Você está na página 1de 8

Relatório Projeto Final

Cultivo de Raphanus sativus com adição


de hormônios vegetais

Alunos: Davi Wöhlcke Thiengo e Ester Zylbersztejn

Coordenadora: Maria Antonia Malajovich


Instituto de Tecnologia ORT – Biotecnologia

Objetivos

Comparar o crescimento de sementes de rabanete com diferentes condições hormonais (sem


hormônio, com adição de ácido giberélico e com adição de benzilaminopurina).

Materiais e Reagentes:

- 18 frascos de 300 mL; 18 tampas para estes frascos ; Ágar bacteriológico; Sacarose; Beckers;
Pipetas; Solução de PPM 0,1 %; Solução de ácido giberélico; solução de benzilaminopurina;
meio Murashige & Skoog; água sanitária; pinça; água destilada; panela de pressão; corantes
(verde e amarelo); repolho de metal; micro-ondas; bastão de vidro; sementes de rabanete;
fluxo laminar; álcool 70°; formol aldeído; luvas de látex.

Procedimentos

Parte I: Preparação dos meios

 Preparação de meio Murashige & Skoog (1 L de meio)


 Composição do meio (Anexo 1)

- Pesar 2,7 gramas de de meio Murashige & Skoog (MS) na balança e dissolver em 970 mL de
água destilada

- Acrescentar 25 gramas de açúcar cristal

- Acrescentar 7 gramas de ágar bacteriológico e levar ao micro-ondas para que derreta e


adicionar 0,1 % de solução de PPM (1 mL)

- Dividir o meio em três beckers colocando 300 mL de meio em cada Becker

- Adicionar em cada Becker a 30 mL da solução de hormônio correspondente e adicionar uma


gota de corante em cada uma delas seguindo a seguinte ordem (Meio 1 – Meio Murashige &
Skoog sem adição de hormônio e sem adição de corantes; Meio 2 – Meio com adição de ácido
giberélico (GA3) e corante amarelo; Meio 3 – Meio com adição de benzilaminopurina (BAP) e
corante verde).

- Dividir o meio de cada Becker em 6 frascos adicionando 50 mL em cada frasco, ficando com
um total de 18 potes.

- Esterilizamos os potes com os meio na panela de pressão.


 Desinfecção das sementes

- Esterilizamos três potes com água.


- Deixamos duas pinças mergulhadas em água sanitária por vinte minutos.
- Para realizarmos a desinfecção das sementes utilizamos a mesma quantidade de
água autoclavada e de água sanitária (5%), 100 ml de cada.
- Depois de deixarmos as sementes mergulhadas por 20 minutos na água sanitária,
lavamos três vezes, com a água que havia sido autoclavada.

 Semeadura das sementes

- Com o auxílio de luvas passa-se álcool 70° por todas as paredes do fluxo e depois
esse procedimento é repetido utilizando formaldeído.
- Deixa-se o fluxo com a luz UV ligada por quinze minutos.
- Coloca-se todos os potes organizados, as sementes desinfectdas e as pinças dentro
do fluxo.
- Utiliza-se as luvas para adicionar 3 sementes de rabanete em cada pote.

Resultados do experimento

Análise dos resultados

Semana 1 (29/04/2015)

Potes com meio controle: foram os potes nos quais o rabanete se desenvolveu menos de
modo geral, tendo um crescimento normal.

I – 3 sementes germinaram, não houve crescimento e desenvolvimento da planta.

II - 2 sementes germinaram, houve o crescimento do caule e da raiz. Houve presença de pelos


na raiz.

IV – 2 sementes germinaram. Em uma delas o cotilédone foi liberado.

V – 3 sementes germinaram. A planta proveniente de duas sementes teve um pequeno


crescimento.

VI – 3 sementes germinaram, houve o crescimento da raiz (que possui pelos), do caule e das
folhas das plantas provenientes de duas dessas sementes. A outra semente apenas teve um
início de crescimento. Esse foi o pote entre os controles que apresentou melhor
desenvolvimento da planta.
Potes com meio + GA3: As plantas apresentaram um desenvolvimento desigual entre si, mas
em sua maioria foi um desenvolvimento melhor do que nos potes controle.

I – 3 sementes germinaram. Duas sementes originaram plantas que tiveram raiz (com pelos) e
caule desenvolvidos.

II – 3 sementes germinaram. Apenas houve a liberação do cotilédone de uma das sementes.

