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Resumo

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os

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F

id t i
as e cura

Por
Poliana Pedroso

Olá querido
leitor/estudante
MEU NOME É POLIANA, E SOU ESTUDANTE DE
TÉCNICO DE ENFERMAGEM.
ESSE RESUMO, ASSIM COMO OS OUTROS, EU FIZ
PARA ME AJUDAR A ESTUDAR. E ESPERO QUE ASSIM
COMO TEM ME AJUDADO, AJUDE VOCÊ TAMBÉM.
ESSE MATERIAL FOI ELABORADO DEPOIS DE MUITO
LER, REVISAR, ESTUDAR, PESQUISAR.

PROIBIDA A
VENDA DESSE
MATERIAL

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Fisiologia da pele.
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Como consequência desta característica celular, essa


A pele, maior órgão do corpo, é formada por um epitélio camada possui uma alta atividade mitótica que
estratificado de origem ectodérmica em contato com garante a renovação celular da pele. Além disso, a
uma derme de tecido conjuntivo de origem quantidade de queratina aumenta à medida em que os
mesenquimal. As suas principais funções são: queranócitos migram para a superfície celular.

Proteção: rigidez (espessura) e melanina Camada espinhosa


(UV).Termorregulação: eliminação do suor e
refrigeração.Resposta imune: primeira linha de Também chamada de camada de Malpighi, ela possui
defesa.Impermeabilidade: barreira à perda de água e algumas camadas de células bem coesas, unidas
substâncias.Sensação: tato.Excreção: glândulas écrinas através dos desmossomos, que a conferem uma
(suor) excretam H2o, eletrólitos, HCO3, ureia, aparência de espinhos. Além disso, ela possui
etc.Endocrinometabólica: produção de vitamina D, tonofilamentos, feixes de filamentos de queratina. A
testosterona, estronas, diidrotestosterona. constituição dessa camada permite que a epiderme
seja resistente a atritos.
A pele possui três camadas que serão conceituadas
abaixo: epiderme, derme e hipoderme. Camada granulosa

Epiderme Possui cerca de 5 fileiras de células achatadas, com


citoplasma rico em grânulos de queratohialina. Essa
camada também possui grânulos lamelares, que
auxiliam na impermeabilização da epiderme através
da formação de uma barreira. A produção dos
grânulos citoplasmáticos se dá pela diferenciação do
citoesqueleto de queratinócitos, que se aproximam da
superfície corpórea e realizam a produção de
tonofilamentos de queratina que se ligam com os
desmossomos, fazendo com que a queratina seja
É a camada mais superficial da pele, constituída de sintetizada em grânulos citoplasmáticos.
epitélio pavimentoso estratificado queratinizado
(queratinócitos) e possui 5 camadas: camada basal, Camada lúcida
camada espinhosa, camada granulosa, camada lúcida e
camada córnea. É a última camada da epiderme em que é possível
encontrar células vivas. É constituída de
Camada basal queratinócitos pavimentosos com núcleo
É a camada mais interna, próxima ao tecido conjuntivo citoqueratinizado e está presente nas regiões em que
(derme), e é composta por uma única camada de células a pele é mais espessa (plantas e palmas) e nos lábios.
cúbicas (ou prismáticas), basófilas e de núcleo grande.
Essa camada possui uma menor quantidade de
citoplasma e é rica em células-tronco, característica
que faz com que também seja conhecida como camada
germinativa.
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Camada córnea Derme


É uma camada de células achatadas anucleadas, rica
em queratina citoplasmática. Essa camada descama
continuamente e os queratinócitos, ao chegarem
nesta camada, se especializam (perdem núcleos e se
achatam), liberam substâncias que ativam a
profilagrina (ligações cruzadas que conferem
resistência), criando, assim, uma barreira
impermeável.

Células da epiderme

É a camada de tecido conjuntivo, abaixo da epiderme,


Além dos queratinócitos, a epiderme apresenta
no qual estão imersos os anexos cutâneos, vasos
outros três tipos de células:
sanguíneos, linfáticos e nervos. A derme possui as
chamadas papilas dérmicas, que são projeções da
Melanócitos: responsáveis pela síntese de grânulos
derme para a epiderme. É constituída de duas
(melanossomas) ricos em melanina.Todas as raças têm
camadas: papilar e reticular.
a mesma quantidade de melanócitos, o que varia é a
morfologia, tamanho e distribuição dos
Camada papilar
melanossomos.Células de Langerhans: originárias da
Constituída de tecido conjuntivo frouxo, é a camada
medula óssea, possuem citoplasma claro contendo os
dérmica mais superficial, em contato com a membrana
grânulos de Birbeck. São células dendríticas
basal, formada por fibras colágenas mais finas e
responsáveis pelo reconhecimento e apresentação de
dispostas mais verticalmente.
antígenos para linfócitos T.

Camada reticular
Células de Merkel: encontram-se grânulos osmiófilos,
É a camada mais profunda, constituída por tecido
contendo neurotransmissores liberados mediante
conjuntivo denso, com feixes mais grossos de colágeno,
pressão sobre a pele, atribuindo a esta célula a
ondulados e dispostos horizontalmente.
característica de receptor mecânico.

Junção dermoepidérmica
É a zona de transição dermoepidérmica, produzida
pelos queratinócitos basais e fibroblastos dérmicos.
Essa região possui aspecto linear e eosinofílico e é
composta por glicoproteínas, colágeno e fibras
elásticas.

Hipoderme
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É a camada mais profunda da pele formada por lóbulos Folículos pilosos


de adipócitos, o que a faz ser conhecida, também, como
panículo adiposo. A hipoderme confere à pele proteção
mecânica (amortecedor de traumas), termogênese
(isolante térmico), armazenamento de energia (depósito
de calorias) e função endócrina (conversão periférica
de hormônios sexuais). Estão presentes nesta camada,
além de adipócitos, vasos sanguíneos, vasos linfáticos e
nervos.

Anexos cutâneos São invaginações da epiderme que, em fase de


crescimento, apresentam-se com uma dilatação
terminal denominada bulbo piloso. A raiz do pelo é
formada por células que revestem a papila
dérmica. O folículo piloso constitui, juntamente com
o músculo eretor do pelo e a glândula sebácea, a
unidade pilosebácea.

São estruturas alveolares que desembocam no folículo


piloso, ausentes em palmas e plantas. Essas glândulas
produzem o sebo, constituído de material lipídico. Para
que a secreção sebácea ocorra, é preciso haver o
rompimento das células centrais, secreção conhecida
como holócrina. A atividade dessa glândula é máxima
durante a puberdade, pois a sua regulação é feita
inteiramente por hormônios androgênios.

Glândulas sudoríparas

São glândulas encontradas em menor quantidade por


toda a pele, com exceção de algumas regiões, como os
lábios. Existem dois tipos de glândulas sudoríparas:
écrinas e apócrinas.

Glândulas sudoríparas écrinas: são tubulares


enoveladas e estão por toda a superfície corpórea,
exceto lábios, leito ungueal, pequenos lábios, glande e
face interna do prepúcio. Elas secretam o suor,
conferindo-a uma função termorreguladora. Seu ducto
é contínuo e se abre na superfície da pele.Glândulas
sudoríparas apócrinas: são glândulas tubulares
localizadas nas axilas, aréola e regiões pubiana
anogenital. Sua secreção é mais viscosa e pode adquirir
odor desagradável devido à ação de bactérias. Além
disso, ela desemboca no folículo piloso acima do ducto
sebáceo
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Feridas
Ferida ou lesão de pele pode ser definida como 5. Lácero-contusas - Os mecanismos mais
uma ruptura estrutural e fisiológica do freqüentes são a compressão: a

tegumento cutâneo (pele), da membrana mucosa pele é esmagada de encontro ao plano subjacente,
ou de qualquer parte do corpo, podendo ser ou por tração: por rasgo ou

causada por agentes físicos, químicos ou arrancamento tecidual. As bordas são irregulares,
biológicos. com mais de um ângulo; constituem

exemplo clássico as mordidas de cão.

