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15/12/2017 OMS | Síndrome de Guillain–Barré

Síndrome de Guillain–Barré
Ficha descritiva
14 de Março de 2016

Principais factos
A síndrome de Guillain-Barré é uma condição rara em que o sistema
imunitário de uma pessoa ataca os nervos periféricos.
Pessoas de todas as idades podem ser afectadas, mas é mais
comum em adultos do sexo masculino.
A maioria das pessoas recupera totalmente até mesmo dos casos
mais graves da síndrome de Guillain-Barré.
São raros os casos graves da síndrome de Guillain-Barré, mas
podem resultar em paralisia quase total.
As pessoas com síndrome de Guillain-Barré devem ser tratadas e
monitorizadas; algumas podem precisar de cuidados intensivos. O
tratamento inclui cuidados de apoio e algumas terapêuticas
imunológicas.

Introdução
Na síndrome de Guillain-Barré, o sistema imunitário do corpo ataca
parte do sistema nervoso periférico. Esta síndrome pode afectar os
nervos que controlam o movimento dos músculos, assim como os que
transmitem sensações de dor, temperatura e tacto. Tal pode resultar em
fraqueza muscular e perda de sensibilidade nas pernas e /ou braços.

Trata-se de uma condição rara, mas podem ser afectadas pessoas de


todas as idades, sendo, no entanto, mais comum em adultos do sexo
masculino. Mesmo no melhor dos contextos, 3%-5% dos doentes de
GBS morrem das complicações, que podem incluir paralisia dos
músculos que controlam a respiração, infecções do sangue, coágulos
pulmonares ou paragem cardíaca.

Sintomas
Habitualmente, os sintomas duram algumas semanas, com a maioria
dos doentes a recuperarem sem graves complicações neurológicas a
longo prazo.

O primeiro sintoma da síndrome de Guillain-Barré inclui fraqueza ou


sensação de dormência. Começam normalmente pelas pernas e
pode alastrar aos braços e face.
Para certas pessoas, estes sintomas podem provocar paralisia das
pernas, braços ou músculos da face. Em 20% - 25% 1 das pessoas,
são afectados os músculos do peito, tornando difícil a respiração.
São raros os casos graves de síndrome de Guillain-Barré, mas
podem resultar em paralisia quase total. Estes casos podem ser
fatais e os indivíduos afectados são, normalmente, tratados em
unidades de cuidados intensivos.
A maioria das pessoas recupera totalmente, até dos casos mais
graves da síndrome de Guillain-Barré, embora algumas continuem a
sentir fraqueza.

http://www.who.int/mediacentre/factsheets/guillain-barre-syndrome/pt/ 1/3
15/12/2017 OMS | Síndrome de Guillain–Barré

Causas
Nem sempre se conseguem determinar as causas da síndrome de
Guillain-Barré, mas ela é muitas vezes desencadeada por uma infecção
(como o VIH, dengue ou gripe) e, menos frequentemente, pela
vacinação, cirurgias ou traumatismos.

Diagnóstico
O diagnóstico baseia-se em sintomas, achados dos exames
neurológicos, incluindo perda ou diminuição dos reflexos dos tendões
profundos, e da punção lombar. Podem ser necessários outros testes,
como análises ao sangue, para identificar as causas que desencadeiam
a GBS.

Os investigadores estão a estudar uma potencial – mas não


comprovada – ligação entre o surto de casos de GBS e a infecção pelo
vírus do Zika.

Tratamento e cuidados
Os doentes com GBS são normalmente hospitalizados para que
possam ser atentamente monitorizados.
Não há cura conhecida para a GBS, mas os tratamentos podem
ajudar a melhorar os sintomas da doença e abreviar a sua duração.
Os cuidados de apoio incluem monitorização da respiração,
frequência cardíaca e tensão arterial. Quando diminui a capacidade
respiratória de um doente, é-lhe normalmente aplicado um ventilador
para monitorizar as complicações, que podem incluir frequência
cardíaca anormal, infecções, coágulos sanguíneos e tensão arterial
elevada ou baixa.
Dada a natureza autoimune da doença, a sua fase aguda é
normalmente tratada com imunoterapia, como a troca de plasma para
remover anticorpos do sangue ou imunoglobulina intravenosa. Isto é
quase sempre mais benéfico quando se inicia 7 a 14 dias após o
aparecimento dos sintomas.
Em caso de persistência de fraqueza muscular após a fase aguda da
doença, os doentes podem precisar de serviços de reabilitação para
reforçar os músculos e recuperarem os movimentos.

Referências
1 Síndromede Guillain–Barré
Nobuhiro Yuki, M.D., Ph.D., and Hans-Peter Hartung, M.D N Engl J Med
2012. (acedido em 5 de Fevereiro de 2016).

Zika virus disease »

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Related links

Zika virus
Doença do vírus Zika

http://www.who.int/mediacentre/factsheets/guillain-barre-syndrome/pt/ 2/3
15/12/2017 OMS | Síndrome de Guillain–Barré

Fact sheet; Zika virus


(Portuguese version)
Q&A: Zika virus

Microcephaly
Fact sheet: Microcephaly
WHO's work on Microcephaly

Guillain–Barré syndrome
More on Guillain–Barré
syndrome

Epidemiological Update:
Region of the Americas
Neurological syndrome,
congenital anomalies, and Zika
virus infection

http://www.who.int/mediacentre/factsheets/guillain-barre-syndrome/pt/ 3/3

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