperkeratosis-and-how-to-heal-it
Lesões secundárias da pele
Hiperpigmentação

 Hipermelanose;
 Pode ser focal ou extensa;
 Geralmente, é acompanhada com outras lesões.

Exemplos: Fonte:http://www.fmv.ulisboa.pt/atlas/pele/paginas_pt/pele_003.htm

 Doenças inflamatórias crônicas;


 Hipotiroidismo canino;
 Hiperadrenocorticismo.

Fonte:https://bichinhoamigo.com.br/dermatite-atopica-em-cachorros/
Lesões secundárias da pele
Hipopigmentação

 Diminuição da pigmentação da pele;


 Ocorre por diminuição ou perda na produção
de melanina.
Fonte:https://dermatopet.com.br/alteracoes-na-cor-da-pele-e-pelagem-dos-animais/

Exemplos:
 Destruição dos melanócitos (leucodermia).

Fonte:https://www.peritoanimal.com.br/vitiligo-em-caes-tratamento-causas-e-sintomas-22953.html
Lesões secundárias da pele

Fonte: dermatologiadepeuqenosanimaissegundaedição
Colarete epidérmico

 Descamação epidermal em forma de anel;


 Pode estar associado a necrose epidermal;
 Pode estar associado a pústulas, vesículas ou
bolhas rompidas.

Exemplos:
 Infecção bacteriana;
 Infecção fúngica superficial;
 Picada de inseto.

Fonte:https://m.facebook.com/angela.dermatologiaveterinaria/photos/
Lesões secundárias da pele
Erosão

 Uma escavação da pele limitada à epiderme e

Fonte: dermatologiadepeuqenosanimaissegundaedição
que não ultrapassa a junção derme-epiderme;
 Aspecto: deprimida, úmida e brilhante.

Exemplos:
 Secundário a ruptura de vesícula ou pústula;
 Secundário a traumatismo superficial.
Erosão em calo de apoio de cão alergopata
Lesões secundárias da pele

Fonte: dermatologiadepeuqenosanimaissegundaedição
Úlcera

 Defeito na pele que penetra a junção derme
epidérmica;
 Exposição da derme;
 Côncava;
 Evolução de uma erosão;
 Aspecto deprimido e hiperêmico.

Exemplos:
 Lesões isquêmicas que resultam de vasculite;
 Úlcera indolente;
 Infecção por Herpesvírus felino;
 Síndrome da dermatose ulcerativa felina.

Fonte: https://www.peritoanimal.com.br/ferida-em-gato-o-que-pode-ser-22803.html
Lesões secundárias da pele
Liquenificação

 Espessamento da epiderme + hiperpigmentação;


 Resposta um trauma crônico;
 Aspecto: pele ressecada e espessa;
 Excesso de pregas e fissuras.
Fonte:https://www.pubvet.com.br/uploads/c6f5fddc14b4720a85fd7cec85a4c15e.pdf

Exemplos:
 Processos Crônicos;
 Áreas de fricção;
 Malassezia sp.

Fonte:https://dermapet-com-br.webnode.com/estudo-de-caso-clinico-hiperplasia-epidermal-do-westie/
Lesões secundárias da pele
Alopecia

Fonte:https://amopets.com.br/alopecia-em-caes/
 Ausência de pelos em áreas pilosas.
 Distribuição:
 Focal;
 Regional;
 Simétrica;
 Difusa.

Exemplos:
 Genética;
 Distúrbio endócrino;
 Distúrbio metabólica;
 Parasitas.
Fonte: dermatologiadepeuqenosanimaissegundaedição
Etiologia das dermatopatias
 Agentes infecciosos

Bactérias
Protozoários Helmintos Vírus
Ex: Dermatophilus
Ex: Leishmania sp. Ex: Habronema sp Ex: Herpesvírus
congolensis

Artrópode Ácaros
Fungos
Ex: Dermatobia Ex: Sarcoptes
Ex: Microsporum sp
hominis scabiei
Etiologia das dermatopatias
 Agentes não-infecciosos

Alérgica Traumática Autoimune Endócrina


Ex: DAPP Ex: Dermatite Acral Ex: Pênfigo Ex: Hipotiroidismo

Radiação UV Nutrição
Congênita
Ex: Dermatite Ex: Deficiência
Ex: Ictiose
actínica de Zn
Traumática
Dermatite Acral por Lambedura

 É uma dermatite psicogênica


relativamente comum;
 Causada por lambedura ou mastigação
persistente;
 Macroscopicamente, as lesões não
apresentam pelos e, às vezes, ulceradas;
 Microscopicamente, há hiperceratose
compacta e acantose da epiderme e do
Dermatite acral por lambedura, pele, perna, cão.
epitélio folicular.
Alérgica
Atopia

 É uma doença imunomediada;


 Geneticamente determinada;
 Os pacientes se tornam sensíveis a antígenos ambientais, que são inalados, ingeridos ou
absorvidos percutaneamente, ocasionando uma exuberante resposta imunológica, com
produção de IgE e IgG.