6. Perfuro-incisas - provocadas por instrumentos


pérfuro-cortantes que

Classificação das feridas


possuem gume e ponta, por exemplo, um punhal.
As feridas podem ser classificadas de várias maneiras:
Deve-se sempre lembrar, que

pelo tipo do agente

externamente, poderemos ter uma pequena marca


causal, de acordo com o grau de contaminação, pelo
na pele, porém profundamente

tempo de traumatismo, pela

podemos ter comprometimento de órgãos


profundidade das lesões, sendo que as duas primeiras
importantes como na figura abaixo na qual

são as mais utilizadas.


pode ser vista lesão no músculo cardíaco.
⇒ Quanto ao agente causal
7. Escoriações - a lesão surge tangencialmente à
superfície cutânea, com

1. Incisas ou cortantes - são provocadas por agentes


cortantes, como faca,

bisturi, lâminas, etc.; suas características são o


predomínio do comprimento sobre a
profundidade, bordas regulares e nítidas, geralmente
retilíneas. Na ferida incisa o corte

geralmente possui profundidade igual de um extremo à


outro da lesão, sendo que na

ferida cortante, a parte mediana é mais profunda.


2. Corto-contusa - o agente não tem corte tão Grau de contaminação
acentuado, sendo que a força.
3. Perfurante - são ocasionadas por agentes longos e Esta classificação tem importância, pois orienta o
pontiagudos como tratamento antibiótico e
prego, alfinete. Pode ser transfixante quando também nos fornece o risco de desenvolvimento de
atravessa um órgão, estando sua infecção.
gravidade na importância deste órgão. 1. Limpas - são as produzidas em ambiente cirúrgico,
4. Pérfuro-contusas - são as ocasionadas por arma de sendo que não foram
fogo, podendo existir abertos sistemas como o digestório, respiratório e
dois orifícios, o de entrada e o de saída.
genito-urinário. A probabilidade da
infecção da ferida é baixa, em torno de 1 a 5%.
2. Limpas-contaminadas – também são conhecidas como
potencialmente
contaminadas; nelas há contaminação grosseira, por
exemplo, nas ocasionadas por
faca de cozinha, ou nas situações cirúrgicas em que
houve abertura dos sistemas
contaminados descritos anteriormente. O risco de
infecção é de 3 a 11%.
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3. Contaminadas - há reação inflamatória; são as que • Elaborar plano terapêutico individual após a
tiveram contato com
avaliação;

material como terra, fezes, etc. Também são • Conhecer a história clínica (patologias crônicas,
consideradas contaminadas aquelas em
situação atual)

que já se passou seis horas após o ato que resultou na e a história da úlcera (origem, tempo, tratamentos
ferida. O risco de infecção da
efetuados);

ferida já atinge 10 a 17%.


• Avaliar as características da lesão (tamanho,
4. Infectadas - apresentam sinais nítidos de infecção. profundidade,

exsudado, leito da ferida, tipo de tecidos, pele


perilesional e

Lesões Crônicas dor);

• Utilizar a cobertura adequada de acordo com o


Quadro I;

Ações preventivas gerais • Orientar os usuários quanto à importância de


Consistem em ações educativas, com usuários que adesão ao regime

apresentam risco terapêutico e aos cuidados com a úlcera vascular.


para desenvolvimento de úlceras vasculares, as
orientações sobre:
• Controle de doenças de base e adesão ao regime
terapêutico;
• Consequências do tabagismo e etilismo;
• Controle do aumento de peso;
• Importância da atividade física;
• Prevenção de traumatismos nos membros inferiores;
• Estímulo à ingesta de alimentos ricos em vitamina,
como por
exemplo: batata, banana, peito de frango, semente
de girassol,
salmão, atum, abacate, entre outros;
• Cuidado da pele;
• Uso de calçado e meias adequadas.
• Programa de exercício físico regular para usuários
com
claudicação intermitente, baseado em caminhadas de
30 a
60;minutos, três vezes por semana, no mínimo. E, ao
sentir dor,
o usuário deve parar e descansar.

Medidas terapêuticas
gerais
Úlceras vasculares
(Venosas,arterial e mista)
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Úlceras Venosas Ações preventivas


A úlcera venosa caracteriza-se pelo
Como ações preventivas para úlceras arteriais,
formato irregular e superficial, bordas
destaca-se:

bem definidas, leito da lesão com tecido


• Elevação das pernas;

de granulação ou tecidos desvitalizados,


• Uso de meias de compressão;

exsudação variada, apresenta eczema e


• Caminhadas e exercícios para panturrilha;

extremidades aquecidas. Normalmente,


• Evitar traumatismos;

encontra-se na região dos maléolos ou


• Controlar ganho de peso corporal;

terço distal da perna, acompanhada de


• Cessar tabagismo e etilismo.
edema, pele perilesional com pigmentação

(dermatite ocre) dor moderada, pulsos


Medidas terapeuticas
presentes e lipodermatoesclerose.
O tratamento de uma úlcera venosa deve
A insuficiência venosa crônica (IVC) é a
estar amparado em quatro

causa mais comum das úlceras de perna


condutas: tratamento da estase venosa,
e é definida como uma anormalidade
terapia compressiva, terapia

do funcionamento do sistema venoso


tópica, controle da infecção com
causada por uma incompetência valvular,
antibioticoterapia sistêmica e prevenção

associada ou não à obstrução do fluxo


de recidivas. Assim, este tratamento deve
venoso, quando existem essas válvulas
seguir as orientações abaixo:
danificadas o sangue flui em qualquer

direção. Assim, desencadeia-se uma Limpeza da ferida: deverá ser realizada


hipertensão venosa em deambulação, com soro fisiológico
levando a um acúmulo excessivo de líquido e para retirar o excesso de exsudato e
de fibrinogênio no tecido microorganismos, que são
subcutâneo, resultando em edema, responsáveis pelas infecções e pioram as
lipodermatosclerose e, finalmente lesões. Recomenda-se
ulceração. a limpeza da ferida com solução fisiológica
0,9% morna, em jato.
Esta técnica é usada para remoção de
corpos estranhos, tecidos
frouxos aderidos.

Desbridamento: é a utilização da remoção


de tecido necrótico
Retorno
e desvitalizado. Esse procedimento é
venoso
prejudicado. realizado em serviço de
Insuficiência saúde especializado por profissional
Venosa qualificado. O desbridamento
mecânico implica na utilização de força
mecânica direta sobre o
tecido necrótico
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. O desbridamento enzimático se faz por meio do

uso tópico de enzimas desbridantes, e proporciona a O uso de pomadas com


remoção do
antibióticos no
tecido necrótico (Exemplo: papaína). Além desses, tratamento de feridas

acrescenta-
colonizadas não é
se o desbridamento autolítico com a utilização de recomendado por
coberturas
protocolos clínicos

que proporcionam um meio úmido adequado para o internacionais e


brasileiros.
organismo

destruir o tecido desvitalizado (Exemplo: Hidrogel).


Hidratação: deve ser realizada a hidratação da pele ao
A terapia compressiva age na macro e
redor da

microcirculação e reduz as
recidivas. Atualmente nos serviços de saúde são
Escolha da cobertura: Irá depender de avaliações
utilizadas ataduras de
sistematizadas

algodão para realização da terapia


e poderá variar de acordo com o momento evolutivo
compressiva. A colocação segue os
do processo

passos indicados na Imagem


cicatricial. O tratamento de qualquer ferida deve ser
personalizado

e devemos considerar todos os fatores individuais do


paciente,

recursos materiais e humanos de que dispomos e as


condições de

continuar o tratamento após a alta. O produto de A Bota de Unna consiste em uma das
escolha deve ser
terapêuticas compressivas, sendo

avaliado com relação às indicações, às contra- uma bandagem inelástica e rígida que
indicações, à eficácia
desencadeia uma pressão elevada

e atentando para o tempo de cobertura de acordo com na deambulação e uma pressão baixa no repouso.
o Quadro
Recomenda-se a lavagem do membro inferior
I (Apêndice).
com água e sabão

• Terapia compressiva: é o principal cuidado, visto que para aqueles que utilizam Bota de Unna ou
essa técnica
bandagem compressiva de

proporciona a melhora da estase e edema, pois ajuda multicamadas, antes da lavagem com soro
no retorno
fisiológico em jato.
venoso. É destacado de bandagens elásticas ou meias
elásticas.

