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Centro de Estudos Técnico do Norte do Piauí - LTDA

CLÍNICA
DE
ENFERMAGEM
Procedimentos de Enfermagem

Curso: Técnico de Enfermagem


Turma: Cana Brava
Professor: Valdemilson Vieira
SUMÁRIO
HIGIENE DAS MÃOS-------------------------------------------------------------------01
SERINGAS E AGULHAS---------------------------------------------------------------02
CATETER AGULHADO (Scalp)------------------------------------------------------05
CATETER FLEXÍVEL (Jelco)---------------------------------------------------------06
VIA PARENTERAL-----‐----------------------------------------------------------------07
Via Subcutânea-------------‐-------------------------------------------------------07
CURATIVOS-----------------------------------------------------------------------------09
Classificação dos Curativos-----------‐-----------------------------------------09
Fases da Cicatrização------------‐-----------------------------------------------11
Tipos de Tecidos no Leito da Ferida-‐----------------------------------------13
Tipos de Coberturas------------------‐-------------------------------------------14
Técnica Para Realização de Curativo----------------------------------------24
Miíase-‐------------------------------------------------------------------------------25
Técnica Para Remoção de Miíase Primária --------------------------------27
Técnica Para Remoção de MiíaseSecundária------------------------------28
RETIRADA DE PONTOS-------------------------------------------------------------29
BANHO NO LEITO---------------------------------------------------------------------31
Banho no Leito - Técnica---------------------------------------------------------33
POSIÇÕES PARA EXAMES E CIRURGIAS------------------------------------34
Higiene das mãos
A higienização das mãos consiste na limpeza das mãos com a finalidade de remover
sujidades, além de microrganismos transitórios que são responsáveis pela grande
maioria das infecções nos serviços de saúde. A lavagem das mãos é indispensável nos
ambientes de saúde sendo ela realizada antes de fazer qualquer procedimento e logo
após o término do mesmo, a cada paciente examinado ou sempre que necessário. A
higiene das mãos "engloba a higienização simples, a higienização antisséptica, a fricção
antisséptica e a antissepsia cirúrgica das mãos". (ANVISA, 2007).
Lavagem simples das mãos: Remover os microrganismos que colonizam as camadas
superficiais da pele, assim como o suor, a oleosidade e as células mortas, retirando a
sujidade propícia à permanência e à proliferação de microrganismos. - 40 a 60 segundos.

Passo a passo - lavagem simples das mãos

Figuras/Reprodução: ANVISA 2007

Figuras/Reprodução: ANVISA 2007


Figuras/Reprodução: ANVISA 2007

01
Seringas e Agulhas
As seringas são equipamentos que são bastante utilizadas nos serviços de saúde. Elas
servem geralmente para administração de líquidos ou medicações por vias
Intramuscular(IM), intradérmica(ID), Subcutânea(SC), intravenosa/endovenosa(IV/EV)
dentre outras. Além disso, as seringas podem ser utilizadas para coleta de sangue arterial
ou venoso, irrigação de sonda vesical de demora, alimentação por gavagem, além de
muitas outras finalidades.

componentes básicos da seringa

Figuras/Reprodução: Farmaceuticodigital.com

Figuras/Reprodução: Figuras/Reprodução: Farmaceuticodigital.com


Farmaceuticodigital.com

Figuras/Reprodução:
Figuras/Reprodução:
Farmaceuticodigital.com
Farmaceuticodigital.com

02
Seringas e Agulhas
Além das seringas apresentadas anteriormente, temos ainda a seringa de 1,0mL que é
bem utilizada para administração de medicação intradérmica e subcutânea, sendo muito
utilizada por pacientes diabéticos para admistracao de insulina. Diferente das outras
seringas, está por sua vez é graduada em unidades internacionais (UI).

Figuras/ Reprodução: Farmaceuticodigital.com

Figuras/ Reprodução: Farmaceuticodigital.com

03
Seringas e Agulhas
Agulhas
As agulhas por sua vez possuem tamanhos e calibres diferentes que são utilizadas de
acordo com via de administração a ser utilizada ou a depender do critério do profissional
que irá manuseá-la.