Sintomas principais:
 Prurido intenso ( principalmente facial e inter-digital);
 Perda de pelame;
 Eritema cutâneo;
 Conjuntivite, otite e rinite podem estar associados;
 Piodermite superficial e seborreia secundária.
Alérgica
Atopia

Fonte:Conceição, L. G. & Fabris, V. E. 2000. Piodermite Canina: etiopatogênese, diagnóstico e terapia Fonte:Conceição, L. G. & Fabris, V. E. 2000. Piodermite Canina: etiopatogênese, diagnóstico e terapia
antimicrobiana sistêmica. Uma breve revisão. Revista Cães e Gatos, 86. antimicrobiana sistêmica. Uma breve revisão. Revista Cães e Gatos, 86.
Endócrina
Hipotireoidismo: ”cão” ■ Evolução da doença e da gravidade o
animal pode apresentar;
■ Sinais clínicos dermatológicos (60 – 80%) - Em quadros crônicos e/ou graves da
- doença,
Áreas deaalopecia,
alopeciasendo
tem caráter
que estasimétrico
se inicia
- Na maioria dos casos, o animal apresenta em regiões
devido de maior tensão (tórax ventral);
a endocrinopatia;
descamação pronunciada associada a
pelagem seca e sem brilho;  O animal pode apresentar outras
alterações dermatológicas, tais como:
- Em alguns casos, o pelame ainda pode-se - Hiperpigmentação;
apresentar com aspecto gorduroso
(seborreia oleosa), quebradiço, fino e com - Espinhas e hiperqueratose epidérmica;
tendência a embaraçar ;  O hipotireoidismo causa sensibilidade
para infecções por Malassezia e o
animal fica susceptível à quadros de
otites recorrentes.
 
Radiação UV
A dermatite actínia (DA)

 É uma dermatopatia ocasionada pela


exposição repetida ao sol que acomete
cães, principalmente de pelagem curta e
coloração clara;
 Fototoxicidade considerada rara em
pequenos animais, não apresenta
predileção por sexo e acomete cães e gatos
de diferentes raças;
 As lesões podem localizar-se em plano
nasal e áreas despigmentadas do corpo,
como flanco, área inguinal e axilar, região
do abdômen ventral e parte media de
membros pélvicos, mas pode ocorrer na
região dorsal do tronco e laterais dos Fonte:http://www.tecsa.com.br/assets/pdfs/DIAGNOSTICO%20SOROLOGICO%20DE
%20DOENCAS%20CAUSADORAS%20DE%20FALHAS%20REPRODUTIVAS-%20III.pdf

membros.
Radiação UV
A dermatite actínia (DA)

 As lesões iniciais – típicas lesões de queimadura


solar, eritema e escamação;
 A principal fator etiológico é a excessiva
exposição a luz UV, que vai provocar
consequências imunológicas locais e sistêmicas,
como alterações nas células de Langerhans e
lesões nos queratinócitos que passam a liberar
mediadores inflamatórios a pele;
 Áreas danificadas se tornam espessas e
marcadas com comedões, erosões, ulceras,
crostas e seis drenantes;
 Os sinais iniciais de danos actínicos são lesões
eritêmato-descamativas;
 Com a exposição repetida ao sol, foliculite
actínica, formação de cistos foliculares e fobrose Fonte:https://patasepets.blogspot.com/2012/03/dermatofitoses-fungos-dermatofitos.html
dérmica podem ocorrer, além de piodermite
bacteriana secundária.
Radiação UV
Fotossensibilização

■ A fotossensibilização é um fenômeno
biofísico resultante da reação de
determinados comprimentos de onda
da luz solar com agentes fotodinâmicos
específicos na pele;
■ Divide-se em primária, decorrente da
ingestão ou aplicação de substâncias
fotodinâmicas exógenas;
■ secundária ou hepatógena, resultante
da falha hepática em conjugar e
excretar a filoeritrina que é um potente
agente fotodinâmico; e congênita,
causada pela síntese de pigmentos
aberrantes, principalmente as Fonte:https://www.cvap.com.br/blog/dermafitose-em-caes/

porfirinas, que reagem com a luz solar.


Radiação UV
Fotossensibilização

 Processo patológico e síndrome resultante da


exposição de certos componente fotoativos
presente nos tecidos;
 Sensibilidade exagerada da pelo a luz solar;
 Induzida pela presença de um agente
fotodinâmico.

Agente Ingerido
Fotodinâmico: Injetado
Absorvido pela pele Fonte:https://www.cvap.com.br/blog/dermafitose-em-caes/
Nutricional
Deficiência de Zinco

■ Baixo crescimento (participação na  Despigmentação do pelo e perda de


proliferação celular e síntese de lã;
proteínas);
 Falha de crescimento de cascos e
■ Cicatrização retardada; chifres, com lesões, deformações;

■ Infertilidade (em machos ocorre falha na  Laminite e claudicações;


espermatogênese, em fêmeas falhas na  Diminuição da síntese de proteínas
ovulação e na sobrevivência embrionária); plasmáticas causando
hipoalbuminemia e hipoglobulinemia;
■ Hipogonadismo;
 Inflamação das articulações;
■ Crescimento retardado;
 Fotofobia;
■ Atraso na puberdade;
 Anorexia;
■ Diminuição da competência imunológica  Queda da produção de leite.
Congênita
Ictiose

 Condição que causa alterações na epiderme;


 Regiões com ressecamento e descamação;
 Pele com aspecto de escama de peixe;
 Presente ao nascimento ou logo depois;
 Não epidermolítica: é mais comum e associada a
defeitos em vários componentes da epiderme;
 Epidermolítica: é causada por um defeito na
síntese de queratina. Fonte:Authier, S., Paquette, D., Labrecque, O. & Messier, S. 2006. Comparison of susceptibility to
antimicrobials of bacterial isolates from companion animals in veterinary diagnostic laboratory in Canada
Congênita
Ictiose
 Distúrbio congênito grave da queratinização nas ra
ças Golden  Retriever,West Highland White Terrier,
Cavalier King Charles Spaniel, e outros;
 Lesões localizadas ou generalizadas; 

Macroscopia:
 Escamas grandes espessas aderem à epiderme e 
parecem descamar; 
 Epiderme subjacente  espessada, com sulcos 
acentuados e textura irregular (liquenificação);
Fonte:Authier, S., Paquette, D., Labrecque, O. & Messier, S. 2006. Comparison of susceptibility to
 Eritema e exsudação em geral presentes;  antimicrobials of bacterial isolates from companion animals in veterinary diagnostic laboratory in
Canada

 desenvolvem­-se fissuras, em especial com


infecção secundaria.
Congênita
Epiteliogênese imperfeita

 É caracterizada pela incompleta formação epitelial ( ou epitélio mucosal) decorrente de


falhas germinativas no ectoderma e mesoderma durante o período embrionário;

 A doença varia em gravidade e foi descrita na maior parte das espécies domesticas;

 Em algumas espécies resulta de mutações geneticamente herdadas, mas a


hereditariedade não foi comprovada.
Congênita
Epiteliogênese imperfeita

 O corre com mais frequência nas extremidades posteriores e na cavidade oral;

 Em algumas ocasiões se conhece também como APLASIA CUTIS;

 Dependendo da severidade o animal pode vir a óbito.


