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Ellen Almeida

RESUMO FISIOPATOLOGIA – PELE


PELE ELEMENTAR:

Lesões Macroscópicas:
1. Escoriação: Lesão traumática caracterizada por máculas têm 5 mm de diâmetro ou menos, as
epiderme rompida, produzindo uma área linear em manchas são maiores do que 5 mm.
“carne viva” (p. ex., arranhão profundo); 6. Pápula-Nódulo: Lesão elevada em forma de
frequentemente por autolesão redoma (cúpula) ou com topo achatado. As pápulas
2. Placa: Lesão elevada com a parte superior têm 5 mm ou menos de diâmetro, enquanto os
achatada, geralmente com largura maior que 5 mm nódulos têm mais do que 5 mm de tamanho.
(pode ser causada por pápulas coalescentes); 7. Pústula – Vesícula – Bolha:
3. Escama: Excrescência seca, córnea, em forma de • Pústula - Lesão elevada, distinta e purulenta
placa; geralmente resultante da queratinização • Vesícula - Lesão elevada preenchida por fluido
(cornificação) imperfeita; (menor que 5 mm)
4. Liquenificação: Pele áspera, espessa (semelhante a • Bolha - Lesão elevada preenchida por fluido
um líquen sobre uma rocha); geralmente o (maior que 5mm)
resultado de atrito repetido; OBS: empola ou bolha é o termo comum para
5. Mácula Mancha: Lesão plana circunscrita, vesícula e bolha.
distinguida da pele circundante pela cor. As
Lesões Microscópicas:
1. Atrofia: Afinamento da epiderme; formado pela desintegração do tecido e rodeado por
2. Cisto: Cavidade encapsulada ou saco revestido por uma área inflamatória;
epitélio verdadeiro contendo liquido ou material 10. Hematoma: Coleção de sangue extravasado em
pastoso; derme e subcutâneo;
3. Erosão: Descontinuidade da pele apresentando perda 11. Acantose: hiperplasia difusa da epiderme;
incompleta da epiderme; 12. Disceratose: queratinização prematura e anormal das
4. Corno Cutâneo: Massa cônica de células córneas células abaixo da camada granulosa;
(células queratinizadas); 13. Exocitose: infiltração da epiderme por células
5. Lentiginoso: padrão linear de proliferação inflamatórias;
melanocítica na camada de células basal da 14. Tumefação (balonização): edema intracelular dos
epiderme; queratinócitos, frequentemente observado nas
6. Papiloma: crescimento exagerado da epiderme infecções virais;
(hiperplasia da papila dérmica), com alongamento 15. Hipergranulose: Hiperplasia da camada granulosa,
das papilas dérmicas, geralmente com aspecto frequentemente devido ao atrito intenso
verrucoso; 16. Hiperceratose: Espessamento da camada córnea,
7. Púrpura: Extravasamento de glóbulos vermelhos para muitas vezes associado à anormalidade qualitativa da
pele ou mucosas; queratina;
8. Ulceração: Descontinuidade da pele causada pela 17. Lentigo: Um padrão linear de proliferação dos
perda completa da epiderme e possivelmente da melanócitos na camada basal, surge mais na fase
derme; infantil e jovem
9. Abscesso: Coleção localizada de pus que geralmente 18. Vergão:
se desenvolve em resposta à infecção ou a presença OBS: ALINHAMETO É DIFERENTE DE ANINHAMENTO
de pus ou outros materiais estranhos sob a pele, DE MELANÓCITOS. OLHAR DIFERENÇA!

HISTOLOGIA DA PELE

o Funções:
• Proteção mecânica
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• Proteção contra desidratação
• Função sensitiva
• Regulação da temperatura
• Síntese da vitamina D3
• Proteção contra radiação ultravioleta (melanina)
o Origem embrionária
o Epiderme: origem ectodérmica;
o Derme: origem mesodérmica
o Hipoderme: não faz parte da pele, serve apenas de união aos órgãos adjacentes;
o É o maior órgão do corpo;
o Corresponde a 16% em média do peso corporal
o Camadas da Pele:
• Epiderme: epitélio estratificado pavimentoso queratinizado
• Contém: Queratinócitos (células mais abundantes), Células de Langerhans, Melanócitos, Células de Merkel

