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FACULDADE VILAS BOAS - FVB

Curso de Engenharia Agronômica

Floricultura e Paisagismo
Docente: Suelen Tainã Silva Fagundes
e-mail: suelen.fagundes@facvb.com.br

2023/2
Suelen Tainã Silva
Fagundes
Formação:
Técnica Florestal, pelo Instituto Federal de
Rondônia - IFRO
Graduada em Engenharia Florestal, pela
Universidade Federal de Rondônia - UNIR.

Atuação profissional:
Manejo Florestal em Florestas Naturais.
Disc.: Floricultura Objetivos: Ementa:
e Paisagismo

Carga Horária: • Capacitar o aluno a • Situação e importância da


60 horas desenvolver floricultura; Propagação de
conhecimentos básicos flores e plantas ornamentais;
Período: para a elaboração de Aspectos culturais das
9° semestre projetos paisagísticos, principais espécies comerciais
execução de atividades de flores e plantas
Ofertada: de jardinagem e ornamentais; Pós-colheita e
Curso de arborização; armazenamento de flores;
Agronomia - FVB. • Reconhecer e utilizar as Comercialização de flores e
Plano de principais
vegetais de
espécies
uso
plantas
Histórico,
ornamentais;
conceito e
Ensino •
ornamental;
Conceitos e
importância do paisagismo;
Princípios básicos do
classificação dos paisagismo. Grupos de
produtos da floricultura: plantas em paisagismo;
Flores e plantas Projeto paisagístico -
ornamentais, vasos, levantamento das condições
jardinagem; e, locais; Anteprojeto; Projeto
• Conhecer as definitivo; Memorial descritivo;
características de Planilha botânica;
projetos de arborização Implantação e manutenção
urbana. dos jardins.
Aulas Síncronas:

 Web conferência em ambiente virtual google Meet (link


no ambiente virtual); e,

 Todas as terças, quartas e quintas-feiras das 19:00 às


22:00 horas.
Metodologia
Complementação as aulas síncronas:

 Fóruns de discussão; Acesso ao portfólio e as


referência bibliográficas; e,

 Atividades (enquetes, quis ou questionário).


Módulo I Módulo II Módulo III
31/10 - Situação e 08/11 - Histórico, 15/11 - Anteprojeto;
importância da conceito e Projeto definitivo;
floricultura; importância do
Propagação de flores paisagismo;
e plantas ornamentais; Princípios básicos
do paisagismo;

01/11 - Aspectos 09/11 - Princípios 16/11 - Memorial


culturais das principais básicos do descritivo; Planilha
Cronograma espécies comerciais paisagismo; Grupos botânica; e,
de flores e plantas de plantas em
de Aulas e ornamentais; paisagismo; e,

Atividades 07/11 - Pós-colheita e 14/11 - Projeto 21/11 - Implantação e


armazenamento de paisagístico - manutenção dos
flores; e, levantamento das jardins.
Comercialização de condições locais.
flores e plantas
ornamentais.
As avaliações serão dadas sempre as quintas-feiras.
Avaliação 01 - 09/11/2023 - 20 Pontos
Módulo I
Avaliação 2 - 16/11/2023 - 20 Pontos
Módulo II
Avaliação 03 - 22/11/2023 - 60 Pontos
Forma de Módulo I, II e III
Avaliação do
Aprendizado
Aprovado: maior ou igual a 7,0.
Prova Final: menor ou igual a 6,9.
Situação e Importância da
Floricultura

AULA 01
Introdução a Floricultura

Surgimento:
 Há mais de 60 mil anos: Utilizavam
as flores nos rituais fúnebres;

 Há mais de 35 mil anos:


Relacionavam as flores com o
surgimento de alimentos;
Introdução a Floricultura

Surgimento:
 Há mais de 10 mil anos: Os grãos
eram coletados e semeados, para
produzir plantas iguais à planta mãe;

 No período dos egípcios, babilônios


e persas: Cultivos de várias plantas
misturadas em um mesmo espaço;
Introdução a Floricultura

Surgimento:
 Evolução nas técnicas agrícolas:
Produção de plantas
importantes para o setor de perfumes,
alimentos e fármacos;
 Contato com a natureza: Crescimento
das civilizações;
 Percepção de que as árvores atraiam
os animais; e,
 Plantas com funções práticas e
utilitárias.
Introdução a Floricultura

Surgimento:

 2.000 a.C: Surge os jardins na China e


Egito como forma de embelezar as casas
e enfeitar pessoas;

 Surgimento dos jardins suspensos da Babilônia;

 Idade Média (476 a 1.453 d.C): Guerras e doenças


dizimaram os jardins em espaços abertos;
Introdução a Floricultura

Surgimento:

 No século XV (Renascimento): Volta o cultivo


e expansão das flores e plantas ornamentais;

 Ruptura com a Era Medieval e evolução da


ciência e das artes, com forte atração pelas
plantas e flores; e,

 Importância das flores na forma de comunicação


entre as pessoas, por meio da produção de
tapeçarias, pinturas e estudos.
Horticultura
 É o nome que se dá à ciência que trata do cultivo de diversos tipos de plantas,
sejam elas cultivadas em jardins, pomares, hortas ou estufas
No latim Hortus significa: Jardim

Horticultura - classificações:
- Olericultura;
- Fruticultura;
- Plantas medicinais; e,
- Horticultura ornamental: subdividida em:
▪ Floricultura;
▪ Paisagismo; e,
▪ Jardinagem.
A Floricultura no Brasil

 Entendida como o conjunto de atividades produtivas e comerciais


relacionadas ao mercado de espécies vegetais cultivadas com finalidades
ornamentais;

 Comparado com os outros segmentos do agronegócio brasileiro, é bem


recente, possui uma grande necessidade por novas tecnologias e grande
dinamismo.

 Explorada comercialmente na década de 1950;


A Floricultura no Brasil

 Figuras importantes (imigrantes holandeses (Holambra/SP), japoneses


(Atibaia/SP) e alemães e poloneses (em Santa Catarina e Rio Grande do
Sul);

 Até 1988: o mercado teve um crescimento vegetativo e uma atuação


comercial baseada em centros regionais de comercialização tais como os
CEASAS e empresas de distribuição que atendiam a todo o país.