Dermatoses inflamatórias agudas
Urticaria e Angioedema

■ Urticária (erupções) e angioedema ocorrem com maior frequência em cães e equinos, e


consistem em áreas multifocais ou localizadas de edema;

■ Na urticária, o edema envolve a derme superficial, enquanto no angioedema o edema


envolve a derme profunda e o tecido subcutâneo;

■ Existem estímulos imunológicos (alimentos, drogas, antissoros, ferrões de insetos) e não


imunológicos (calor, exercício, estresse). Os mecanismos imunológicos envolvem reações
de hipersensibilidade tipo I e tipo III.
Dermatoses inflamatórias agudas
Urticaria e Angioedema

■ Uma forma singular de urticária foi descrita nos bovinos das raças Jersey e Guernsey,
por causa de uma reação de hipersensibilidade tipo I à caseína em seus leites;
■ As lesões de urticária são, caracteristicamente, manchas de surgimento repentino que
permanecem por poucas horas, embora a urticária crônica (duração de semanas ou
mais) tenha sido relatada. Em alguns animais, há exsudação de soro pelas manchas,
emaranhando o pelame;
■ Angioedema consiste em uma área localizada ou generalizada de intenso edema do
subcutâneo ou da derme profunda;
■ Os sinais clínicos podem aparecer de forma aguda, e, na urticária, são caracterizados
por pápulas, enquanto que nas reacções angioedematosas se observam áreas
edematosas, com ou sem hemorragia. Ambas as apresentações podem ou não ser
pruríticas, assim como podem ser localizadas ou generalizadas.
Dermatoses inflamatórias agudas
Urticaria e Angioedema

Fonte: Sociedade Brasileira de dermatologia veterinária. SBDV - Sociedade Brasileira de Dermatologia Veterinária

Figura 1 e 2. Cadela, da raça Weimaraner, com 7 anos de idade. Tem lesões moderadamente pruriginosas


de surgimento abrupto. Sem ectoparasitas. O diagnóstico foi de farmacodermias e apresentam-se sob a
forma de urticária e angioedema.
Dermatoses inflamatórias agudas
Adenite sebácea

■ A adenite sebácea é uma reação inflamatória específica que atinge as glândulas


sebáceas;

■ Ocorre frequentemente em cães e, raramente, em gatos e equinos;

■ As lesões histológicas iniciais são caracterizadas pelo acúmulo de linfócitos ao redor dos
ductos sebáceos. As lesões completamente desenvolvidas consistem em linfócitos,
neutrófilos e macrófagos que obliteram as glândulas sebáceas;

■ As lesões crônicas provocam perda total das glândulas sebáceas (atrofia), escaras e
hiperceratose epidermal e folicular.
Dermatoses inflamatórias agudas
Adenite sebácea

■ A inflamação das glândulas sebáceas também pode ocorrer secundariamente à foliculite,


demodicose, síndrome uveodermatológica ou leishmaniose, nas quais a inflamação
atinge outras áreas da pele (folículos, células epidérmicas ou derme) e envolve as
glândulas sebáceas vizinhas devido à proximidade do processo inflamatório;

■ Embora possa ocorrer em muitas raças, existe uma aparente prevalência em Poodles
standard, Vizslas, Akitas e Samoiedas, variando a severidade dos sintomas de acordo
com a raça e o tipo de pelagem.
Dermatoses inflamatórias agudas
Adenite sebácea

Fonte: Livro de Bases em Patologia Veterinária e relato de caso da UFRPE. Adenite sebácea em cães: relato de três casos | Medicina Veterinária (UFRPE)

Figura: Extensa alopecia em região cervical e dorsal  de cão da raça Maltês. Figura B.  A inflamação é o
início do desaparecimento das glândulas sebáceas. Poucas glândulas sebáceas (setas) estão visíveis na área
de inflamação. Coloração H&E
Viral
Papilomatose

■ É uma doença causada por um vírus


pertencente à família Papovaviridae,
gênero Papillomavirus.

■ A doença acomete principalmente


animais jovens, mas todas as idades
podem ser afetadas. Acomete também
diversas espécies de animais
domésticos como ovinos, caprinos,
equinos e cães

Fonte:Authier, S., Paquette, D., Labrecque, O. & Messier, S. 2006. Comparison of susceptibility to antimicrobials of
bacterial isolates from companion animals in veterinary diagnostic laboratory in Canada
Viral
Papilomatose
 Os papilomas (verrugas) são espécies de tumores, na maioria das vezes circulares, que
ocorrem principalmente na epiderme.
 São tumores benignos, de tamanhos, cores e formas variadas. Os tumores apresentam
superfícies pontiagudas, lisas, ásperas ou rugosas, chegando até a assemelhar-se ao
aspecto de uma couve-flor.
 Localizam-se com maior frequência na cabeça, ao redor dos olhos, pescoço, barbela,
úberes, tetos e pênis.

