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1. ALTERAÇÕES DO CRESCIMENTO E DA
DIFERENCIAÇÃO CELULAR
AGENESIA:
-Ausência de iniciação do desenvolvimento
-Macro: ausência total do órgão ou de parte dele.
· -Obs.: Letal quando o órgão afetado é único e essencial à vida. -Exemplo:
Anencefalia.
APLASIA:
· -Ausência de crescimento do órgão em início de formação. Não aumenta
o número de células do órgão por falta de estímulos de replicação devido
a alterações em estruturais ou regulatórias de genes.
·-Macro: Só rudimentos do órgão ou tecido.
Obs.: Iniciou-se o desenvolvimento, porém interrompeu-o precocemente.
Letal quando o órgão afetado é único e essencial. -Exemplo: Microcefalia.
HIPOPLASIA:
·órgão menor e com função reduzida.
· - Iniciou-se o desenvolvimento, porém não foi completado. Diferente da
hipotrofia que ocorre depois do órgão ter atingido desenvolvimento
completo e iniciar regressão de tamanho. Fisiologicamente representa
menor gravidade que a agenesia e aplasia. Exemplos: hipoplasia renal,
testicular, ovariana.
A hipoplasia do timo é esperada e fisiológica.
A anemia dita aplásica é na verdade por conceito hipoplásica e resulta do
ataque de agentes tóxicos ou infecciosos a medula óssea. Hipoplasia dos
órgão linfóides em conseqüência da destruição de linfócitos ocorre na
AIDS.
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Etiologia da atrofia:
Atrofia Fisiológica: involução de tecidos ou órgãos. Exemplos: Timo, veias e
artérias umbelicais, útero após o parto, mamas após a lactação, mama e
endométrio na menopausa, senilidade (cérebro e musculatura).
No caso da senilidade é acompanhada de acúmulo de um pigmento chamado
lipofuscina - "Atrofia parda". A lipofuscina é um pigmento (visível em
microscopia na cor alaranjada) proveniente da ação de radicais livres sobre as
membranas (lipoperoxidação de lipídeos)– a quantidade acumulada indica
envelhecimento celular ou tecidual.
Atrofia "Patológica":
HIPERTROFIA
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Tipos especiais:
Hipertrofia cardíaca
Resposta adaptativa à sobrecarga hemodinâmica, que ocorre associada a
hipertensão crônica, lesão do miocárdio, insuficiência valvular e outros
estresses que aumentam a sobrecarga do coração.
HIPERPLASIA
METAPLASIA
-Tipos:
· Metaplasia Escamosa, Epidermóide ou Córnea:
Transformação do epitélio simples pseudoestratificado colunar ciliado com
células caliciformes das vias aéreas (nos fumantes crônicos e nas
broncopneumonias parasitárias). O epitélio colunar residente normal desse
tecido é frágil diante da agressão mais comum, que é a fumaça do cigarro, e
morre. Em substituição a esse epitélio ocorre nas células tronco o
desligamento de genes específicos do epitélio colunar e o ligamento ou
ativação da transcrição de genes específicos de epitélio escamoso (mais
resistente a agressão química). Portanto ocorre a substituição de um epitélio
normal por outro também normal. A célula tronco se diferencia em outro tipo
celular como meio de proteção a uma agressão. O novo epitélio normalmente
é mais resistente ao agente agressor. O que é anormal é o novo epitélio no
local agredido. Quando cessa o estímulo agressor o epitélio colunar volta a ser
diferenciado a partir das células tronco.
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ANAPLASIA
-"Retrocesso da formação (i.e., na diferenciação)". Perda de diferenciação
celular de um tecido, esse tipo de alteração ocorre nas neoplasias.
DISPLASIA:
As displasias podem ser conceituadas como uma resposta proliferativa atípica
e irregular as irritações crônicas, reversível, caracterizada por atipia celular
(pleomorfismo e hipercromasia). Tais displasias podem ser enquadradas
também no grupo das lesões pré-malignas. Ocorre um crescimento celular
descontrolado, o tipo celular permanece o mesmo, mas, alterado na forma e
controle do ciclo celular. O controle do ciclo celular começa a ser perdido,
sendo o início de alterações como as observadas no câncer. As células
começam a replicar de modo mais independente e assim todo câncer tem
inicio em uma displasia. Portanto tecido ou células displásicas são um grave
sinal de alerta. Entretanto nem toda displasia se torna uma neoplasia
estabelecida.