Lembrando que as meias elásticas devem ser utilizadas


Tipos de compressão

para

• Ataduras elásticas de alta compressão,


prevenção no membro inferior onde não há ferida
consideradas mais

eficazes;

• Ligaduras não elásticas de baixa compressão;

• Sistemas de ligaduras elásticas multicamadas


(2, 3 ou 4 camadas);

• Meias elásticas;

• Meias elásticas multicamadas;

• Atadura impregnada em óxido de zinco (Bota


de Unna);
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Úlceras Arteriais
OBSTRUÇÃO DO FLUXO SANGUÍNEO

Ações preventivas
Como ações preventivas para úlceras arteriais,
destaca-se:
• Elevação da cabeceira da cama;
• Proteção contra traumatismos; cuidado com corte
das unhas;
• Tatamento de micoses;
• Controle de triglicerídeos, colesterol, controle de
Essas úlceras têm como características
Hipertensão
principais:
Arterial e Diabetes Mellitus;
• Pele lustrosa, fria ao toque; pouco
• Redução de cafeína, álcool e tabaco; realização de
exsudato;
exercícios
• Tendência à necrose; geralmente
físicos e controle do peso.
profunda, envolvendo tendões e
músculos; bordas são bem definidas
Avaliar os membros inferiores, com frequência, em
(regulares);
relação à:
• Dimensões pequenas e
• Capacidade funcional;
arredondadas; localização
• Coloração;
normalmente nos artelhos,
• Temperatura;
calcâneos e proeminências ósseas;
• Perfusão capilar;
pele adjacente eritematovinhosa;
• Sensibilidade;
• Pulsos diminuídos ou ausentes;
• Presença de pulso na dorsal pediosa, tibial posterior;
• Apresenta cianose; perda de pelos;
• Sinais de neuropatia.
claudicação intermitente;
• Dor intensa que aumenta com a
elevação dos membros. Medidas terapêuticas
Realizar limpeza da ferida, assim como técnica
referida

anteriormente.

s arteriais
As úlcera • Não desbridar tecido necrótico seco e estável, sem
pela
ocorrem avaliação

a
ão cutâne
desnutriç concreta da perfusão pela cirurgia vascular, não
devido à
o aplicando

ão do flux
interrupç u
arcial e/o qualquer material de curativo promotor de
arterial p
total. umidade.

• Desbridar o tecido necrótico, mediante decisão


multiprofissional,

utilizando desbridamento autolítico e enzimático.


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Úlceras mistas
As úlceras mistas
são feridas que
apresentam
características das
úlceras venosas e das
úlceras arteriais
simultaneamente.
No entanto,
normalmente têm pulso
tibial pedioso presente.

Ações preventivas
• Atividade física regular;
• Alimentação saudável;
• Uso de calçados confortáveis;
• Evitar se expor a riscos de acidente;
• Orientações de ações preventivas constantes

Medidas terapêuticas
Aplicar compressão reduzida (entre 23-30mmHg) na
presença
de edema;
É necessário referenciar o usuário para cirurgia
• Se IPTB (Figura 2) inferior a 0,5, referenciar com
vascular se:

urgência para
• IPTB for inferior a 0,8;

ser observado pela cirurgia vascular;


• Na presença de sinais e sintomas de infecção;

• Geralmente as úlceras mistas permitem terapia


• Dor mantida em repouso, mesmo com o membro
compressiva
pendente;

com níveis de pressão mais reduzidos que a úlcera


• Ausência de ambos os pulsos pedioso e tíbial
venosa;
posterior;

• Somente bandagens de quatro camadas são eficazes


• Se não ocorrer evolução cicatricial.
na cura de
úlceras mistas em comparação com sistemas de
compressão.

RETORNO VENOSO PREJUDICADO + OBSTRUÇÃO

DO FLUXO SANGUÍNEO
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Pé diabético
A neuropatia diabética é uma doença crônica, Ações preventivas
insidiosa, com
alteração sensorial, motora e autonômica periférica. Identificar o risco de Pé Diabético no usuário para
Os pés prevenir

perdem a sensibilidade e por esse motivo podem complicações, realizar exame físico detalhado dos
sofrer pressão pés e o controle

ou trauma, sem percepção do usuário, e ulcerar = Pé metabólico.

Diabético. No exame, deve-se observar aspecto (coloração),


Lesões de Pé Diabético
temperatura,

geralmente estão localizadas


integridade cutânea, unhas, alterações nos
na região plantar; têm bordas
podáctilos, espaços

circulares, superficiais ou
interdigitais, região plantar e calcâneo, pulso,
profundas, com calosidades
pilosidade, edema

ao redor. Isto ocorre devido a


e possíveis deformidades.Orientar adequadamente o
pressão mecânica durante a
usuário e família quanto aos cuidados com

locomoção e pela recorrente


os pés, tais como:

variedade de deformidades nos


• Higiene e hidratação com produtos neutros ;

pés, tais como dedo em martelo,


• Lixar as unhas ou, se necessário, cortá-las reto;

pé de Charcot, entre outras. • Utilizar calçados fechados, macios e confortáveis;

• Uso de palmilhas ortopédicas auxilia no alívio da


Medidas terapêuticas pressão;
O tratamento para a lesão de pé diabético
• Meias devem ser folgadas, preferencialmente sem
segue as seguintes
costuras e

orientações:
devem ser trocadas diariamente;

• A ferida necessita ser mantida limpa, úmida e


• Estimular o usuário a realizar a inspeção diária
coberta para
dos seus pés;

favorecer o processo de cicatrização;


• Não andar descalço.
• É necessário a remoção dos tecidos necróticos
e o manejo da
carga bacteriana e equilibrar a umidade;
• A troca do curativo secundário deve ser
realizada diariamente;
• A indicação da cobertura deve ser escolhida
com base no tipo
de tecido que a lesão apresenta, priorizando o
tratamento que
a lesão exige, de acordo com o Quadro 1
(Apêndice) ;
• Além da terapia racional de insulina,
revascularização,
descompressão do pé, o tratamento local e
terapia antibiótica
podem auxiliar na prevenção de amputação.
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Lesão por Pressão


Lesão por Pressão (LPP) é um dano
localizado na pele e/ou tecido mole
subjacente geralmente sobre
proeminência óssea. Ocorre como um
resultado de intensa e/ou prolongada
pressão ou depressão combinada com
cisalhamento.
Este tipo de lesão acomete, usuários
que apresentam ou apresentaram por
tempo determinado ou indeterminado
mobilidade física prejudicada, na qual
sua capacidade de mobilização física
ficou restrita.