 A partir de 1989: surge o Veiling Holambra que representa uma


transformação substancial no mercado e acaba influenciando o
comportamento e as práticas do setor.
Consolidação da Floricultura Brasileira

 A floricultura vem crescendo em média 11% a cada ano (IBRAFLOR);

 O cultivo de flores e plantas ornamentais exerce um papel importante na


geração de renda e de emprego no país;

 Para o ano de 2019, a cadeia produtiva de flores chegou ao incremento


de 7% com movimentação de 8,7 bilhões de reais e consumo per capita
de R$ 42,00 (IBRAFLOR, 2020);
Consolidação da Floricultura Brasileira

 Pandemia: O setor de plantas ornamentais foi se recuperando, e em 2020


finalizou com um crescimento inesperado e surpreendente no Brasil;

 Queda no setor de flores de corte


▪ Perdas acumuladas de 40%; e,
▪ Prejuízo de R$ 75 milhões aos produtores.

 Oportunidades a agricultura familiar; e,

 De acordo com o IBGE, existem atualmente 8 mil produtores de


flores e de plantas ornamentais no país. Esses produtores
cultivam mais de 2,5 mil espécies com valor comercial e 17,5 mil
variedades, segundo os dados do setor.
Consolidação da Floricultura Brasileira

 Muito atrativa para agricultores familiares - geração de renda; e,


 Agricultores familiares utilizam espécies de plantas com alta produtividade
por unidade de área.

Desvantagens/Dificuldades:
▪ Alta perecibilidade do produto;
▪ Alta absorção de mão de obra;
▪ Elevados investimentos na etapa pós-colheita e principalmente na
armazenagem e nas embalagens que reduzam os danos mecânicos e
a perda excessiva de água; e,
▪ Carência de técnicos com conhecimentos especializados; poucas
pesquisas sobre as espécies produzidas e estudos de mercado.
Obrigada pela
atenção.

Suelen Tainã Silva Fagundes


e-mail: suelen.fagundes@facvb.com.br
Propagação de Flores e
Plantas Ornamentais

AULA 01
Propagação de Plantas
Plantas Ornamentais: são espécies vegetais que
produzem flores e folhagens, normalmente utilizadas
para decoração e tratamento paisagístico.

As plantas se multiplicam basicamente de duas


maneiras na natureza: por sementes, chamada de
propagação sexuada, e/ou por meio de partes
vegetativas (galhos, ramos, raízes e folhas), chamada
de propagação assexuada.

Formas de propagação
▪ Sexuada: Semente
▪ Assexuada: Espontânea e Induzida
 Propagação de plantas x Propagação vegetativa
Propagação de Plantas

 Propagação sexuada:
Nesse tipo de reprodução são formadas células especiais, chamadas de
gametas. Onde um gameta feminino une-se a um gameta masculino através
da fecundação que dá origem a um zigoto, que se desenvolve até formar a
planta adulta e dar continuidade ao ciclo de propagação.

 Propagação assexuada:
Na propagação vegetativa, assexuada, ou clonal, consiste na multiplicação
de indivíduos a partir de porções vegetativas das plantas, em razão da
capacidade de regeneração dos órgãos vegetativos (HARTMANN et al. apud
EMBRAPA, 2010).
Propagação de Plantas

Propagação sexuada:
 Vantagens: variabilidade genética; maior potencial evolutivo; maior potencial adaptativo da
espécie; surgimento de novas características; surgimento de novas espécies.
 Desvantagens: processo lento; maior gasto energético (devido à formação de gametas e
aos processos de fecundação); fica mais exposto a predadores; quebra de dormência;
condições ambientais.

Propagação assexuada:
 Vantagens: rápida propagação das plantas; uniformidade das plantas; multiplicação de
plantas que não florescem; produção mais precoce (ausência de período juvenil); facilitar
os trabalhos de melhoramento na seleção antecipada de cultivares.
 Desvantagens: transmissão de doenças bacterianas e viroses; necessidade de plantas-
mãe e de instalações adequadas; grande volume de material a transportar e armazenar;
baixas taxas de multiplicação quando comparadas às sementes.
Propagação sexuada

Estrutura da Flor
 A flor completa é formada por quatro
verticilos florais:
▪ Dois verticilos apresentam somente
células estéreis: denominados
protetores ou estéreis (cálice e
corola).
▪ Dois verticilos formam-se as
células sexuais, denominados
férteis: constituído pelo androceu e
pelo gineceu.
Propagação sexuada
Sistema reprodutivo - Expressão do sexo na flor
individual
▪ Pistilada ou ginóica - flor feminina, só carpelo ou
pistilo;
▪ Hermafrodita - flor com ambos os sexos; e,
▪ Estaminada ou andróica - flor masculina, só
estames.
Sistema reprodutivo - Expressão do sexo na planta
▪ Monóica - planta com flores femininas e flores
masculinas, separadas;
▪ Dióica - plantas com flores só femininas ou só
masculinas;
▪ Hermafrodita - planta com flores hermafroditas
Propagação sexuada

Polinização

▪ Direta ou autofecundação;

▪ Indireta (variabilidade genética); e,

▪ Cruzada (variabilidade genética);


(agente polinizador).

Como ocorre

▪ Fatores bióticos (seres vivos): insetos


(Entomofilia), morcegos (Quiropterofilia),
aves (Ornitofilia); e, Mecanismos de defesa: Sistema
reprodutivo e polinização !!!
▪ Fatores abióticos (ambiental): vento
(Anemofilia), água (Hidrofilia).
Propagação assexuada

Dividida em:
 Espontânea: Quando a propagação se dá através de estruturas próprias.
São elas: Sementes (todas as plantas com frutos); estolho (Morango,
hortelã, grama, etc.), tubérculos e bulbos (batata, beterraba, inhame,
mandioca, lírio, copo-de-leite, etc.) e rizomas (gengibre, orquídeas,
samambaia, helicônia, filodendro, etc.); e,

 Induzida: Quando a propagação se dá através de partes específicas da


planta que naturalmente não se propagam. É utilizado técnicas para a
propagação da nova planta .
Propagação assexuada

De forma espontânea
▪ Sementes (todas as plantas com frutos);
▪ Estolho: Brotação filamentosa do caule
que de espaço a espaço fazer surgir
plantas idênticas a planta mãe (morango,
hortelã, grama, etc.)
▪ Tubérculos e bulbos: São caules curtos e
espessos que acumulam nutrientes para
planta (batata, beterraba, inhame,
mandioca, Copo-de-leite, Lírio, Dália,
etc.);
▪ Rizomas: São caules modificados,
semelhantes a raízes, para o acumulo de
substâncias nutritivas (gengibre,
samambaia, helicônia, orquídeas, etc.);
Propagação assexuada
Propagação assexuada

Vantagens: propagação de plantas dependentes (que não produzem


sementes); aceleração da produção (geram frutos mais rápidos que a
semente);aceleração do crescimento; e, formação de uma população
de indivíduos idênticos, padronizando o produto e favorecendo a
comercialização.

