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Floricultura e Paisagismo
Docente: Suelen Tainã Silva Fagundes
e-mail: suelen.fagundes@facvb.com.br
2023/2
Suelen Tainã Silva
Fagundes
Formação:
Técnica Florestal, pelo Instituto Federal de
Rondônia - IFRO
Graduada em Engenharia Florestal, pela
Universidade Federal de Rondônia - UNIR.
Atuação profissional:
Manejo Florestal em Florestas Naturais.
Disc.: Floricultura Objetivos: Ementa:
e Paisagismo
AULA 01
Introdução a Floricultura
Surgimento:
Há mais de 60 mil anos: Utilizavam
as flores nos rituais fúnebres;
Surgimento:
Há mais de 10 mil anos: Os grãos
eram coletados e semeados, para
produzir plantas iguais à planta mãe;
Surgimento:
Evolução nas técnicas agrícolas:
Produção de plantas
importantes para o setor de perfumes,
alimentos e fármacos;
Contato com a natureza: Crescimento
das civilizações;
Percepção de que as árvores atraiam
os animais; e,
Plantas com funções práticas e
utilitárias.
Introdução a Floricultura
Surgimento:
Surgimento:
Horticultura - classificações:
- Olericultura;
- Fruticultura;
- Plantas medicinais; e,
- Horticultura ornamental: subdividida em:
▪ Floricultura;
▪ Paisagismo; e,
▪ Jardinagem.
A Floricultura no Brasil
Desvantagens/Dificuldades:
▪ Alta perecibilidade do produto;
▪ Alta absorção de mão de obra;
▪ Elevados investimentos na etapa pós-colheita e principalmente na
armazenagem e nas embalagens que reduzam os danos mecânicos e
a perda excessiva de água; e,
▪ Carência de técnicos com conhecimentos especializados; poucas
pesquisas sobre as espécies produzidas e estudos de mercado.
Obrigada pela
atenção.
AULA 01
Propagação de Plantas
Plantas Ornamentais: são espécies vegetais que
produzem flores e folhagens, normalmente utilizadas
para decoração e tratamento paisagístico.
Formas de propagação
▪ Sexuada: Semente
▪ Assexuada: Espontânea e Induzida
Propagação de plantas x Propagação vegetativa
Propagação de Plantas
Propagação sexuada:
Nesse tipo de reprodução são formadas células especiais, chamadas de
gametas. Onde um gameta feminino une-se a um gameta masculino através
da fecundação que dá origem a um zigoto, que se desenvolve até formar a
planta adulta e dar continuidade ao ciclo de propagação.
Propagação assexuada:
Na propagação vegetativa, assexuada, ou clonal, consiste na multiplicação
de indivíduos a partir de porções vegetativas das plantas, em razão da
capacidade de regeneração dos órgãos vegetativos (HARTMANN et al. apud
EMBRAPA, 2010).
Propagação de Plantas
Propagação sexuada:
Vantagens: variabilidade genética; maior potencial evolutivo; maior potencial adaptativo da
espécie; surgimento de novas características; surgimento de novas espécies.
Desvantagens: processo lento; maior gasto energético (devido à formação de gametas e
aos processos de fecundação); fica mais exposto a predadores; quebra de dormência;
condições ambientais.
Propagação assexuada:
Vantagens: rápida propagação das plantas; uniformidade das plantas; multiplicação de
plantas que não florescem; produção mais precoce (ausência de período juvenil); facilitar
os trabalhos de melhoramento na seleção antecipada de cultivares.
Desvantagens: transmissão de doenças bacterianas e viroses; necessidade de plantas-
mãe e de instalações adequadas; grande volume de material a transportar e armazenar;
baixas taxas de multiplicação quando comparadas às sementes.
Propagação sexuada
Estrutura da Flor
A flor completa é formada por quatro
verticilos florais:
▪ Dois verticilos apresentam somente
células estéreis: denominados
protetores ou estéreis (cálice e
corola).
▪ Dois verticilos formam-se as
células sexuais, denominados
férteis: constituído pelo androceu e
pelo gineceu.
Propagação sexuada
Sistema reprodutivo - Expressão do sexo na flor
individual
▪ Pistilada ou ginóica - flor feminina, só carpelo ou
pistilo;
▪ Hermafrodita - flor com ambos os sexos; e,
▪ Estaminada ou andróica - flor masculina, só
estames.