Ações preventivas
Inspecionar regularmente a pele dos usuários que
estão em risco

de desenvolver úlceras por pressão incluindo a


avaliação de calor

localizado, edema ou tumefacção (rigidez),


especialmente em

pessoas com pele mais pigmentada;

• Vigiar a pele quanto a danos em situação de


Classificação pressão ocasionada

Categoria I: eritema não branqueável em por dispositivos médico e proteger proeminências


pele intacta, descoloração da pele, calor, ósseas;

edema, tumefacção ou dor podem estar • Adotar o uso de fotos digitais em associação com a
presentes. Escala de

Categoria II: perda parcial da espessura da Braden para identificar e prevenir essas lesões;

derme que se apresenta como uma ferida • Avaliar o estado nutricional dos usuários em risco
superficial (rasa) com leito vermelho rosa e de desenvolver
sem crosta. úlceras por pressão, pois proteínas, ferro, vitamina-
Categoria III: perda total da espessura da C e zinco

pele; Não há exposição de osso e músculo; auxiliam na cicatrização de lesões;

Presença de necrose; Pode apresentar • Mobilizar e mudar frequentemente de decúbito o


tecido desvitalizado (Fibrina úmida) usuário a cada

Categoria IV: Perda total da espessura dos 2/2h; quando o usuário estiver sentado a cada 1/1h;
tecidos com exposição de músculos, tendões para o usuário

e ossos. Pode apresentar tecido desvitalizado de cadeira de rodas, realizar alívio de pressão a
e/ou necrótico. Frequentemente são cada 15 minutos;

cavitárias e fistuladas. sempre atentando para o alinhamento postural.


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Medidas terapêuticas
Não utilizar massagem na prevenção de lesões por Evitar posturas que aumentem a pressão, tais
pressão; não como o Fowler acima

esfregar a pele com risco de desenvolver úlcera por dos 300 ou a posição de deitado de lado a
pressão; 900 ou, ainda, a posição

• Usar emolientes para hidratar a pele seca, a fim de de semi-deitado.

protegê-la do É indicado o uso de cobertura de acordo com a


dano; avaliação da ferida

• Proteger a pele da exposição à umidade excessiva pelo enfermeiro, utilizando o Quadro I


utilizando (Apêndice).

Lesões agudas
produtos barreira a fim de reduzir o risco de lesão por
pressão.

Técnicas de posicionamento

O posicionamento mantém o conforto, a dignidade e a


de pele
Lesões agudas de pele são definidas como aquelas
capacidade
que surgem
funcional da pessoa:
de súbito e têm curta duração. São causadas por
• Posicione-a de tal forma que a pressão na pele seja fatores externos ao
aliviada ou
organismo e geralmente comprometem epiderme
redistribuída.
e derme.
• Evite sujeitar estruturas corporais à pressão ou forças São exemplos: lesões por queimaduras (de origem
de torção
térmica, química,
(cisalhamento) enquanto o usuário está em atendimento;
elétrica ou radioativa); lesões por infestação de
• Solicite auxílio para reposicionar o usuário de posição e bichos (será abordada
evitar a
a tungíase); lesões cirúrgicas (se não forem bem
fricção ou torção de estruturas do corpo;
tratadas, podem se
• Levante - não arraste - a pessoa enquanto a transformar em crônicas); lesões traumáticas
reposiciona;
(originadas por acidentes,
• Evite posicionar a pessoa de forma que tubos e sistemas quedas, cortes).
de

drenagem entrem em contato direto com dispositivos


médicos.

• Evite que proeminências ósseas que apresentam eritema


não

branqueável sejam expostas à pressão;

• O reposicionamento deve ser feito usando 300 na


posição de

semi-Fowler ou de pronação (bruços); e, uma inclinação


de 300

para posições laterais (alternadamente lado direito,


dorsal e lado

esquerdo) se o usuário tolerar estas posições e a sua


condição

clínica o permitir;

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Ações preventivas
Como medidas efetivas para evitar lesões agudas
Queimaduras
orientar adultos e

crianças para:

Crianças:
A queimadura é uma lesão
restrita à pele, decorrente
Evitar aproximação de fogões, aparelhos de
da

aquecimento, ,

aplicação de calor ao corpo


chimarrão, adultos fumando; adultos devem guardar cuja gravidade depende do


facas e vidros
agente causador.

em locais para que crianças não possam alcançar; A classificação deve


esclarecer sobre
valorizar três aspectos:

a importância de usar calçados/chinelos em casa ou a etiologia, a profundidad


pátio; orientar
e a extensão da lesão.
pais que as criança não fiquem expostas ao sol sem
proteção

(roupas adequadas e protetores solares.

Adultos:

Evitar o sol das 10 às 15 horas; uso de protetores solares Quanto à etiologia: líquidos superaquecidos;
na
combustível; chama

exposição ao sol, usar capacete e roupas adequadas direta; superfície superaquecida; eletricidade;
quando em agentes químicos; agentes

motocicletas; cinto de segurança em carros; proteção em radioativos; radiação solar; agentes biológicos
piscinas,
(água-viva, lagarta do fogo,

antiderrapantes e apoio em escadas e banheiros; alertar medusa, látex de algumas plantas); frio; fogos de
para evitar
artifícios.

respingos na pele ao fritar comidas ou ferver água; Quanto à profundidade: 1º grau, quando as lesões
sempre calçar
atingem somente a

sapato ou sandália ao entrar em contato com areia. camada epidérmica; 2º grau, quando há
comprometimento da epiderme

Medidas terapêuticas e da camada superficial ou profunda da derme; 3º


Orientar o usuário para:
grau, quando atinge o A gravidade da queimadura
• Procurar o Unidade de Saúde de sua referência
leva em consideração a etiologia, a

sempre que tiver


profundidade, a extensão da superfície queimada, a
uma lesão para ser avaliada e receber orientação;
localização da

• Se sentir dor, deverá iniciar analgesia


lesão, a idade da pessoa, as doenças prévias.
(paracetamol) até chegar na
Unidade de saúde, para então receber e seguir as
orientações de
analgesia da equipe de saúde;
• Beber água com frequência.Os profissionais de
enfermagem devem:

• Avaliar a causa da lesão, tempo, sinais de infecção


para solicitar

avaliação médica e, se necessário, iniciar com


antibioticoterapia;

• Realizar vacina antitetânica se última dose foi a


mais de 5 anos.
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Quanto à extensão:
Trocar as luvas e realizar o curativo, utilizando
• PEQUENO QUEIMADO
produtos

I Grau - qualquer extensão, qualquer idade;


recomendados no Quadro I para o tipo de queimadura
II Grau - 5% da área corporal atingida em menores avaliada;

que 12 anos;
• Registrar os cuidados, ter um plano terapêutico e
II Grau - 10% da área corporal atingida em maiores aprazar o

que 12 anos.
retorno ao serviço.

• MÉDIO QUEIMADO
Queimaduras Térmicas: Não arrancar vestes grudadas.

II Grau - 5 a 10% da área corporal atingida em Queimaduras com piche: resfriar a área, tirar o piche
menores de 12 anos;
com óleo mineral e

II Grau - 10 a 20% da área corporal atingida em vaselina sólida. Não desbridar a lesão.

maiores de 12 anos;
Queimadura das extremidades: retirar anéis, pulseiras e
II Grau - envolvendo mão, ou pé, ou face, ou pescoço, ou colares; realizar

axila, ou
curativo individual nos dedos e polegar em abdução;
articulação, em qualquer idade;
orientar manter

III Grau - 5% da área corporal em maiores de 12 anos, membros elevados 24 a 48 horas para reduzir edema;
mas que não
sempre verificar a

envolvam face, mão, períneo ou pé;


mobilização adequada para mobilidade das
III Grau - 10% da área corporal em maiores de 12 anos, articulações.

mas que não


Queimadura Ocular: irrigar abundantemente o olho
envolvam face, mão, períneo ou pé. queimado com água

corrente em temperatura ambiente agradável;


verificar partículas ou

resíduos. Encaminhar ao oftalmologista.

Queimadura Química: remoção mecânica de vestígios da


substância

sobre a lesão e lavar por 30 minutos em água corrente.


