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INTRODUÇÃO À

FARMACOLOGIA

AULA 1
DOCENTE: MICAELA DANTAS
ATENÇÃO:
RESOLUÇÃO COFEN Nº 564/2017
De acordo com a resolução, o código de
ética dos profissionais de Enfermagem traz
aspectos que direcionam a atuação frente à
execução do preparo e da administração dos
medicamentos.
DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
A Enfermagem é comprometida com a produção e
gestão do cuidado prestado nos diferentes contextos
socioambientais e culturais em resposta às necessidades
da pessoa, família e coletividade. O profissional de
Enfermagem atua com autonomia e em consonância com
os preceitos éticos e legais, técnico-científico e teórico-
filosófico; exerce suas atividades com competência para
promoção do ser humano na sua integralidade, de acordo
com os Princípios da Ética e da Bioética, e participa como
integrante da equipe de Enfermagem e de saúde na
defesa das Políticas Públicas, com ênfase nas políticas de
saúde que garantam a universalidade de acesso,
integralidade da assistência, resolutividade, preservação
da autonomia das pessoas, participação da comunidade,
hierarquização e descentralização político-administrativa
dos serviços de saúde.
O cuidado da Enfermagem se fundamenta
no conhecimento próprio da profissão e nas
ciências humanas, sociais e aplicadas e é
executado pelos profissionais na prática social e
cotidiana de assistir, gerenciar, ensinar, educar
e pesquisar.
DIREITOS
Art. 2º Exercer atividades em locais de trabalho livre de
riscos e danos e violências física e psicológica à saúde do
trabalhador, em respeito à dignidade humana e à proteção
dos direitos dos profissionais de enfermagem.
Art. 12 Abster-se de revelar informações confidenciais de
que tenha conhecimento em razão de seu exercício
profissional.
Art. 21 Negar-se a ser filmado, fotografado e exposto em
mídias sociais durante o desempenho de suas atividades
profissionais.
Art. 22 Recusar-se a executar atividades que não sejam
de sua competência técnica, científica, ética e legal ou
que não ofereçam segurança ao profissional, à pessoa, à
família e à coletividade.
Art. 23 Requerer junto ao gestor a quebra de vínculo da
relação profissional/usuários quando houver risco à sua
integridade física e moral, comunicando ao Coren e
assegurando a continuidade da assistência de
Enfermagem.
DEVERES
Art. 36 Registrar no prontuário e em outros documentos as
informações inerentes e indispensáveis ao processo de cuidar de
forma clara, objetiva, cronológica, legível, completa e sem rasuras.
Art. 39 Esclarecer à pessoa, família e coletividade, a respeito dos
direitos, riscos, benefícios e intercorrências acerca da assistência de
Enfermagem.
Art. 40 Orientar à pessoa e família sobre preparo, benefícios, riscos
e consequências decorrentes de exames e de outros procedimentos,
respeitando o direito de recusa da pessoa ou de seu representante
legal.
Art. 42 Respeitar o direito do exercício da autonomia da pessoa ou
de seu representante legal na tomada de decisão, livre e
esclarecida, sobre sua saúde, segurança, tratamento, conforto, bem-
estar, realizando ações necessárias, de acordo com os princípios
éticos e legais.
Art. 45 Prestar assistência de Enfermagem livre de danos
decorrentes de imperícia, negligência ou imprudência.

Imperícia: faz
Negligência: a atitude
sem ter a
é omissiva, posto que o
habilidade agente deixa de fazer
necessária. algo que seguramente
deveria fazer.

Imprudência: faz
sem o cuidado
devido.
Art. 46 Recusar-se a executar prescrição de
Enfermagem e Médica na qual não constem assinatura
e número de registro do profissional prescritor, exceto
em situação de urgência e emergência.