• Espessura da pele: são mais complexas e espessas na palma das mãos, dos pés e das articulações (até 1,5 mm)
1. Camada Basal: Constituída por células prismáticas ou cubóides, repousando na membrana basal que separa a
epiderme da derme; rica em células tronco; pode ser chamada de células germinativas.
2. Camada Espinhosa: Formada por células cubóides ou ligeiramente achatadas de núcleo central, citoplasma com
curtas expansões com feixes de queratina; Função: se aproxima e se mantém unidas com as células vizinhas através
dos desmossomos, aspecto espinhoso. Juntos, os filamentos de queratina e os desmossomos tem papel na
manutenção da coesão entre as células da epiderme e na resistência ao atrito; possui algumas células tronco.
3. Camada Granulosa: Contém apenas de três a cinco fileiras de células poligonais achatadas, com núcleo central e
citoplasma carregado de grânulos basófilos; Estes grânulos se fundem com a membrana plasmática e expulsam
seu conteúdo para a camada granulosa onde material lipídico se deposita formando uma barreira e tornando a
pele impermeável a água, isso a protege contra a desidratação.
4. Camada lúcida (mais claras, translúcidas): constituída por uma camada de células achatadas, eosinófilas e
translúcidas; é mais evidente na pele espessa (mãos e pés); não contem núcleos e organelas citoplasmáticas
(digeridas por enzimas lisossomais). A função principal da camada lúcida da pele é fornecer resistência, proteção
e impermeabilidade à pele, ajudando a manter a integridade da barreira cutânea. A camada lúcida é mais
comumente encontrada em áreas da pele que são expostas a fricção constante, como as palmas das mãos e as
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solas dos pés. É composta principalmente de células mortas, achatadas e transparentes, chamadas de
queratinócitos
5. Camada Córnea: É a camada mais externa. Tem espessura variável e é constituída por células achatadas mortas
sem núcleos e repleta de queratina; nesta altura da diferenciação, os queratinócitos estão transformados em placas
sem vida e descamam continuamente (na pele espessa). Na pele fina a camada córnea e muito reduzida e falta a
camada granulosa e lúcida. Cornificação: O processo de cornificação envolve três eventos centrais: (1) substituição
das organelas e conteúdos intracelulares por um citoesqueleto proteico; (2) reticulação de proteínas na periferia
da célula, gerando um envelope celular cornificado; e (3) ligação dos corneócitos em uma estrutura multicelular
funcional, mas biologicamente morta.
6. Melanócitos: A melanina e um pigmento marrom escuro, produzida pelos melanócitos que se encontram na junção
da derme com a epiderme, ou entre os queratinócitos na camada basal da epiderme; Origem: crista neural;
apresenta citoplasma globoso de onde partem prolongamentos que penetram em reentrâncias das camadas basal
e espinhosa e transfere os grânulos de melanina para as células destas camadas; essas células são responsáveis
pela coloração da pele. A pigmentação da pele é regulada por fatores genéticos, ambientais e endócrinos.
Modulam a quantidade, o tipo e a distribuição de melanina na pele, pelos e olhos.
7. Células de Langerhans: ramificadas, ficam entre os queratinócitos, mas frequentes na camada espinhosa, captam
antígenos, processam e os apresentam aos linfócitos T (importantes em reações imunitárias cutâneas).
8. Células de Merkel: em maior quantidade na pele espessa (principalmente nas pontas dos dedos), localizados na
parte profunda da epiderme, apoiadas na membrana basal, presas por desmossomos aos queratinócitos, são
mecanorreceptores e participam no sistema neuroendócrino difusos.
9. Derme: É onde se apoia a epiderme e une a pele ao tecido sub cutâneo
• Apresenta espessura variável de acordo com região
• Sua superfície externa é irregular, onde apresenta saliências (papilas dérmicas). Aumentam a área de contato da
derme com a epiderme (são mais frequentes nas zonas sujeitas a pressão e atrito);
• A derme é constituída por duas camadas
• Papilar (superficial)
• Reticular (profunda)
• A camada papilar é delgada constituída por tecido conjuntivo frouxo que forma a papilas dérmicas. Possui fibrilas
de colágeno que contribuem para prender a epiderme a derme. Possui vasos sanguíneos que contribuem para a
nutrição e oxigenação da epiderme;
• Camada reticular: É mais espessa, constituída por tecido conjuntivo denso. Contribui para o sistema elástico da
pele. Possui vasos sanguíneos, linfáticos, nervos, além dos órgãos anexos derivados da epiderme (folículos pilosos,
glândulas sebáceas e glândulas sudoríparas).
10. Hipoderme: não é uma camada da pele.
• Formada por tecido conjuntivo frouxo que se une de forma pouco firme a derme e aos órgãos subjacentes.
• É responsável pelo deslizamento da pele sobre as estruturas na qual se apoiam
• Função: o tecido adiposo ou panículo adiposo modela o corpo, é uma reserva de energia e proporciona proteção
contra o frio.
11. Vasos e Receptores sensoriais: Os vasos arteriais que suprem a pele formam dois plexos:
• Um que se situa no limite entre a derme e hipoderme e outro entre as camadas reticular e papilar
• O plexo entre a camada reticular e papilar emite ramos para as papilas dérmicas (cada papila tem uma alça
vascular).
12. Plexo Venoso: três plexos venosos na pele (dois na posição descrita para as artérias, mais uma na região media da
derme)
• Existem anastomoses arteriovenosas com glomus que tem papel nos mecanismos de termo regulação
13. Vasos Linfáticos: Inicia-se nas papilas dérmicas como capilares em fundo cego, que convergem para um plexo entre
as camadas reticular e papilar desse plexo, partem ramos para outro plexo localizado no limite da derme com a
hipoderme (mesma localização dos vasos sanguíneos arteriais).
14. Função sensorial: • A pele é o receptor sensorial mais extenso do organismo, além das terminações nervosas livres
(na epiderme), folículos pilosos e glândulas.
• Existem receptores capsulados e não capsulados na derme e na hipoderme, sendo mais frequentes nas papilas
dérmicas
• As terminações nervosas são sensíveis a estímulos táteis, térmicos, dolorosos, coceira e outras sensações.
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15. Receptores capsulados: Corpúsculos de Ruffini, Corpúsculos de Vater-pacini, Corpúsculos de Meissner, Corpúsculos
de Krause.

• Corpúsculos de Meissner: Detectam toque leve e vibração, encontrados nas camadas superficiais
da derme.
• Corpúsculos de Pacini: Detectam pressão profunda e vibrações mais intensas, localizados nas
camadas mais profundas da derme.
• Corpúsculos de Krause: Sensíveis ao frio, ajudam a detectar mudanças de temperatura na pele.
• Corpúsculos de Ruffini: Detectam o calor e a distorção da pele, contribuindo para a percepção de
temperatura e movimento.
• Terminações nervosas livres: São responsáveis por detectar dor e temperatura.

Esses corpúsculos ajudam o sistema nervoso a receber informações sensoriais do ambiente e a transmitir
sensações táteis, térmicas e de dor para o cérebro

OBS: Vater-pacini e ruffini são encontrados também no tecido conjuntivo de órgãos situados nas partes
profundas dos corpos onde são sensíveis aos movimentos dos órgãos e as pressões de um órgão sobre o
outro.
16. Pelos: São estruturas delgadas e queratinizadas que se desenvolvem a partir de uma invaginação da epiderme
(folículo piloso - dilatação terminal (bulbo piloso) em cujo e centro se observa a papila dérmica).