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2.1.Tumefação hidrópica
Exemplos:
Alterações degenerativas no fígado após exposição a produtos tóxicos.
Alterações degenerativas do disco intervertebral devido a disfunções
posturais podendo causar lesão crônica e irreversível do disco (hérnia de
disco).
3.1.NECROSE
CLASSIFICAÇÃO
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c)Necrose gordurosa
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d)Necrose Caseosa
É uma lesão característica da tuberculose. Essas lesões são chamadas
granulomas. As células mononucleares acumuladas que medeiam a reação
inflamatória crônica contra as micobactérias são mortas no centro desse
granuloma. As células mortas permanecem de forma indefinida como restos
celulares amorfos e granulares. Macroscopicamente com semelhança ao
queijo cremoso, daí a designação de caseosa (caseos=queijo).
seqüência de eventos que leva a necrose por coagulação poderia, então ser
descrita da seguinte forma:
a) Perda da capacidade da membrana plasmática em manter o gradiente
de íons de cálcio
b) Influxo e acúmulo de íons cálcio na célula
c) Lesão irreversível e morte celular
d) Aspecto morfológico de necrose por coagulação
1e- 1e- + H+
1e- 1e- + 2H+ -
-
Superóxido
Os ânions superóxidos produzidos no citosol ou mitocôndrias são
catabolisados pela superóxido dismutase. São formados uma molécula de
peróxido de hidrogênio e uma molécula de oxigênio a partir de duas
moléculas de ânion superóxido.
Peróxido de hidrogênio
A maioria das células possui mecanismos eficientes para remoção do H2O2.
Duas enzimas diferentes reduzem o H2O2 a água: a catalase localizada nos
peroxissomos e a glutationa peroxidase no citosol e nas mitocôndrias. A
glutationa peroxidase utiliza a glutationa reduzida (GSH que é um tripeptídeo
glutamato, cisteína e glicina) como co-fator, produzindo duas moléculas de
glutationa oxidada (GSSG) para cada molécula de H2O2. A GSSG é novamente
reduzida a GSH pela glutationa redutase, com o dinucletídeo de nicotinamida-
adenina-fosfato reduzida (NADPH) atuando como cofator.
Radicais hidroxilas
Estes radicais são conhecidos por se formarem nos sistemas biológicos
apenas de duas maneiras: pela radiólise da água ou pela reação do peróxido
de hidrogênio com o ferro ferroso (reação de Fenton).
O papel do ferro
Existe um pool de ferro férrico livre que pode ser reduzido a ferroso por ânions
superóxido. O peróxido de hidrogênio, formado de modo direto ou pela
dismutação de ânions superóxido, reage então com o ferro ferroso e produz
radicais hidroxilas.
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Interações protéicas
Os radicais hidroxila promovem ligação cruzada de proteínas de membrana
através da formação de ponte dissulfeto (S-S).
Lesão do DNA
Podem ocorrer quebras do filamento, modificações de bases. Na maioria dos
casos, a integridade do genoma pode ser reconstituída pelas diversas vias de
reparação do DNA.
XO H2O2 XO H2O2
H2O H2O
+ O2 + O2 (XO= xantina
oxidase)
A xantina oxidase requer oxigênio para catalisar suas reações e as formas de
oxigênio ativado constituem os produtos secundários dessa reação.
Uma segunda fonte das formas de oxigênio ativado pode ser representada
pelos neutrófilos. Acredita-se que as alterações na superfície celulares
ocorridas na isquemia e na reperfusão induzam a aderência e a ativação dos
neutrófilos circulantes. Essas células liberam formas de oxigênio ativado e
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3.2. APOPTOSE
Morfologia da apoptose
Em contraste com a necrose (que ocorre em grande número de células) a
apoptose ocorre em células individuais contra um background de células
viáveis. As células em apoptose tendem a se apresentar com menor volume e
destacada das células vizinhas vivas e normais, sendo muitas vezes digerida
por macrófagos residentes nos tecidos. A resposta inflamatória é
praticamente ausente. À microscopia eletrônica é possível observar
condensação e fragmentação nuclear, segregação das organelas em regiões
distintas, formação de vesículas na superfície celular com fragmentação
formando corpos apoptóticos (blebs!!!). A fragmentação do núcleo apresenta
característica única porque a clivagem do DNA ocorre por endonucleases
específicas que reconhecem a região dos nucleossomos. A eletroforese
mostra bandas em forma de escada. Os corpos apoptóticos expõem
fragmentos de fosfolipídeos de fase interna que são reconhecidos por
macrófagos e células vizinhas para serem fagocitados, fazendo a organização
do local.