Em queimaduras

causadas por FENOL, SÓDIO, POTÁSSIO, LÍTIO, é


importante não lavar

com água, mas aplicar óleo vegetal ou mineral para o


isolamento com a

água. Queimados com ácido sulfúrico e ácido flurídrico


Cuidados gerais encaminhar com

urgência ao setor de queimados do HPS, pois exigem


Colocar equipamento de proteção individual (luva e neutralizantes.
avental);

• Lavar a área queimada com soro fisiológico e


degermante líquido

ou água corrente;

• Enxaguar novamente para retirar corpos estranhos;

• Desbridar as flictenas (bolhas) rotas e aquelas


íntegras grandes

em área de articulação;
@resum_indoenfermagem

Lesão por tungíase-


bicho de pé
A Tungíase (bicho-do-pé) é um agravo que acomete
tanto o homem
quanto os animais domésticos. É uma parasitose
causada por fêmeas
grávidas de uma espécie de pulga, a Tunga
Penetrans, que habita o solo
de zonas arenosas.
A contaminação ocorre quando a pessoa pisa neste
solo sem proteção
nos seus pés. A fêmea grávida penetra na pele Tunga Penetrans - A fêmea,
humana com sua cabeça quando fecundada, penetra na pele
e libera os ovos, infectando o membro. do hospedeiro alimentando-se para
maturação dos seus ovos, que são
expelidos ao meio ambiente 5 a 10
As lesões podem ocorrer em qualquer parte do dias após a penetração na pele. Ao final
corpo, preferencialmente de uma semana, a fêmea libera os ovos
nas regiões plantares periungueais e interdigitais. no ambiente.
Podem ser únicas ou, A tungíase pode servir de porta
ainda, numerosas, dependendo da infestação do solo. de entrada para o tétano, casos mais
Principais sintomas: pruridos relacionados à graves levam à gangrena ou amputação
penetração da pele e dor de dedos. Dependendo da intensidade
devido ao crescimento da pulga. Piodermite, celulite da infestação, os usuários podem ter
e linfadenites são limitações para caminhar e a retirada
condições infecciosas secundárias. dos parasitos pode exigir, inclusive,
internação hospitalar.
Ações preventivas
Além do tratamento do usuário, é importante que a
avaliação

do ambiente também seja feita, para evitar a


reinfecção;

• Medidas de saneamento ambiental requerem ser


implantadas,

o uma

o s u r ge com
com orientação da população quanto a essa doença,

A lesã arrom
p á pula m
peque n a fin

o incentivando o auto exame;

om u m halo
escura,
c de

s e u r e dor. Po • Animais que circulam no local infestado devem ser


ao ira e

e claro r ou coce investigados

d o

caus ar ndária
e c ç ão secu e tratados em caso de infecção, pois constituem-se em
ocorre
r in f loc
a l.
b s c e ssos no
o a nte
fonte de

ou mesm m a is prevale

ça é rbanos
A doen m entos u contaminação;

e nt a urais.
em ass e m áreas r • Deve-se indicar o uso de calçados e boas práticas de
io s ,
precár
higiene.
@resum_indoenfermagem

Medidas terapêuticas Apesar de poder surgir em qualquer pessoa, a erisipela


O tratamento da infestação consiste na retirada do bolhosa é mais comum em pessoas com o sistema imune
parasita com enfraquecidos, com câncer avançado, HIV-positivos ou
técnica asséptica e auxílio material estéril (em geral diabéticos descompensados. Além da erisipela, um tipo
uma agulha), de infecção de pele que também pode surgir é a
requerendo que cada parasita seja retirado para Celulite infecciosa, que costuma afetar partes mais
evitar o risco de re- profundas da pele.
infestação e infecção secundária.

A retirada do parasita da pele não costuma causar dor


nem tampouco

sangramento. Assim que a pulga for retirada, o


problema estará resolvido

e a lesão irá desaparecer.

Entretanto, se houver infecção secundária, é necessário


tratamento

Principais sintomas
Ferida na pele vermelha, inchada, dolorida, de
com antibiótico tópico ou sistêmico e a profilaxia aproximadamente 10 cm de comprimento, que
antitetânica deve ser
apresenta bolhas que apresentam líquido
implementada, conforme esquemas preconizados pelo transparente, amarelo ou amarronzado;
Ministério da
Surgimento de "íngua" na virilha, quando a ferida
Saúde. acomete as pernas ou os pés;
Dor, vermelhidão, inchaço e aumento da

Erisipela bolhosa temperatura local;


Nos casos mais graves, pode haver febre.
Quando a infecção piora, especialmente quando o
A erisipela bolhosa é um tipo de erisipela mais grave, que
tratamento não é feito da forma correta, é possível
se caracteriza por uma ferida avermelhada e extensa,
atingir camadas mais profundas da pele, como tecido
causada pela penetração de uma bactéria chamada
subcutâneo e podendo, até, causar destruição dos
Streptococcus Beta-hemolítico do grupo A através de
músculos, como acontece na fasceíte necrotizante.A
pequenas fissuras na pele, que pode ser uma picada de
confirmação do diagnóstico de erisipela bolhosa é
mosquito ou uma micose nos pés, por exemplo.
feita pela avaliação do médico clínico geral ou
dermatologista, que identifica as características da
Na erisipela comum, esta ferida é mais superficial e
lesão e os sintomas apresentados pela pessoa. Podem
extensa, e no caso da erisipela bolhosa podem formar-se
ser solicitados exames como hemograma para
bolhas com líquido transparente ou amarelado. A ferida é
acompanhar a gravidade da infecção, e exames de
mais profunda, podendo, em alguns casos, provocar
imagem como tomografia computadorizada ou
complicações e afetar a camada gordurosa e até os
ressonância magnética podem ser solicitados em caso
músculos.
de lesões que atingem camadas muito profundas,
músculos ou ossos.
@resum_indoenfermagem

Causas Gênese tumoral


A erisipela bolhosa não é contagiosa, pois surge O processo de formação das feridas neoplásicas
quando bactérias que já vivem na pele e no compreende três eventos:
ambiente conseguem penetrar na pele através de • Crescimento do tumor – leva ao rompimento da
uma ferida, uma picada de inseto ou frieiras nos pés,
pele.
por exemplo. a principal bactéria causadora é a • Neovascularização – provimento de substratos
Streptcoccus pyogenes, apesar de outras bactérias para o crescimento tumoral.
também poderem causar, menos frequentemente. • Invasão da membrana basal das células saudáveis
– há processo de crescimento
Pessoas com a imunidade enfraquecida, como as expansivo da ferida sobre a superfície acometida.
portadoras de doenças autoimunes, diabetes Com o crescimento anormal e desorganizado, tem-se
descontrolada, HIV, assim como obesos e pessoas com a formação, no sítio
má circulação, pois nestes casos as bactérias da ferida, de verdadeiros agregados de massa
conseguem se proliferar mais facilmente tumoral necrótica, onde ocorrerá
contaminação por micro-organismos aeróbicos (por
Tratamento exemplo: Pseudomonas aeruginosa
O tratamento para erisipela bolhosa é feito com e Staphylococcus aureus) e anaeróbicos
antibióticos receitados pelo médico. Geralmente, (bacteroides). O produto final do metabolismo
a primeira escolha é a Penicilina Benzatina. Além desses micro-organismos são os ácidos graxos
disso, é importante a redução do inchaço, voláteis (ácido acético, caproico), além
fazendo repouso absoluto com as pernas dos gases putrescina e cadaverina, que provocam
elevadas, e pode ser necessário enfaixar a perna odor fétido às feridas tumorais.
para diminuir o inchaço mais rapidamente.
A cura da erisipela bolhosa pode ser alcançada
em aproximadamente 20 dias após o início da
antibioticoterapia. Em caso de erisipela de
repetição, é aconselhado o tratamento com
Penicilina G benzatina a cada 21 dias, como forma
Estadiamento da
de prevenção de novos quadros da doença. Veja
mais sobre as formas de tratamento com ferida tumoral
antibióticos, pomadas. ESTADIAMENTO 1
Pele íntegra. Tecido de coloração avermelhada ou

Feridas tumorais violácea. Nódulo visível e delimitado.


Assintomático.