NEOPLASIAS MALIGNAS DE PELE

• Carcinoma de células Escamosas; drenagem de osteomielite, cicatrizes de


• Carcinoma Basocelular; queimaduras, radiação ionizante, hábito de mascar
• Melanoma; tabaco;
1. Carcinoma de Células Escamosas ou Carcinoma • Duas principais causas: Dano DNA e
epidermóide: EXPOSIÇÃO SOLAR imunossupressão;
• Segundo em frequência; IMUNOSSUPRESSÃO: Contribui para a carcinogênese
*Primeiro: carcinoma basocelular. por reduzir a vigilância e por aumentar a
• Associado a exposição solar (dano no DNA pelos suscetibilidade dos queratinócitos à infecção e
raios ultra violetas); transformação pelo HPV (*5 e 8)
• Outros desencadeantes: carcinógenos industriais, • Carcinoma in situ- Placa avermelhada e escamosa
ingesta de arsenicais, úlceras crônicas, fistulas de (não invadem a m. basal).
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• Carcinoma invasivo- Nódulo, hiperceratose,
ulceração *em mucosa: leucoplaquia (placa branca);
FREQUENTEMENTE: Nodulares e ulceradas.
• Microscopia: células escamosas apresentando atipia
em todas as camadas do epitélio.
• Formação de aglomerados concêntricos de queratina
(pérolas córneas)
• Quando bem diferenciados fazem diagnostico
diferencial com ceratoacantoma (alguns consideram
como uma variante).
2. Carcinoma Basocelular:
• Tumor comum de crescimento lento;
• Raramente metastático;
• Tendência para ocorrer em sítios de exposição solar;
• Incidência: Imunossupressão e pessoas com defeitos
no reparo do DNA (xerodermia pigmentada).
• Inicialmente crescimento superficial depois
formando nódulos (profundo);
• Excelente prognóstico;
• Pápulas peroladas que muitas vezes tem
teletangectasia; alguns podem ter melanina e ser
similar ao nevo ou melanoma; • Melanoma Maligno:
• Lesões avançadas podem ulcerar e atingir os Sinais de alerta:
ossos/seios da face. • Aumento de um “sinal” preexistente;
• Microscopia: • Prurido ou dor em um sinal preexistente;
• Originam-se da epiderme ou epitélio folicular; • Surgimento de uma lesão pigmentada na fase
• Composto por cordões de células basalóides com adulta;
boa coesividade; • Irregularidade nas bordas de uma lesão
• Margem do tumor formando “paliçada” (células pigmentada;
em fila indiana, lado-a-lado); • Variação na cor de uma lesão pigmentada.
• As formas superficiais e esclerodermeforme (maior • Microscopia:
caráter infiltrativo e recidivante) podem recidivar • Crescimento radial- crescimento horizontal dentro
mesmo com margens cirúrgicas livre. das camadas da epiderme e da derme superficial
3. Melanoma: (pouca capacidade de metástase);
• Neoplasia comum e letal se não diagnosticada • Crescimento vertical- aprofundamento na pele da
precocemente; lesão como uma massa expansiva sem maturação.
• Pode acometer pele*, mucosa oral, anorretal, INVASÃO *espessura de Breslow (probabilidade de
esôfago, meninges e olhos; metástase).
• Incidência tem aumentado; ESCALAS PARA VER PROFUNDIDADE:
• Evoluem com o tempo para tumores agressivos, Clarke: Não se usa o mm, mas sim a camada em que
metastáticos e resistentes a terapia; a célula mais profunda se encontra. ESTUDAR AS
• Lesão acastanhada com margens irregulares, CAMADAS DA ESCALA.
entalhadas, maior que 10 mm. Observar alteração na Breslow: aferição da espessura em mm. Vamos
cor, tamanho ou forma de uma lesão pigmentada marca a célula mais profundo em relação a
(ABCD). epiderme e marcar quantos mm ela está da
epiderme.
• BOM Prognóstico:
• Profundidade do tumor em milímetros: <1,7 mm
(Breslow)
• A lesão tem um período variável que pode durar de
meses a anos na epiderme e depois de um tempo
elas entram em crescimento vertical que onde existe
o risco de surgir metástases.
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• No crescimento vertical possui uma maior • Sexo: feminino;
probabilidade de obter vescularização. • Localização: extremidades, parte central do corpo.
• Resposta imune ao componente radial: (ativa) • Ausência de regressão e ulceração.
• Numero de mitoses por mm: pouca ou nenhuma;
Exérese cirúrgica total com AMPLA margem de
• Presença ou grau de infiltrado inflamatório no
segurança. Pesquisa de linfonodos sentinelas.
componente profundo (vertical): ativo;

PELE II

Lesões Benignas: • Hiperceratose


São tumores comuns que são derivados da • Hiperpigmentação das células basais
queratinização do epitélio escamoso estratificado da 3. Pólipo Fibroepitelial
epiderme e dos folículos pilosos e do epitélio dos • Também chamado de: Acrocórdon, papiloma
ductos de glândulas cutâneas escamoso, pólipo cutâneo;
• Ceratose seborreica • Características: tumor macio, em forma de bolsa,
• Tumor epitelial frequente em idosos ou indivíduos de mesma cor da pele, apresenta pedículo estreito
meia idade • Localização: pescoço, tronco, face, áreas intertriginosas
• Localizados principalmente no tronco • Microscopia: Centros fibrovasculares envolvidos por
• Lesões que surgem como placas graxentas epitélio escamoso benigno, pode mostrar áreas de
arredondadas, achatadas em forma de moeda. necrose quando houver torção do pedículo.
• Variam de milímetros a vários centímetros 4. Cisto Epitelial
1. Ceratose Seborreica: • Lesões comuns formadas pela invaginação e
• Coloração marrom acastanhada expansão cística da epiderme ou do epitélio que forma
• Superfície granular aveludada o folículo piloso
• O diagnostico diferencial com lesões pigmentadas • Cistos preenchidos por queratina, debris (células ou
como o melanoma se faz através da presença de óstios tecidos mortos/danificados) e lipides (secreção
circulares na superfície, vistos a lente de aumento; sebácea)
• Uma lesão bem demarcada e pigmentada semelhante • Nódulos bem delimitados, elástico-firmes e móveis
a uma moeda, contendo tampões na superfície • Tumores acessórios:
preenchidos por queratina escura (detalhe), é 01. Cisto de inclusão epidérmica – Mostra parede idêntica
composta de células basaloides benignas associadas a a epiderme e contendo lâminas trançadas de queratina
cistos córneos proeminentes cheios de queratina 02. Cisto triquilemal ou pilar – parede semelhante ao
(hiperceratose). epitélio folicular (sem a camada granulosa) contendo
• Microscopia: lipides e queratina mais homogênea
• Demarcação nítida da epiderme adjacente 03. Cisto dermoide – cisto de inclusão epidérmica
• Massa de células basalóides com variável quantidade associado com múltiplos apêndices (folículos pilosos)
de melanina (determina a cor marrom) 5. Ceratoacantoma:
• Hiperqueratose e cistos preenchidos por queratina • Neoplasia de desenvolvimento rápido
• Invaginações de queratina para dentro da massa • Suas características histológicas se assemelham a um
tumoral principal (cistos de invaginação) carcinoma epidermoide bem diferenciado (carcinoma
2. Acantose Nigricans: de células escamosas)
• Zonas espessadas da pele que envolvem áreas flexurais • Afetam áreas expostas ao sol (face, orelhas, dorso das
(axilas, pescoço, virilha e região ano genital) • mãos)
• Acantose- Hiperplasia do estrato espinhoso da pele • Idade acima de 50 anos e de cor branca
• Tipo benigno mais comum (80%) surgem na infância ou • Microscopia: lesão representada por uma cratera
puberdade central preenchida por queratina
• Tipo maligno: Surgem na idade adulta e se associam ao • Nas laterais mostra proliferação epitelial formando
adenocarcinoma gastrointestinal “lábios” que se projetam para cima e para baixo como
• Microscopia: linguetas irregulares
• Ampliação da ondulação das papilas dérmicas e da • As células escamosas mostram aumento de tamanho
epiderme e atipias reativas
• Hiperplasia das células da camada basal 6. Tumor Epidérmico Pré-maligno:
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• Ceratose actinica • Nevos juncionais: que consistem em agregados ou
• Lesão associada a exposição crônica a luz solar ninhos de células esféricas que crescem ao longo da
• Lesões pequenas geralmente menores que um junção dermoepidérmica. A maioria deles crescem nas
centímetro células subjacentes como ninhos ou cordões de células
• Marrom acastanhadas, vermelhas ou cor-da-pele para formar os nevos compostos.
• Superfície áspera, semelhante a uma lixa • Nevos compostos: Clinicamente, os nevos compostos e
→Ceratose Actínica (chifre): pré-maligna do intradérmicos são frequentemente mais elevados do
carcinoma de células escamosas que os nevos juncionais.
• Por vezes, pode ocorrer uma hiper produção de • Nevos intradérmicos: Em lesões mais antigas, os ninhos
queratina formando os chamados cornos cutâneos epidérmicos podem ser totalmente substituídos por
• Surgem em áreas da pele expostas ao sol (face, nevos intradérmicos puros.
braços, dorso das mãos) • Nevos displásicos, são aqueles não desenvolvem
• Microscopia: Exibe atipia citológica nas camadas mais marcadamente o processo de neurotização, tendo
inferiores da epiderme podendo estar associada a células profundas, bem semelhantes (ou iguais) as
hiperplasia das células basais. células névicas próximas a epiderme. Neles, não sofrem
• Na derme podemos identificar alterações em fibras o processo de maturação (a célula da superfície é muito
elásticas que se encontram espessadas e com parecida ou igual àquela que está na profundidade)
coloração azul-acinzentada (elastose solar).
7. Nevo Melanocítico: Quanto mais essas células se afastam da epiderme, mais
• Neoplasia benigna dos melanócitos elas perdem as características normais e mais elas
• Neurotização*** possuem características neoplásicas.
• Lesões planas (mácula) ou elevadas (pápula) NEVOS DISPLÁSICOS (são pré-malignos) DIFERENTE DE
• Margens bem definidas, bordas circulares, marrom- MEVOS MELANOCÍTICOS.
acastanhada, uniformemente pigmentadas, pequenas
(menor que 5 mm);