Sistema reprodutivo - Expressão do sexo na planta
▪ Monóica - planta com flores femininas e flores
masculinas, separadas;
▪ Dióica - plantas com flores só femininas ou só
masculinas;
▪ Hermafrodita - planta com flores hermafroditas
Propagação sexuada
Polinização
▪ Direta ou autofecundação;
Como ocorre
Dividida em:
Espontânea: Quando a propagação se dá através de estruturas próprias.
São elas: Sementes (todas as plantas com frutos); estolho (Morango,
hortelã, grama, etc.), tubérculos e bulbos (batata, beterraba, inhame,
mandioca, lírio, copo-de-leite, etc.) e rizomas (gengibre, orquídeas,
samambaia, helicônia, filodendro, etc.); e,
De forma espontânea
▪ Sementes (todas as plantas com frutos);
▪ Estolho: Brotação filamentosa do caule
que de espaço a espaço fazer surgir
plantas idênticas a planta mãe (morango,
hortelã, grama, etc.)
▪ Tubérculos e bulbos: São caules curtos e
espessos que acumulam nutrientes para
planta (batata, beterraba, inhame,
mandioca, Copo-de-leite, Lírio, Dália,
etc.);
▪ Rizomas: São caules modificados,
semelhantes a raízes, para o acumulo de
substâncias nutritivas (gengibre,
samambaia, helicônia, orquídeas, etc.);
Propagação assexuada
Propagação assexuada
De forma induzida
▪ Divisão de touceiras;
▪ Estaquia;
▪ Mergulhia;
▪ Alporquia; e,
▪ Enxertia.
Propagação assexuada
Enxertia: É o processo pelo qual se faz a união íntima entre duas plantas
de maneira que se cria uma interdependência na qual uma não pode
sobreviver sem a outra. Uma fica em baixo e é denominada cavalo ou porta-
enxerto; e sua função é fornecer água e sais minerais, modificar o porte,
conferir resistência, tolerância ou imunidade contra fatores adversos; a
outra fica em cima, é denominada cavaleiro ou enxerto e tem a finalidade de
produção.
Tipos de enxertia:
▪ Borbulhia;
▪ Encostia; e,
▪ Garfagem.
Propagação assexuada
Tipos de enxertia:
Borbulhia ou (enxerto de gema): a borbulhia consiste na justaposição de
uma única gema sobre um porta-enxerto enraizado. Com a ponta do
canivete de enxertia, abre-se a região da casca abrangida pelas incisões,
levantando-a para inserção da borbulha que é introduzida com a gema
voltada para o lado externo. Em seguida, deve-se amarrá-la de cima para
baixo, com o auxílio de um fitilho plástico, fita de banana (casca do caule)
ou fita biodegradável. Toda essa operação deve ser rápida, para que não
ocorra ressecamento das regiões de união dos tecidos ou cicatrização dos
cortes antes que ela seja finalizada.
Propagação assexuada
Tipos de enxertia
Encostia (união entre duas plantas
inteiras): é uma técnica que consiste
na junção de duas plantas inteiras,
que são mantidas dessa forma até a
união dos tecidos. Após essa união,
uma será utilizada somente como
porta-enxerto e a outra como copa.
Para fazer essa enxertia, o porta-
enxerto deve ser transportado em um
recipiente até a planta que se quer
propagar sendo geralmente colocado
na altura da copa, através da
utilização de suportes de madeira que
A encostia somente é utilizada quando falham os demais
o sustentarão. processos de propagação, dadas as dificuldades naturais de
obter número elevado de mudas (SIMÃO,1998).
Propagação assexuada
Tipos de enxertia
Garfagem: é um método de enxertia
que consiste na retirada e transferência
de um pedaço de ramo da planta matriz
(copa), também denominado garfo, que
contenha uma ou mais gemas para
outra planta que é o porta-enxerto. Com
este método, é possível ter em uma
mesma planta, variedades diferentes de
frutos, por exemplo: 2 maçãs com cores
diferentes ou um limoeiro que produza, Utilizar sempre a mesma família de plantas (cavalo
limões, laranjas e mexericas, etc. e enxerto; e, O que garante a produção é a
compatibilidade genética das espécies do mesmo
▪ Meia fenda; e,
gênero.
▪ Fenda cheia.