 A papilomatose cutânea fungiforme: endêmica, observada mais em bezerros ou


bovinos jovens, acometendo, preferencialmente, a região da cabeça, pescoço e barbela.
Este tipo de papiloma é facilmente arrancado, provocando sangramento do local.
 A papilomatose filiforme: espalhada pelo corpo do animal, sendo que as regiões de
perna e abdômen, incluindo o úbere, são as áreas mais afetadas; este tipo de papiloma
é de difícil retirada cirúrgica, e é mais frequentemente observado em animais adultos.
 A papilomatose plana: acomete o úbere (tetos), podendo também ser retirada com
certa facilidade, sendo observada em adultos
Viral
Papilomatose

Fonte:http://cirurgiadeequinos.com.br/habronemose-cutanea/ Fonte:http://cirurgiadeequinos.com.br/habronemose-cutanea/
Viral
Herpesvírus dermatotrópicos
- Herpesvírus bovino tipo 2
Mamilite herpética bovina

 Inflamação do teto ou mamilo;


 Vacas leiteiras em lactação;
 Patogenia;
 Produção de leite afetada;
 mastite bacteriana secundária.

- Herpesvírus bovino tipo 4


Dermatite herpesviral pustular mamária bovina

Infecções herpesviróticas não dermatotrópicas

 Rinotraqueíte infecciosa bovina (herpesvírus bovino tipo 1)


 Exantema coital equino (herpesvírus equino tipo 3)
 Dermatite ulcerativa (herpesvírus felino tipo 1)
Viral
Dermatite ulcerativa - (herpesvírus felino tipo 1)

• Infecções no trato respiratório superior de gatos;


• Dermatite associada com FHV-1;
• Regiões peribucal, perinasal e periocular da face.

Figura: Lesão facial ulcerativa no plano Figura: Dermatite ulcerativa por FHV-1 em um felino. A. Extensa lesão ulcerativa em lábio superior, plano
nasal. Imagem obtida no momento em nasal e periorbital. B.
que o felino chegou para atendimento
clínico.
Bacteriana
Piodermite

 A piodermite é uma infecção bacterina da


pele que caracteriza-se pelo acúmulo de
exsudato neutrofílico;

 As doenças bacterianas estão entre as


mais frequentes na prática dermatológica
em cães;

 Principal patógeno: Staphylococcus


pseudintermedius, podendo ser
encontrado também em menor ocorrência
Staphylococcus áureos e Staphylococcus
schleiferi spp. Coagulans. Fonte:Conceição, L. G. & Fabris, V. E. 2000. Piodermite Canina: etiopatogênese, diagnóstico e terapia antimicrobiana
sistêmica. Uma breve revisão. Revista Cães e Gatos, 86.
Bacteriana
Piodermite

 As infecções bacterianas superficiais ou


profundas frequentemente são infecções
produtoras de pus (piogênicas) e,
portanto, são conhecidas como
piodermites (piodermas).

 As afecções com acometimento


superficial apresentam como sinal clínico
alopecia, pápula, pústula, escoriações,
eritema, escamação, crosta,
hiperpigmentação e hiperqueratose;
Fonte:Conceição, L. G. & Fabris, V. E. 2000. Piodermite Canina: etiopatogênese, diagnóstico e terapia antimicrobiana
sistêmica. Uma breve revisão. Revista Cães e Gatos, 86.

 Piodermite profundas: fístulas, nódulos,


úlceras, celulite, nódulos e paniculite.
Bacteriana
Foliculite

 É a inflamação do folículo piloso;


 Os tipos de inflamação folicular incluem a perifoliculite, a foliculite mural, a foliculite
luminal e a inflamação do bulbo piloso (bulbite).
 Pericoliculite - Leucócitos migram dos vasos da derme, próximo aos folículos, para a
derme perifolicular (inflamação ao redor, mas não envolvendo o folículo piloso).
 Foliculite mural - os leucócitos permanecem confinados, em grande parte, à parede
folicular (inflamação da parede folicular).
 Foliculite luminal - se desenvolve quando os leucócitos da parede folicular migram para
a luz, normalmente como resultado de um estímulo na luz folicular, como a infecção
folicular por bactérias (estafilococos) ou dermatófitos (Microsporum, Trichophyton) ou
infestação de parasitas (Demodex, Pelodera).
 Bulbite - inflamação da porção mais profunda do folículo, o bulbo piloso.
Bacteriana
Foliculite

 Podem ser encontradas em região Lombossacra,


inguinal, abdômen ventral, membros e
interdigitais, glúteos, cotovelos, região axilar,
facial, e região cervical, podendo atingir também a
forma generalizada;
 Macroscopia: pápulas, pústulas, crostas, erosões,
eritemas, alopecias, úlceras, fístulas,
hiperpigmentação, e acompanhadas de odor
fétido;
 O animal pode apresentar perda de peso,
disorexia, sensibilidade dolorosa da região e
linfadenopatia.

Fonte:SILVA, C.L. e ROLAN, R.T. Foliculite furunculose - relato de caso. PUBVET,


Londrina, V. 8, N. 15, Ed. 264, Art. 1758, Agosto, 2014.
Bacteriana
Dermatofilose

 Causada pelo Dermatophylus congolensis, caracteriza-se por lesões crostosas cutâneas;


 Ocorre mais frequentemente em bovinos, ovinos e equinos do que em caprinos, suínos,
caninos ou felinos;
 A bactéria é transmitida por animais portadores e é mais comum nos países tropicais e
subtropicais e em tempo úmido;
 As lesões tendem a se desenvolver no dorso do animal e nas extremidades distais;
 Infecção após irritação epidérmica: Ectoparasitas, fômites, umidade excessiva,
traumatismo e estresse.
 Zoonótica;
 Dermatite perivascular superficial hiperplásica, com crostas multilaminadas de camadas
alternadas de ceratina e neutrófilos, cobrindo a superfície da pele.
Bacteriana
Dermatofilose