As feridas tumorais são formadas pela infiltração


das células malignas do tumor nas
estruturas da pele. Ocorre quebra da integridade
do tegumento, levando à formação de uma ESTADIAMENTO 1N

ferida evolutivamente exofítica. Isso se dá em Ferida fechada ou com abertura superficial por
decorrência da proliferação celular orifício de drenagem de exsudato límpido,

descontrolada, de coloração amarelada ou de aspecto purulento.


que é provocada pelo processo de oncogênese. Tecido avermelhado ou violáceo, ferida seca ou

úmida. Dor ou prurido ocasionais. Sem odor.


@resum_indoenfermagem

ESTADIAMENTO 2
Ferida aberta envolvendo derme e epiderme.
Ulcerações superficiais. Por vezes, friáveis
Classificação do grau de odor
e sensíveis à manipulação. Exsudato ausente ou em
pouca quantidade (lesões secas ou úmidas).
Intenso processo inflamatório ao redor da ferida. Dor e
odor ocasionais.

Procedimentos para
feridas tumorais
• Avaliar a ferida quanto a:

- Localização.

- Tamanho.

- Configuração.

ESTADIAMENTO 3
- Área de envolvimento.

Ferida espessa envolvendo o tecido subcutâneo. - Cor.

Profundidade regular, com saliência


- Extensão (fístula ao redor).

e formação irregular. Características: friável, ulcerada - Odor.

ou vegetativa, podendo apresentar


- Exsudato.

tecido necrótico liquefeito ou sólido e aderido, odor - Sangramento.

fétido, exsudato. Lesões satélites em risco


- Dor.

de ruptura. Tecido de coloração avermelhada ou - Prurido.

violácea, porém o leito da ferida encontra-se


- Descamação.

predominantemente de coloração amarelada. - Sinais de infecção.

- Acometimento ou invasão de órgãos e sistemas.

• Avaliar a progressão ou mudança na ferida.

• Definir os produtos necessários/apropriados para a


ferida.

• Identificar as necessidades educacionais do


paciente/cuidador quanto aos cuidados

com a ferida após a alta.

• Encaminhar o paciente à Psicologia/Serviço Social de


maneira apropriada.

ESTADIAMENTO 4 ABORDAGEM DA FERIDA – CUIDADOS BÁSICOS

Ferida invadindo profundas estruturas anatômicas. • Limpar a ferida para remoção superficial de
Profundidade expressiva. Por vezes, bactérias e debris.

não se visualiza seu limite. Em alguns casos, com • Conter/absorver exsudato.

exsudato abundante, odor fétido e dor. Tecido • Eliminar o espaço morto (preenchê-lo com curativo).

de coloração avermelhada ou violácea, porém o leito • Eliminar a adesão de gaze às bordas/superfície da


da ferida encontra-se predominantemente ferida.
de coloração amarelada.
@resum_indoenfermagem
Manter úmido o leito da ferida.
• Considerar a necessidade, junto à equipe médica, de
• Promover os curativos simétricos com a aparência do anti-inflamatórios, radioterapia

paciente.
antiálgica ou cirurgia.

• Empregar técnica cautelosa visando à analgesia.


• Registrar a avaliação da dor pela EVA e a analgesia
• Retirar as gazes anteriores com irrigação empregada antes e após

abundante.
o curativo.

• Irrigar o leito da ferida com jato de seringa 20 Comunicar à equipe médica os casos de sofrimento
ml/agulha 40x12 mm.
álgico que fogem ao controle da

• Proteger o curativo com saco plástico durante o conduta preconizada.

banho de aspersão e abri-lo para troca


Controle de exsudato

somente no leito (evitando a dispersão de exsudato e • Curativos absortivos: carvão ativado/alginato de


micro-organismos no ambiente). cálcio e compressa/gaze como

cobertura secundária.
Abordagem da ferida
cuidados específica Atentar para a proteção da pele ao redor (empregar
óxido de zinco na pele macerada e

Controle da dor
nas bordas da ferida antes da utilização de
• Monitorar o nível de dor pela Escala Visual antissépticos).

Analógica (EVA).
• Avaliar os benefícios de coleta de material para
• Considerar o uso de gelo, medicação analgésica cultura (aspirado ou em swab).

resgate/SOS (conforme a prescrição).


Controle do prurido

• Iniciar o curativo após 30 minutos para analgesia • Investigar a causa do prurido.

via oral, 5 minutos para analgesia


• Uso de adesivos: considerar a utilização de adesivos
subcutânea ou endovenosa, e início imediato para a via hipoalergênicos. Utilizar

tópica.
dexametasona creme a 0,1% nas áreas com prurido.

• Retirar os adesivos cuidadosamente.


• Exsudato: considerar a redução do intervalo de
• Adequar o horário de troca de curativos após o realização dos curativos.

paciente já estar medicado.


Utilizar dexametasona creme a 0,1% nas áreas com
• Avaliar a necessidade de analgesia tópica com prurido.

lidocaína gel a 2% (aplicar sobre a ferida


• Relacionado à própria ferida tumoral: utilizar
tumoral e ao redor, cobrindo cerca de 2 cm de tecido dexametasona creme a 0,1%

saudável).
nas áreas com prurido e em caso de persistência do
• Empregar técnica cautelosa, evitar friccionar o leito sintoma, considerar com a equipe

da ferida.
médica a introdução de terapia sistêmica.

• Irrigar o leito da ferida com água destilada ou soro • Candidíase cutânea: à inspeção, notam-se áreas de
fisiológico 0,9% e aplicar óxido de
hiperemia ao redor da

zinco (pomada) nas bordas e ao redor da ferida (a ferida associada a pápulas esbranquiçadas. Utilizar
camada de pomada age evitando o contato
sulfadiazina de prata a 1%.Abordagem da necrose

direto entre a pele do paciente e o exsudato, o que • Avaliar as necessidades de desbridamento, de acordo
causa desconforto, por vezes, referido pelo
com a capacidade

paciente como sensação de dor em queimação ou funcional do paciente.

ardência).
• Eleger forma de desbridamento (mecânico, químico,
• Observar a necessidade de analgesia após a autolítico).
realização do curativo.

• Reavaliar a necessidade de alteração do esquema


analgésico prescrito.

@resum_indoenfermagem

Cicatrização da ferida
A cicatrização de lesões de pele é um processo
complexo, que envolve diversas etapas. Diversos
fatores (internos e externos) podem influenciar na
cicatrização de uma lesão, como:
– Tipo da lesão;
– Faixa etária;
– Estado nutricional;
– Doenças pré-existentes (diabetes, hipertensão, Fase de reparo
etc);
– Terapia medicamentosa; É a última fase do processo e que pode durar meses. A
– Tratamentos incorretos. densidade celular e a vascularização são diminuídas,
resultando na remodelação do tecido cicatricial
Mesmo que o processo de cicatrização varie de (formado na fase anterior).
acordo com cada organismo, é possível identificar
três fases da cicatrização que levam à
regeneração tecidual e à formação do tecido de
cicatrização.

Fase inflamatória
Caracterizada pela presença de exsudato (secreção),
que dura de um a quatro dias, dependendo da
extensão e natureza da lesão. Nesse período ocorre a
ativação do sistema de coagulação sanguínea e a
liberação de mediadores químicos, podendo haver Tempo de cicatrização
edema, vermelhidão e dor.
O processo cicatricial – que engloba as três fases
citadas acima – pode ser acelerado se algumas medidas
forem tomadas.