1. Como se deu o surgimento da Floricultura:
a. Por meio do homem nômade, há mais de 60 mil anos;
b. Na Idade Média, por meio do surgimento dos jardins suspenso;
c. Utilização das flores em rituais fúnebres, pelo homem neandertal; e,
d. Pelo homem neandertal, há mais de 35 mil anos.
a. Vantagens: variabilidade genética; maior potencial evolutivo; uniformidade das plantas; surgimento de novas
características; surgimento de novas espécies;
b. Vantagens: maior potencial evolutivo; variabilidade genética; maior potencial adaptativo da espécie; surgimento de
novas características; surgimento de novas espécies;
c. Vantagens: rápida propagação das plantas; uniformidade das plantas; multiplicação de plantas que não florescem;
produção mais precoce (ausência de período juvenil); facilitar os trabalhos de melhoramento na seleção antecipada
de cultivares; necessidade de plantas-mãe; baixas taxas de multiplicação quando comparadas às sementes;
d. Desvantagens: quebra de dormência; processo lento; maior gasto energético (devido à formação de gametas e aos
processos de fecundação); fica mais exposto a predadores; condições ambientais; e,
I. a; e.
II. c; d.
III. c; e.
IV. b; d.
V. a; b.
9. De acordo com o que foi discutido em sala de aula, cite quais são os
mecanismos de defesa adotados pela planta para polinização direta ou
autofecundação?
AULA 02
Introdução
Planta ornamental é toda planta cultivada por sua beleza, podendo ser usada na
arquitetura e paisagismo de espaços externos. As espécies ornamentais foram
selecionadas pelos humanos a partir de caracteres visualmente atraentes, como
flores e inflorescência vistosas, coloridas e perfumadas, folhagem de cores e texturas
distintas, formato do caule, ou por seu aspecto geral (SILVA, 2009);
Flores e Plantas Ornamentais
Definição:
As plantas ornamentais podem destacar-se pela forma ou pela cor das suas
folhas e das suas flores, pelo seu perfume, pela presença de frutos ou pela sua
textura, entre outras características. Estas plantas usam-se para criar desenhos
paisagísticos, embelezar jardins ou decorar um ambiente interior. Nas plantas
ornamentais, não apenas as flores são seu charme e beleza, mas as folhas, o
formato do caule e suas raízes
Flores e Plantas Ornamentais
Definição:
Grande problemática:
▪ Rápido crescimento; alta produção de sementes e longa longevidade;
▪ Dispersão de sementes; Germinação e estratégias de colonização altamente bem-
sucedidas;
▪ Disseminação vegetativa agressiva; Descaracterização e homogeneização do
ecossistema;
▪ Habilidade competitiva diante das espécies nativas e altos custos para sua remoção ou
controle
Flores e Plantas Ornamentais
Flores de corte:
Flores Tropicais
Folhagens Tropicais
Região Norte
Sementes e mudas;
Defesa fitossanitária; e,
Proteção de Cultivares.
Legislação
Instrução Normativa Nº 24, DE 16 DE
DEZEMBRO DE 2005: Aprova as Normas para
Produção, Comercialização e Utilização de
Sementes e mudas:
Mudas.
Sementes e mudas;
AULA 03
Manejo das Plantas
Tropicais
Produção de mudas por meio de material
vegetativo;
▪ Sementes; Tubérculos e bulbos;
Rizomas; e,
▪ Divisão de touceiras; Estaquia;
Mergulhia; Alporquia; e Enxertia.
▪ Corretivos.
Manejo das Plantas Tropicais
Adubo orgânico
▪ Esterco bovino;
▪ Esterco de aves; e,
▪ Compostagem.
Esterco x Compostagem
Esterco x Compostagem
Adubo x Fertilizante
O adubo age no solo e o fertilizante age na superfície da planta.
Corretivos
Os corretivos são aplicados para diminuir a acidez do solo, o que
favorece a absorção dos nutrientes pelas plantas, promovendo seu
crescimento. Em geral, são utilizados o calcário e o gesso agrícola, e seu
uso e/ou quantidade, deve ser feito sob orientação técnica.
Efetuação do plantio
Sistema de irrigação; e,
Cobertura do solo.
Manejo das Plantas
Tropicais
Cobertura do solo
Medidas preventivas
As flores e folhagens tropicais são facilmente
manejadas quanto a pragas e doenças.
Colheita
Utilize ferramentas adequadas;
Horários mais adequados para a
colheita: Faça a colheita das flores e
folhagens no início da manhã ou no
final da tarde.