PELE III

Tumores da Derme:

1. Histiocitoma fibroso benigno:


Definição:
• Lesões neoplásicas do tecido mole mesenquimal com diferenciação fibroblástica e histiocítica; mais comumente,
este tumor está localizado na derme e subcutâneo;
• Família heterogênea (mistura de células);
• Forma mais comum: Dermatofibroma (localizados na pele);
• Mais frequente em adultos, principalmente nas pernas de mulheres jovens/meia-idade;
Estão entre as lesões de tecidos moles mais comuns;
Características:
• Nódulo solitário de crescimento lento;
• Composto por uma mistura de células fibroblásticas e histiocíticas, colágeno e vasos sanguíneos;
• Hemossiderina (pigmento anormal) variável, células gigantes multinucleadas, células inflamatórias crônicas;
• Muitas variantes foram descritas; mais de uma variante pode ser vista na mesma lesão.
Características Essenciais:
• Acantose ou hiperplasia pseudoepiteliomatosa da pele subjacente; ou seja, hiperplasia da epiderme
sobrejacente;
• Localizam-se na porção média da derme;
• Células benignas arranjadas em massas não encapsuladas;
• Padrão estoriforme aleatório / vago de células fusiformes brandas centradas na derme com possível extensão
para a região subcutânea;
• Infiltração muito incomum dentro e ao redor das células de gordura.
Epidemiologia:
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• Comum;
• Todas as idades, mas mais comum na faixa etária de 20 a 49 anos;
• Mulheres> Homens;
• 1/3 dos casos mostra tumores múltiplos metacrônicos;
• Tumores síncronos foram relatados em pacientes imunossuprimidos e com LES;
Localização:
• Qualquer parte da superfície da pele pode ser afetada;
• O local mais comum são as extremidades;
• Os locais raros são conjuntiva e laringe.
Fisiopatologia:
• A proliferação clonal pode ser encontrada, mas não é uma prova da natureza neoplásica da lesão;
• As células dendríticas do fator XIIIa + (fator de crescimento) são encontradas de forma mais consistente no
histiocitoma fibroso, mas MAC387 (um marcador histiocítico) é expresso de forma menos consistente;
• As variantes epitelioide e atípica do dermatofibroma mostram rearranjo e superexpressão do gene ALK;
Etiologia:
• Muitas vezes parece aparecer após um pequeno ferimento na pele (trauma), como uma picada de um espinho,
vacinação ou picada de inseto.
Características clínicas:
• Variável: elevado, pedunculado ou em forma de cúpula;
• Pode ter cor variável, às vezes rosa, pigmentada, castanho-amarelado ou preto azulado;
• Normalmente: Pápulas firmes, parda a marrom;
• Assintomáticas ou sensíveis;
• Menor que 1 mm a cms de diâmetro;
• Firme em consistência;
• Pode formar depressões na compressão lateral;
• Raramente metastatiza.
Tratamento:
• Dermatofibromas típicos são considerados tumores benignos e o prognóstico é excelente
• A regressão espontânea foi relatada em raras ocasiões e pode deixar uma hipopigmentação pós-inflamatória
• A excisão ampla é adequada para prevenir a recorrência do tumor
• A recorrência local é rara, mesmo com margens comprometidas
• Tumores localmente agressivos e metastatizantes foram relatados
OBS: Em grande aumento, os fibroblastos em espiral com feixes de colágeno são vistos neste dermatofibroma.
Eles crescem lentamente e geralmente são apenas um incômodo "caroço".
2. Dermatofibrossarcoma protuberante:
Definição
• Neoplasia mesenquimal superficial localmente agressiva de derivação fibroblástica.
Caracteristicas essenciais
• RARAMENTE dá metástase;
• Praticamente todos os casos contêm genes de fusão; COL1A1-PDGFB é o produto de fusão mais comum, embora
outros tenham sido relatados;
• A transformação fibrossarcomatosa confere um risco aumentado de recorrência e metástase.
A extensão profunda da derme para o tecido adiposo subcutâneo, produzindo um padrão característico de “favo
de mel”, está frequentemente presente.
Epidemiologia:
• Raro, embora seja um dos sarcomas mais comuns da pele / subcutâneo
• Ocorre em uma ampla faixa etária, mas mais comumente no início da idade adulta média
• Homens e mulheres afetados com algum debate sobre se há uma ligeira predileção por homens ou mulheres
Localização
• Pode envolver ostensivamente qualquer área da pele, mas o tronco é o local mais comum
Características clínicas
• Classicamente uma massa cutânea nodular exofítica; no entanto, geralmente se apresenta inicialmente como
uma placa plana;
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• Inicialmente, pode mostrar crescimento lento persistente, muitas vezes por muitos anos, em seguida, progressão
repentina;
• A progressão pode ocorrer com transformação fibrossarcomatosa;
Diagnóstico:
• A imunohistoquímica para CD34 é um complemento útil, pois a maioria dos casos é difusamente positiva;
• O teste molecular é útil, particularmente no contexto de amostragem limitada ou morfologia incomum.