Mecanismos de apoptose
As proteínas mediadoras da apoptose ou seja aquelas que executam a morte
celular pertencem a uma família de cisteína proteases conhecidas
coletivamente como caspases. O termo caspase vem de sua função de
cisteína protease cujo aminoácido na proteína alvo de clivagem é o ácido
aspártico.
Via mitocondrial
O citocromo C (cit C) com sua função no transporte de elétrons é restrito a
matriz mitocondrial. Entretanto devido a lesões na membrana mitocondrial,
por exemplo, por exposição a radicais livres, medicamentos, produtos tóxicos,
radiação, etc, podem provocar a formação de poros na membrana
mitocondrial externa e o citocromo C sair para o citosol. No citoplasma então,
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4 CALCIFICAÇÃO PATOLÓGIA
4.1.Calcificação distrófica
Depósito macroscópico de sais de cálcio em tecidos lesados chama-se
calcificação distrófica. Esse tipo de calcificação reflete não só a calcificação da
célula mas tb a deposição extracelular a partir da circulação do líquido
intersticial. A calcificação distrófica requer a permanência do tecido necrótico,
é visível a olho nu e varia de um grão de areia a material firme como rocha. A
calcificação não acarreta conseqüências funcionais em muitas localizações
como nos casos de necrose caseosa da tuberculose no pulmão ou linfonodos.
Todavia, a calcificação distrófica pode ocorrer em locais críticos como nas
válvulas cardíacas. Nesses casos, a calcificação produz obstrução do fluxo
sanguíneo porque produz folhetos valvares inflexíveis e estreitamente dos
orifícios valvares (estenose). A calcificação distrófica na aterosclerose
coronariana contribui para a estenose desses vasos.
A calcificação distrófica tb tem importância na radiografia para firmar
diagnóstico. A mamografia baseia-se principalmente na detecção de
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4.2.Calcificação metastática
Ocorre devido hipercalcemia e por causa dela pode ocorrer calcificação em
qualquer tecido sadio. As causas da hipercalcemia podem ser devido a
distúrbios no metabolismo do cálcio como o que ocorre no hiperpatireoidismo
ou ainda quando tumores ósseos lançam no sangue grandes quantidades de
cálcio.
Conceitos
O acúmulo intracelular de lipídeos é chamado de esteatose ou metamorfose
gordurosa. Os lipídeos comuns que se acumulam são os triglicerídeos e o
órgão mais afetado é o fígado. Podem ocorrer acúmulos de lipídeos
subcutâneos conhecidos como xantomas em indivíduos com problemas na
metabolização da lipoproteína LDL.
Esteatose na subnutrição
Na subnutrição protéica o metabolismo nos hepatócitos fica muito prejudicado
devido a deficiência na síntese de proteínas inclusive as apoproteínas. Deste
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Esteatose no alcoolismo
O etanol é metabolizado principalmente no fígado pelas enzimas álcool
desidrogenase e acetaldeídeo desidrogenase. A reação dessas enzimas com
seus substratos o etanol e o acetaldeídeo consomem nicotinamida adenina
dinucletídeo oxidado (NAD) produzindo a forma reduzida (NADH). O consumo
exagerado e prolongado do etanol em qualquer de suas formas produz
portanto alterações metabólicas aumentado os níveis de cofatores reduzidos
e deste modo conduzindo o metabolismo para o armazenamento, ou seja, o
aumento do poder redutor na célula reduz a oxidação de ácidos graxos e
aumenta a biossíntese de lipídeos. Por sua vez parece que ao longo do tempo
e ainda não comprovado o acetaldeídeo poderia produzir em alguns pacientes
lesões irreversíveis nos sinusóides hepáticos prejudicando a saída das
lipoproteínas. Por isso ao longo do estado crônico da doença os lipídeos se
acumulam nos hepatócitos. Com a diminuição do suprimento de lipídeos para
os tecidos muscular e gorduroso aumenta o catabolismo periférico
aumentando ainda mais os lipídeos que chegam ao fígado. Nesse estágio o
fígado do paciente pode apresentar aumento de até três vezes no volume,
aspecto macroscópico amarelo alaranjado. As células são difíceis de
reconhecer, o hepatócito passa a assemelha-se a um adipócito.
Surpreendentemente, os pacientes com esteatose hepática alcoólica não
complicada apresentam poucos sintomas. Os níveis de bilirrubina são normais
bem como de aminotransferases. Todas essas alterações são reversíveis.