Manejo das Plantas
Tropicais
Pós-colheita
É importante lembrar que a
interferência dos fatores pós-colheita não
aumenta a qualidade do produto, apenas a
sua longevidade. Logo, os cuidados em
todo o ciclo de produção são essenciais,
desde a escolha adequada da espécie e
da variedade, do material de propagação e
da estrutura de cultivo, passando pelo
conhecimento de diversos manejos e
técnicas de produção, até o planejamento
da comercialização.
Manejo das Plantas Tropicais
Processos Fisiológicos das Plantas Pós-colheita
Fotossíntese:
Transpiração: Uma planta perde 99% de toda a água absorvida pelas raízes
para o ar em forma de vapor, pela transpiração. A maioria dessa água (mais
de 90%) é perdida pelos estômatos, já que as outras áreas das folhas
possuem uma cutícula (lipídica) que reveste sua superfície para evitar essa
perda.
Com a redução no teor de água, iniciam-se as mudanças estruturais na
planta, podendo levar a morte.
• Temperatura: O aumento da temperatura aumenta a taxa de transpiração;
• Umidade: A umidade causa uma diminuição da taxa de transpiração; e,
• Correntes de ar: O vento seco aumenta a taxa de transpiração.
Por isso é sempre importante realizar a colheita em horários mais
frescos.
Manejo das Plantas Tropicais
Processos Fisiológicos das Plantas Pós-colheita
Procedimentos de Pós-colheita
Para proporcionar a longevidade pós-colheita, além dos cuidados nas
operações de transporte, limpeza, classificação e embalagem, utilizam-se
soluções conservantes à base de açucares, ácidos orgânicos, biocidas,
reguladores de crescimento e produtos naturais, além de refrigeração para
manter a hidratação e manter a vida pós-colheita da planta. E todas essas
ações estão relacionadas com os efeitos na fisiologia da planta.
Procedimentos de Pós-colheita
Toalete: Limpeza das flores e folhagens retirando partes danificadas. Nas
flores, como helicônias, bastão-do-imperador e estrelítzias, limpe as
brácteas retirando as partes internas, danificadas ou sujas, com auxílio de
uma tesoura pequena e curvada. Use um borrifador;
AULA 03
Introdução
Setor varejista
A distribuição varejista de flores e plantas ornamentais em todo o Brasil
conta com cerca de 20 mil pontos de venda. O Estado de São Paulo
concentra a maior parcela dessas lojas, já que representa perto de 50% de
todo o consumo nacional13, enquanto que apenas a cidade de São Paulo
absorve algo em torno de 25% de toda a demanda brasileira de flores e
plantas ornamentais.
Principais formas de comercialização
no mercado interno
Setor varejista
Atualmente, observam-se grandes movimentos de alteração na
participação relativa dos equipamentos e canais de distribuição no varejo.
Assim, as alternativas mais modernas e dinâmicas da distribuição, capazes
de inovar e fornecer diferenciais significativos não apenas de preços, mas
também de comodidade, conforto e conveniência, como os supermercados e
garden centers, vêm conquistando rapidamente maiores fatias do mercado,
mas em algumas circunstâncias e regiões específicas podem se dar às
custas de um menor resultado relativo de vendas dos equipamentos e canais
mais tradicionais, como as floriculturas e feiras-livres.
Principais formas de comercialização
no mercado interno
Setor varejista
De modo geral, o varejo brasileiro de auto-serviços tende a seguir as
tendências e as inovações tecnológicas e comercias do mercado norte-
americano. Com base nessa constatação, é justificável acreditar que as
vendas de flores e plantas ornamentais no canal supermercadista no Brasil
saltarão, num futuro breve.
5. O que é o Etileno?
6. Como se dá as etapas do manejo das plantas tropicais? Assinale a
alternativa correta.
a. I e II;
b. I, III e IV;
c. I e IV;
d. II, III, V; e,
e. IV, V.
10. Cite quais são os principais formatos de varejo?
Obrigada pela
atenção.
Módulo II
AULA 04
Histórico do Paisagismo
A história da humanidade é escrita sore a paisagem. Cada civilização,
cada império que passou deixou sua marca de alguma maneira importante.
As pessoas há milênios sentem a necessidade de construir e criar, não
apenas para atender às necessidades primárias de alimentação, abrigo e
companhia, mas também para edificar monumentos gloriosos que
simbolizem suas ambições coletivas.