Fonte:https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4355693/course/section/2085885/DERMATOFILOSE Fonte:https://docplayer.com.br/54040735-Infeccao-por-dermatophilus-congolensis-em-bovinos-no-estado-do-ms.html
%20VPS422%202018.pdf
Bacteriana
Erisipela

 Causada por uma bactéria, Erysipelothrix rhusiopatha;

 Enfermidade infecciosa e hemorrágica de suínos;

 Os suínos se infectam mais comumente através da ingestão do agente, embora ele


também possa se instalar no organismo dos suínos através das feridas na pele, lesões e
arranhões;

 Sintomas clínicos da erisipelose em suínos, podem ser agudos, sub agudos, ou crônicos.
Bacteriana
Erisipela

Forma aguda:
 Febre alta;
 Prostração;
 Anorexia;
 Aborto;
 Áreas salientes na pele, de coloração
púrpuro-escuras;
 Lesões necróticas;
 Esplenomegalia.

Fonte:https://data.avesui.com/file/2020/08/10/H111935-F00002-V741.pdf
Bacteriana
Erisipela

Forma subaguda:

 Poucas lesões na pele;

 Febre moderada e passageira;

 Apetite normal;

 Alguns casos subagudos podem não ser


percebidos, como ocorre em plantéis com
imunidade vacinal.
Fonte:https://data.avesui.com/file/2020/08/10/H111935-F00002-V741.pdf
Bacteriana
Erisipela

Forma crônica

 Pode resultar de casos de erisipelose aguda ou


sub-aguda, ou pode aparecer em suínos que
não tenham  tido sinal prévio da doença; 

 Artrite, devido a alterações degenerativas nas


articulações;

Fonte:https://data.avesui.com/file/2020/08/10/H111935-F00002-V741.pdf
 Proliferação de tecido granular nas válvulas
cardíacas causa endocardite vegetativa, com
insuficiência cardíaca.
Bacteriana
Actinobacilose

 É uma enfermidade infecciosa, porém não contagiosa, geralmente crônica, causada por
Actinobacillus sp.

 Enfermidade caracterizada por produzir inflamação piogranulomatosa crônica nos tecidos


moles e cadeia linfática da cabeça e pescoço;

 Ocorre de todo o mundo de forma esporádica, acometendo habitualmente bovinos e com


menos frequência ovinos, equinos, suínos e caprinos;

 Alimentos fibrosos ou grosseiros e erupções ou abrasões dentárias possibilitam a invasão


do agente e seu acesso aos linfonodos regionais ou outros órgãos por via linfática ou
sanguínea;

 rigidez e aumento de volume na base da língua, dificuldade de se alimentar, aumento de


volume da área submandibular. Podem ocorrem lesões atípicas nos lábios, palato, faringe,
fossas nasais, face e pálpebras.
Bacteriana
Actinomicose

 A doença possui como causa a bactéria anaeróbica gram-positivo, Actinomyces bovis;

 A infecção se dá através de ferimentos localizados na cavidade bucal dos bovinos


durante a ingestão de alimentos, o que torna a região mandibular mais susceptível ao
desenvolvimento do sinal clínico mais visível, o qual compreende uma forma similar à
um tumor preenchido com pus de coloração amarelada.

 Durante o abate, caso as lesões características da actinomicose não tenham se


espalhado, a cabeça é a única estrutura que deve ser descartada, não oferecendo
riscos ao consumidor
 Bovinos acometidos por essa bactéria apresentam dificuldades respiratórias devido ao
acometimento de ossos da cavidade nasal, podendo ser caracterizado como primeiro
sinal clínico que pode se amplificar, sendo observado dificuldades de mastigação e
perda de escore corporal.
 Dentre as formas de tratamento da actinomicose, tem-se terapias com iodo e
Bacteriana
Impetigo

 Comum em bovinos, ovinos e cães e geralmente é causado por Staphylococcus sp.

 Em cães, as lesões são grandes e localizadas na pele sem pelos da região ventral.
Filhotes geralmente são saudáveis. No entanto, cães mais velhos com impetigo, muitas
vezes, têm a doença subjacente com imunossupressão associada a
hiperadrenocorticismo;

 Há duas formas: o impetigo bolhoso e o não bolhoso.

 Lesões macroscópicas consistem em pústulas não foliculares que se desenvolvem em


crostas.

 No impetigo bolhoso, uma lesão mais grave ocorre em cães mais velhos com doença
sobrejacente. As lesões correspondem a grandes pústulas flácidas (bolhas)
interfoliculares que, quando se rompem, causam perdas extensas da epiderme superficial.
Bacteriana
Impetigo

Fonte: Patologia veterinária, 2ª edição


Impetigo canino. Várias pústulas
localizadas na região abdominal de
um filhote de cão.
Bacteriana
Pododermatite em bovinos

 Doença infecciosa;
 Caracterizada por inflamação da região interdigital, na junção da pele com o casco, além
de claudicação grave e lesões da aspecto necrótico purulento;
 Conhecida também como: FOOT HOT;
 É causada por bactérias do solo como Fusobacterium necrophorus e Dichelobacter
nodosus;

 Graves prejuízos na produtividade e à economia da propriedade:

- Além da redução da vida útil dos animais;


- Diminuição da produção leiteira;
- Diminuição da fertilidade e custo do tratamento;
Bacteriana
Pododermatite em bovinos

 Doenças dos dígitos:

- Dermatite interdigital;
- Erosão ungular;
- Dermatite verrucosa;
- Dermatite digital;
- Flegmão interdigital;
- Hiperplasia interdigital;
- Pododermatite séptica é a mais comum.

