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Métodos de propagação de
plantas ornamentais
Informações sobre propagação de plantas
ornamentais, suas vantagens e métodos: estaquia,
alporquias, bulbos, tecidos vegetais in vitro, entre
outros.
Novembro/2008
Edição atualizada em: 22/06/2021
RESPOSTA TÉCNICA – MÉTODOS DE PROPAGAÇÃO DE PLANTAS ORNAMENTAIS
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RESPOSTA TÉCNICA – MÉTODOS DE PROPAGAÇÃO DE PLANTAS ORNAMENTAIS
Solução apresentada
Introdução
Plantas ornamentais são espécies vegetais que produzem flores e folhagens, normalmente
utilizadas para decoração e tratamento paisagístico.
Propagação de mudas
Para formação e desenvolvimento das plantas reproduzidas por sementes é necessário que
o pólen (gameta masculino) fecunde o óvulo (gameta feminino) contido no ovário da flor.
Como resultado dessa polinização, o ovário se transformará em um fruto com suas
respectivas sementes. Dessa forma, é praticamente impossível obter plantas idênticas, por
conta da alta variabilidade genética dos gametas.
Limitações
Não são todas as plantas que podem ser reproduzidas por estaquia. Cada espécie de planta
possui um método diferente mais adequado para sua multiplicação. Algumas espécies muito
difíceis de multiplicar por estaquia podem ser reproduzidas facilmente por outro método
(CULTIVANDO, 2015).
Vantagens
É o método mais adequado para ser utilizado para grande parte das plantas ornamentais, já
que as plantas geradas por esse método são em geral, mais parecidas com a planta que as
originou.
Para fazer a estaquia por ramos novos, corta-se uma ponta de ramo lateral, formando uma
estaca de aproximadamente 7 a 12 cm de comprimento. Devem-se escolher sempre os
ramos mais vigorosos, saudáveis e sem flores. Retirar as folhas da base das estacas, o que
estimula o crescimento de raízes, principalmente nas bases das folhas retiradas. Colocar os
ramos em substrato adequado (terra, areia, entre outros), enterrando a base sem folhas.
Assim, novas raízes se formam na planta, originando novas mudas. Em alguns casos,
colocam-se as bases da estaca em água ao invés de substrato, plantando as mudas em
terra assim que enraizadas (CULTIVANDO, 2015).
Em plantas ornamentais, esse método é muito utilizado para propagar plantas arbustivas.
Cortar um ramo lateral, formando uma estaca de aproximadamente 10 a 15 cm de
comprimento. Escolher sempre os ramos mais vigorosos, saudáveis e sem flores.
É o método mais utilizado para árvores (a maioria das frutíferas), arbustos e roseiras. Para
as plantas cujas folhas caem no inverno (planta decíduas), é recomendado que as estacas
sejam feitas quando a planta estiver sem folhas, perto do período de rebrota das folhas.
Colocar os ramos (estacas) em substrato adequado (terra, areia, entre outros), enterrando a
base sem folhas. Essas estacas podem ser plantadas também diretamente no local
definitivo; apesar disso, é recomendado o seu plantio anteriormente em vasos ou sacos de
mudas. Assim, novas raízes se formam na planta, originando novas mudas (CULTIVANDO,
2015).
Estacas de folhas
Uma das grandes vantagens é que o funcionamento vegetativo da planta não é prejudicado,
de forma a preservar e até favorecer a planta-mãe. Outra vantagem da alporquia é permitir o
controle do crescimento de plantas que crescem em demasia para o cultivo em interiores,
como a costela-de-adão, comigo-ninguém-pode e outras.
Algumas plantas têm na base do caule uma "batata", o bulbo, uma estrutura subterrânea
com gemas, de onde nascem seus brotos. Protegido por folhas que sofrem mudanças de
cor e consistência é nele que se armazenam reservas minerais, indispensáveis durante o
período de repouso, antes de surgirem os primeiros brotos. E é ainda o tipo de "batata" que
determina a divisão existente entre as bulbosas, que podem ser reproduzidas por cormo,
tubérculo, rizoma ou bulbo (PLANTASONYA, 2009).
O cormo partido ao meio apresenta uma batata compacta, sem camadas. Em seu interior
não são vistas folhas e flores. O Gladíolo (Palma-de-santa-rita) é um cormo, assim como a
Frésia.
No tubérculo, a característica é a presença de raízes por todo o bulbo (um bulbo verdadeiro
e um cormo apresentam raízes somente na base da batata). Exemplos: a Begônia tuberosa
e a Dália.
O bulbo verdadeiro quando cortado parece uma cebola partida ao meio, que também é um
bulbo, mostrando várias camadas. No seu interior dá para visualizar pequeninas flores e
folhas que ainda vão brotar. São exemplos: Amarílis, Narciso, Tulipa, Lírio e Jacinto
(PLANTASONYA, 2009).
A capacidade dos tecidos vegetais cultivados in vitro para formar gemas, raízes ou embriões
somáticos, tem despertado a atenção de pesquisadores em virtude de sua grande
implicação prática e importância para o avanço dos conhecimentos nas áreas de fisiologia,
bioquímica e genética de plantas (EMBRAPA apud KERBAUY, 2006).
Essas características podem ter, por exemplo, elevada produtividade, elevada qualidade de
grãos ou frutos, tolerância a pragas ou doenças, entre outras. Dentre as vantagens da
micropropagação podem ser citadas a rapidez na produção de um grande número de
mudas.
Quanto às orquídeas, leva-se cerca de dois anos para a obtenção de uma boa muda
utilizando-se os métodos convencionais enquanto que, através do cultivo in vitro de
meristemas, é possível a produção de centenas de mudas nesse mesmo período de tempo
(PENSAMENTO VERDE, 2013).
Melhoramento genético
Entre as técnicas de cultivo in vitro mais aplicadas no melhoramento das espécies vegetais,
destacam-se:
A haploidização por cultura de anteras para redução da ploidia ou obtenção de linhas puras;
Conclusões e recomendações
Cada planta possui um método mais adequado de propagação, porém a maioria das plantas
de importância comercial é propagada vegetativamente, para assegurar a carga genética da
planta mãe ou planta matriz aos seus descendentes.
integrada/norma-tecnica-especifica-para-producao-integrada-de-flores-e-plantas-
ornamentais.pdf/view>.
Fontes consultadas
PEIXOTO, Prof. Paulo Henrique Pereira. Propagação das Plantas: Princípios e Práticas.
Disciplina Propagação de Plantas e Conservação da Biodiversidade Vegetal apresentada no
Curso de Pós-Graduação em Ecologia (PGECOL) da UFJF. Disponível em
<https://www.ufjf.br/fisiologiavegetal/files/2018/07/Propaga%C3%A7%C3%A3o-Vegetativa-
e-Sexuada-de-Plantas.pdf>. Acesso em 22 jun. 2021.