Para facilitar a identificação das agulhas,


as mesmas possuem canhões com cores
diferentes que ajudam o profissional a
identificar de forma mais rápida o seu
calibre.

Figuras/Reprodução: Farmaceuticodigital.com

Figuras/Reprodução: Farmaceuticodigital.com Figuras/Reprodução: Farmaceuticodigital.com

Identificar o calibres da agulhas

Figuras/Reprodução: Farmaceuticodigital.com

04
Cateter agulhado X Cateter sobre agulha
Cateteres venosos periféricos são utilizados para terapias intravenosa. A punção venosa
periférica consiste na introdução da cânula do cateter na veia para infusão de
medicamentos, líquidos de reidratação ou hemoderivados. É importante saber que, quanto
menor a numeração do cateter maior será seu calibre. Temos hoje dois tipos de cateter
mais utilizados em terapias intravenosas:

Cateter agulhado
Também chamado de "scalp ou butterfly", são feitos de aço inoxidável que são utilizados para
infusão de curta duração (em torno de 24 horas), de baixo volume, pode ser utilizado para
administração de medicamentos "in bolus ou flush". Seus calibres variam do 19 ao 27 (números
ímpares).

19G - indicado para veias de grande calibre (adolescentes, adultos e idosos);


21 e 23G - indicados para veias de médio calibre ( adolescentes, adultos e idosos);
25 e 27G - indicado para veias de pequeno calibre ( crianças e neonatos).

Calibre dos scalps

Fonte: Google imagens.


Fonte: Google imagens.

IMPORTANTE: Terapia infusional


BOLUS: Tempo menor ou igual a 1 minuto
INFUSÃO RÁPIDA: Realizada entre 1 a 30 minutos.
INFUSÃO LENTA: Realizada entre 30 a 60 minutos.
INFUSÃO CONTÍNUA: Tempo superior a 60 minutos ininterruptamente.
ADMINISTRAÇÃO INTERMITENTE: Não contínua de 6 em 6 horas.

05
Cateter agulhado X Cateter sobre agulha
Cateter Flexível
Também conhecidos como "Abocath, jelco", são cateteres de curta permanência que
servem para monitorar o paciente, administração de soroterapia medicamentosa. São
constituídos por matérias cilíndricos, canulados e perfurante. Seus tamanhos variam
do 14 ao 24 ( números pares). Trocado a cada 72 horas ou quando houver a presença
de sinais flogísticos ( sinais de inflamação).

N°14 - utilizado em adolescentes e adultos, cirurgias importantes, procedimentos de


ressuscitação. ( exige veia calibrosa);

N°16 - utilizado em pré-adolescentes, adolescentes e adultos, serve também para


administração de hemoderivados e hemocomponentes dentre outras infusões
viscosas. (exige veia calibrosa);

N°18 - utilizado em crianças, adolescentes, adultos. É adequado para a maioria das


infusões venosas de sangue e outros hemoderivados;

N°20 - utilizados em bebês, crianças, adolescentes e adultos ( em especial idosos). É


adequado para a maiorias das infusões;

N°22 e 24 - utilizados em RN's, bebês, crianças, adolescentes e adultos (em especial


idosos). É adequado para a maioria das infusões.

Fonte: Google imagens

Fonte: Google imagens

06
Via Parenteral
Via Subcutânea (SC)
A via subcutânea é a administração de medicamento no tecido subcutâneo (Tecido
adiposo). É utilizada para administração de insulina, anticoagulantes, algumas vacinas,
adrenalina e hormônios. Pode ser feita em várias regiões do corpo, em que haja camada
substancial de tecido gorduroso. Os locais de preferência são: região dorsal, periumbilical
e na face externa lateral do braço, próximo ao músculo deltóide. A quantidade de mL varia
de 1 a 2mL

Inserção da agulha no tecido


subcutâneo Aplicação de insulina no abdome

Fonte: Googleimagens
Fonte: Googleimagens

vantagens e desvantagens da administração de medicamentos por via subcutânea.