Manter o organismo hidratado, bebendo, no mínimo, 2


litros de água por dia, é fator fundamental para a boa
cicatrização. Uma dieta equilibrada, com proteínas,
carboidratos e gorduras, também ajuda a acelerar a
regeneração da pele.
Fase proliferativa utilização da Membrana Regeneradora Porosa
É a fase da regeneração, que pode durar de 5 a 20 Membracel acelera a cicatrização da região lesionada,
dias. Nela ocorre a proliferação de fibroblastos, que pois promove o ambiente ideal para o desenvolvimento
dão origem ao processo chamado “fibroplasia”. Nesse do tecido de granulação. Além disso, a membrana
período, as células endoteliais se proliferam, mantém a umidade natural na região e promove as
resultando em rica vascularização e infiltração de trocas gasosas, fatores que aceleram a cicatrização.
macrófagos. Esse conjunto forma o tecido de
granulação.
@resum_indoenfermagem

Fatores que interferem Avaliação da ferida


Na cicatrização O enfermeiro ao realizar a avaliação da ferida,
Alguns fatores podem prejudicar a cicatrização deve avaliar todo seu aspecto a fim de decidir qual
da pele, tornando o processo mais demorado e o melhor tratamento a ser seguido. Alguns
podendo causar complicações e prejuízos elementos devem ser avaliados e registrados para
estéticos e funcionais. Esses fatores são garantir um tratamento adequado, cada um dos
definidos como fatores locais e fatores itens a seguir devidamente registrados facilitam
sistêmicos . posteriormente a avaliação do profissional:
Área de abrangência e extensão da lesão:
define a área onde está localizada a lesão
Fatores locais (aqueles relacionados diretamente à através de medidas de largura e
ferida):
comprimento, devendo ser anotados
– Características da ferida: dimensão, periodicamente para realização de
profundidade, aspecto da secreção, hematomas,
edemas e presença de corpo estranho. comparação e evolução da ferida.
Aspecto da área adjacente: a área que se
– Cuidados: higienização, material e curativos estende ao redor da ferida (perilesional)
utilizados.
deve ser observada especificando se ela se
– Isquemia tecidual: a falta de oxigenação encontra: integra, lacerada, macerada,
dificulta a proliferação das células. com presença de eczema, celulite, edema,
– Infecção local: quando o processo de corpos estranhos ou sujidades.
cicatrização é retardado por conta de Aspecto da lesão: tipo de tecido
contaminação bacteriana.
predominante
Fatores sistêmicos (que dizem respeito ao indivíduo): (granulação\esfacelo\necrose).

– Faixa etária: a idade avançada dificulta a


resposta da fase inflamatória.
Exsudato
– Estado nutricional: uma dieta pobre em
proteínas e vitaminas interfere em todas as fases da Exsudato é a matéria resultante de um processo
cicatrização. A má nutrição diminui a resposta inflamatório, que sai dos vasos sanguíneos e deposita-se
imunológica e a síntese de colágeno. O resultado em tecidos ou superfícies teciduais. Ele é constituído de
disso, além da demora na cicatrização, pode líquido, células, fragmentos celulares e proteínas.
resultar em deiscência de suturas.

– Doenças crônicas: diabetes mellitus, obesidade,


hipertensão, entre outras.

– Terapia medicamentosa: antiinflamatórios,


antibióticos e quimioterápicos podem interferir no
processo cicatricial.

– Tratamento tópico inadequado: utilização de


produtos inapropriados, como sabão comum.

– Distúrbios cicatriciais: distúrbios na


cicatrização, como atrofia cicatricial, cicatriz
hipertrófica e queloides.
@resum_indoenfermagem

Curativos
Curativo ou cobertura é definido como um meio As coberturas com hidrocoloide são impermeáveis à
terapêu- tico que consiste na limpeza e aplicação de água. O curativo age como uma segunda pele,
material sobre uma ferida para sua proteção, absorção isolando as bactérias da ferida do meio externo.
e drenagem, com o in tuito de melhorar as condições do Evita o ressecamento e a perda de calor, e mantém o
leito da ferida e auxiliar em sua resolução. ambiente úmido ideal. Pode durar até 7 dias.
É um dos tipos de curativos indicados para
ferimentos com pouca ou moderada exsudação.
Curativo id
eal Inclusive, são fáceis de aplicar em áreas de
O CURATIVO IDEAL articulações, como cotovelo.
• Mantém a umidade
• Absorve a exsudação Carvão ativado
• Permite a troca gaso É uma cobertura composta por tecido de carvão
sa
• Fornece isolamento té ativado, impregnado com prata. Exerce uma ação
rmico
• Impermeável a bactér bactericida envolta por uma camada de não tecido
ias
• Isento de partículas selada em toda a sua extensão. Indicado para
• Removido sem trauma feridas com mau odor, sendo mais eficaz para
• Custo acessível cobertura de lesões infectadas e exsudativas. Assim
como os alginatos, esse é um dos tipos de curativos
que necessitam de cobertura.

Tipos de cobertura Hidrogel


para Curativos Entre os tipos de curativos mais eficazes, está o
hidrogel. O material promove hidratação nas lesões,
Antes de identificar os tipos de curativos de forma
sendo elas secas, superficiais, profundas, com ou sem
profunda, deve-se entender que eles se dividem em
infecção, necrose ou esfacelo. Proporciona um
passivos e ativos. As coberturas passivas são
ambiente úmido o suficiente para ajudar na
aquelas fabricadas com produtos que protegem a
recuperação de úlceras, queimaduras de segundo
ferida, como gaze, algodão e esparadrapo. Por sua
grau e necroses.
vez, as coberturas ativas têm como finalidade
O hidrogel tem propriedades incríveis. Além de
fornecer um ambiente úmido e limpo para
proporcionar alta hidratação das terminações
estimular a cicatrização.
nervosas, também alivia o sofrimento do paciente. A
Alginato cobertura permite que a ferida necrosada descole
As fibras de alginato são derivadas de algas da pele sem causar dor à pessoa.
marinhas. Ao interagirem com a ferida, sofrem
alteração e estrutural e transformam-se em um Antissépticos
gel suave. Esse material absorve a exsudação —
excesso de secreção produzido nas feridas. O Um dos tipos de curativos utilizados para inibir
alginato é indicado para feridas com exsudação crescimento de microrganismos em tecidos vivos,
em grande ou moderada quantidade. Sua pele e mucosas. Consistem em agentes biocidas, bem
cobertura deve ser feita com gaze e fita adesiva. simples e fáceis de aplicar. Os mais recomendados
são álcool 70%, clorexidina tópica e PVP-I tópico.
Hidrocoloide
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Papaína Compressivo
O creme de Papaína 10% está indicado como desbridante Utilizado para reduzir o fluxo sanguíneo, promover
químico e facilitador do processo cicatricial, como a estase e ajudar na aproximação das extremidades
coadjuvante da antibiotecoterapia sistêmica de feridas da lesão
infectadas. Seu mecanismo de ação atua como
desbridante químico, facilitando o processo cicatricial.

AGE
Curatec AGE 30 Rayon é um curativo primário
destinado ao tratamento de feridas constituído por
uma malha não aderente de acetato de celulose
(Rayon) impregnada com Ácidos Graxos Essenciais Com irrigação
(AGEs) de origem vegetal. O produto é estéril e não É um meio terapêutico que consiste na limpeza, com
aderente. aplicação de procedimentos assépticos, que vai desde
a irrigação como solução fisiológica até as
coberturas específicas que poderão auxiliar no
Tipos de curativos processo de cicatrização

Aberto
São realizados em ferimentos que não há necessidade
de serem ocluídos. Feridas cirúrgicas limpas após 24
horas, cortes pequenos, suturas, escoriações, etc são
exemplos deste tipo de curativo.

