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Josimar Francisco Dias Filho 1, Xisto Sena Passos 2, Cristiene Costa Carneiro 3
1
Aluno do curso de Graduação em Biomedicina da Universidade Paulista – UNIP.).
2
Doutor em Medicina Tropical pela Universidade Federal de Goiás. Professor Titular do
Curso de Biomedicina da Universidade Paulista - UNIP. E-mail: xisto.sena@gmail.com
3
Biomédica, Doutora em Ciências Biológicas pelo Instituto de Ciências Biológicas da
Universidade Federal de Goiás. É professora adjunta na Universidade Paulista (Unip-GO
Autor correspondente:
Josimar Francisco Dias Filho
Rua PL-08 Quadra H Lote 21 Loteamento Areião I
Goiânia – GO – CEP: 74820-057
Fone: (62) 98207-4723 / (62) 3241-3011
E-mail: josimarfranciscodias@gmail.com
Resumo
Abstract
The Guillain-Berre syndrome (GBS) is an autoimmune disease considered rare, which usually
manifests after infectious viral or bacterial processes. It is a serious disease in which 25% of
diagnosed patients require mechanical ventilation and intensive care unit (ICU). Bilateral
weakness is the most important symptom to diagnose GBS, which begins in the lower and
upper limbs. The objective of this review study was to address the main means of diagnosis
and treatment for GBS currently available. The diagnosis of patients with GBS is usually
made based on clinical manifestations, together with the realization of neurological
examination, MRI and analysis of cerebrospinal fluid (CSF). Between 1980 and 1990 we had
the proven effectiveness of treatment of GBS with immunotherapy using plasmapheresis and
intravenous immunoglobulin injection. The diagnosis and treatment of GBS should be
established early in order to avoid serious sequelae.
Keyword: Guillain-Barré syndrome, diagnosis, treatment, variants of Guillain-Barré
syndrome, Miller-Fisher syndrome.
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Introdução
Revisão da Literatura
Histórico
ficaram paralíticos mas depois tiveram recuperação espontânea dessa morbidez. Pela análise
do LCR desses soldados, os pesquisadores identificaram uma quantidade muito grande de
proteínas, com concentração de células normais(9,10).
Em 1949, Haymaker e Kernohan descreveram as características clínicas e
histopatológicas da síndrome, incluindo alterações inflamatórias do nervo periférico em 50
pacientes com casos fatais, porém, eles acreditavam que essa doença era diferente daquela
descrita por Guillain e Barré. Barré por sua vez defendeu fortemente sua pesquisa, e em 1953
publicou que a doença se tratava de uma infecção de causa desconhecida. Feasby e Cols por
volta de 1986, estudaram 5 pacientes com suspeitas clínicas de SGB, e identificaram sinais de
degeneração axonal e sinais de desmielinização dos nervos distais. Desde então essa doença
ficou conhecida como Síndrome de Gullain-Barré Axonal ou desmielinizante(9,10).
A síndrome de Miller-Fisher foi descrita pela primeira vez em 1956 por Fisher, na
qual a mesma foi caracterizada por oftalmoplegia, ataxia e arreflexia, que compõem a tríade
clássica da doença. Após Fisher descrever 3 casos da síndrome, vários autores relataram
casos isolados com os mesmo achados clínicos, com por exemplo Smith e Walsh, 1957;
Neubert em 1958; Darcourt e Cossa em 1959, entres outros(11,12).
Estudos para o tratamento da SGB foram bem sucedidos na década de 1980, nos quais
a troca de plasma demonstrou ser um tratamento eficaz, e por volta da década de 1990,
também foi comprovada a eficácia no tratamento com a imunoglobulina intravenosa
(IgIV)(9).
Diagnóstico
Em média dois terços dos casos diagnosticados de SGB, ocorre semanas após
infecções virais ou bacterianas, tais como Campylobacter jejuni (C. jejuni), Citomegalovirus,
Mycoplasma pneumoniae, ou aborvirus. Esses agentes infecciosos possuem epítopos
semelhantes aos dos nervos periféricos como por exemplo os gangliosídeos presentes na
superfície da bactéria C. jejuni, que estar presente em cerca de 25% dos casos de SGB. Em
um processo de infecção o organismo produz anticorpos fixadores do complemento,
imunoglobulinas G (IgG), que são acionadas para combater a infecção, mas acabam se
ligando também aos gangliósidos dos nervos periféricos, induzindo à autoimunidade(9). A
formação de anticorpos direcionados aos gangliosídeos presentes nos axônios dos nevos
periféricos está ligada às variantes dos tipos NAMA, NAMSA e também a SMF. Já na PDIA
a resposta imune é direcionada às células de Schwann, causando a desmielinização(13).