Figura/Reprodução: Instituto sou Enfermagem

07
Via Parenteral
Via Subcutânea (SC)
A via subcutânea é muito utilizada para aplicações de insulina por pacientes diabéticos.
Devido ao seu uso ser diário, é necessário fazer o rodízio entre as aplicações para evitar a
formação de lipodistrofia. Assim, é importante o profissional de enfermagem orientar os
pacientes dependentes de insulina quanto aos locais que podem ser utilizados para
aplicação desse hormônio.

Locais de aplicação de medicações subcutânea (SC)

Fonte:Googleimagens

08
Curativos
O curtativo consiste em um "meio terapêutico para limpeza e proteção da ferida"
(GLENN, 2012; PRAZERES, 2009). A cobertura utilizada no curativo irá depender das
características da ferida. O curativo tem como objetivo:

• Limpar a ferida;

• Promover a cicatrização, eliminando fatores que possam retardá-la;

• Tratar e prevenir infecções;

• Prevenir contaminação exógena;

• Remover corpos estranhos;

• Ser impermeável a bactérias

• Proteger a ferida contra traumas mecânicos;

• Promover hemostasia;
Fonte:Google imagens
• Reduzir edemas;

• Drenar e/ou absorver secreções e exsudatos inflamatórios;

• Diminuir odor;

• Manter a umidade no leito da ferida;

• Fornecer isolamento térmico

• Diminuir a intensidade da dor;

• Limitar a movimentação em torno da ferida.

Classificação dos curativos


Curativo semi-oclusivo;
Curativo oclusivo;
Curativo compressivo;
Curativos abertos.

Os curativos são divididos em:


Primários – quando usados em contato direto com o tecido lesionado.
Secundários – colocados sobre o curativo primário.

09
Curativos
Classificação dos curativos
CURATIVO SEMI-OCLUSIVO
Curativo absorvente e utilizado em feridas
cirúrgicas, drenos e feridas exsudativas;

CURATIVO OCLUSIVO
Não permite a entrada de ar ou fluídos, atua
como barreira mecânica, impedindo a perda de
fluídos. Também promove o isolamento
térmico e veda a ferida, para impedir enfisema
Fonte:Google imagens e formação de crosta;

CURATIVO COMPRESSIVO
Curativo realizado para reduzir o fluxo
sanguíneo, muito realizado em casos de
hemorragias;
Fonte:Google imagens

CURATIVO ABERTO
Realizados em ferimentos que não há
necessidade de serem ocluídos como por
exemplo, ferida cirúrgica.

Fonte:Google imagens

Fonte:Google imagens
10
Curativos
Fases da cicatrização
FASE DE INFLAMAÇÃO OU EXSUDATIVA ( Limpeza)
A a primeira fase de hemostasia e inflamação iniciam-se com a ruptura de vasos
sanguíneos e o extravasamento de sangue. Durante este processo ocorre o recrutamento
de macrófagos e neutrófilos, ou seja, ocorre reação completa do tecido conjuntivo
vascularizado em resposta à agressão do tecido, cujo objetivo é interromper a causa inicial
(dor, calor rubor e edema). Fonte:(Manual de padronização de curativos. SMS - SP)

FASE PROLIFERATIVA ( Granulação e reepitelização)


Caracteriza-se pela neovascularização e proliferação de fibroblastos, com formação de
tecido róseo, mole e granular na superfície da ferida (3 a 4 dias). Fonte: (Manual de
padronização de curativos. SMS - SP)

FASE DE MATURAÇÃO OU REMODELAGEM DO COLÁGENO


É a fase final de cicatrização de uma ferida, caracterizada pela redução e pelo fortalecimento
da cicatriz. Durante esta fase, a cicatriz se contrai e torna-se pálida e a cicatriz madura se
forma 3 semanas a 1 ano a mais. Fonte: (Manual de padronização de curativos. SMS - SP)

Imagem/Reprodução: medcel

11
Curativos
Fases da cicatrização

Imagem/Reprodução: Enfermagemilustrada.com
12
Curativos
Tipos de tecidos encontrados no leito da ferida.
Necrose ou tecido desvitalizado
Tecido morto que perdeu suas Escara ( Tecido inviável)
propriedades físicas e atividades Necrose preta ou marrom. Tecido
biológicas. desvitalizado que pode estar solto,
aderido, duro, macio ou com flutuação.