Tumores de Células que migram para a Pele:

1. Linfoma Cutâneo de Células T:


Definição
• Linfoma periférico de células T derivado de linfócitos T maduros pós-tímicos
• Pode evoluir para linfoma generalizado
• Apresenta-se como manchas cutâneas e pode progredir para placas, tumores e eritrodermia;
• Enquanto a maioria dos pacientes apresenta um curso indolente (lento), os gânglios linfáticos, a medula óssea
e as vísceras podem
ser envolvidos na doença em estágio avançado.
Características Essenciais:

➔ MICOSE FUNGÓIDE (linfoma cutâneo de células T)

• Micose fungóide (MF) é um diagnóstico clínico que requer forte correlação com achados histopatológicos e às
vezes moleculares para excluir doenças inflamatórias benignas, linfomas cutâneos primários mais agressivos e
linfomas extracutâneos que podem envolver a pele;

• A MF convencional INICIA: como manchas e placas eczematóides ou psoriasiformes que surgem em uma
distribuição de "tronco de banho “-> Formas nodulares (disseminação sistêmica);
• Manchas -> placas -> nódulos
• MF frequentemente se comporta como um linfoma indolente com excelente sobrevida global; no entanto,
uma minoria de pacientes apresenta progressão da doença com tumores fungantes, eritrodermia e
disseminação extra cutânea
• As biópsias de manchas e placas desenvolvidas de MF mostram infiltrados linfóides dérmicos papilares em
banda com fibroplasia de fundo, linfócitos marcando a junção e migrando para a epiderme como células únicas
e microabscessos de Pautrier, atipia citológica linfóide e uma ausência de achados que poderiam sugerir um
espongiótico, dermatite psoriasiforme ou de interface; existem muitas variantes histológicas.
• Diagnóstico:
A micose fungóide (MF) é um diagnóstico clínico e um diagnóstico de exclusão, utilizando dados clínicos,
histológicos e moleculares
Deve excluir dermatite inflamatória (em particular doenças espongióticas, psoriasiformes e liquenóides),
reações induzidas por drogas e discrasias, disseminação cutânea de linfoma periférico de células T
extracutâneo, distúrbio linfoproliferativo cutâneo indolente ou linfoma cutâneo primário agressivo.
➔ MASTOCITOSE
População só de mastócitos na pele, com exceção de alguns eosinófilos
bom prognóstico;
• Números elevados e mastócitos na pele
• Mastocitose: população monomórfica de mastócitos com raros eosinófilos
• Urticária pigmentosa: forma comum de mastocitose, numerosas pequenas pápulas amarelo-acastanhadas
que se tornam urticária quando esfregadas -> Criança; 50% dos casos;
Características Clínicas:
• No nascimento ou durante os primeiros 3 meses de vida
• Pode apresentar ataques de rubor devido ao alto teor de histamina
• Involução espontânea ocorre frequentemente
• Mutações CD117 em pacientes com mastocitose
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• Urticária pigmentosa: forma mais comum de mastocitose da pele; geralmente início na infância de múltiplas
máculas marrons; a variante sistêmica é maligna e envolve fígado, baço, medula óssea, gânglios linfáticos e,
ocasionalmente, sangue periférico (leucemia de mastócitos);
• Sinal de Darier: acariciar a pele libera histamina, causando urticária;
• Dermatografismo: edema dérmico semelhante a urticária devido ao toque com instrumento pontiagudo.
Descrição:
• Lesão solitária ou pequeno grupo como parte da urticária pigmentosa;
• Afeta extremidades e tronco, não palmas e plantas dos pés;
• Pode bolhas;
• Nódulos vermelhos, marrons, rosa ou amarelos, ou placas medindo até 1,0 cm
➔ Infecções

• Verrugas: tem uma superfície rugosa, mas tais lesões são mais comuns nas mãos e nos pés, e elas podem regredir
espontaneamente.

• Molusco contagioso: As lesões de molusco contagioso são nódulos firmes que microscopicamente contêm inclusões
citoplasmáticas de cor rosa, chamadas “corpúsculos de molusco”

• Impetigo: O impetigo é observado na face e nas mãos com lesões com crostas a partir de infecções por Staphylococcus
aureus e estreptococos β-hemolíticos produzindo pústulas subcórneas.

• Infecções fúngicas – superficiais e profundas

➔ Urticária:

• Resultado da degranulação de mastócitos com hiperpermeabilidade microvascular dérmica - EDEMA


• Placas edematosas pruriginosas
Características microscópicas:
• Infiltrado inflamatório superficial perivenular leve
• Feixes de colágeno espaçado (edema da derme)
• Canais linfáticos superficiais dilatados
• Epiderme normal
Causas:
• Exposição a fatores sensibilizantes, anticorpos IgE específicos, mediadores vasoativos dos mastócitos;
• Pólen, alimentos, drogas, veneno de inseto.

➔ Dermatite Eczematosa Aguda:

• Eczema caracterizado por lesões avermelhadas, papulovesiculares, exudativas, em crostas e quando persistentes
desenvolvem placas escamosas;
• Acantose e hiperqueratose;
• Micro: Espongiose, acumulo progressivo de liquido com ruptura dos desmossomos e acúmulo de liquido intercelular
com formação de vesículas intraepidérmicas.
• A mais comum é a induzida por antígenos de contato;
• Mediada por células de Langerhans dendriticas da superfície epidérmica;
• Apresentam o antígeno as células T (linfócitos T CD 4 +) que são ativados e desenvolvem células efetoras e de memória;
• Na reexposicao estas células migram para os sítios antigênicos e promovem liberação de citocinas e quimiocinas que
recrutam células inflamatórias características do eczema.