Além disso, pode ocorrer esteatose também no paciente obeso ou com
diabetes.
Hepatite alcoólica
Alguns pacientes podem nessa etapa ou ainda logo em um consumo agudo de
etanol apresentar hepatite através de uma lesão necrosante hepática, com
resposta inflamatória neutrofílica e fibrose. Esse estágio pode surgir
subitamente sem alterações nos hábitos do alcoólatra e ainda não sabe
exatamente as causas. O paciente ao contrário da esteatose que é
assintomática apresenta mal estar, anorexia, dor abdominal e icterícia. A
atividade da aspartato aminotransferase é elevada bem como da fosfatase
alcalina. Ocorre fibrose com produção de colágeno e infiltração inflamatória
intensa.O prognóstico é sombrio podendo chegar a insuficiência hepática e
morte. No estágio agudo a mortalidade varia de 10 a 30%. Se o paciente
sobreviver e continuar consumindo etanol, o estágio agudo pode ser seguido
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6. INFLAMAÇÃO AGUDA
.Sistema complemento:
O sistema complemento consiste em um grupo de 20 proteínas plasmáticas.
Os componentes do sistema complemento, além de serem uma fonte de
mediadores vasoativos, constituem parte integrante do sistema imunológico e
têm grande importância na defesa do hospedeiro contra a infecção
bacteriana.
As proteínas envolvidas são ativadas em série por três vias convergentes,
denominadas clássica, alternativa e de ligação de lectina atuam como:
• Uma fonte de mediadores vasoativos: anafilatoxinas
• São quimioatrativos de leucócitos
• Induzem fagocitose leucocitária
• E promovem lise celular.
São produzidos pela cascata moléculas com uma ligação tioéster que
são C3a e C5a. C3b que reagem com as proteínas de bactérias para que
estas sejam digeridas por macrófagos. Ou seja é uma marcação de superfície
indicando ao macrófago algo para ser englobado e digerido. O revestimento
do patógeno com uma molécula capaz de incrementar a fagocitose é
denominado opsonização, e a molécula conhecida como opsonina.
A molécula de C5b serve como um núcleo na superfície das membranas
das células-alvo para a ligação em série de C6, C7 e C8 bem como para a
polimerização das moléculas de C9.Ocorre assim a formação de um complexo
macromolecular lipossolúvel, formador de poro, denominado complexo de
ataque à membrana (membrane attack complex- MAC).A agregação do MAC
altamente lipofílico na superfície das células-alvo cria um orifício cilíndrico, um
efeito capaz de ocasionar lise celular.
As bactérias Gram-negativas são protegidas pela ação citolítica do MAC por
uma camada de peptídeoglicano. Todavia, a lisozima, uma enzima que
presente nos grânulos das células fagocitárias, é capaz de causar a clivagem
da camada de peptídeoglicano. Após exposição da bactéria a lisozima, o MAC
insere-se na membrana celular e então começa a lise bacteriana.
Mastócitos
Os mastócitos localizam-se no tecido conjuntivo do corpo humano. Os
mastócitos têm grande prevalência ao longo das mucosas do pulmão e trato
gastrintestinal e derme. Essa distribuição coloca o mastócito na interface
entre os antígenos do ambiente e o hospedeiro, participando em diversas
condições alérgicas e inflamatórias.
Quando um mastócito ou basófilo sensibilizado pela IgE é estimulado com
antígeno, ou ainda exposição ao frio, ou calor intensos e traumatismos,
diversos mediadores inflamatórios contidos nos grânulos citoplasmáticos são
secretados nos tecidos. Esses grânulos contêm histamina,
mucopolissacarídeos ácidos (inclusive heparina), proteases.
A histamina atua através de receptores H1 específicos na parede vascular. A
estimulação dos mastócitos e basófilos também promove a liberação de
produtos do metabolismo do ácido araquidônico, inclusive os leucotrienos C4,
D4 e E4. Estes produtos promovem a contração do músculo liso e aumentam a
permeabilidade vascular na pele.
Células endoteliais:
Uma das funções mais importantes das células endoteliais é a regulação da
perfusão tecidual em condições fisiológicas e patológicas. Esta regulação é
mediada pela secreção de substâncias vasoconstritoras e vasodilatadoras,
bem como pela influência das vias de agregação plaquetária e coagulação.
Os mediadores vasoativos mais importantes das células endoteliais
incluem a prostaglandina I2 (PGI2), óxido nítrico (NO) e endotelina.