Imagem/Reprodução:USP.br
Imagem/Reprodução:USP.br

Esfacelo ( Tecido inviável)


É um tecido suave, úmido e não Tecido de granulação ( Tecido
vascularizado. Pode ser branco, amarelo, viável)
marrom acastanhado ou verde. Pode estar Tecido úmido granulado vermelho ou rosa,
solto ou aderido. composto de novos vasos sanguíneos, tecido
conjuntivo, fibroblastos e células
inflamatórias. Preenche o leito de uma ferida
aberta quando ela começa a cicatrizar.

Imagem/Reprodução:USP.br
Imagem/Reprodução:USP.br
Tecido epitelizado (Tecido viável)
É caracterizado pela
epiderme regeneralizada,
seca e rosada presente na
superfície da ferida.

Imagem/Reprodução:USP.br Fonte: eerp.usp.br


13
Curativos
Tipos de coberturas
A cobertura do curativo irá depender do tipo de lesão e tecido presente na ferida. Não há
nenhuma fórmula mágica para o curativo, cada lesão irá necessitar de cuidados e
coberturas específicas. Lembrando que ñao se tratam somente a lesão, tratamos o
paciente de um modo holístico. É importante sabermos que existem dois tipos de
cobertura:
Primária - É aquela que fica em contato com a ferida e
Secundária- É aquela que fica sobre a cobertura Primária.
Existem no mercado diversos tipos de cobertura, aqui falaremos das principais e das mais
utilizadas.

Imagem/Reprodução: Prefeitura Municipal de Campinas.


Manual de Curativos. Campinas -SP. 2021.
14
Curativos
Tipos de coberturas

Imagem/Reprodução: Prefeitura Municipal de Campinas.


Manual de Curativos. Campinas -SP. 2021.

Imagem/Reprodução: Prefeitura Municipal de Campinas.


Manual de Curativos. Campinas -SP. 2021.
15
Curativos
Tipos de coberturas

Imagem/Reprodução: Prefeitura Municipal de Campinas.


Manual de Curativos. Campinas -SP. 2021.

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Curativos
Tipos de coberturas

Imagem/Reprodução: Prefeitura Municipal de Campinas.


Manual de Curativos. Campinas -SP. 2021.

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Curativos
Tipos de coberturas

Imagem/Reprodução: Prefeitura Municipal de Campinas.


Manual de Curativos. Campinas -SP. 2021.

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Curativos
Tipos de coberturas

Imagem/Reprodução: Prefeitura Municipal de Campinas.


Manual de Curativos. Campinas -SP. 2021.

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Curativos
Tipos de coberturas

Imagem/Reprodução: Prefeitura Municipal de Campinas.


Manual de Curativos. Campinas -SP. 2021.

20
Curativos
Tipos de coberturas

Imagem/Reprodução: Prefeitura Municipal de Campinas.


Manual de Curativos. Campinas -SP. 2021.

21
Curativos
Materiais necessários para realização de um
curativo. As gazes é utilizada para ajudar
na limpeza de exsudatos da
ferida além de ser também
cobertura Primária ou
SF 0,9% é utilizado para Secundária.
realizar a irrigação e limpeza
da ferida, além disso, ajuda a
umedecer a gaze do curativo
a ser removido .

Fonte:Google imagens
Fonte:Google imagens
Ataduras são utilizadas como
Pinça Kelly e Pinça dente de
cobertura Secundária e utilizada
rato, auxiliam na remoção do
para realização de curativos
curativo sujo como também na
compressivos.
realização do curativo novo

Fonte:Google imagens

Fonte:Google imagens
Esparadrapo é utilizado para vedar a
ferida,ais utilizado para fixar à atadura,
Micropore é utilizado para vedar não é recomendável colocar o
a ferida, sendo o mais Esparadrapo em contato direto com a
recomendável, pois o mesmo pele do paciente, pois o mesmo agride a
pode entrar em contato direto pele.
com a pele do paciente.