➔ Eritema Multiforme:

• É uma reação de hipersensibilidade incomum e autolimitada a certas infecções e medicamentos.


• Distúrbio incomum e autolimitado;
• Lesões em alvo
• Associado a: infecção por Herpes simples, micoplasma, histoplasmose, coccidiodomicose, febre tifoide, hansenníase,
etc.
• Drogas: sulfonamidas, penicilina, barbituricos, salicilatos, hidantoina, antimaláricos.
Ellen Almeida
• Doenças malignas: carcinoma e linfoma
• Doenças vasculares do colágeno: lúpus eritematoso, dermatomiosite, poliartrite nodosa
• Ocorre mais em extremidades.
• Lesões multiformes: maculas, pápulas, vesículas e bolhas
• Lesão em alvo: macula ou pápula avermelhada com centro claro, vesicular ou erodido
• Stevens-Johnson: Forma febril extensa e sintomática da doença que acomete lábios e mucosas, podendo atingir,
conjuntiva, uretra, áreas genitais e perianais.
• Stevens-Johnson: Caracterizada por erosões e crostas hemorrágicas, pode ocorrer morte por sepse (infecção
secundária).
• Necrólise epidérmica tóxica: necrose difusa e descamação das superfícies epiteliais cutâneas e mucosas. Produz um
quadro clínico semelhante ao observado em pacientes com queimaduras extensas.

➔ Psoríase:

• Dermatite inflamatória crônica ou aguda que pode ser branda ou produzir graves deformidades
• NÃO ATROFIA A EPIDERME
• Algumas vezes associadas a artrite, miopatia, enteropatia, doença da articulação espondilitica ou síndrome da
imunodeficiência adquirida.
• Afeta cotovelos, joelhos, couro cabeludo, áreas lombo-sacrais, prega inter-glútea e glande do pênis.
• Lesões iniciais eruptivas incluindo pequenas pústulas e eritema
• Lesões crônicas constituídas por eritema circundadas por escamas branco-prateadas
• Formação de micro abscessos na epiderme (abscessos de Munroe)
• Microscopicamente: espessamento epidérmico acentuado (acantose) com alongamento regular das cristas
interpapilares (pente);
• Não possui atipias;
• Escama paraqueratótica;
• Micro abscessos de Munro;
• Infiltrado inflamatório crônico e agudo na derme superficial.

➔ Queratose Seborréica:
• Lesão de pele comum que ocorre com mais frequência em individuo de meia idade e mais velhos e são particularmente
numerosos no tórax, embora cabeça e pescoço possam ser envolvidos
➔ Dermatite Seborreica:
• Dermatose inflamatória crônica que envolve áreas de alta densidade de glândulas sebáceas
• Couro cabeludo, fronte (glabela), canal auditivo externo, área retroauricular, pregas naso-labiais, área pré-external
• Etiologia desconhecida
• Está associada à inflamação da epiderme e não é uma doença de glândulas sebáceas.
• Características microscópicas iniciais da dermatite espongiotica e tardias acantóticas (psoriasiforme).
➔ Líquen Plano:
• Placas e pápulas poligonais, planas, pruriginosas e púrpuras
• Denso infiltrado inflamatório linfocítico continuo ao longo da junção dermo-epidermica (dermatite de interface)
• Patogenia desconhecida.
➔ Penfigo:
• Doença bolhosa causada por auto anticorpos que resulta na dissolução das ligações intercelulares dentro da epiderme
e do epitélio da mucosa;
• Raro e potencialmente fatal;
• Acantólise (formação de bolha acantolítica);
• Infiltrado inflamatório variável na derme superficial (linfócitos, histiócitos e eosinófilos).
➔ Penfigoide Bolhoso:
• Bolhas subepidermicas não acantolíticas associadas a infiltrado linfocítico superficial, perivascular denso, com número
variável de eosinófilos, raros neutrófilos, edema dérmico superficial com vacuolização da camada basal.
➔ Dermatite Herpetiforme:
• Doença rara caracterizada por urticária e vesículas agrupadas.
• Associada a doença celíaca e responde a retirada do glúten da dieta.
Ellen Almeida

➔ Cistos epidérmicos:
• São lesões benignas, é preciso retirar com margem para evitar recidivas, mas não correm o risco de malignação.

PELE IV

➔ ACNE VULGAR
• Doença comum de pele seborreica (pele vermelha escamosa), comedões (cravos e espinhas), pápulas (cabeças de
alfinetes), pústulas (espinhas), nódulos (pápulas grandes) e possivelmente cicatrizes.
• Normalmente afeta a pele com os folículos sebáceos mais densos: face, parte superior do tórax, costas; incomum no
couro cabeludo por razões desconhecidas.
• Etiologia: devido às variações hormonais e alterações na maturação do folículo capilar
1. Começa com queratinização folicular anormal com retenção de material queratinoso no folículo;
2. Em seguida, aumento da produção de sebo;
3. Em seguida, aparecimento de Propionibacterium acnes gram-positivo, anaeróbio e difteróide;
4. Pode se tornar inflamatório.
• Normalmente adolescentes de ambos os sexos, mas geralmente mais grave em homens
• Piora com drogas (esteróides, testosterona, anticoncepcionais), óleos / alcatrões, roupas pesadas e climas tropicais
• Acne não inflamatória é causada por comedões abertos e fechados;
• Comedões abertos: pequenas pápulas foliculares com tampão de queratina preta central (devido à oxidação da
melanina) – Ponto preto
• Comedões fechados: pápulas foliculares com um tampão mais profundo abaixo da superfície – Ponto branco
• Os folículos podem se romper e ficar inflamados
• Lesões diversas, como comedões, pápulas, pústulas, cistos e cicatrizes
• 3 componentes principais são comedões, lesões inflamatórias e cicatrizes
• Comedões (abertos ou fechados) são cavidades semelhantes a cistos preenchidas com uma massa compacta de material
queratinoso e numerosas bactérias