Histórico do Paisagismo
Pré-história
Mesolítico: O período Mesolítico corresponde aos anos 10 mil a 8 mil a.C.
e foi marcado pela transição do Paleolítico para o Neolítico. As
características desse período são: estabilidade geológica e climática da
Terra, início da sedentarização dos hominídeos e estabelecimento das
primeiras atividades agrícolas.
Antiguidade
Mesopotâmia foi uma região, localizada entre os rios Tigre e Eufrates, que
abrigou diversos povos e impérios durante a Antiguidade, como os sumérios, acádios
e babilônicos.
A história das civilizações relata que os assírios foram os mestres das técnicas de
irrigação e drenagem, criando vários pomares e hortas formados pelos canais que
se cruzavam. Mas este trabalho foi abandonado em razão da invasão árabe.
Sendo assim, a forma e a distribuição do jardim se identificavam inicialmente com
a prática da agricultura, onde a horta rodeada por um muro podia ser um protótipo
de jardim.
• Jardim suspensos (Babilônia);
• Jardim regular (Egípcios); e,
• Jardim persas (Persas).
Histórico do Paisagismo
Antiguidade clássica
A principal qualidade histórico-cultural do império romano está
na perpetuação dos conhecimentos produzidos pelos gregos. A
dominação de povos e territórios, somada à valorização dos princípios da
Grécia Antiga fez com que a cultura grega se difundisse na região
mediterrânea.
• Os jardins gregos desenvolviam-se em ambiente público ou
semipúblico, em torno de fontes e academias, cuja ordenação
geométrica refletia os padrões estéticos e filosóficos de sua
arquitetura e urbanismo.
• Os jardins romanos foram os primeiros a integrarem-se à arquitetura
civil. Herdeiros da cultura grega, os romanos souberam valorizar a
paisagem urbana e a decoração suntuosa.
Histórico do Paisagismo
Idade Média
Idade Média
Jardins Monacais:
Representava uma reação ao luxo da tradição romana. Era dividido em 4
partes: o pomar, a horta, o jardim de plantas medicinais e o jardim de flores.
Existiam áreas gramadas cercadas e arbustos, viveiros de peixes e
pássaros, além de local para banho.
Jardins Mouriscos:
As principais características destes jardins: eram de pequenas
dimensões, sem ostentação e com destino à vida familiar
Histórico do Paisagismo
Idade Moderna
Caracterizou-se por uma fase de grandes transformações, revoluções e
mudanças na mentalidade ocidental, mudanças essas de ordem econômica,
científica, social e religiosa, que balizaram o sistema capitalista.
Idade Moderna
Jardim Renascentista:
Era construído para projetar o poder do Homem face à natureza, e
caracterizava-se pela sua artificialidade e organização que não se
encontrava nos jardins das épocas anteriores, apontando assim para a
extrema racionalidade que se fazia sentir nesta época. As plantas
embelezavam os jardins e eram usadas para demonstrar a superioridade do
Homem e seus conhecimentos
Histórico do Paisagismo
Idade Moderna
Jardim Barroco:
À semelhança do Jardim Renascentista, mas de uma forma mais
exacerbada, o Jardim Barroco era construído para evidenciar o poder do
Homem e era dotado de uma artificialidade extrema, funcionando o jardim
como um palco. Através da ciência da óptica, dispunham-se as plantas de
modo a dirigirem o olhar do espectador e criarem ilusões para as distâncias
parecerem maiores ou menores.
Histórico do Paisagismo
Idade Contemporânea
Determina um período da história que vai desde 1789 até os dias atuais.
O termo “contemporâneo” está associado ao tempo atual, ao presente.
Assim, a idade contemporânea tem início no século XVIII, onde a Revolução
Francesa foi o marco que definiu o começo dessa “era”, a era
contemporânea.
Histórico do Paisagismo
Idade Contemporânea
• Plantas medicinais,
• Plantas para alimentação;
• Plantas aromáticas;
• Nos mosteiros e conventos, plantas para ornamentação; e,
• Plantas aleatórias, para amenizar o calor.
História do Paisagismo no Brasil
Roberto Burle-Marx
Em 1934 registra-se o início do trabalho de Burle Marx, em Recife, onde
projetou e executou os primeiros jardins públicos com plantas que ocorriam
na caatinga e na flora amazônica.