Fonte:Google imagens
Fonte:Google imagens
Obs: Além desses materiais, existem também outros
tipos de coberturas como citado anteriormente, além de
luvas de procedimentos, luvas estéreis, compressas
cirúrgicas etc...
22
Curativos
Carrinho de curativo
Organização do carrinho de curativo

Imagem/Reprodução: Enfermagemilustrada.com

23
Curativos
Técnica para realização de curativo

1 - Realizar a higienização das mãos.

2 - Preparo do material a ser utilizado.

3 - Preparo do paciente na posição adequada.


Fonte:Google imagens
4 - Calçar luvas de procedimento (para retirada do curativo) e estéril para
realização do mesmo.

5 - Remover o curativo anterior, utilizando solução salina morna (SF 0, 9%), para
evitar a retirada do tecido recém formado.

6 - Observar a ferida para posterior registro.

7 - Realizar a anti-sepsia da ferida com solução salina, utilizando frasco de soro


de 100 ml perfurado, mantendo distância de aproximadamente 10 cm da lesão.

8 - Alicar curativo adequado conforme protocolo ou necessidade da ferida.

9 - Aplicar curativo secundário, fixando-o corretamente.

10 - Recomendar ao paciente os devidos cuidados.

11 - Organizar a unidade do paciente.

12 - Desprezar os resíduos em lixo apropriado.

13 - Fazer registros no prontuário.

Realização de curativo

Fonte:Google imagens
Fonte:Google imagens

24
Curativos - Miíase
Miíase
Miíase é uma zoodermatose. Essa condição clínica é caracterizada pela manifestação
de larvas de diferentes tipos de moscas no tecido lesionado ou não. Essa condição
acontece devido as condições precárias de higiene.

Classificação
MIÍASE PRIMÁRIA OU FURUNCULÓIDE (Berne): Nesse caso, as moscas põe os ovos no
tecido saudável. Após os ovos eclodirem, as larvas invadem o tecido subcutâneo
desenvolvendo então a miíase. Geralmente ocorrem uma ou mais lesões nodulares com 1 a 3
cm, que apresentam um orifício central por onde a larva sai para respirar.

MIÍASE SECUNDÁRIA (Bicheira): Nesse caso as moscas põe seus ovos em um tecido já
lesionado, causando a manifestação de larvas no ferimento.A miíase secundária pode ser
cutânea ou cavitária. Na forma cutânea, as larvas são vistas movimentando-se na superfície
da ulceração na pele, em meio à secreção purulenta. Na forma cavitária, as larvas são
encontradas em cavidades e orifícios naturais infectados.

Fonte: portalped.com

Fonte:Google imagens

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Curativos - Miíase
Classificação
MIÍASE PRIMÁRIA OU FURUNCULÓIDE (Berne)

Fonte:Google imagens Fonte:Google imagens

MIÍASE SECUNDÁRIA (Bicheira)

Fonte:Google imagens

Fonte:Google imagens
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Curativos - Miíase
Material para remoção de miíase
• Pinça anatômica ou dente de rato
• Solução antisséptica (PVPI, clorexidina ou álcool 70%)
• Vaselina sólida ou esmalte de unha ou esparadrapo
• Luvas de procedimento
• 1 haste flexível de algodão

Técnica para remoção de miíase primária


1- Fazer higienização das mãos.
2- Explicar procedimento para a pessoa ou seu responsável.
3- Calçar luvas de procedimento.
4- Obstruir o orifício central da lesão com vaselina pastosa ou esmalte, aguardar 5-
10 minutos para forçar a larva a sair em busca de oxigênio. Para aplicação da
vaselina ou esmalte utilizar uma 1 haste fexível de algodão
5- Em seguida, remover a larva com uma pinça ou fazer a expressão manual.
6- Aplicar antissépticos o local após a remoção.
7- Avaliar se há infecção local (presença de secreção purulenta). Neste caso
encaminhar para consulta médica para avaliar necessidade de prescrição de
antibióticos.
8- Fazer higienização das mãos.
9- Verificar necessidade de aplicação de vacina contra o tétano, conforme
Protocolo de Imunização vigente.
10- Fazer os registros em prontuário e/ou sistema eletrônico.