§ 1º O profissional de Enfermagem deverá recusar-


se a executar prescrição de Enfermagem e Médica
em caso de identificação de erro e/ou ilegibilidade da
mesma, devendo esclarecer com o prescritor ou outro
profissional, registrando no prontuário.
PROIBIÇÕES
Art. 62 Executar atividades que não sejam de sua
competência técnica, científica, ética e legal ou que não
ofereçam segurança ao profissional, à pessoa, à família e
à coletividade.
Art. 78 Administrar medicamentos sem conhecer
indicação, ação da droga, via de administração e
potenciais riscos, respeitados os graus de formação do
profissional.
Art. 79 Prescrever medicamentos que não estejam
estabelecidos em programas de saúde pública e/ou em
rotina aprovada em instituição de saúde, exceto em
situações de emergência.
Art. 80 Executar prescrições e procedimentos de
qualquer natureza que comprometam a segurança da
pessoa.
Art. 87 Registrar informações incompletas,
imprecisas ou inverídicas sobre a assistência de
Enfermagem prestada à pessoa, família ou
coletividade.
Art. 88 Registrar e assinar as ações de Enfermagem
que não executou, bem como permitir que suas ações
sejam assinadas por outro profissional
Das relações com as organizações da categoria

Responsabilidades e deveres

Artigo 48°
Cumprir e fazer cumprir Os preceitos éticos e legais
da profissão.

O profissional da equipe de enfermagem que prepara


e administra uma medicação deve conhecer a
legislação que regulamenta o exercício de sua
profissão, as normas da instituição em que trabalha,
realizando a medicação conforme a Prescrição Médica
garantindo a segurança e bem estar de sua clientela.
QUAIS OS OBJETIVOS DAS MEDICAÇÕES?

PROFILÁTICA: O MEDICAMENTO TEM AÇÃO


PREVENTIVA CONTRA DOENÇAS.
Ex: AS VACINAS PODEM ATUAR NA PREVENÇÃO DE
DOENÇAS.

TERAPÊUTICO: O MEDICAMENTO TEM AÇÃO CURATIVA,


PODE CURAR A PATOLOGIA.
Ex: OS ANTIBIÓTICOS TÊM AÇÃO TERAPÊUTICA, CURANDO
DOENÇAS.
PALIATIVO: O MEDICAMENTO TEM CAPACIDADE DE DIMINUIR OS
SINAIS E SINTOMAS DA DOENÇA, MAS NÃO PROMOVE A CURA.
Ex: OS ANTI-HIPERTENSIVOS DIMINUEM A PRESSÃO ARTERIAL, MAS
NÃO CURAM A HIPERTENSÃO; OS ANTITÉRMICOS E ANALGÉSICOS
DIMINUEM A FEBRE E DOR, PORÉM NÃO CURAM A PATOLOGIA
CAUSADORA DOS SINAIS E SINTOMAS.

DIAGNÓSTICA: O MEDICAMENTO AUXILIA NO DIAGNÓSTICO,


ELUCIDANDO EXAMES RADIOGRÁFICOS.
Ex: OS CONTRASTES SÃO MEDICAMENTOS QUE, ASSOCIADO AOS
EXAMES RADIOGRÁFICOS, AUXILIAM EM DIAGNÓSTICOS DE
PATOLOGIAS.
PRINCÍPIO ATIVO (P.A.)
É a substância existente na composição de um
medicamento que é responsável pelo seu efeito
terapêutico. Geralmente é utilizado como sinônimo de
fármaco, substância ativa e nome genérico.

Exemplo:
Fluimucil® Xarope (água destilada, açúcar, essência,
corante, acetilcisteína, etc).

Observação: Fórmulas que não possuem PA, são


chamadas de medicamento placebo, utilizados quando
há necessidade de suprir fatores psicológicos, testes, etc.
Placebo é qualquer substância
ou tratamento inerte (ou seja,
que não apresenta interação com
o organismo).
ASSOCIAÇÃO MEDICAMENTOSA
Quando um produto farmacêutico, possui dois ou
mais princípios ativos.

Exemplo: Buscopan Plus®


Brometo de N-butilescopolamina ..................................10
mg (PA)
Paracetamol
....................................................................800 mg (PA)
Excipientes
......................................................................q.s
FÓRMULA FARMACÊUTICA

É a descrição do produto farmacêutico, ou seja, a


discriminação dos componentes ativos e não ativos e
suas respectivas dosagens.