 Afecções podais são consideradas como um dos maiores problemas de saúde em gado
de leite; Sendo superadas apenas pelas alterações reprodutivas e pela mastite como
causa de descarte nos rebanhos leiteiros.
Bacteriana
Pododermatite em bovinos

 Incidência da enfermidade é alta;

 Os solos pedregosos, os caminhos cheios de cascalhos pontiagudos e o pastoreio em


restolho grosso também predispõe à doença;

 Mais comum ocorrer:

 Condições insalubres, mas foi encontrado casos em rebanhos bem manejados;

 Excesso de alimentação à base de carboidratos;

 Falta de higiene;
Bacteriana
Pododermatite em bovinos

 Os animais com problemas de pododermatite:

- Andam menos;
- Ficam para trás do rebanho;
- Alimentam-se menos;
- Permanecem grande parte do tempo em decúbito;
- Consequentemente, observa-se uma alteração na performance reprodutiva;
- Perdas econômicas referente a vida útil dos animais;
- Diminuição da produção de leite.

 Em outras palavras, a enfermidade não é fatal, mas pode ser necessário o abate de alguns
animais devido ao comprometimento articular.
Bacteriana
Pododermatite em bovinos

Fonte: Ourofino Saúde animal Fonte: José A.S. Silveira et al


Invasão tecido cornificado
Micótica produzindo enzimas proteolíticas

Dermatofitose Formam lesões

Agentes: Microsporum sp. e Trichophyton sp. T° e Dermatite Perivascular


umidade elevada
 Alto potencial zoonótico
Microabcessos intracorneais
 Acomete a haste pilosa e o estrato córneo e foliculite
 Acomete cães e gatos; animais jovens e
imunossuprimidos; animais de pelo longo
Fungo move-se perifericamente
 Localização: face, pavilhão auricular, membros e afastando da lesão
cauda
 Lesões circunscrita em forma de anel com aspecto
de pelo quebrado, pode ser localizada, multifocal ou Anel de vermelhidão periférica
generalizada
Micótica
Dermatofitose

Macroscopia:
 Pápulas eritematosas
 ou pápulas alopécicas descamativas

Fonte:https://www.cvap.com.br/blog/dermafitose-em-caes/
Crostas

Microscopia:
 Perifoliculite
 Dermatite pustular intradérmica
 Infecção secundária
 Pode ser encontrado o agente etiológico
Fonte:https://patasepets.blogspot.com/2012/03/dermatofitoses-fungos-dermatofitos.html
Micótica
Malassezia

 Agente: Malassezia Pachydermatis


 Agente oportunista
 É uma levedura encontrada no canal auditivo
externo, áreas periorais, regiões perianais e
dobras cutâneas úmidas
Microscopia: Hiperplasia epidérmica, espongiose,
paraqueratose, exacitose linfocitária, presença do
agente etiológico
Macroscopia: Prurido, eritema, disqueratose,
escamas, liquenificação, alopecia, hiperpigmentação.
Fonte:https://www.researchgate.net/figure/Microscopic-morphology-of-Malassezia-
pachydermatis-Gram-staining-Sekil-2-Malassezia_fig2_304242357
Micótica
Malassezia

Comum em cães:
 Atopia;
 Alergia alimentar;
 Endocrinopatia; Fonte:https://filhotesonlinedelhasaapsoorientacoes.wordpress.com/2016/06/26/malassezia-em-
caes-sintomas-e-tratamento/

 Alteração da queratinização;
 Tratamento prolongado com
corticosteroides e antibióticos.

Menos comum em gatos:


 Secundária a uma doença (FIV,
neoplasia).
Fonte:https://www.peritoanimal.com.br/malassezia-em-gatos-sintomas-diagnostico-e-
tratamento-22495.html
Micótica
Criptococose

Agente: Criptococcus neoformans


• Fonte de infecção: fezes de pombos e morcegos
• Acomete espécies domésticas e homem
• Cutâneo, mas pode causar infecção sistêmica
(inalação) Fonte:http://www.tecsa.com.br/assets/pdfs/CRIPTOCOCOSE%20felina.pdf

Microscopia: Granulo, microgranulomas. O agente


etiológico é sempre visto. Formado um halo ao redor do
fungo

Macroscopia: Nódulos salientes, circunscritos levando a


aparência de nariz de palhaço Pápulas eritematosas -
ulceras
Fonte:http://faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/v8tq1OpMugHDrac_2018-7-6-11-13-23.pdf
Micótica
Esporotricose

Sporothrix schenchii em forma cutânea linfática;

 Fungo saprófita;
 Acomete principalmente gatos;
 Encontrado em detritos orgânicos úmidos -
implantação traumática;

Macroscopia: Inflamação piogranulomatosa ,


nódulos ulcerados e fístulas ao longo dos vasos
linfáticos.

Fonte:https://www.patasdacasa.com.br/noticia/esporotricose-em-gatos-conheca-mais-sobre-essa-doenca-grave-que-
pode-atingir-os-felinos_a529/1
Micótica
Pitiose

Agente: Pythium insidiosum


 Acomete equinos, caninos, bovinos, felinos e
humanos

Fonte:https://infoequestre.vet/pitiose-equina-saiba-mais-sobre-essa-patologia/

Microscopia: inflamação granulomatosa, com


coágulos eosinofílicos, compostos de hifas,
colágeno, arteríolas e eosinófilos (Kunkers)e
neutrófilos. Pode-se encontrar o fungo

Macroscopia: lesões ulcerativas


granulomatosas, com bordas irregulares,
massas branco-amareladas (kunkers) e
secreção mucosanguinolenta
Fonte:https://pitiose.com.br/conheca-a-pitiose
Manifestações Sistêmicas
Parasitária  M.O hiperplásica;
 Sinais Dermatológicos
Leishmaniose
 Esplenomegalia;
 Dermatite esfoliativa;
 Protozoário do gênero Leishmania
spp.  Hepatomegalia;
 Hiperqueratose naso-digital;
 Lutzomiya (vetor);
 Nefrite;
 Reservatório: cães; animais silvestres;  Áreas de alopecia;
 Doença visceral ou tegumentar;  Anemia;
 Nódulos e ulceração
 90% dos animais também apresentam
algum envolvimento cutâneo;  Caquexia; multifocal;