A PGI2, um mediador metabólito do ácido araquidônico, possui efeito
vasodilatador e anti-agregante potente.
O óxido nítrico (nitric oxide- NO) é gás vasodilatador que inibe a agregação
plaquetária e estimular o relaxamento do músculo liso. O óxido nítrico é
sintetizado in vivo a partir da L-arginina e é o composto ativo produzido por
diversas substâncias vasodilatadoras de utilização clínica. A endotelina
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Rolagem
O fluxo sanguíneo das vênulas, em circunstâncias normais, caracteriza-
se por uma corrente central de elementos formados e uma zona periférica
clara de plasma. Qaundo ocorre a vasodilatação após a lesão, o fluxo
sanguineo diminui no local e os leucócitos aparecem na região periférica que
era previamente acelular. Esse processo é denominado marginação ou
rolagem.
Essa etapa e as posteriores de adesão e migração são possíveis porque
existem moléculas de adesão celular. Estas moléculas são glicoproteínas
principalmente seletinas ligadas na membrana que promovem aderência e
promovem a ligação da célula fagocitária às paredes vasculares .
Adesão
A adesão das células inflamatórias ao endotélio ou membrana basal vascular
é crítica para o recrutamento destas células circulante aos locais de lesão
tecidual.
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Quimiotaxia
Quimiotaxia refere-se ao processo de migração celular dirigido, uma atividade
dinâmica e dependente de energia. Célula projeta um pseudópodo na direção
do crescente gradiente quimiotático. A parte dianteira do pseudópodo sofre
alterações acentuadas nos níveis de cálcio intracelular que provoca a
contração das proteínas citoesqueléticas. Este processo está relacionado com
a fagocitose.
Ácido hipocloroso
O H2O2 pode reagir com a mieloperoxidase na presença de halogênio para
formar o ácido hipohalogenoso. O halogênio mais proeminente nos sistemas
biológicos é o cloro e, por conseguinte, verifica-se produção do ácido
hipocloroso (HOCl) após estimulação dos neutrófilos. Este ácido (o
componente primário da água sanitária) é um oxidante mais potente que o
próprio peróxido de hidrogênio e parece ser o principal agente bactericida
produzido pelas células fagocitárias.
7. INFLAMAÇÃO CRÔNICA
.Linfadenite
A inflamação aguda e crônica localizadas acarretam reação nos linfócitos e
linfonodos que drenam o tecido afetado. Os mediadores inflamatórios gerados
nos locais de lesão, bem como os restos necróticos, drenam para o sistema
linfático e acabam alcançando os linfonodos regionais. Por conseguinte, lesão
grave causa inflamação secundária dos canais linfáticos (linfangite) e
linfonodos (linfadenite). Essa resposta representa uma reação inespecífica
contra mediadores liberados no tecido lesado ou então uma resposta
imunológica contra determinado antígeno estranho. Na prática clínica, os
canais linfáticos inflamados manifestam-se na pele como estrias eritematosas,
e os próprios linfonodos apresentam-se aumentados de volume e dolorosos.
Os linfonodos, à microscopia óptica, exibem hiperplasia dos folículos linfóides
e proliferação de fagócitos mononucleares nos seios (sinus histiocytosis). A
presença de linfonodos palpáveis e dolorosos encontra-se mais comumente
associada a processos inflamatórios, enquanto os linfonodos fixos e indolores
são mais característicos de neoplasias.
Febre
A febre é o marco clínico da inflamação. Há evidência de que a liberação de
pirogênio exógenos (moléculas que causam febre) pelas bactérias, vírus ou
células lesadas afete diretamente, o centro termorregulador hipotalâmico. Na
realidade, eles estimulam a produção de pirogênios endógenos, a saber, IL-1,
IL-6 e TNF-α . A IL-1 é uma proteína de 15 kDa liberada pelos macrófagos após
exposição a endotoxina bacteriana, vírus ou produtos linfocitários. A IL-1
estimula a síntese de prostaglandinas nos centros termorreguladores
hipotalâmicos, alterando assim o “termostato” que controla a temperatura
corporal. Os inibidores da cicloxigenase (p. ex. aspirina) bloqueiam a resposta
da febre ao inibirem, no hipotálamo, a síntese de PGE 2 estimulada pela IL-1.