Exemplo:
Ácido Acetil Salicílico ..........................................500 mg
Vitamina C ..........................................................400 mg
Lactose ...............................................................100 mg
VEÍCULO

Termo utilizado para designar a parte líquida


(não medicamentosa) de uma formulação. (água, álcool).
Meio líquido no qual o princípio ativo (PA) está
disperso “misturados” de forma homogênea.
Exemplo: Permanganato de Potássio
(KMnO4) .................1g

Água destilada
....................q.s.p.......................................100ml ->
veículo
EXCIPIENTE

Termo utilizado para designar a parte sólida e


semissólida (não-medicamentosa) de uma formulação. É
uma substância inerte, farmacologicamente inativa,
usada como veículo para o princípio ativo, ajudando na
sua preparação ou estabilidade. ex: Lactose, Estearato de
Magnésio, Celulose, Vaselina branca, etc.
Ou seja, são produtos que promovem a consistência,
cor, aroma,
TIPOS DE AÇÃO DOS MEDICAMENTOS

Local: A medicação age no local onde é administrada,


sem passar pela corrente sanguínea;

Sistêmica: Significa que a medicação é primeiramente


absorvida, depois entra na corrente sanguínea para atuar
no local de ação desejada.
IMPORTANTE!
MEDICAMENTO MEDICAMENTO
DE USO INTERNO DE USO EXTERNO

São aqueles que passam pelo São aqueles aplicáveis na


estômago e intestino. superfície do corpo ou nas
Exemplos: drágeas, mucosas facilmente
comprimidos, cápsulas, acessíveis ao exterior, ou seja,
xaropes, etc. não passam pelo estômago e
intestino. Ex: pomadas
NOMENCLATURA DOS MEDICAMENTOS

• Cada medicamento possui no


mínimo 3 nomes: Químico –
Genérico – Comercial
NOME QUÍMICO

O nome químico é o único que


descreve a estrutura química do
fármaco. Identifica plena e
exatamente a estrutura química.
Visto que às vezes é muito longo, o
nome químico não é adequado para
uso rotineiro.

Ex: ácido 1-fenil-2,3-dimetil-5-pirazolona-4-


metilaminometanossulfônico
NOME COMERCIAL

O nome registrado ou comercial,


refere-se ao nome individual
selecionado e usado pelo fabricante do
medicamento. Se o medicamento é
fabricado por mais de uma companhia,
como frequentemente acontece, cada
firma dá o seu próprio nome registrado.

Ex:
Valium® (Roche)
Dienpax® (Sanofi)
NOME GENÉRICO
 O nome genérico, refere-se ao nome
comum, pelo qual um fármaco é
reconhecido como substância isolada, sem
levar em conta o fabricante. É o nome
oficial dos fármacos, pode ser
compreendido no mundo todo. A
Organização Mundial de Saúde (OMS) é
órgão oficial incumbido de selecionar,
aprovar e divulgar os nomes oficiais de
fármacos.
 Geralmente os nomes conhecimentos por
médicos e profissionais da saúde são o
comercial e o genérico.

 Exemplo: Diazepam
BIODISPONIBILIDADE
X
BIOEQUIVALÊNCIA
 O teste de biodisponibilidade: relaciona-se à
quantidade absorvida e à velocidade do processo de
absorção do fármaco no organismo. Quando dois
medicamentos apresentam a mesma biodisponibilidade,
sua eficácia clínica é considerada comparável.

 O teste de bioequivalência: consiste na demonstração


de que o medicamento genérico e seu respectivo
medicamento de referência, apresentam a mesma
biodisponibilidade no organismo. A bioequivalência,
assegura que o medicamento genérico apresenta a
mesma eficácia clínica e a mesma segurança em relação
ao mesmo.
COMO IDENTIFICAR UM
MEDICAMENTO GENÉRICO?

O medicamento genérico deve


apresentar na sua embalagem,
logo abaixo do nome do princípio
ativo que o identifica a frase
“Medicamento Genérico – Lei
9787/99”.

Além disso, os genéricos devem


ser identificados por uma letra
“G” azul impressa sobre uma
tarja amarela situada na parte
inferior das embalagens do
produto.
NOMENCLATURA DOS MEDICAMENTOS

Nome genérico: Paracetamol

Nome químico: 4-
hidroxiacetanilida, p-
acetilminofenol, N-acetil-p-
aminofenol

Nome comercial: Tylenol, Termol,


etc
Dê um exemplo de
imperícia, negligência e
imprudência em caso de
administração
medicamentosa.
OBRIGADA!

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