De forma induzida
▪ Divisão de touceiras;
▪ Estaquia;
▪ Mergulhia;
▪ Alporquia; e,
▪ Enxertia.
Propagação assexuada

 Divisão de touceiras: Caule emite


brotações laterais, surgindo plântulas
idênticas a mãe (cebolinha, bromélia, grama
etc.);

 Estaquia: Utiliza um fragmento da planta, na


intenção de regenerar as partes faltantes.
Nas plantas herbáceas as partes
comumente utilizadas são ramos: (pingo-de-
ouro, rosas etc.); folhas: (violeta, folha-da-
fortuna etc.); pedaços da folha: (espada-de-
são-Jorge, begônia, etc.);
▪ Plantas herbáceas: durante todo o ano;
▪ Plantas lenhosas: durante fase de
repouso vegetativo.
Propagação assexuada

 Mergulhia: Consiste em aterrar um


ramo da planta no solo, sem
separá-lo da planta mãe, é feito
anelamento (retirada da casca), é
feito, onde o mesmo regenera um
novo sistema radicular (hibisco,
camélia, trepadeira-jade, etc.);

 Alporquia: Interrompe-se o fluxo


de seiva de um determinado ponto
da planta (anelamento), forçando o
aparecimento de novas raízes
(goiabeira, jabuticabeira, lichia,
etc.); e,
Propagação assexuada

 Enxertia: É o processo pelo qual se faz a união íntima entre duas plantas
de maneira que se cria uma interdependência na qual uma não pode
sobreviver sem a outra. Uma fica em baixo e é denominada cavalo ou porta-
enxerto; e sua função é fornecer água e sais minerais, modificar o porte,
conferir resistência, tolerância ou imunidade contra fatores adversos; a
outra fica em cima, é denominada cavaleiro ou enxerto e tem a finalidade de
produção.

 Tipos de enxertia:
▪ Borbulhia;
▪ Encostia; e,
▪ Garfagem.
Propagação assexuada

Tipos de enxertia:
 Borbulhia ou (enxerto de gema): a borbulhia consiste na justaposição de
uma única gema sobre um porta-enxerto enraizado. Com a ponta do
canivete de enxertia, abre-se a região da casca abrangida pelas incisões,
levantando-a para inserção da borbulha que é introduzida com a gema
voltada para o lado externo. Em seguida, deve-se amarrá-la de cima para
baixo, com o auxílio de um fitilho plástico, fita de banana (casca do caule)
ou fita biodegradável. Toda essa operação deve ser rápida, para que não
ocorra ressecamento das regiões de união dos tecidos ou cicatrização dos
cortes antes que ela seja finalizada.
Propagação assexuada

Tipos de enxertia
 Encostia (união entre duas plantas
inteiras): é uma técnica que consiste
na junção de duas plantas inteiras,
que são mantidas dessa forma até a
união dos tecidos. Após essa união,
uma será utilizada somente como
porta-enxerto e a outra como copa.
Para fazer essa enxertia, o porta-
enxerto deve ser transportado em um
recipiente até a planta que se quer
propagar sendo geralmente colocado
na altura da copa, através da
utilização de suportes de madeira que
A encostia somente é utilizada quando falham os demais
o sustentarão. processos de propagação, dadas as dificuldades naturais de
obter número elevado de mudas (SIMÃO,1998).
Propagação assexuada

Tipos de enxertia
 Garfagem: é um método de enxertia
que consiste na retirada e transferência
de um pedaço de ramo da planta matriz
(copa), também denominado garfo, que
contenha uma ou mais gemas para
outra planta que é o porta-enxerto. Com
este método, é possível ter em uma
mesma planta, variedades diferentes de
frutos, por exemplo: 2 maçãs com cores
diferentes ou um limoeiro que produza, Utilizar sempre a mesma família de plantas (cavalo
limões, laranjas e mexericas, etc. e enxerto; e, O que garante a produção é a
compatibilidade genética das espécies do mesmo
▪ Meia fenda; e,
gênero.
▪ Fenda cheia.
1. Como se deu o surgimento da Floricultura:
a. Por meio do homem nômade, há mais de 60 mil anos;
b. Na Idade Média, por meio do surgimento dos jardins suspenso;
c. Utilização das flores em rituais fúnebres, pelo homem neandertal; e,
d. Pelo homem neandertal, há mais de 35 mil anos.

2. Como é classificado a Horticultura:


a. Olericultura, Plantas medicinais, Horticultura ornamental, Floricultura;
b. Olericultura, Fruticultura, Plantas medicinais, Horticultura;
c. Horticultura ornamental, Paisagismo, Jardinagem, Floricultura; e,
d. Olericultura, Fruticultura, Plantas medicinais, Horticultura ornamental.
3. Cite a subdivisão da Horticultura Ornamental?

4. Em que ano se deu a produção e comercialização de flores e plantas


ornamentais no Brasil? E quais foram as figuras importantes que
impulsionaram a comercialização no Brasil?

5. Qual a diferença da Propagação Sexuada para Propagação Assexuada?


6. Quais são as formas de propagação das plantas
a. Assexuada e Induzida;
b. Induzida e Espontânea;
c. Propagação de plantas e induzida; e,
d. Assexuada e Sexuada.

7. Sabe-se que a Propagação Assexuada é dividida em propagação espontânea


e induzida. Nesse sentido, cite quais são as técnicas utilizadas dentro da
propagação do tipo Induzida?
8. Assinale a alternativa correta no que se refere as vantagens e desvantagens da Propagação sexuada:

a. Vantagens: variabilidade genética; maior potencial evolutivo; uniformidade das plantas; surgimento de novas
características; surgimento de novas espécies;

b. Vantagens: maior potencial evolutivo; variabilidade genética; maior potencial adaptativo da espécie; surgimento de
novas características; surgimento de novas espécies;

c. Vantagens: rápida propagação das plantas; uniformidade das plantas; multiplicação de plantas que não florescem;
produção mais precoce (ausência de período juvenil); facilitar os trabalhos de melhoramento na seleção antecipada
de cultivares; necessidade de plantas-mãe; baixas taxas de multiplicação quando comparadas às sementes;

d. Desvantagens: quebra de dormência; processo lento; maior gasto energético (devido à formação de gametas e aos
processos de fecundação); fica mais exposto a predadores; condições ambientais; e,

e. Desvantagens: transmissão de doenças bacterianas e viroses; necessidade de plantas-mãe e de instalações


adequadas; grande volume de material a transportar e armazenar; baixas taxas de multiplicação quando comparadas
às sementes;

Assinale a alternativa correta:

I. a; e.

II. c; d.

III. c; e.

IV. b; d.

V. a; b.
9. De acordo com o que foi discutido em sala de aula, cite quais são os
mecanismos de defesa adotados pela planta para polinização direta ou
autofecundação?