 Epistaxe;  Onicogrifose;
Microscopia: Amastigotas dentro de
macrófagos
 Melena;  Despigmentação nasal com
Macroscopia: Ulcerações cutâneas, erosão e ulceração.
onicogrifose.
 Dificuldade locomotora;

 Apatia.
Parasitária
Leishmaniose

Fonte:https://www.animaisveterinaria.com.br/leishmaniose-mata-proteja-o-seu-cao/ Fonte:https://g1.globo.com/pr/oeste-sudoeste/noticia/2019/07/26/pesquisadores-da-unila-desenvolvem-novo-
tratamento-para-a-leishmaniose.ghtml
Parasitária
Sarna Sarcópica

Ácaros da sarna: Sarcoptes scabiei bovis; ovis; equis; capri;


suis; canis; cuniculi e homini
 Afeta a camada córnea e granulosa;
 É importante em suínos (economia);
 Comum em cães;
 Incomuns ou raro em equinos, bovinos, ovinos, caprinos Fonte:https://pt.wikipedia.org/wiki/Sarna

e felino; Microscopia: Raspado de pele com


 Fêmea escava o extrato córneo- deposita seus ovos; presença do agente etiológico;

 Digestão extra-orais= Substâncias Alergênicas; Macroscopia: Alopecia e crosta em


abdome e membros. É comum
 Hipersensibilidade intensa pruriginosa. infecção bacteriana secundária
(pústulas).
Parasitária
Sarna Sarcópica

Fonte:https://pt.engormix.com/suinocultura/foruns/alteracao-auricular-t31411/ Fonte: https://www.petlove.com.br/dicas/quatro-tipos-sarna-caes-gatos


Parasitária
Sarna Demodécica
 Demodex canis;
 Faz parte da microbiota normal da pele do cão;
 Presente nos folículos pilosos e glândulas sebáceas;

Causas: Imunodeficiência de células T;


 Estresse metabólico; Fonte:https://www.infoescola.com/doencas/sarna-demodecica-canina/

 Hipotireoidismo;
 Hiperadrenocorticismo;
 Uso de corticoide;

Formas:
 Localizada: pequenas áreas localizadas circunscritas de
alopecia, eritema e escamosa em face e patas;
 Generalizada: cabeça e corpo com pele grossa e Fonte:http://blog.emporiodaspatas.com.br/o-que-e-e-como-tratar-sarna-demodecica-em-cachorro/

escurecida, causa prurido e infecção bacteriana secundária.


Parasitária
Habronemose

 Deposição de larvas do nematódeo adulto Habronema


spp e Drashia megastoma em feridas de pele
 Vetor: moscas Musca doméstica e Stomoxys calcitrans
Acomete: partes inferiores dos membros, peito, canto
medial do olho e uretra Fonte:http://blog.ruralpecuaria.com.br/2013/01/equinos-habronemose-cutanea-ferida-de.html

Microscopia: Dermatite nodular com eosinófilos,


macrófagos epitelióide e as vezes células gigantes
delimitando a larva ou detritos necróticos
Macroscopia: Lesão nodular única ou múltipla, localizada
nos membros, prepúcio, canto medial do olho
 Acompanhada de exuberante tecido de granulação.
 Ao corte: pequenos focos amarelados a brancos,
arenosos. Fonte:http://cirurgiadeequinos.com.br/habronemose-cutanea/
Parasitária
Escabiose Felina

 Agente Notoedris cati;


 Altamente contagiosa;
 Pode acometer animais de qualquer idade Fonte:https://chemitec.com.br/blog/sarna-em-gatos/

 Áreas afetadas: pescoço, pavilhão auricular,


cabeça;
 Acomete gatos, coelhos, ocasionalmente
raposas, cães e humanos.

Fonte:https://www.patasdacasa.com.br/noticia/sarna-em-gatos-quais-os-tipos-da-doenca-causada-por-acaros_a1573/1
Doença autoimune
Complexo Pênfigo

 Rara e grave; Microscopia: Causa acantólise e


 Surgimento de bolhas de diversos tamanhos espaço entre as células;
sobre a pele;
Macroscopia: Erosão e ulceração;
 Grupo de doenças vesiculares;
 Acantólise- formação de vesículas;
Apresenta 4 tipos:
Foliáceo é o mais comum.
1. Pênfigo Vegetans - verrugas, papilomas;
2. Pênfigo Foliáceo- máculas, pústulas e crostas na
cabeça orelhas e patas, tornando-se
generalizada;
3. Pênfigo Eritematoso - variante benigna do
Foliáceo;
4. Pênfigo Vulgar - forma mais grave.
Doença autoimune
Pênfigo Vulgar

 Raro;
 Cães e gatos;
 Forma fenda suprabasal na epiderme; Fonte:https://fofuxo.com.br/doencas/complexo-penfigo.html

 Acomete cavidade oral, junção;


 Mucocutânea, virilha e axila;
 Ocorre vesículas e bolhas - erosão e úlceras.

Fonte:https://fofuxo.com.br/doencas/complexo-penfigo.html
Doença autoimune
Pênfigo Foliáceo

 Acomete cães, gatos, equinos e caprinos;


 Lesões são localizadas (focinho, periocular,
pavilhão auricular e coxins;
 Fenda subcorneal; Fonte:https://unicarevet.com.br/penfigo-foliaceo-em-caes-e-gatos/

 Generalizadas;
 Apresenta alopecia, ulceração e formação de
crostas;
 Lesões muito recentes consistem de máculas
eritematosas que rapidamente progridem para
a fase pustular e crostas.