A utilização de plantas nativas nas composições paisagísticas formou um
registro na linha projetual de Burle Marx. Ele coletava diversas plantas em
diferentes regiões brasileiras, e as valorizou, utilizando-as em seus projetos.
Faleceu em 1994, aos 84 anos e deixou inúmeros jardins projetados no
Brasil e no exterior.
Como pesquisador, descobriu inúmeras espécies nativas e introduziu o
uso de outras tantas. O uso da cor, da vegetação e dos pisos, tirando partido
do mosaico português, e o caráter, ora orgânico, ora geométrico, de suas
águas, fizeram sempre parte de sua obra.
História do Paisagismo no Brasil
Roberto Burle-Marx
Paisagem:
Paisagem natural:
Paisagem artificial:
Espaços livre:
São todos os espaços não edificados, como ruas, pátios, lagos, praças, parque,
etc.
• Praças: São um dos elementos principais da configuração urbana, tendo as
edificações mais importantes da cidade, implantadas ao seu redor;
• Jardins: Podem ser públicas ou privadas, e desde a antiguidade faziam parte
da composição das residências de nobres e dos palácios; e,
• Parques: São espaços livres públicos, estruturados por vegetação, e
dedicados ao lazer da massa urbana. Comportam muitas variações: parque
temático, parque de diversões, parque ecológico, etc.
Funções dos Jardins
Espécies utilizadas:
• Tomareira: com finalidade de fornecer
um microclima favorável a outras
espécies; e,
• Jasmim, rosas, malva-rosas: apesar de
não suportarem altas temperaturas,
eram utilizadas devido o complexo
sistema de irrigação.
Modelos de Jardins
Período da Antiguidade / Mesopotâmia
Jardins Egípcios: Eram desenvolvidos
de acordo com a topografia do Rio Nilo,
com grandes planos horizontais. As
características dos monumentos
egípcios como rigidez retilínea e a
geometria, fizeram com que os jardins
tivessem uma simetria rigorosa. O
jardim regular era símbolo da fertilidade
e era a imagem de um sistema racional
e baseado no monoteísmo.
Jardins da França:
Tiveram seu estilo baseado nos jardins
medievais, que utilizavam canteiros com
flores, ervas medicinais e hortaliças que
lhes abasteciam. No entanto, com o tempo
os arquitetos italianos que trabalhavam na
corte francesa foram introduzindo um
modelo de jardim mais italiano, combinando
recursos naturais com os artificiais.
Modelos de Jardins
Idade Moderna - Renascimento
Paisagismo com simbolismo
Idade Contemporânea
Paisagismo no Brasil
Formal:
São facilmente reconhecíveis, pois possuem equilíbrio rígido, desenho
geométrico, usa bastante a topiaria como elemento decorativo. A decoração
é clássica e inspirada na Renascença. O jardim delineia um ambiente quase
teatral e dramático, com esculturas clássicas. Os recipientes das plantas são
vasos de cerâmica trabalhada e bem acabada. Possui um estilo mais
organizado e de simetria absoluta. As podas são mais desenhadas em
formatos retangulares, círculos e losangos, que combinam entre si. Presença
de fontes e chafariz, canteiros floridos.
Informal:
Sofre forte influência do Jardim Inglês. Nesse tipo de Jardim há poucos ou
nenhum acessório. Um estilo desarrumado propositalmente, privilegiando e
valorizando as formas originais da natureza e a descontração, onde se crê que o
homem, agrupando plantas, procurando imitar o natural, estabeleceu as bases
de um jardim que foi o embrião do estilo paisagístico naturalista. As
características mais marcantes são: linhas curvas, superfícies onduladas, uso de
plantas perenes de crescimento livre, e uso de muitas folhagens. Traçados
acompanhando a forma do terreno e plantas podadas segundo as forma,
cercaduras, bordaduras e terra aparente.
Contemporâneo:
São livres de formas e contém elementos ousados, como vasos, pedras
e acessórios com formatos inovadores e matérias novos. Os jardins
contemporâneas são influenciadas por todas as tendencias que se
desenvolveram no passado. Nestes jardins os elementos de decoração
muitas possuem linhas mais simples, e as formas dos vegetais são mantidas
de forma natural e original. Utiliza planos inclinados, respeitando o relevo
existente, as circulações podem ser retas ou curva, mas nunca simétricas.