10. O que é uma planta monóica?


Obrigada pela
atenção.

Suelen Tainã Silva Fagundes


e-mail: suelen.fagundes@facvb.com.br
Aspectos Culturais das
Principais Espécies
Comerciais de Flores e
Plantas Ornamentais

AULA 02
Introdução

 O uso de flores e plantas ornamentais


constitui um costume desde a Antiguidade;
 As plantas ornamentais são aquelas que
produzem flores, folhagens e/ou frutos que
atraem por sua beleza, possibilitando a
ornamentação de espaços internos ou
externos e utilização como complementos de
vestimenta e nos tradicionais buquês e
arranjos florais;
 A floricultura, sendo a produção comercial de
plantas ornamentais e flores, muitas vezes
encontra-se à margem da discussão como
atividade econômica da agricultura, por
envolver produtos considerados supérfluos e
restritos a uma camada social de alta renda.
Introdução

 Na função social, refere-se à utilização de pequenas


propriedades rurais, que muitas vezes são
consideradas impróprias para outras atividades
agropecuárias, sendo uma alternativa para o pequeno
produtor;

 No caráter cultural, o uso de flores na ornamentação


de diversas cerimônias, como casamentos, funerais,
formaturas, homenagens pessoais, aniversários e
eventos;
Introdução

 Na função ecológica, com à preservação das nossas


espécies nativas, como as bromélias e orquídeas, por
exemplo, que por serem bem cotadas no mercado de
exportação e apreciadas por japoneses e europeus;
e,

 Na economia, pelo alto valor comercial de seus


produtos e pelo ciclo de produção das flores e plantas
ornamentais ser relativamente curto, existe a
possibilidade de um rápido retorno econômico;
Introdução

 Na geração de emprego, já que a floricultura


necessita de tratos culturais específicos e constantes,
que empregam grande número de indivíduos por
área;

 Ou seja, a floricultura é uma das atividades agrícolas


que gera um número elevado de empregos fixos, em
torno 15-20 pessoas/ hectare (CLARO, 1998;
KIYUNA et al., 2003).
Flores e Plantas Ornamentais
Definição:

Flores ornamentais são espécies dotadas de características peculiares, perfeitas


para a decoração de espaços internos e externos, além de posicionarem-se como a
maneira natural mais incrível de adornar qualquer tipo de evento;

Planta ornamental é toda planta cultivada por sua beleza, podendo ser usada na
arquitetura e paisagismo de espaços externos. As espécies ornamentais foram
selecionadas pelos humanos a partir de caracteres visualmente atraentes, como
flores e inflorescência vistosas, coloridas e perfumadas, folhagem de cores e texturas
distintas, formato do caule, ou por seu aspecto geral (SILVA, 2009);
Flores e Plantas Ornamentais
Definição:

As flores ornamentais são caracterizadas por suas inflorescências com diferentes


tons, tamanhos e formas, por vezes bastante curiosas e até exóticas. Suas folhas e
caules também chamam a atenção e são bastante usados para aplicação
ornamental, pois contam com texturas únicas e formatos inusitados;

As plantas ornamentais podem destacar-se pela forma ou pela cor das suas
folhas e das suas flores, pelo seu perfume, pela presença de frutos ou pela sua
textura, entre outras características. Estas plantas usam-se para criar desenhos
paisagísticos, embelezar jardins ou decorar um ambiente interior. Nas plantas
ornamentais, não apenas as flores são seu charme e beleza, mas as folhas, o
formato do caule e suas raízes
Flores e Plantas Ornamentais

Definição:

Os efeitos visuais que as plantas ornamentais podem produzir estão


associados aos grupos ou tipos que elas pertencem (árvores, arbustos,
trepadeiras, herbáceas, etc.) e aos atributos particulares de cada planta, tais
como: o efeito das flores ou a folhagem vistosa (LORENZI & SOUZA, 2001).
Flores e Plantas Ornamentais
Espécies exóticas x Espécies Nativas
As espécies utilizadas como plantas ornamentais em ambientes paisagísticos são
geralmente exóticas e com fenologia pouco conhecida, onde o plantio destas ocorre
exclusivamente por desconhecimento das espécies brasileiras (LORENZI & SOUZA, 2001;
FRANCO, 2006), as quais podem trazer prejuízos à fauna local e a própria flora.

Grande problemática:
▪ Rápido crescimento; alta produção de sementes e longa longevidade;
▪ Dispersão de sementes; Germinação e estratégias de colonização altamente bem-
sucedidas;
▪ Disseminação vegetativa agressiva; Descaracterização e homogeneização do
ecossistema;
▪ Habilidade competitiva diante das espécies nativas e altos custos para sua remoção ou
controle
Flores e Plantas Ornamentais

O cultivo de plantas ornamentais encontra-se dividido em setores que


facilitam as ações de produção, padronização e comercialização:
▪ Flores e Folhagens de corte;
▪ Plantas envasadas; e,
▪ Plantas para paisagismo.

 Principais grupos de plantas ornamentais:


▪ árvores, arbustos, coníferas, palmeiras, trepadeiras, herbáceas,
bulbosas, gramas, folhagens, suculentas e cactáceas, bromélias,
orquídeas, palustres e aquáticas, entre outros.
Principais flores cultivadas no Brasil

Flores de corte:

▪ rosas, crisântemos, alstroemerias, lírios e lisianthus, entre outras.

Flores comercializadas em vasos:

 Além da versatilidade, a durabilidade das flores tende a ser mais neste


sistema de produção, aumentando o período para que o produtor possa
vendê-la.

▪ Orquídea; samambaia, violeta, kalanchoe, entre outras.