➔ ERITEMA NODOSO
• Paniculite com nódulos vermelhos sensíveis, geralmente em ambos membros inferiores (canelas)
• Eritema nodoso migrans (paniculite migratória nodular subaguda, paniculite migratória): assimétrico, unilateral e
distribuído apenas nas pernas; predominância feminina marcada; faixa etária mais velha;
• Eritema nodoso crônico: os nódulos aparecem ao longo de meses / anos;
• Nódulos vermelhos, dolorosos, bilaterais, simétricos, elevados acima da superfície da pele
• Na superfície anterior das pernas, braços, rosto, panturrilhas e tronco
• Geralmente involui em dias / semanas, deixando lesões pigmentadas deprimidas
• Sem ulceração
• O mecanismo imunologicamente mediado, mas preciso é desconhecido
• Pode estar associada a infecção por estreptococos, tuberculose, sarcoidose, coccidioidomicose, colite ulcerativa, doença
de Behçet, reações medicamentosas ou idiopática; também linfoma de Hodgkin, carcinoma de células renais e carcinomas
de cólon, pâncreas e colo uterino.
Microscopia
• Paniculite septal e lobular
• Fibrose septal marcada, infiltrada por linfócitos, neutrófilos, histiócitos e granulomas com células gigantes
• Infiltrado septal transborda para afetar os lóbulos de gordura
• A derme mostra infiltrado celular inflamatório crônico perivascular e perianexial
• No início, a inflamação septal é aguda e caracterizada por neutrófilos, logo substituídos por linfócitos e histiócitos
• Eosinófilos variáveis, vasculite variável.

➔ VERRUGA
• Infecção viral comum de células epiteliais da pele e da mucosa;
Ellen Almeida
• As verrugas são alterações escamoproliferativas causadas pelo papilomavírus humano. As verrugas são lesões comuns
em crianças e adolescentes, embora possam ser encontradas em qualquer idade. A transmissão da doença geralmente
envolve o contato direto entre indivíduos ou a autoinoculação. Em geral, as verrugas são autolimitadas, regredindo
espontaneamente dentro de 6 meses a 2 anos.
• Causado pelo vírus do papiloma humano (HPV);
• A maioria das infecções desaparece em 2 anos;
Características:
• Pápulas cor de carne com superfície áspera;
• Causado por infecção por HPV – Verrugas comuns e plantares: HPV 1, 2, 4 e 7 – Verrugas genitais: HPV 6 e 11;
• Mãos e pés são locais comuns;
• Os coilócitos são um achado histológico característico.
Terminologia:
• Verruca vulgaris: verruga comum
• Condiloma acuminado: verrugas genitais, acomete o pênis, genitália feminina, uretra, áreas perianais e o reto. As
verrugas venéreas aparecem como massas moles, acastanhadas, em forma de “couve-flor”, que raramente atingem muitos
centímetros de diâmetro.
• Verruca palmaris / verruca plantaris: verrugas palmar / plantar
• Myrmecia: tipo especial de verruga plantar
• Verrucae planae: verrugas planas
Localização:
• Verrugas comuns: qualquer local, especialmente mãos, dedos, joelhos e cotovelos
• Palmar / plantar: palmas, solas, pode ser confundida com calos normais
• Verrugas planas / planas: mãos dorsais, rosto, pode ser confundida com calos normais
• Verrugas genitais: genitais externos, períneo, perianal, virilha, monte, vagina, uretra, canal anal
• Verrugas orais: qualquer superfície oral
• Papilomatose respiratória recorrente: papilomas das vias aéreas
Tratamento:
• Terapias destrutivas, por exemplo, ácido salicílico, ácido tricloroacético, crioterapia, nitrato de prata, fenol, intervenções
cirúrgicas e lasers
• Agentes antiproliferativos, por exemplo, bleomicina, análogos da vitamina D, podofilina, podofilotoxina e 5-fluro uracil
• Agentes antivirais, por exemplo, cidofovir e retinóides
• Imunoterapia para verrugas recalcitrantes, recorrentes ou extensas, por exemplo, imiquimod, vacina BCG, vacina MMR,
antígeno Candida, vitamina D3.
Microscopia:
• Verrugas comuns (verruca vulgaris):
– Hiperqueratose, papilomatose, hipergranulose
– Colunas de paraqueratose, especialmente sobre papilas dérmicas projetadas
– Queratinócitos superficiais vacuolados com núcleos picnóticos semelhantes a uvas passas (coilócitos)
– Coilócitos não são vistos em lesões mais antigas
– Flexão para dentro das cristas da rede nas bordas da lesão (dedos para dentro)
– Capilares dilatados em papilas dérmicas – Projetos acima do plano da epiderme.
- Os aspectos histológicos comuns das verrugas incluem a hiperplasia epidérmica, que frequentemente mostra uma
aparência ondulada, chamada de hiperplasia epidérmica verrucosa ou papilomatosa.
➔ MOLUSCO CONTAGIOSO
• Dermatose infecciosa autolimitada causada pelo vírus do molusco contagioso (MCV) da família Poxviridae;
• Dermatose infecciosa que afeta mais comumente crianças e pacientes imunocomprometidos
• A maioria das infecções é causada por MCV1 (98% dos casos)
• Em contraste com a maioria dos vírus de DNA de fita dupla, o poxvírus se replica no citoplasma
• Os corpos de Henderson-Paterson, também conhecidos como corpos de molusco, são grandes (até 35 mícrons) de
inclusão eosinofílica intracitoplasmática nos queratinócitos
• Múltiplas lesões no corpo, representadas por pápulas umbilicais firmes.
Epidemiologia:
• Mais comum em crianças de 2 a 5 anos
Ellen Almeida
• Prevalência de ~ 8,3% entre crianças
•M=F
• Maior frequência em áreas com climas quentes
• Prevalência de 18% em adultos com HIV
Localização:
• Em crianças: tronco, extremidades, pescoço, axila, genitais e face
• Em adultos: abdômen inferior, coxas, genitais e área perianal
Fisiopatologia:
• Poxvírus de DNA de fita dupla que infecta queratinócitos
• Replica no citoplasma
• Período de incubação: 2 semanas a 6 meses
Tratamento:
• Autolimitado
• Métodos mecânicos: crioterapia, curetagem, laser de corante de pulso
• Métodos químicos: hidróxido de potássio, podofilotoxina, ácido tricloroacético, ácido salicílico, ácido láctico, ácido
glicólico, peróxido de benzoíla e tretinoína
• Métodos imunomoduladores: imiquimod, cimetidina oral, interferon alfa, candidina e difenciprona
• Antivirais: cidofovir
Microscopia:
• Lesão em forma de copo com lóbulos invertidos de epitélio escamoso hiperplásico que se expandem para a derme
subjacente
• Corpos de Henderson-Paterson ou molusco: grandes (até 35 mícrons) corpos de inclusão eosinofílicos
intracitoplasmáticos
• Na camada granular, os corpos tornam-se cada vez mais hematoxifílicos e ocupam toda a célula
• Infiltrado inflamatório crônico visto em lesões em regressão.