III – 2 sementes germinaram. Houve pequeno crescimento da raiz e do caule das plantas
provenientes de ambas sementes.

IV – 3 sementes germinaram. Ocorreu o início do crescimento do caule e da raiz nas plantas


provenientes de duas dessas sementes. A planta proveniente da outra semente cresceu mais.

V – 3 sementes germinaram. E o crescimento do caule e da raiz iniciou-se de maneira


semelhante.

VI – 3 sementes germinaram. As plantas provenientes de duas dessas sementes tiveram


crescimento do caule e raiz (com pelos).

Potes com meio + BAP: as plantas desse meio tiveram um crescimento e um desenvolvimento
mais acelerado em comparação ao meio + GA3 e ao meio controle.

I – 2 sementes germinaram.

II – 3 sementes germinaram. Houve o crescimento da raiz e do caule das plantas provenientes


das 3 sementes, porém 2 dessas plantas tiveram um melhor desenvolvimento. Do experimento
inteiro, foi o pote que apresentou melhor crescimento e desenvolvimento do rabanete.

III – 3 sementes germinaram. A planta proveniente de uma dessas sementes cresceu um


pouco, caule, raiz e folhas começaram a crescer.

IV – duas sementes germinaram, e as plantas provenientes dessas cresceram (caule, raiz e


folhas). Uma das plantas cresceu um pouco mais que a outra.

VI – 3 sementes germinaram. Uma das plantas apresentou um início de crescimento da raiz,


em outra houve o início do crescimento do caule e a raiz cresceu, e a última cresceu mais,
apresentando caule, raiz e folhas.
GA3 + BAP – 2 sementes germinaram. Houve o início do crescimento da raiz de uma das
plantas e a outra apresentou crescimento da raiz e do caule. Obs: a planta está tombada no
meio.

Semana 2 (08/05/2015)

Potes com meio controle:

I – 3 sementes germinaram e houve a liberação dos cotilédones de cada uma.

II – houve o desenvolvimento do caule e da raiz e o aparecimento de novas folhas, a planta se


desenvolveu e cresceu em altura. Foi a planta mais alta.

IV – das 2 sementes germinadas, 1 delas teve o crescimento de folhas e do caule.

V – das 3 sementes, 2 tiveram o crescimento em altura, e desenvolvimento da raiz e do caule.


Na outra sementes, os cotilédones. cresceram um pouco.

VI – Houve o desenvolvimento das plantas (caule e raiz) e aparecimento de novas folhas


(algumas amarelas). Ocorreu crescimento em altura, foi a planta do meio controle que melhor
se desenvolveu.

Potes com meio + GA3

I – Houve crescimento da planta em altura e desenvolvimento das estruturas secundárias


(caule, raiz, novas folhas).

II – Houve o crescimento dos cotilédones em uma das sementes, e a liberação dos cotilédones
nas outras duas sementes.

III – Houve o desenvolvimento das folhas e da raiz das duas sementes que haviam germinado.

IV – Das três sementes que germinaram, a planta proveniente de uma dessas sementes
cresceu em altura e se desenvolveu. Na outra as folhas e o caule cresceram um pouco, na
última houve início do crescimento do caule e das folhas.

VI – Houve o crescimento e o desenvolvimento de uma das plantas. Na outra planta, houve o


início do desenvolvimento (caule, raiz e folhas).
Potes com meio + BAP

I – Houve o crescimento dos cotilédones e o início do crescimento do caule.

II – As plantas cresceram em altura e se desenvolveram. Algumas folhas ficaram amarelas.

III – Houve o crescimento da raiz da planta de uma das sementes, houve o crescimento dos
cotilédones de outra semente, e a liberação dos cotilédones da última semente.

IV- Houve o crescimento em altura e desenvolvimento das plantas provenientes das duas
sementes. (há duas folhas amarelas, que provavelmente são os cotilédones).

V – Houve o crescimento e desenvolvimento das plantas provenientes das duas sementes,


uma se desenvolveu mais que a outra, e há a presença de folhas amarelas em ambas. Outra
semente germinou, houve a liberação dos cotilédones e o início do desenvolvimento do caule.

VI – houve o crescimento (em altura) e o desenvolvimento das plantas provenientes das três
sementes.

Pote meio + GA3 + BAP – As duas plantas cresceram em altura e houve o aparecimento de
novas folhas.

Semana 3 (13/05)

Potes com meio + BAP

I – Houve crescimento do caule e da raiz.