Os TNF-α e a IL-6 também aumentam a temperatura por ação direta sobre o
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Choque
O TNF-α é um dos mediadores primários das citocinas associado à resposta
inflamatória, protegendo o hospedeiro contra a infecção bacteriana. Todavia,
nos casos de lesão ou infecção tecidual maciça que se dissemina ao sangue
(sépsis), pode haver formação de quantidade significativa de TNF-α na
circulação. Nesses casos, mesmo pequenas quantidades desta citocina podem
exercer efeitos deletérios no paciente. A vasodilatação sistêmica, com
aumento da permeabilidade vascular e perda de volume intravascular, pode
acarretar hipotensão e choque. Os casos graves cursam com ativação
sistêmica das vias de coagulação, o que acarreta formação de microtrombos
em todo o organismo, com consumo dos componentes da coagulação e
predisposição subseqüente a hemorragia. Este quadro foi denominado
coagulação intravascular disseminada e pode resultar em falência múltipla de
órgãos e morte do paciente.
Leucocitose
Leucocitose é definida como o aumento no número de leucócitos circulantes
que em geral acompanha a inflamação aguda. A leucocitose apresenta-se
como aumento de duas a três vezes no número de leucócitos: os PMN são
quase sempre as células predominantes (neutrofilia). O aumento no número
de PMN imaturos (formas “em bastão”) também ocorre no sangue periférico.
A neutrofilia relaciona-se, quase sempre, com infecções bacterianas e
lesão tecidual. Ela tem como causa a liberação de mediadores específicos (IL-
1 e TNF-α ) pelos macrófagos e talvez outras células que promovem, a
princípio, uma liberação acelerada dos PMN a partir da medula óssea. A
seguir, os macrófagos e linfócitos T são estimulados a produzir um grupo de
proteínas, conhecidas como fatores estimuladores de colônias, que induzem a
proliferação das células precursoras hemopoiéticas da medula óssea.
Ás vezes, os níveis de leucócitos circulantes e de seus precursores
atingem taxas muito elevadas, de até 100.000 células/ µ L. Às vezes, é difícil
diferenciar essa situação, conhecida como reação leucemóide, da leucemia.
As viroses, ao contrário das infecções bacterianas (inclusive
mononucleose infecciosa), caracterizam-se por um aumento absoluto no
número de linfócitos circulantes (linfocitose). As infestações parasitárias e
certas reações alérgicas causam aumento no número de eosinófilos no
sangue periférico (eosinofilia). Os eosinófilos, que constituem normalmente 1
a 3% dos leucócitos periféricos, podem alcançar taxas de até 90% em certas
parasitoses, em particular a triquinose (causada por nematódeo Trichinella
spiralis).
.Leucopenia
Leucopenia é definida como uma diminuição absoluta no número de
leucócitos circulantes. A leucopenia pode ser ocasionalmente encontrada nos
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8. NEOPLASIAS
8.2.Tumores Benignos
O principal termo descritivo de qualquer tumor é a sua célula ou tecido
de origem. A classificação dos tumores benignos constitui a base para os
termos que descrevem suas variantes malignas. Os tumores benignos são
identificados pelo sufixo “oma”, precedido da referência à células ou tecido de
origem.
Exemplo, tumor benigno que se assemelha a condrócitos é chamado
condroma. Se o tumor tiver alguma semelhança com o precursor do
condrócito, é denominado condroblastoma. Os tumores de origem epitelial
recebem uma variedade de nomes, com base naquilo que se acredita seja sua
característica proeminente. Assim, um tumor benigno de epitélio escamoso
pode ser denominado epitelioma ou, quando ramificado, papiloma. Os
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8.3.Tumores malignos
5. Angiogênese.
Oxigênio e nutrientes são essenciais para função e sobrevivência
celulares em uma distância máxima de 100 µ m de um capilar. O processo de
angiogênese é transitório e cuidadosamente regulado ocorrendo sempre que
há necessidade por exemplo após uma lesão ou processo inflamatório. A
capacidade de expansão dos tumores depende da angiogênese habilidade
essa adquirida no decorrer da proliferação patológica. A angiogênese surge
em lesões pré-malignas de cervix, mama e pele (melanócitos).
6. Invasão e metástases.
O tumor inicial ou primário a medida que vai crescendo invade os
tecidos adjacentes e pode mover-se para locais distantes formando novas
colônias que são chamadas de metástases. Essas massas tumorais distantes
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Oncogenes
Os proto-oncogenes se transformam em oncogenes por ativação que
envolve: mutação na estrutura do gene produzindo uma proteína mutante ou
mutações sem alterar a estrutura do gene mas sim produzindo várias cópias
do gene, ou mudando o gene de lugar de um cromossomo para outro ou ainda
alterando a expressão do gene sendo que qualquer um desses modos de
alteração produzem aumento na quantidade da proteína.