Flores e Plantas Ornamentais
Flores e Folhagens Tropicais
 Apresentam grande beleza e rusticidade, conferindo
leveza e um colorido muito especial a qualquer tipo de
ornamentação;
 São muito bem adaptadas ao clima do Brasil,
especialmente àqueles mais quentes das regiões
Centro-Oeste, Nordeste e Norte.
▪ antúrios, helicônias e os filodendros.

 Sua rusticidade e boa adaptação ao clima, também


favorece o cultivo destas espécies a céu aberto,
simplificando o processo produtivo e reduzindo
significativamente o investimento inicial por parte do
produtor;
Flores e Plantas Ornamentais

Flores Tropicais

 Abacaxi-ornamental (Ananas spp.);


 Alpínia (Alpinia purpurata (Vieill.) K. Schum.)
 Antúrio (Anthurium spp.)
 Bastão-do-imperador (Etlingera spp.)
 Estrelítzia (Strelitzia reginae Aiton.)
 Helicônia (Heliconia spp.)
Flores e Plantas Ornamentais

Folhagens Tropicais

 Avencão (Adiantum spp.);


 Cordiline (Cordyline spp.);
 Filodendro (Philodendron spp.);
 Papiro (Cyperus spp.)
Flores e Plantas Ornamentais

Plantas de Clima Temperado

 Adaptam-se com maior facilidade aos climas mais frios;

 Restringindo a poucos cultivos no Brasil;

 O cultivo de plantas temperadas é um pouco mais


complexo que o das plantas tropicais; e,

 Custo benefício é maior.


Flores e Plantas Ornamentais

Flores de Clima Temperado

 Rosa (Rosa spp.);


 Angélica (Polianthes tuberosa L.);
 Copo-de-leite (Zantedeschia
aethiopica (L.) Spreng.);
 Girassol (Helianthus annuus L.);
 Lírio (Lilium spp.)
Polos de produção de
flores no Brasil
▪ O Brasil é um pais privilegiado por
possuir em sua extensão territorial
uma ampla variedade em termos de
clima, precipitação, tipos de solos,
entre outros. Todos esses fatores
favoreceram o desenvolvimento de
uma riquíssima flora;

▪ Ou seja, a diversidade de clima e


solo tem possibilitado ao Brasil o
cultivo de diversas espécies de
plantas de origem nativas e/ou
exóticas, de clima temperado e
tropical;
Polos de produção de
flores no Brasil
 Na região Norte destacam-se, além do
crescimento das capitais e principais
cidades, também importantes movimentos
de revitalização de áreas públicas e centros
históricos, o que vem aumentando
fortemente a demanda por esses
prestadores de serviços;

 Já para a Região Norte o consumo global de


flores e plantas ornamentais verificado é
menor, ficando em R$ 6,70 (US$ 2,85) per
capita/ano.
Polos de produção de flores no Brasil

▪ O Brasil tem cerca de 8.300 produtores, 60 centrais de atacado (como


as cooperativas), 680 atacadistas e prestadores de serviço e mais de
20 mil pontos de varejo; e,

▪ São cerca de 15.600 ha de área cultivada, o que coloca o país no


oitavo lugar entre os maiores produtores de plantas ornamentais do
mundo. Esse setor movimenta R$ 8,67 bilhões em toda cadeia, gera
210 mil empregos diretos e mais de 800 mil indiretos (IBRAFLOR,
2020; ROSA, 2020).
Polos de produção de flores no Brasil

Região Norte

 É a região de introdução mais recente dos cultivos de flores e plantas ornamentais


no País;

 Apenas 2,2% de toda a área brasileira é cultivada com horticultura ornamental e


3,5% do número total de produtores;

 O principal estado produtor é o Pará, que desenvolve uma floricultura baseada na


exploração de flores e folhagens tropicais para corte; e,

 Em segundo lugar está o estado do Amazonas, com produção de espécies


tropicais.
Polos de produção de flores no Brasil

 Produção e consumo nacional - estado de São Paulo;

 O estado se caracteriza pela evolução tecnológica e organização do


setor;

Principais polos produtores de flores no Brasil são:


• São Paulo: possui grande produção nas regiões de Holambra, Atibaia,
Arujá e Registro;
• Santa Catarina: as regiões de Corupá, Joinville e São Bento do Sul
se destacam; e,
• No estado do Rio Grande do Sul, a região do Pareci Novo.
Polos de produção de flores no Brasil

 Quanto à exportação, o Brasil mostrou recuperação após um período de


declínio. Segundo dados do Agrostat, nos primeiros três meses de 2021
foram exportadas 270 toneladas de plantas vivas e produtos de
floricultura, o que representou um total de US$ 2,3 milhões;

 Este quantitativo foi 92% superior ao registrado no mesmo período do ano


passado, quando foram exportadas 141 toneladas. Em comparação com
o mesmo trimestre de 2019, foram escoadas 155 toneladas de produtos,
representando um acréscimo de 75%;
Polos de produção de flores no Brasil

 Os maiores valores per capita anuais aparecem para as populações dos


Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Minas
Gerais, além do Distrito Federal. Já para a Região Norte o consumo
global de flores e plantas ornamentais verificado é menor, ficando em R$
6,70 (US$ 2,85) per capita/ano;

 Na região Norte destacam-se, além do crescimento das capitais e


principais cidades, também importantes movimentos de revitalização de
áreas públicas e centros históricos, o que vem aumentando fortemente a
demanda por esses prestadores de serviços;
Polos de produção de flores no Brasil

 Deve-se observar, que os sistemas de produção para as plantas de clima


temperado requerem uso de tecnologias mais complexas, que podem
incluir os viveiros ou estufas, sistemas climatizados etc. As plantas
tropicais, por encontrarem condições mais próprias de seu habitat,
requerem menos tecnologias de produção;

A floricultura, vem sendo impulsionada pelos índices crescentes de


preocupação com a qualidade de vida, conservação do meio ambiente e
segurança nos condomínios e outros tipos de áreas de acesso restrito.
 Sociedade civil sem fins lucrativos, que representa,
IBRAFLOR - assiste, orienta e une todos os agentes ligados à
Instituto Brasileiro Cadeia Produtiva de Flores e Plantas Ornamentais do
de Floricultura. Brasil;

 Presente em 16 Estados da União, em 2021 o


IBRAFLOR contou com 857 associados, incluindo as
principais cooperativas e associações de produtores,
sendo que algumas representam juridicamente mais de
300 produtores, o que confere ao IBRAFLOR uma
abrangência de mais de 5 mil floricultores em todo o
País; e,
Legislação

 Sementes e mudas;

 Defesa fitossanitária; e,

 Proteção de Cultivares.
Legislação
Instrução Normativa Nº 24, DE 16 DE
DEZEMBRO DE 2005: Aprova as Normas para
Produção, Comercialização e Utilização de
 Sementes e mudas:
Mudas.