OBSERVAÇÕES
Em locais mais delicados onde não é possível fazer a retirada manual ou a
expressão, como pálpebras, cavidades e outros, pode ser necessário a retirada
cirúrgica. Nestes casos encaminhar para avaliação médica clínico geral ou
especialista.
Fonte: POP-41. Prefeitura de Londrina.

Fonte:Google imagens
27
Curativos - Miíase
Técnica para remoção de miíase secundária
1- Fazer higienização das mãos.
2- Calçar as luvas de procedimento.
3- Explicar procedimento para a pessoa ou seu responsável.
4- Colocar próximo a lesão (cerca de 50 cm) um foco de luz. Para auxiliar a
visualização das larvas bem como estimular o deslocamento das larvas da
cavidade para superfície, se for o caso.
5- Em seguida, remover a larva com uma pinça ou fazer a expressão manual.
6- Aplicar antissépticos no local após a remoção.
7- Fazer curativo oclusivo se necessário.
8- Avaliar se há infecção local (presença de secreção purulenta). Neste caso
encaminhar para consulta médica para avaliar a necessidade de prescrição de
antibióticos.
9- Fazer higienização das mãos.
10- Verificar necessidade de aplicação de vacina contra o tétano, conforme
Protocolo de Imunização vigente.
11- Fazer os registros em prontuário e/ou sistema eletrônico.

Fonte: POP-41. Prefeitura de Londrina.

Fonte:Google imagens

28
Retirada de Pontos
A retirada de pontos consiste na remoção dos pontos cirúrgicos de forma
asséptica. Esses pontos são feitos pelo cirurgião para unir as bordas da incisão
cirúrgica, ou até mesmo em casos de acidentes que necessitam do fechamento da
lesão para melhor cicatrização - (cicatrização por primeira intenção). Não retirar os
pontos em casos onde houver sinais flogiísticos na ferida operatória para evitar
deiscência. Caso a ferida operatória apresentar sinais de inflação ou infecção
Encaminhar para avaliação médica.

Ferida cirúrgica

Fonte:Google imagens

Materiais necessários para realizar o


procedimento
EPI (com luvas de procedimento);
• bandeja não estéril;
• carro de curativos (ou mesa auxiliar/superfície fixa);
• pacote de curativo estéril ou kit de retirada de pontos (tesoura cirúrgica romba e
curva e uma pinça anatômica); ou na ausência, utilizar luva estéril e lâmina de bisturi: nº
21, 22, 23 ou 24 – (selecionar de acordo com o tipo de fio, sutura e local);
• pacote de gaze estéril;
• SF a 0,9%;
• lixeira para resíduo infectante;
• biombo, se necessário.

Fonte: Revista de Ciências da Saúde. v.33, n.1 (2021).

29
Retirada de Pontos - Técnica
1 - Realizar higienização das mãos;
2 - Fazer desinfecção da bandeja com algodão embebido em álcool a 70%;
3 - Selecionar o restante do material para o procedimento, colocando-o na bandeja;
5 - Levar a bandeja até a unidade do paciente e colocá-la no carro de curativos;
6 - apresentar-se ao paciente e acompanhante e checar os dados de identificação;
8 - Orientar o paciente quanto ao procedimento, solicitando sua autorização;
9 - Promover privacidade, utilizando biombos, se necessário;
10 - Colocar EPI;
11 - Posicionar o paciente adequadamente, expondo apenas a área da ferida operatória;
12 - Abrir o material a ser utilizado no carro de curativos com técnica asséptica;
13 - Realizar limpeza da ferida utilizando gaze estéril embebida com SF a 0,9% (repetir
este procedimento quantas vezes for necessário);
14 - Retirar com gaze estéril seca o excesso de SF a 0,9% da ferida operatória;
15 - Manter uma gaze próxima a ferida para a identificação dos pontos removidos;
16 - Utilizando a pinça, tracionar firmemente o local de cruzamento do fio no primeiro
ponto cirúrgico para inserir a ponta distal da tesoura ou da lâmina de bisturi na extensão do
fio de sutura acima do nível da pele;
17 - Cortar o fio de sutura com o corte da lâmina voltado para cima, cortar logo habaixo
do cruzamento do fio e tracioná-lo;
18 - Retirar o ponto cirúrgico com a pinça como mostra a figura abaixo.