Faz uso de vegetais menos tradicionais, de cores e texturas variadas. Esses
jardins traz a sensação de repouso, proporcionando bem-estar, por aparentar
uma paisagem natural.
Módulo II
AULA 04
Princípios Básicos do Paisagismo - Visual
Ritmo: Sabe quando você olha para um jardim e está tudo muito bem organizado?
Isso é o que chamamos de ritmo. A repetição de formas e a proporção de
tamanhos ajudam a dar ritmo ao jardim. Os painéis dos jardins verticais são um
bom exemplo de como dispor de forma inteligente os elementos, criando efeitos
interessantes em imóveis com pouco espaço;
Princípios Básicos do Paisagismo - Visual
Estrumes curtidos;
Farinha de osso; e,
Compostos orgânicos.
Precipitações: As nuvens são formadas pela evaporação das águas, que são
redistribuídas na forma de chuva, fluindo pelos córregos e rios em direção
aos oceanos, completando o ciclo hidrológico. A precipitação é mais alta na
zona equatorial, sendo também significativa nas zonas tropicais, em ambos
os hemisférios. Nos trópicos, a porcentagem de precipitação que o solo
retém é muito menor, sendo, também, nas latitudes médias no verão, ou
seja, nesses caos a chuva evapora antes mesmo de penetrar no solo.
Características do Ambiente Objeto de
Projeto Paisagístico
Módulo II
AULA 04
Sistemas de Classificação das Plantas
EVOLUÇÃO DA TAXONOMIA VEGETAL: PERSPECTIVA HISTÓRICA
Teofrasto (c. 370-285 AC) - Discípulo de Platão e Aristóteles, foi o nome mais
célebre do período, considerado como o pai da botânica.
Sistemas de Classificação das Plantas
• Foi considerada e tida como obra de referência durante dezesseis séculos, até
ao séc. XVI.
Sistemas de Classificação das Plantas
Alguns dos autores mais importantes são O. Brunfels (1530), L. Fuchs (1542), M.
de L'Obel (1570) e C. L'Ecluse (1601). A imensa maioria dos trabalhos incorporava
muito de mito e de superstição dado que se estava numa época em que se pensava
que as plantas tinham sido oferecidas pelo Criador ao Homem, para que este
aproveitasse as suas virtudes.
Sistemas de Classificação das Plantas
A caminho do séc. XVII as plantas começaram a ser objeto de estudo, por parte
de muitos autores, mais pelo seu valor intrínseco do que pelo seu valor nutritivo ou
medicinal.
Este autor usava um critério de espécie mais estreito do que o utilizado por Lineu
mas o seu sistema de classificação era pouco prático, em virtude de não utilizar a
nomenclatura binomial.
Sistemas de Classificação das Plantas
O século XIX foi uma época fascinante para os botânicos. Robert Brown
explorou a Austrália e outros locais exóticos, estudou a morfologia floral,
reconhece os óvulos nus como uma característica fundamental para
distinguir entre Gimnospérmicas e Angiospérmicas e observa o núcleo
celular.
O conceito de evolução continua a florescer e é cada vez mais aceite
devido ao fluxo de espécimes que os exploradores, um pouco por todo
mundo, fazem chegar à Europa não sendo já possível ignorar o s registros
fósseis e a variação existente em plantas e animais.
Sistemas de Classificação das Plantas
Período VI - Sistemas Filogenéticos Pós-Darwinianos
• Criou chaves para determinação dos gêneros, com descrições das características mais
importantes dos gêneros; e,
• A evolução tanto pode ser uma progressão como uma regressão dos caracteres;
Walther S. Judd:
• Sua obra Systematics: a phylogenetica pproach, de 1999, foi o primeiro a
incorporar os recentes avanços na filogenia molecular;
• Este segue a proposta de classificação apresentada pela APG (Grupo de
Filogenia das Angiospermas), publicada em 1998.
• Briófitas;
• Pteridófitas;
• Gimnospermas; e,
• Angiospermas.
Classificação das Plantas
Briófitas:
As briófitas são vegetais de porte mínimo. Não são formadas por caule,
folhas ou raízes verdadeiras. São criptógamas, isto é, não apresentam
tecidos vasculares.