Instrução Normativa Nº 50, DE 29 DE


 Defesa fitossanitária; e, DEZEMBRO DE 2006: Aprova as Normas para
Importação e Exportação de Sementes e de
Mudas.
 Proteção de Cultivares.
Legislação

 Sementes e mudas;

Lei Nº 9456, DE 25 DE ABRIL DE 1997: Institui


 Defesa fitossanitária; e, a Lei de Proteção de Cultivares, e dá outras
providências.

 Proteção de Cultivares: Instrução Normativa Nº 35, DE 06 DE JUNHO


DE 2008: Aprova os formulários necessários
para o requerimento de proteção de cultivar e
para o relatório técnico descritivo de obtenção
de cultivar
Legislação
Análise de Risco de pragas: Instrução Normativa Nº 6, DE 16 DE MAIO DE
2005: Condiciona a importação de espécies vegetais, suas partes, produtos
e subprodutos à publicação dos requisitos fitossanitários específicos no
Diário Oficial da União, estabelecidos por meio de Análise de Risco de
Pragas – ARP.

Instrução Normativa Nº 55, DE 04 DE DEZEMBRO DE 2007: Aprova a


Norma Técnica para a utilização do Certificado Fitossanitário de Origem –
 Defesa fitossanitária: CFO e do Certificado Fitossanitário de Origem Consolidado – CFOC.

Instrução Normativa Nº 36, DE 10 DE NOVEMBRO DE 2006: Aprova o


Manual de Procedimentos Operacionais da Vigilância Agropecuária
Internacional.

Pragas quarentenárias: Instrução Normativa Nº 52, DE 20 DE NOVEMBRO


DE 2007: Estabelece a lista de pragas quarentenárias ausentes (A1) e de
pragas quarentenárias presentes (A2) para o Brasil e aprovar os
procedimentos para as suas atualizações.
Padrão de Qualidade
Critérios de Classificação: Segue os critérios de padrão de qualidade
desenvolvidos pela Cooperativa Veiling Holambra.

 Os critérios foram desenvolvidos com a finalidade de uniformizar as


informações do setor de flores e plantas ornamentais, são padrões que
levam em consideração parâmetros como: tamanho, número de botões,
ponto de abertura, presença de pragas e doenças, entre outros, sendo um
instrumento que unifica a comunicação entre toda a cadeia produtiva;

 Produtores, atacadistas, varejistas e consumidores precisam seguir os


mesmos critérios para determinar a qualidade do produto; e,

 E esses critérios são revisados periodicamente para acompanhar as


mudanças de mercado, sendo os critérios uma peça fundamental na
padronização e comercialização das flores e plantas ornamentais.
Recapitulando ...
Atividade complementar
1. Sabe-se que a plantas exercem um papel importante para a
sociedade, nesse sentido, cite quais são essas
funções/contribuições desse setor?

2. Cite quais são as características de uma espécie exótica?


3. Explique com suas palavras por que não é recomendado fazer o uso
de espécies exóticas?

4. Para facilitar nas ações de produção, padronização e


comercialização, o cultivo de plantas ornamentais foram divididos em
setores. Nesse sentido, assinale a alternativa correta:
a) Flores, Plantas e árvores;
b) Flores e Folhagens de corte, Plantas para Paisagismo, Plantas
Envasadas;
c) Flores e Folhagens de corte, Plantas Envazadas; e,
d) Plantas para Paisagismo, gramas, arbustos, Plantas Envasadas.
5. Cite quais são os estados que apresentam os principais polos produtores de
flores no Brasil?

6. Quais as vantagens em se cultivar espécies de clima tropical?


Obrigada pela
atenção.

Suelen Tainã Silva Fagundes


e-mail: suelen.fagundes@facvb.com.br
Pós-colheita e
armazenamento de flores

AULA 03
Manejo das Plantas
Tropicais
 Produção de mudas por meio de material
vegetativo;
▪ Sementes; Tubérculos e bulbos;
Rizomas; e,
▪ Divisão de touceiras; Estaquia;
Mergulhia; Alporquia; e Enxertia.

 Uso de adubos e corretivos;


Os adubos são fonte de nutrientes
necessários para o pleno desenvolvimento das
plantas. Seu excesso, falta ou mau preparo
pode produzir danos facilmente percebidos.

▪ Adubo orgânico; Adubo químico; e,

▪ Corretivos.
Manejo das Plantas Tropicais

Adubo orgânico
▪ Esterco bovino;
▪ Esterco de aves; e,
▪ Compostagem.

Todos eles só devem ser utilizados depois do devido preparo (curtidos)


para evitar a queima das plantas.
▪ Nitrogênio; fósforo; potássio; e,
▪ Macro e micro nutrientes (ferro, boro, cobre, enxofre, cálcio, magnésio
e zinco).
Manejo das Plantas Tropicais

Esterco x Compostagem

Esterco ou estrume: é o nome dado às fezes/excrementos animais em


decomposição, um material de origem orgânica.

Compostagem: é uma técnica na qual restos vegetais são degradados


biologicamente por microrganismos, como fungos e bactérias, e
transformado em adubo natural.

O que é adubo? É o esterco ou compostagem depois de pronto.


Manejo das Plantas Tropicais

Esterco x Compostagem

Esterco ou estrume: é o nome dado às fezes animais em decomposição,


um material de origem orgânica.

Compostagem: é uma técnica na qual o resíduo orgânico é degradado


biologicamente por microrganismos, como fungos e bactérias, e
transformado em adubo natural.
Manejo das Plantas Tropicais

Adubo químico ou fertilizante


É fabricado industrialmente e se apresenta em várias concentrações,
desenvolvidas especificamente para cada tipo de plantio.

Adubo x Fertilizante
O adubo age no solo e o fertilizante age na superfície da planta.

 A principal importância dos fertilizantes e adubos para agricultura é a


capacidade de melhorar a qualidade do solo com os nutrientes,
potencializando, otimizando o crescimento e desenvolvimento
das culturas, resultando no aumento da produtividade, melhoria e
qualidade das plantas e frutos.
Manejo das Plantas Tropicais

Nitrogênio (N): É um componente essencial das proteínas, ácidos nucleicos,


clorofila e muitos outros metabólitos secundários, por isso, é requerido como
um macronutriente no crescimento vegetal.