Com drenagem
Isto significa que o número de trocas está
diretamente relacionado com a quantidade de
drenagem. Se houver incisão limpa e fechada, o
curativo deve ser mantido oclusivo por 24 horas e
após este período poderá permanecer exposta e
lavada com água e sabão
Fechado/ oclusivo
Fechado ou bandagem: sobre a ferida é colocada
gaze, pasta ou compressa, fixando-se com
esparadrapo ou atadura de crepe; Nas feridas com
infecção nas cavidades ou fistulas, pode-se irrigar
soro fisiológico ou antisséptico com auxílio de uma
seringa
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Técnicas de curativos
Tratar de uma lesão, não significa apenas aplicar um Lavar as mãos antes e após cada curativo, mesmo
produto ou substância, significa cuidar de um ser único, que seja em um mesmo paciente;
que possui suas peculiaridades e devem ser respeitadas • Verificar data de esterilização nos pacotes
na hora de escolher a forma de tratamento e a técnica utilizados para o curativo (validade usual 7 dias);
de curativo. • Expor a ferida e o material o mínimo de tempo
As técnicas de curativos são procedimentos assépticos possível;
que vão desde a irrigação com solução fisiológica até a • Utilizar sempre material esterilizado;
cobertura específica que auxiliarão no processo de • Se as gazes estiverem aderidas na ferida,
cicatrização. umedecê-las antes de retirá-las;
A enfermagem deve ser bastante criteriosa, quanto aos • Não falar e não tossir sobre a ferida e ao
medicamentos nas lesões e nas técnicas de curativos manusear material estéril;
corretas, sem contaminações, pois podem interferir de • Considerar contaminado qualquer material que
uma forma positiva ou negativa na cicatrização. toque sobre locais não esterilizados;
• Usar luvas de procedimentos em todos os
curativos, fazendo-os com pinças (técnica
Classificação do Curativo de acordo com o Tamanho da • asséptica);
Ferida: • Utilizar luvas estéreis em curativos de
cavidades ou quando houver necessidade de
Curativo pequeno: curativo realizado em ferida • contato direto com a ferida ou com o material
pequena: aproximadamente 16 cm2. (ex: cateteres que irá entrar em contato com a ferida;
venosos e arteriais, cicatrização de coto umbilical, • Se houver mais de uma ferida, iniciar pela menos
fístulas anais, flebotomias e/ou subclávia/jugular, contaminada; Nunca abrir e trocar
hemorroidectomia, pequenas incisões, traqueotomia, • curativo de ferida limpa ao mesmo tempo em
cateter de diálise e intermitente). que troca de ferida contaminada;
• Quando uma mesma pessoa for trocar vários
Curativo Médio: curativo realizado em ferida média, curativos no mesmo paciente, deve iniciar pelos
variando de 16,5 a 36 cm2. (ex: Cesáreas infectadas, de incisão limpa e fechada, seguindo-se de ferida
incisões de dreno, lesões cutâneas, abscessos drenados, aberta não infectada, drenos e por último as
escaras infectadas, outros especificar). colostomias e fístulas em geral;

Curativo grande: curativo realizado em ferida grande, Ao embeber a gaze com soluções manter a ponta
variando de 36,5 a 80 cm2. (ex: Incisões contaminadas, da pinça voltada para baixo;
grandes cirurgias – incisões extensas (cirurgia torácica, • Ao aplicar ataduras, fazê-lo no sentido da
cardíaca), queimaduras (área e grau), toracotomia com circulação venosa, com o membro apoiado, tendo
drenagem, úlceras infectadas, outros). o cuidado de não apertar em demasia.
• Os curativos devem ser realizados no leito com
Curativo Extra Grande: curativo realizado em ferida toda técnica asséptica;
grande, com mais de 80 cm2 (ex: Todas as ocorrências • Nunca colocar o material sobre a cama do
de curativos extragrandes deverão obrigatoriamente paciente e sim sobre a mesa auxiliar, ou carrinho
constar de justificativa médica). de curativo. O mesmo deve sofrer desinfecção
após cada uso;
Procedimentos • Todo curativo deve ser realizado com a seguinte
paramentação: luva, máscara e óculos.
@resum_indoenfermagem

• O curativo não deve ser realizado em horário de


Em caso de curativos de grande limpeza do ambiente, o ideal é após a limpeza;
porte e curativos infectados (escaras
infectadas com áreas extensas, lesões • Em feridas em fase de granulação realizar a limpeza
em membros inferiores, e ferida do interior da ferida com soro fisiológico em jatos, não
cirúrgica infectada) usar também o esfregar o leito da ferida para não lesar o tecido em
capote como paramentação; formação.
Quando o curativo for oclusivo deve-
se anotar no esparadrapo a data, a • Os drenos devem ser de tamanho que permitam a sua
hora e o nome de quem realizou o permanência na posição vertical, livre de dobras e
curativo. curva;

• Mobilizar dreno conforme prescrição médica;

Em portadores de ostomias e fístulas utilizar placa


• Em úlceras arteriais e neuropatias diabética (pé
protetora e TCM na proteção da pele nas áreas
diabético) manter membro enfaixado e aquecido com
adjacentes à ferida;
algodão ortopédico;

• Não comprimir demasiadamente com ataduras e


• Em úlceras venosas, manter membro elevado.
esparadrapos o local da ferida a fim de garantir boa
Antes de Iniciar o Curativo, deve-se realizar:
circulação;

- Avaliação do estado do paciente, principalmente os


• As compressas e ataduras deverão ser colocadas em
fatores que interferem na cicatrização, fatores causais,
saco plástico protegidos e jogar no hamper de roupa do
risco de infecção;
paciente. Quando este material estiver com grande
quantidade de secreção, deve-se colocar em saco
- Avaliação do curativo a ser realizado, considerando-
plástico e desprezar;
os em função do tipo de ferida;

• Trocar os curativos úmidos quantas vezes forem


- Orientação do paciente sobre o procedimento;
necessárias, o mesmo procedimento deve ser adotado
para a roupa de cama, com secreção do curativo;
Preparo do ambiente (colocar biombos quando necessário,
deixar espaço na mesa de cabeceira para colocar o material
• Quando o curativo da ferida for removido, a ferida
a ser utilizado, fechar janelas muito próximas, disponibilizar
deve ser inspecionada quanto a sinais flogísticos. Se lençol ou toalha para proteger o leito e as vestes do
houver presença de sinais de infecção (calor, rubor, paciente quando houver possibilidade de que as soluções
hiperemia, secreção) comunicar o S.C.I.H. e / ou a escorram para áreas adjacentes);
supervisora e anotar no prontuário, colher material
para cultura conforme técnica; - Preparar o material e lavar as mãos;

- Após estes preparativos, podemos iniciar o curativo


propriamente dito (remoção, limpeza, tratamento,
proteção).
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Principais erros cometidos ao se realizar um


Curativo:

• Usar curativo em feridas totalmente


cicatrizadas;
• Cobrir o curativo com excesso de
esparadrapo;
• Trocar o curativo em excesso em feridas
secas;
• Demorar a trocar o curativo de feridas
secretantes;
• Esquecer de fazer as anotações ou não faze-
Observações: las corretamente;
• Não lavar as mãos entre um curativo e
- A evolução do curativo, bem como os materiais outro;
gastos deverão ser anotados ao término de cada • Conversar durante o procedimento;
curativo, evitando assim erros e esquecimentos de • Misturar material de um curativo e outro,
anotações; em um mesmo paciente;
- Se houver mais de um curativo em um mesmo • Não fazer desinfecção do carrinho de um
paciente anotar as informações separadas para curativo para outro.
cada um deles citando a localização do mesmo.
Lembre-se de:

• Evitar falar no momento da realização do


procedimento e orientar o paciente para que faça o
mesmo;
• Fazer a limpeza com jatos de SF 0,9% sempre que a
lesão estiver com tecido de
• granulação vermelho vivo (para evitar o atrito da
gaze);
• A troca do curativo será prescrita de acordo com a
avaliação diária da ferida;
• Proceder a desinfecção da bandeja, carrinho, ou
mesa auxiliar após a execução de cada curativo, com
solução de álcool a 70%;
• Manter o Soro Fisiológico 0,9 % dentro do frasco
de origem (125 ml);
• Desprezar o restante em caso de sobra;
• O T.C.M. deve ser distribuído em frascos pequenos
estéreis, (individuais);
• Realizar os curativos contaminados com S. F. 0,9 %
aquecido (morno).
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