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A SMF é uma variante da SGB que quando comparada com os demais tipos, se
destaca por ter um melhor prognóstico(12). A presença de anti-gangliosídeos no soro, pode
ser identificada em cerca de 80% dos pacientes, com maior elevação nas primeiras semanas.
Já a dissociação albumino-citológica no LCR costuma ser mais tardia, mas ambas são
importantes para auxiliar o diagnóstico(14). A doença tem seu pico em 1 semana, em média, e
na maioria dos casos, começa a melhorar por volta de 2 semanas. A ataxia e a oftalmoplegia
tende a desaparecer em média de 1 a 3 meses(4).
O diagnóstico da SGB é inicialmente clínico, e devido a variação dos sintomas é
importante realizar exames complementares para que o diagnóstico da síndrome seja
confirmando precocemente(15). Na SGB a fraqueza bilateral é o principal sintoma na maioria
dos pacientes, que geralmente começa nas extremidades distal inferior, mas pode começar
proximalmente nas pernas ou braços. A dor muscular ou dor radicular, em muitas vezes na
coluna vertebral, é um sinal inicial frequente, o que pode complicar o diagnóstico, pois a dor
pode causar fraqueza em cerca de um terço dos pacientes com sintomas de infecções
anteriores causada por outras doenças(7). O quadro 1 mostra alguns critérios clínicos que
ajudam a diagnosticar a SGB.
No diagnóstico clínico são avaliados os pacientes com sintomas de SGB em graus
inequívocos de fraqueza com mais de um segmento apendicular de forma simétrica incluindo
a musculatura craniana(16). A fraqueza muscular progressiva de distribuição simétrica e distal
evolui para diminuição ou perda dos movimentos de maneira ascendentes, com flacidez dos
músculos sendo o sinal mais perceptível no paciente(17).
Quadro 1. Critérios clínicos que reforçam o diagnóstico da SGB por ordem de importância
Diminuição progressiva da força muscular;
Simetria relativa;
Sinais e sintomas sensitivos leves;
Paralisia facial em cerca de 50% dos casos, geralmente bilateral, envolvimento de
outros nervos cranianos;
Recuperação após 2 a 4 semanas;
Ausência de febre no início dos sintomas e outros.
Fonte: Paraparesia aguda- um desafio diagnóstico(18).
Tratamento
Em média, 3-10% dos pacientes diagnosticados com a SGB vão à óbito, devido à
outras complicações como, embolia pulmonar , sepse ou por parada cardíaca sem motivo
específico. Com isso, as medidas para a detecção precoce destas complicações, devem ser
avaliadas com muita cautela(4). De acordo com vários critérios de diagnóstico da SGB, pode
ocorrer nos pacientes progressão rápida da fraqueza em um período de 4 semanas. A maioria
dos pacientes, no entanto, atinge o período de maior intensidade do comprometimento motor
dentro de 2 semanas, período no qual é denominado de nadir. A progressão pode durar até 6
semanas após o início da SGB subaguda em alguns casos raros(7).
Durante a fase progressiva, 20-30% dos doentes desenvolvem insuficiência
respiratória, aumento da concentração de gás carbônico (maior que 48 mmHg), baixa
concentração de oxigênio no sangue (menor que 56 mmHg), capacidade vital inferior a 15 ml
por quilograma do peso corporal, tose, disfagia e atelectasia. Para o tratamento dessas
complicações é recomendado a utilização da ventilação mecânica. O ideal é que os pacientes
permaneçam em uma unidade de terapia intensiva (UTI), onde estará amparado de recursos
adequados para monitorar os efeitos cardíacos e respiratórios, evitando assim complicações
mais severas(4,7).
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Imunoterapia
Conclusão
Referências
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