Fonte: Revista de Ciências da Saúde. v.33, n.1 (2021).

19 - Colocar os pontos cirúrgicos retirados sobre a gaze; após a remoção dos pontos,
realizar novamente limpeza local com gaze estéril embebida com SF a 0,9% (se possível,
o paciente deve manter o curativo por mais 48 horas para aposição das bordas da lesão) e
retirar com gaze seca o excesso de SF;
20 - Desprezar o material utilizado nos locais apropriados;
21 - Retirar o EPI e realizar higienização das mãos com água e sabão;
22 - Realizar o registro do procedimento no prontuário do pacient.

Fonte: Revista de Ciências da Saúde. v.33, n.1 (2021).


30
Banho no Leito
Banho no leito consiste em realizar o banho no paciente no próprio leito sem
necessidade do paciente ir até o banheiro. Esse banho é realizado quando o paciente
está impossibilitado de deambular, quando o paciente está inconsciente ou em coma.

Banho no leito em paciente

Fonte:Google imagens
Fonte:Google imagens

TIPOS DE BANHO
• Banho de Apersão: Realizados no chuveiro.
• Banho de Imersão:: Banho realizado na banheira
• Banho de Ablução: É realizado jogando pequenas porções de água sobre o corpo
• Banho no Leito: Realizado na própria cama do paciente.

Imagem/Reprodução: Google imagens

31
Banho no Leito - Materiais necessários
para o procedimento
• EPI: Luvas de procedimento e se necessário, óculos protetores, avental e máscara cirúrgica;
•Toalha;
• Roupa de cama (lençol, fronha, traçado etc.);
• Bacia;
• Álcool;
• Sabão líquido;
• Jarro com água morna;
• Balde grande para coletar a água com resíduos;
• Biombo, se não houver cortinas na unidade do paciente; Fonte:Google imagens
• Hamper;
• Compressas de banho;
• Fraldas, se necessário;
Fonte: Pinheiro, Maria.DP. Procedimento
Operacional Padrão.

Ordem recomendada para realizar o banho no leito

Fonte:Google imagens

32
Banho no Leito - Técnica
1- Fechar cortinas do leito ou colocar o biombo;
2 - Informar procedimento para acompanhante e paciente;
3 - Higienizar as mãos;
4 - Trazer material de banho, balança digital e hamper;
5 - Se houver corrente de ar, fechar as janelas ou portas;
6 - Abaixar ou retirar as grades do leito;
7 - Retirar o excesso de roupa de cama;
8 - Colocar luvas;
9 - Expor o paciente; Fonte:Google imagens
10 - Despejar a água do jarro na bacia e verificar a temperatura da água;
11- Umedecer a compressa de banho e ensaboá-la com sabonete líquido;
12 - Higienizar os olhos, iniciando do ângulo interno para o externo, depois o rosto, as orelhas eo
pescoço do cliente;
13 - Enxaguar a compressa na bacia, torcê-la e passá-la na região ensaboada, removendo todos
os resíduos da pele;
14 - Secar a região com a toalha;
15 - Despejar a água da bacia no balde e enchê-la novamente com água limpa da jarra;
16 - Retirar a camisola ou pijama do cliente protegendo-o com o lençol;
17 - Colocar a toalha sob o membro superior do cliente, oposto ao lado do profissional, passar a
compressa ensaboada, iniciando pelo pulso, até as axilas;
18 - Repetir os passos de enxaguar a compressa, desprezar a água no balde, assim como os
passos para higienizar o outro membro;
19 - Imergir as mãos do cliente na bacia e lavar e secar as mãos;
20 - Remover o lençol que está cobrindo o tórax e o abdome, dobrando-o até a região
suprapúbica, e cobrir, simultaneamente, o tórax e o abdome com a toalha de banho;
21- Expor o tórax e o abdome, dobrando a toalha sobre ela mesma na altura da região do
quadril;
22 - Higienizar o tórax e o abdome, iniciando pela região supraclavicular até a região
suprapúbica;
23 - Seguir todos os passos da higienização dos membros superiores, para a higienização dos
membros inferiores;
24 - Forrar os pés da cama com a toalha e colocar a bacia com água sobre ela;
25 - Imergir os pés do cliente, esfregar, enxaguar e secar com a toalha;
26 - Estender as pernas sobre o leito e cobri-las com o lençol;
27 - Fazer a higiene íntima;
28 - Subir ou colocar a grade do lado da cama que o cliente será posicionado em decúbito
lateral;
29 - Posicionar o cliente em decúbito lateral, com o dorso voltado para o lado do profissional;
30 - Estender a toalha sobre o lençol na região dorsal do cliente, desde o ombro até o quadril;
31- Higienizar a região posterior do pescoço e o dorso até a região glútea com a outra
compressa de banho;
32 - Secar a região com a toalha desprezando-a no hamper;
33 - Cobrir o cliente com o lençol;
34 - Trocar roupa de cama e colocar a suja no hamper;
35 - Colocar fraldas (se necessário) e as roupas (limpas) do cliente;
36. Levantar grades;
37 - Recompor a unidade e deixar o cliente em posição segura e confortável;
38 - Recolher, guardar e dar destino adequado aos materiais;
39 - Retirar luvas ehigienizar as mãos;
40 - Proceder as anotações de enfermagem, constando as condições gerais do cliente, presença
de lesões, ou de sinais sugestivos de úlcera por pressão, cuidados prestados e ocorrências
adversas e as medidas tomadas.
Fonte: Pinheiro, Maria.DP. Procedimento
Operacional Padrão.
33
Posições para exames e cirurgias
Decúbito dorsal ou supina