II – As plantas cresceram em altura e as estruturas secundárias se desenvolveram


(ramificações do caule e novas folhas).

III – crescimento da raiz, crescimento em altura e aparecimento de novas folhas da planta


proveniente de uma das sementes. Houve o crescimento dos cotilédones das outras duas
sementes.

IV - As plantas cresceram em altura e as estruturas secundárias se desenvolveram


(ramificações do caule e novas folhas).

V – Houve o crescimento (em altura) e desenvolvimento da planta, das estruturas secundárias


(ramificações do caule e novas folhas). Obs: Há folhas relativamente grandes e amareladas,
provavelmente porque o pote ficou num local que não havia luz o suficiente. Houve o
crescimento do caule, raiz e folhas da planta proveniente da outra semente que havia
germinado.

VI - A planta cresceu em altura e as estruturas secundárias se desenvolveram (ramificações do


caule e novas folhas). Há uma folha frágil e velha, prestes a cair.

Pote GA3 + BAP - A planta cresceu em altura e as estruturas secundárias se desenvolveram


(novas folhas).

Potes com meio controle:

I – crescimento dos cotilédones e da raiz de cada uma das sementes.

II – crescimento em altura e da raiz, desenvolvimento das estruturas secundárias (ramificações


do caule, novas folhas). Houve o crescimento do cotilédone e da raiz de outra semente do
frasco.

IV – houve o início do crescimento dos cotilédones e do caule das duas plantas.

V - A planta cresceu em altura e as estruturas secundárias se desenvolveram (ramificações do


caule e novas folhas). Houve o início do crescimento do cotilédone e do caule da outra planta
do frasco.

VI – Houve crescimento em altura e desenvolvimento das estruturas secundárias da planta,


porém há algumas folhas amareladas.

Potes com meio + GA3:

I – A planta cresceu muito em altura e as estruturas secundárias se desenvolveram (caule e


novas folhas). Porém, há folhas amareladas. Há um cotilédone no meio crescendo,
proveniente de outra semente. Há raízes aéreas, que saíram do meio.

II – Houve crescimento das folhas, caule e raiz das plantas provenientes das três sementes.

III – Houve o crescimento dos cotilédones e das raízes da planta.

IV – Houve o crescimento em altura e o desenvolvimento das estruturas secundárias da planta


proveniente de uma das sementes. Das outras duas sementes, houve o crescimento dos
cotilédones e início do crescimento do caule e da raiz. Há algumas folhas amareladas.
V - Houve o crescimento em altura e o desenvolvimento das estruturas secundárias, porém há
algumas folhas amareladas e frágeis. Houve o crescimento dos cotilédones e início do
crescimento da raiz e do caule da planta proveniente da outra semente do frasco.

VI - Houve o crescimento em altura e o desenvolvimento das estruturas secundárias de duas


plantas. Da outra houve o crescimento dos cotilédones, do caule e da raiz.

OBS: De modo geral, as plantas do meio + GA3 cresceram mais em altura; as plantas do meio +
BAP tiveram as estruturas secundárias mais desenvolvidas e também cresceram em altura,
mas não tanto quanto as de GA3. As plantas do meio controle cresceram menos em altura e
tiveram as estruturas secundárias menos desenvolvidas em relação as plantas do meio + GA3 e
as plantas do meio + BAP, respectivamente.

Conclusão:

A partir do cultivo de sementes de rabanete em um meio com diferentes quantidades de


hormônios, podemos inferir que a concentração destes altera e otimiza o desenvolvimento da
planta. A adição de BAP auxiliou no desenvolvimento das estruturas secundárias da planta,
enquanto a adição de GA3 faz com que a planta tenha o seu crescimento melhorado na
questão de altura. Podemos observar essa diferença quando compararmos com as plantas
cultivadas no meio controle, que não teve crescimento menor do que a com BAP e não teve
tanto desenvolvimento das estruturas secundárias. Com o passar do tempo, os nutrientes do
meio se esgotaram o que ocasionou a morte precoce da planta por não ter mais como se
desenvolver. Algumas plantas apresentaram possível desenvolvimento de raízes aéreas e
tropismos invertidos o que pode ser conseqüência da ação dos hormônios vegetais.

Anexos

Anexo 1: Composição do meio de Murashige & Skoog

- 2,7 gramas de meio Murashige & Skoog

- 25 gramas de açúcar cristal

- 7 gramas de ágar bacteriológico

Você também pode gostar