Pteridófitas:
Gimnospermas:
Angiospermas:
Módulo II
AULA 05
Características desse Grupo
Gimnospermas
Gimnospermas que significa “semente (sperma) e nua (gimno)”, são
plantas terrestres que vivem, preferencialmente, em ambientes de clima
frio ou temperado. É um grupo caracterizado pela presença de sementes
e ausência de flores e frutos e incluem árvores como os pinheiros, os
ciprestes e as sequoias que também incluem as mais altas e antigas
árvores;
As gimnospermas possuem raízes, caule e folhas. Possuem também
ramos reprodutivos com folhas modificadas chamadas estróbilos. Em
muitas gimnospermas, como os pinheiros e as sequoias, os estróbilos
são bem desenvolvidos e conhecidos como cones, o que lhes confere a
classificação no grupo das coníferas;
Características desse Grupo
Gimnospermas
Estróbilo
• Feminino; e,
• Masculino.
Os estróbilos, também chamados de cones, são estruturas relacionadas com a produção de esporos.
Características desse Grupo
Estrutura reprodutiva das Gimnospermas
Características desse Grupo
Gimnospermas
A polinização é o transporte dos grãos de
pólen até os óvulos;
• Coniferophyta - (Coníferas);
• Cycadophyta (Cicas);
• Crescimento monopodial;
• 7 famílias;
• De 60-65 gêneros; e,
• Aproximadamente 600 espécies.
• Pinus brutia;
• Pinus cembra; e,
• Cedrus deodora.
Características desse Grupo
Gimnospermas
Coniferophyta
• De grande porte.
• Polinização entomofilia;
Cycadophyta
Ginkgophyta
• Praticamente extinta;
• Viveram principalmente na
Era Mesozóica; e,
Divisão Gnetophyta
• Folhas simples;
• São dióicas; e,
• Planta dióica;
São de extrema importância, pois muitos dos produtos que utilizamos são
extraídos delas, têm sido muito utilizadas no reflorestamento. Formam também
grandes florestas e são responsáveis pela fauna e flora a sua volta. Seus diferentes
grupos formam grande variedade de espécie e cada qual tem a sua importância.
• Madeira de Qualidade;
• Utilizadas em reflorestamento;
• Alimentação humana; e,
• Ornamentação Paisagística.
Características desse Grupo
Angiospermas
Cotilédone:
Módulo II
AULA 05
Introdução
Árvores
• Recompor a paisagem.
Arbustos
Coníferas
Trepadeiras
Palmeiras
Gramados
Forrações
Herbáceas floríferas
Suculentas e Cactáceas
Podem ser citadas: Mandacarus (Cereus spp.), Palmas (Opuntia spp.), Flor-demaio
(Schlumbergera truncata, Echinocactus (barril-dourado), Hylocereus (rainha-da-noite)
Grupos de Plantas Ornamentais
Orquídeas
Bromélias
Folhagens
Aquáticas e Palustres
Podem ser citadas: Alface d’água (Pistia stratiotes), Taturana (Salvinea natans),
Chapéu de couro (Echinodorus grandiflorus), Pinheirinho da água (Myriophyllum
aquaticum). spp.). / Cavalinha (Equisetum spp.), Papiro (Cyperus spp.), Junco
(Juncus efusus).
Recapitulando ...
Atividade complementar
1. Sabemos que os vegetais podem ser classificados em alguns grupos básicos, que se
distinguem pela ausência e presença de algumas características, tais como flores e vasos
condutores. Entre as alternativas a seguir, marque aquela que indica o único grupo que
não possui vasos condutores de seiva.
a) Briófitas.
b) Pteridófitas.
c) Gimnospermas.
d) Angiospermas
2. Ao chegar ao local, você observou uma espécie e disse que se tratava de uma
angiosperma. Que característica pode ter levado você a certeza de que se tratava desse
grupo de planta?
a) Presença de sementes.
b) Presença de vasos condutores, o que garante que essas plantas sejam maiores.
c) Presença de folhas e outros órgãos com tecidos verdadeiros.
d) Presença de frutos envolvendo a semente.
e) Presença de raízes.
3. Em que as Angiospermas diferem das Gimnospermas?
a) briófitas e pteridófitas.
b) briófitas, pteridófitas e gimnospermas.
c) briófitas, gimnospermas e angiospermas.
d) briófitas, pteridófitas e angiospermas.
e) pteridófitas, gimnospermas e angiospermas.
5. De acordo com o que foi apresentado em sala de aula, mencione quais são os
grupos possíveis utilizados no paisagismo?
Obrigada pela
atenção.