Principais funções Deficiência


• Coloração verde pálida ou amarelada nas
• É responsável pelo crescimento da planta; folhas (principalmente mais velhas);
• Atua diretamente na fotossíntese; • Em casos mais graves as plantas tem
• É parte constituinte da clorofila, vitaminas, suas folhas com uma coloração marrom,
carboidratos e proteínas; como queimadas, que vão se expandido
• É responsável pela coloração verde- pelas folhas;
escura das folhas; e, • Inibe o crescimento das raízes e da
• Atua no desenvolvimento do sistema planta; Redução da produtividade de
radicular. grãos e frutos; e, Reduz o crescimento
dos frutos
Manejo das Plantas Tropicais

Fósforo (P): É responsável por ajudar as plantas a desenvolverem raízes


mais fortes e absorverem água e outros nutrientes do solo, ou seja, é o
macronutriente que atua no desenvolvimento e crescimento das plantas.

Principais funções Deficiência

• Desenvolvimento adequado • Necrose foliar;


das raízes e aceleração da • Senescência precoce das folhas
maturidade; (envelhecimento);
• Captação e Transporte de fósforo; • Diminuição produtiva dos perfilhos; e,
• Reações de energia para a planta; • Baixo crescimento da parte aérea e
• Fotossíntese; e, do sistema radicular.
• Transporte de nutrientes.
Manejo das Plantas Tropicais

Potássio (K): É um dos macronutrientes mais requeridos pelas plantas,


atuando diretamente na fotossíntese.

Principais funções Deficiência

• Resistência de plantas a pragas e • Crescem vagarosamente e desenvolvem


doenças; pouco o sistema radicular;
• Metabolismo do nitrogênio; • Caules apresentam facilidade em quebrar;
• Crescimento meristemático; • Desenvolvimento de frutos pequenos; e,
• Ativação enzimática; • Sementes, o tegumento pode apresentar
• Movimento estomático; características de enrugamento.
• Translocação dos sintetizados e
fotossíntese; e,
• Aumentar a produção de frutos e
sementes.
Manejo das Plantas Tropicais

Corretivos
Os corretivos são aplicados para diminuir a acidez do solo, o que
favorece a absorção dos nutrientes pelas plantas, promovendo seu
crescimento. Em geral, são utilizados o calcário e o gesso agrícola, e seu
uso e/ou quantidade, deve ser feito sob orientação técnica.

 A correção da acidez é necessária para melhorar o aproveitamento dos


fertilizantes e alcançar maior produtividade das culturas exploradas.
• Como alumínio e manganês, e também o aumento dos teores de
cálcio e de magnésio, possibilitando dessa maneira a incorporação
desses solos ao processo produtivo.
Manejo das Plantas
Tropicais
Preparo do solo

 Preparo dos canteiros; e,


 Preparo das cova.

Efetuação do plantio

 Sistema de irrigação; e,
 Cobertura do solo.
Manejo das Plantas
Tropicais
Cobertura do solo

 Cobertura do solo com adubo verde:


Recomendada para áreas extensas e com
covas. Faça cobertura vegetal com plantio
de espécies leguminosas

 Cobertura do solo com restos


vegetais:
Recomendada para áreas menores ou
sobre canteiros. Faça a cobertura com
restos vegetais provenientes de podas
realizadas na propriedade.
Manejo das Plantas
Tropicais
Manejo de Pragas e Doenças

 Medidas preventivas
As flores e folhagens tropicais são facilmente
manejadas quanto a pragas e doenças.

• Evitar excesso de água;


• Monitorar os canteiros;
• Sementes e mudas de qualidade;
• Ferramentas limpas e desinfetadas;
• Utilize métodos biológicos; e,
• Escolha o defensivo agrícola.
Manejo das Plantas
Tropicais
Adubação de Manutenção
Após o plantio, faça adubações de
manutenção periodicamente, utilizando
tanto adubos químicos quanto orgânicos,
de acordo com orientações técnicas.

Colheita
 Utilize ferramentas adequadas;
 Horários mais adequados para a
colheita: Faça a colheita das flores e
folhagens no início da manhã ou no
final da tarde.
Manejo das Plantas
Tropicais
Pós-colheita
É importante lembrar que a
interferência dos fatores pós-colheita não
aumenta a qualidade do produto, apenas a
sua longevidade. Logo, os cuidados em
todo o ciclo de produção são essenciais,
desde a escolha adequada da espécie e
da variedade, do material de propagação e
da estrutura de cultivo, passando pelo
conhecimento de diversos manejos e
técnicas de produção, até o planejamento
da comercialização.
Manejo das Plantas Tropicais
Processos Fisiológicos das Plantas Pós-colheita

A longevidade das plantas durante o armazenamento na fase pós-


colheita é extremamente influenciada pelo tipo de intensidade das atividades
fisiológicas, que variam de acordo com as funções naturais de cada parte da
planta.
• Fotossíntese;
São os mecanismos fisiológicos que
• Transpiração; e, mantêm os tecidos vivos após o corte.
• Respiração.

 Etileno: É o fito-hormônio responsável pela senescência das plantas, uma


vez que proporciona a deterioração e a abscisão dos tecidos florais.
Manejo das Plantas Tropicais
Processos Fisiológicos das Plantas Pós-colheita

Fotossíntese:

É um processo realizado pelas plantas para a produção de energia


necessária para a sua sobrevivência. A fotossíntese também desempenha
outro importante papel na natureza: a purificação do ar, pois retira o gás
carbônico liberado na nossa respiração ou na queima de combustíveis, como
a gasolina, e ao final, libera oxigênio para a atmosfera.
Manejo das Plantas Tropicais
Processos Fisiológicos das Plantas Pós-colheita

Transpiração: Uma planta perde 99% de toda a água absorvida pelas raízes
para o ar em forma de vapor, pela transpiração. A maioria dessa água (mais
de 90%) é perdida pelos estômatos, já que as outras áreas das folhas
possuem uma cutícula (lipídica) que reveste sua superfície para evitar essa
perda.
Com a redução no teor de água, iniciam-se as mudanças estruturais na
planta, podendo levar a morte.
• Temperatura: O aumento da temperatura aumenta a taxa de transpiração;
• Umidade: A umidade causa uma diminuição da taxa de transpiração; e,
• Correntes de ar: O vento seco aumenta a taxa de transpiração.
Por isso é sempre importante realizar a colheita em horários mais
frescos.
Manejo das Plantas Tropicais
Processos Fisiológicos das Plantas Pós-colheita

Ou seja, a deterioração ocorre em decorrência de processos fisiológicos complexos


e fatores externos.