Os proto-oncogenes são classificados em quatro grupos de acordo com
seu modo de atuação na proliferação celular: 1) fatores de crescimento, 2)
receptores para fatores de crescimento, 3) transdutores de sinal e 4) fatores
de transcrição.
Os fatores de crescimento estimulam a célula a se dividir, na ausência
dessas proteínas a celular normal sai do seu ciclo de divisão e entra em um
estado quiescente conhecido como G0. As mutações nesses tipos de genes
aumentam a quantidade de proteínas produzida sem alterar sua estrutura
molecular. Um exemplo é o oncogene sis que codifica para uma das cadeias
do fator de crescimento derivado de plaquetas (PDGF) e a célula mutada fica
sob controle autócrino independente da regulação externa.
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Esse mesmo linfoma pode ocorrer por amplificação gênica, nesse caso
ocorre a multiplicação do número de cópias do gene myc no seu mesmo local
de origem. Já foram descritos linfomas com mais de 700 cópias do gene myc.
Um outro exemplo importante de amplificação gênica ocorre com os
genes das ciclinas. Existem várias ciclinas que atuam em diferentes pontos do
ciclo celular fazendo a progressão de uma etapa para outra. As ciclinas atuam
em conjunto com quinases dependente de ciclinas e a duas juntas fosforilam
proteínas importantes para progressão do ciclo celular. Normalmente as
ciclinas são rapidamente degradadas, entretanto quando alterações
oncogênicas ocorrem o ciclo celular permanece sempre ativo devido ao
aumento na quantidade de ciclinas.
9. DISTÚRBIOS CIRCULATÓRIOS
9. 1. EDEMA
Acúmulo anormal de líquido (água + sais ± proteínas) no compartimento
extracelular intersticial e / ou nas cavidades corporais.
60% do peso corporal = água
Nomenclatura:
• Prefixo HIDRO + Cavidade afetada (exemplos: Hidrotórax, hidroperitonio,
hidrartro, hidrocele, hidrocefalia, etc...);
• "EDEMA DE + Órgão afetado" ou Órgão HIDRÓPICO. (ex.: edema pulmonar
ou pulmão hidrópico);
• ANASARCA ("Ana" = sobre + "sarx" = carne) = edema generalizado.
ASCITE (gr. "Askytes" /lt. "Ascitis" = tumefação abdominal) : o mesmo
que hidroperitonio.
Características Macroscópicas:
Anasarca/ edema no tecido subcutâneo - "Sinal de Cacifo"(Compressão digital
depressão de retorno lento).
Visceral - Aumento de volume e peso, diminuição de consistência, aspecto liso
e brilhante, palidez (em conseqüência da compressão vascular), com vasos
linfáticos acinzentados distendidos na serosa
Conseqüências:
Lembrar que o edema é uma alteração reversível.
o Benéficas:
Diluição de toxinas bacterianas e de metabólitos tóxicos;
Dispersão de colônias bacterianas e facilitação da fagocitose;
o
o Maléficas:
Dependem principalmente do órgão afetado e da intensidade do
processo. O hidrotórax, o edema pulmonar ou o de glote dificultam ou
impedem uma aeração adequada e podem levar à asfixia. O
hidropericardio pode provocar tamponamento cardíaco (i.e., limitar a
expansão diastólica), levando rapidamente à morte. O edema cerebral
quando intenso e agudo determina hipertensão craniana e às vezes
até mesmo herniação de tonsilas cerebelares pelo forame magno. Já o
edema do tecido subcutâneo não determina por sí só riscos para a
vida do indivíduo
9.2.Hiperememia
Hiperemia ativa
É o aumento da oferta de sangue para um órgão geralmente como uma
resposta fisiológica a uma demanda funcional maior como no caso do coração
e do músculo esquelético durante o exercício. Uma função útil seria a perda
de excesso de calor por exemplo nos estados febris. Além disso durante o
exercício físico a oferta de oxigênio pode aumentar até 20 vezes devido ao
aumento do fluxo de sangue. O rubor em processos inflamatórios também é
devido a hiperemia por dilatação dos vasos sangüíneos.