Fonte:https://www.pubvet.com.br/uploads/adff2be869092feba8bfc0f7a1502288.pdf
Doença autoimune
Pênfigo Vegetans

Fonte:https://www.msdmanuals.com/pt-pt/profissional/dist%C3%BArbios-dermatol%C3%B3gicos/doen%C3%A7as- Fonte: https://bestpractice.bmj.com/topics/pt-br/453


bolhosas/penfigoide-bolhoso
Doença autoimune
Lúpus

 Agressão vascular por imunocomplexos; Microscopia:


 Ruptura da parede vascular por
 Vasculite;
neutrófilos;
 Lúpus Eritematoso Discoide;  Edema perivascular;
 Hemorragia;
 Lúpus Eritematoso Sistêmico;
 Exsudação de fibrina;
 Possui etiologia multifatorial;
Fatores predisponentes: Macroscopia:
 Hemorragia;
 Genético;  edema c/ exsudato;
 Alterações Hormonais;  Necrose isquêmica;
 ulceração da pele.
 Radiação UV;
Doença autoimune Defeito na Função Linfócitos T

Lúpus Hiperatividade dos Linfócitos B

Lesões cutâneas Formação Auto AC. contra Atg.


 Localizadas ou generalizadas da membrana, ac. nucléicos,
Lesões sistêmicas céls. sanguíneas
 Eritema
 Poliartrite;
 Despigmentação  Febre;
Formação de imunocomplexos
 Alopecia  Anemia;
 Proteinúria;
 Descamação  Trombocitopenia. Deposição na pele, órgãos
 Ulceração (m.basal e parede de vasos)

 Crosta
Hipersensibilidade tipo III (IL-1;
Lesões cutâneas com vesículas, úlceras e crostas IL-6; TNF-α
são comuns e atingem principalmente a face e
junções mucocutâneas.
Lesões Tissulares
Doença autoimune
Lúpus

Fonte:https://www.conhecer.org.br/enciclop/2019a/agrar/lupus.pdf Fonte:http://animais.hi7.co/lupus-no-cao-570b180dce025.html
Neoplásica
Melanoma

 Neoplasia maligna de melanócitos


 Localização variável
 Ocorre principal em raças pigmentadas
Microscopia: Proliferação de melanócitos com alto Fonte:https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/12533/1/LGRB10122018.pdf

índice mitótico
Macroscopia:
 Firmes à moles
 Enegrecidos à despigmentados
 Isolados ou múltiplos
 Ulcerados
 Nódulos sem pigmentação são mais
agressivos
Fonte:https://www.scielo.br/j/jbpml/a/PMLyy3BTJ8cDw3R4zrjp6bx/?lang=pt

 Manchas pretas no cérebro são mais


Neoplásica
Carcinoma de Células Escamosas

 Influencia da exposição excessiva a luz solar;


 Ocorre mais em ares despigmentadas ou com
ausência de pelos;
 Pode acometer cavidade oral, trato respiratório,
região auricular e ocular;
Fonte:https://www.pubvet.com.br/uploads/2b81c2b9ab7705fa286d87ff0b3f5b73.pdf
Microscopia:
 Células se dispõem em ilhas ou cordões ligados
a superfície epidermal;
 Casos bem diferenciados: pérolas córneas;
Macroscopia:
 Lesões nódulo-tumorais, em placas,
hiperpigmentadas, alopécicas ou ulceradas;
 Placas ulceradas com acúmulo de exsudato
purulento na superfície. Fonte: https://www.equalisveterinaria.com.br/wp-content/uploads/2017/06/ISIS-TCC-Final-05.04.pdf
Neoplásica
Hemangioma/ Hemangiossarcoma

 Neoplasias do endotélio de vasos


sanguíneos;
 Neoplasia maligna – hemangiossarcoma;
 Neoplasia benigna – hemangioma;
Microscopia: Formações vasculares
preenchidas por sangue e revestidas por Fonte:http://www.fmv.ulisboa.pt/atlas/olho/paginas_pt/olho_027.htm

endotélio bem diferenciado, na derme ou


subcutâneo

Macroscopia: são massas avermelhadas,


amarronzadas ou enegrecidas
 Podem ser confundidos com melanocitomas
por conta da forte coloração.
Fonte:http://www.ufrgs.br/actavet/40-1/PUB%201024.pdf
Neoplásica
Lipoma/Lipossarcoma

 São neoplasias derivadas do tecido


adiposo;
 Neoplasia benigna – lipoma;
 Neoplasia maligna – lipossarcoma;
 A recorrência pós-cirúrgica do Fonte:http://nelsonferreiralucio.blogspot.com/2016/03/lipoma-e-lipossarcoma-em-caes.html
lipossarcoma é comum;
Microscopia: Células facilmente
reconhecidas como adipócitos (bem
diferenciado). Células anaplásicas com
algumas contendo vacúolo citoplasmático;

Macroscopia: sem apresentam em forma de


nódulos.
Fonte:https://www.peritoanimal.com.br/lipoma-em-cachorros-causas-sintomas-e-tratamento-23592.html
Neoplásica
Mastocitoma

 Proliferação neoplásica dos mastócitos


 Neoplasia maligna e prognostico desfavorável
 Apresentação cutânea é mais frequente,
principalmente na derme e tecido subcutâneo,
mais pode ocorrer também em conjuntiva, Fonte:https://www.affinity-petcare.com/vetsandclinics/pt/mastocitoma-canino-co/

glândula salivar, nasofaringe, laringe, cavidade


oral, trato gastrointestinal e coluna

Microscopia: Reconhecimento de mastócitos


devido a presença de grânulos

Macroscopia: Pode apresentar várias formas.


Ulceração e necrose são achados frequentes
Fonte:https://www.onevetgroup.pt/cuidar/?page=14&categoria=1222
Obrigado!!

Você também pode gostar