➔ IMPETIGO
• Infecção contagiosa; não bolhoso (70%) ou bolhoso (30%)
• Geralmente afeta as mãos e o rosto de crianças ou adultos normais com problemas de saúde
• Normalmente devido a infecção por Staphylococcus ou Streptococcus
• Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA) está se tornando uma nova etiologia
• Raramente progride para infecção sistêmica, celulite, osteomielite, linfangite, glomerulonefrite pós-infecciosa (mais
grave) ou síndrome da pele escaldada estafilocócicas;
Diagnóstico:
• Exame de pele
• A cultura de pus de lesões cutâneas pode ajudar na identificação de patógenos e testes de susceptibilidade
antimicrobiana.
Tratamento:
• Prevenção por meio de higiene adequada (lavar as áreas afetadas e não compartilhar itens pessoais com outras pessoas)
• Antibióticos tópicos, como mupirocina, retapamulina, ácido fusídico
• Antibióticos orais se a terapia tópica for impraticável (amoxicilina / calvulanato, dicloaxacilina, clindamicina, doxiciclina,
macrolídeos).

➔ TINEA
• Devido a patógenos restritos ao estrato córneo, com pouca ou nenhuma reação tecidual
• Lesões no couro cabeludo e na barba podem ter foliculite / perifoliculite bacteriana sobreposta
• Infecções fúngicas superficiais também podem ser encontradas em lesões de pele neoplásicas
• Geralmente causada por dermatófitos; em crianças, geralmente devido a Trichophyton, Microsporum e
Epidermophyton;
• Sycosis barbae: tinera barbae com folicular bacteriana sobreposta
• Tinea barbae: infecção da área da barba de homens adultos
• Tinea capitis: infecção que causa manchas na pele do couro cabeludo, geralmente em crianças
Ellen Almeida
• Tinea corporis: infecção do tronco de crianças e adultos, associada ao calor e umidade excessivos; placas anulares
vermelhas escamosas (micose)
• Tinea cruris: "jock itch", infecção da área inguinal de homens obesos durante o tempo quente
• Tinea pedis: "pé de atleta", infecção que causa eritema difuso e descamação, inicialmente em espaços web,
frequentemente com superinfecção bacteriana.

➔ PTIARIASE VESICOLOR (PANO BRANCO)


• Infecção por Malassezia furfur, geralmente da parte superior do tronco
Microscopia:
• Máculas de pigmentação variável de todos os tamanhos, com hiperceratose ortoqueratótica, esporos de levedura e
pseudo-hifas dentro do estrato córneo
• Hifas curtas e esporos (espaguete e almôndegas) com manchas de GMS ou PAS
• Nota: A presença de fungos não exclui doenças inflamatórias e neoplásicas coexistente.

PELE V

➔ CELULITE

• Infecção cutânea aguda;


• Rubor, edema, dor e febre;
• Infecção bacteriana;
• Idosos, diabéticos e obesos;
• Tratamento com antibióticos;
• Pode formar a erisipela
• Erisipela é uma forma superficial de celulite, quando sempre causada por Streptococcus pyogenes;
• Atinge principalmente bebês e idosos;
• Extremidades inferiores, idosos com insuficiência venosa nas pernas;
• Incidência diminuída devido a melhora do saneamento e uso de antibióticos.

➔ HERPES ZÓSTER

• Infecção viral;
• Reativação do vírus da catapora;
• Dor intensa e lancinante;
• Causada por vírus herpes simples ou vírus varicela zoster;
• Agressão de pele e nervos periféricos;
• Acompanha trajetos de dermatomos;
• Acomete idosos e imunossuprimidos;
• Vesículas agrupadas em uma base eritematosa, mais tarde tornam-se pústulas;
• Tratamento: Aciclovir, Valaciclovir, Penciclovir, Famciclovir

➔ ESCABIOSE (SARNA)
• Sarcoptes scabiei (variante Hominis), ácaro de 8 patas;
• Lesões pruriginosas;
• Falta de higiene;
• Prurido intenso, variedade de achados cutâneos, impetiginização secundária e sequelas psicológicas;
• Áreas acometidas- axilas, virilha, dobras do corpo, região infra mamária (acaris e intertriginosas);
• Medicações tópica e oral: ivermectina associado ao benzoato de benzila
Ellen Almeida
• Alto poder de contagio
• Orientar que fervam e passem ferro em toalha e roupas de cama;
• Transmissão pela pele (incluindo sexual) e pelas vestes, roupa de cama, toalha
• Os ácaros se “enterram” no estrato córneo
• Pequenas pápulas lineares escamosas
• Pápulas eritematosas escamosas
• Nódulos eritematosos genitais;
• Ácaro: chato.
• Sarna norueguesa: infestação intensa

➔ TUNGIASE (BICHO-DO-PÉ)
• Infecção parasitária da pele

➔ LARVAS MIGRANS
• Bicho geográfico, verme do cachorro
• Região dos pés, porções distais expostas de membros superiores e inferiores e nádegas são os locais mais
acometidos;
• Parasita de pele (derme), as vezes as larvas se movem mais profundamente na gordura subcutânea
• Tratamento tópico e sistêmico
• Lesões localizadas curvilíneas e pruriginosas coletivamente identificadas clinicamente como larva migras
cutânea
• Infestações, mais comumente devido a ancilostomídeos
• Ovos são depositados na areia e no solo em áreas quentes e sombreadas, onde as larvas eclodem;
• Andar descalço na praia, brincar na areia e rastejar permitem que as larvas penetrem na pele humana
• Ancylostoma braziliense (cães gatos) e Ancylostoma caninum (cães)

➔ “PÉ DE ATLETA”, “FRIEIRA”


• Fungo Tricophyton
• Tinea inter-digital
• Infecção fúngica
• Rachaduras entre os dedos
• Umidade e calor
• Tratamento com medicação tópica

➔ LOBOMICOSE
• Doenças de Jorge Lobos
• Infecção profunda de pele
• Relativamente comum na região amazônica
• Acomete o ser humano e o Boto
• Nódulos coalescentes principalmente em membros inferiores, cotovelos e região que podem ser lesionadas
durante atividades agrícolas e desmatamento

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