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9.3.Hemorragia
Hemorragia (sangramento) é a saída de sangue do compartimento
vascular para fora do corpo ou para fora do espaço vascular do
corpo. A causa mais comum é o traumatismo. Uma artéria pode
romper-se por vários motivos por laceração. Por exemplo, a
aterosclerose grave pode enfraquecer tanto a parece da aorta
abdominal que ela abaúla e forma um aneurisma, que depois
rompe e sangra para o espaço retroperitoneal. Além disso, o
aneurisma pode complicar uma artéria cerebral congenitamente
frágil (aneurisma sacular) e provocar uma hemorragia
subaracnóidea.
Qualquer traumatismo mínimo nos pequenos vasos e capilares
provado por um movimento anormal requer um sistema de
coagulação íntegro para impedir a hemorragia. Dessa forma a
redução grave no número de plaquetas (trombocitopenia) ou a
deficiência de um fator da coagulação (fator VIII na hemofilia)
associa-se com hemorragias espontâneas sem relação com
qualquer traumatismo evidente.
Algumas definições:
Hematoma= hemorragia nos tecidos moles, profundos ex.
contusão
Hemotórax=hemorragia na cavidade pleural
Hemopericárdio=hemorragia no espaço pericárdico
Hemartrose= hemorragia no espaço articular
Púrpura=hemorragia superficial difusas de até 1 cm, comum nos
idosos.
Equimose= hemorragia superficial após uma contusão com uma
mancha inicial roxa que fica esverdeada e depois amarela antes
de desaparecer devido a oxidação lenta da bilirrubina liberada da
hemoglobina dos eritrócitos decompostos. Um bom exemplo de
equimose é o olho roxo ou a canela roxa após bater em alguma
coisa no caminho.
Petéquia= hemorragia puntiforme na pela ou conjuntiva. Represente ruptura
capilar e corre nas coagulopatias ou vasculites
9.4.INFARTO:
Características morfológicas:
9.5.TROMBOSE:
"A trombose é uma conseqüência de 3 tipos de alterações, agindo isolada ou
simultaneamente:
. Alterações da parede vascular ou cardíaca;
. Alterações reológicas ou hemodinâmicas;
. Alterações na composição sangüínea com hipercoagulabilidade."
"Tríade de VIRCHOW "
Classificação:
Quanto à localização:
Venosos: Geralmente vermelhos e localizados predominantemente dos
membros inferiores (Flebotrombose humana). São úmidos e gelatinosos,
associam-se às flebectasias e à estase prolongada, mas podem advir também
de flebites. Representam aproximadamente 70% das tromboses no ser
humano (AMORIM et alii, 1960).
Cardíacos: Murais (principalmente no endocárdio da aurícula direita e no
ventrículo esquerdo) ou valvulares (principalmente na aórtica e na mitral).
Representam aproximadamente 20% das tromboses no ser humano (AMORIM
et alii, 1960).
Arteriais: Geralmente brancos, acometendo mais comumente as coronárias,
as cerebrais, as ilíacas e as femurais no ser humano, representando apenas
10% das tromboses nessa espécie (AMORIM et alii, 1960); a aorta, a celíaca e
a gástrica no cão (Spirocercalupi); as mesentéricas [principalmente a cranial],
a renal, a esplênica e a cecal média nos eqüinos (Strongylusvulgaris).
.Alteraçõe hemodinâmicas:
Por estase ( velocidade do fluxo): Importante principalmente na trombose
venosa. A estase altera o fluxo lamelar fazendo com que as células (inclusive
plaquetas) que ocupavam a corrente axial passem à corrente marginal,
facilitando o contato plaquetas - endotélio, ao tempo que concentra os fatores
da coagulação.
Por turbulência: Predispõem à deposição de plaquetas (por alterar o fluxo
lamelar com modificação da corrente axial em marginal) e por traumatizar a
íntima cardiovascular, facilitando a exposição do colágeno subendotelial. Por
esse motivo é consideravelmente maior a freqüência de trombose nas áreas
de estenose e bifurcação vasculares.
Alterações sangüíneas
Um dos fatores mais importantes na trombogênese.é a
Hipercoagulabilidade.
9.6.CHOQUE
9.7. EMBOLIA
Qualquer massa líquida, sólida ou gasosa na circulação sanguinea que possa
causar obstrução dos vasos, produzindo isquemia local ou então ativação da
coagulação de modo sistêmico.
Exemplos, embolia gasosa, (mergulhadores), pós-parto (líquido amniótico),
gordurosa, (fratura de grandes ossos liberando medula óssea ex: fratura do
fêmur), por metástases no câncer, podendo causar trombose na fase final do
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