Fonte:Google imagens
Paciente deitado de costas, com braços e pernas estendidos. Dorso e coluna vertebral do
paciente repousando sobre o colchão ou mesa cirúrgica.
Decúbito ventral ou prona

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Paciente deitado com o abdômen para baixo, braços estendidos para frente e apoiados em talas.

Decúbito lateral ou sims

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Paciente deitado de lado esquerdo ou direito, com a perna que está para o lado de baixo
flexionada e apoiada sobre a zona de repouso.
Posição de litotômia ou ginecológica

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Paciente em decúbito dorsal, com ambas as pernas flexionadas e apoiadas
em perneiras acolchoadas e braços estendidos e apoiados em talas.

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Posições para exames e cirurgias
Posição trendelenburg

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Paciente em decúbito dorsal onde há uma elevação da parte superior do dorso e os pés são
elevados. Essa posição mantém as alças intestinais na parte superior da cavidade abdominal.

Posição trendelenburg reverso

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Essa posição é a inversa da trendelenburg. Mantém as alças intestinal na parte inferior da
cavidade abdominal e diminui a pressão sanguínea cerebral.

Posição Fowler ou sentada

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Paciente permanece semi-sentado na cama ou mesa de operação. Posição utilizada para


conforto quando o paciente está com dispneia.

Posição de canivete (kraske)

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Paciente em decúbito dorsal, com as pernas para fora da mesa de cirurgia,
o tórax apoiado sobre a mesa na qual está levemente inclinado no sentido
oposto das pernas.
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REFERÊNCIAS
ANVISA/MS. Segurança do paciente: higienização das mãos. Brasília -
DF. 2007

FARMACEUTICO; Digital. Seringas e agulhas. Disponível em:


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Disponível em:<https://enfermagemilustrada.com/os-cateteres-agulhados-scalp-
ou-butterfly/>. Acesso em: 07 dez 2022.

Enfermagemilustrada. Cateteres Flexíveis. Disponível em:


<https://enfermagemilustrada.com/cateteres-flexiveis/>. Acesso em: 07 dez
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Disponível em:< https://blog.medcel.com.br/post/fases-da-cicatrizacao>. Acesso
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Lesão Por Pressão. Tese de Doutorado USP. Ribeirão Preto - SP, 2020.
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Azevedo, D. L. O uso da via subcutânea em geriatria e


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Portalped.com:Miíase, Berne ou Bicheira: tipos, diagnósticos e tratamentos.


Disponível em:<https://www.portalped.com.br/especialidades-da-
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