• Esgotamento das reservas, causado pela respiração;

• Murchamento, devido a perda excessiva de água pela transpiração, pela obstrução


dos vasos e pela ação de microrganismos;

• Temperaturas elevadas, que aumentam o processo de respiração e transpiração; e,

• Manejo inadequado, causando danos mecânicos e favorecendo a liberação de


etileno, responsável por acelerar a taxa respiratória e o envelhecimento das plantas
no armazenamento e transporte
Manejo das Plantas Tropicais

Procedimentos de Pós-colheita
Para proporcionar a longevidade pós-colheita, além dos cuidados nas
operações de transporte, limpeza, classificação e embalagem, utilizam-se
soluções conservantes à base de açucares, ácidos orgânicos, biocidas,
reguladores de crescimento e produtos naturais, além de refrigeração para
manter a hidratação e manter a vida pós-colheita da planta. E todas essas
ações estão relacionadas com os efeitos na fisiologia da planta.

 Hidratação: Após a colheita, coloque as flores e folhagens o mais


rapidamente possível na água. Nessa fase, use tanques com água limpa
e fresca;
Manejo das Plantas Tropicais

Procedimentos de Pós-colheita
 Toalete: Limpeza das flores e folhagens retirando partes danificadas. Nas
flores, como helicônias, bastão-do-imperador e estrelítzias, limpe as
brácteas retirando as partes internas, danificadas ou sujas, com auxílio de
uma tesoura pequena e curvada. Use um borrifador;

 Apresentação comercial: Faça maços de flores e folhagens de acordo


com a exigência do mercado. Existe a opção de se fazer maços mistos
(buquê) com flores e folhagens. Utilize ligas elástica; e,

 Armazenamento: Montados os maços, coloque as flores e folhagens


com a base em água limpa e fresca, onde devem permanecer durante
todo o período de armazenamento e transporte até a venda.
Manejo das Plantas Tropicais

Poda de limpeza e manutenção para o reinício do ciclo produtivo

Após a colheita, faça podas de limpeza nas touceiras para proporcionar


aumento de brotações e novos florescimentos, para dar início ao novo ciclo
produtivo. O material vegetal retirado deve ser picado manual ou
mecanicamente e, posteriormente, pode ser utilizado como cobertura do
solo, além de promover a ciclagem de nutrientes.
Obrigada pela
atenção.

Suelen Tainã Silva Fagundes


e-mail: suelen.fagundes@facvb.com.br
Comercialização de Flores e
Plantas Ornamentais

AULA 03
Introdução

A produção de flores tem crescido consideravelmente no Brasil, ganhando cada


vez mais importância econômica (KÄMPF, 1997). É atualmente uma atividade
consolidada no Brasil, com importância econômica em vários estados brasileiros
como São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina,
Goiás, Pernambuco, Ceará, Alagoas, Bahia e Amazonas (ALMEIDA & AKI, 1995;
CASTRO, 1998). O mercado interno absorve praticamente toda a produção nacional,
e desde 1996, vem importando para suprir a elevada demanda nas datas especiais
(KÄMPF, 1997).
Introdução

Neste cenário, verifica-se que o agronegócio de flores no Brasil possui


vantagens mercadológicas e técnicas. Para Claro & Oliveira (1998), a
facilidade de se agregar valor, a capacidade de diferenciação que o
produto final pode sofrer e a especificidade do produto, se traduzem
numa enorme vantagem competitiva. Além disso, a amplitude de climas, a
variedade de solos e a biodiversidade no Brasil possibilitam cultivos
diversificados, caracterizando excelentes vantagens técnicas e
configurando o enorme potencial desse complexo no País.
A Comercialização

O segmento de flores e plantas ornamentais no Brasil se caracteriza pelo


ambiente fortemente concorrencial (PEROSA et al., 2001). Havia poucas
floriculturas que eram as mais tradicionais nas capitais e em cidades maiores e, nas
demais cidades do País, quase sempre não se encontravam lojas. Hoje em dia, a
produção se alastrou por todo o País, e no varejo há sérios problemas com a
venda informal, que desvaloriza o produto, e com os supermercados, que compram
diretamente do produtor ou grandes atacadistas e oferecem preços mais acessíveis.
O número de agentes aumentou exponencialmente em todos os setores e, hoje,
poucos têm uma visão abrangente do que realmente está acontecendo e da
estratégia correta (AKI, 1997).
A Comercialização

O consumo de flores e plantas ornamentais faz parte da tradição


brasileira. Atualmente, o mercado interno de flores e plantas ornamentais
movimenta cerca de 1 bilhão de reais ao ano, e estima-se, gera 50 mil
empregos (IBRAFLOR, 2004).

Porém ainda assim, mesmo levando-se em consideração o potencial de


crescimento desse segmento de mercado, a demanda por flores e plantas
ornamentais no Brasil é ainda bastante irregular, concentrada nas datas
festivas.
A Comercialização

Da mesma forma, no mercado de flores e plantas ornamentais, estudos


dirigidos a cada agente da cadeia se fazem necessários e imprescindíveis,
principalmente, na área de comercialização, pois oferecem informações
importantes para o setor produtivo, permitindo que tais dados sejam
empregados para se corrigir distorções em todos os elos da cadeia.

Assim, dentro da área de comercialização, o conhecimento das variáveis


que influenciam a relação florista/distribuidor e florista/consumidor, permite
uma visão abrangente sobre os pontos positivos e críticos do processo de
comercialização.
Principais formas de comercialização
no mercado interno
 Setor atacadista:

A comercialização atacadista formalmente organizada de flores e plantas


ornamentais no Brasil é concentrada em cerca de 90% no Estado de São
Paulo, sendo realizada prioritariamente pela Cooperativa Veiling Holambra
(Holambra), seguida da CEAGESP (São Paulo), pelo Mercado Permanente
de Flores e Plantas Ornamentais da Ceasa Campinas (Campinas), Floranet /
Cooperflora (Holambra) e outros.
Principais formas de comercialização
no mercado interno
Setor atacadista

• Produtores estabelecendo de forma isolada; e,

• Por meio de cooperativas e ou centros.


A desorganização na base produtiva impede uma evolução maior do
setor, uma vez que não existem governança e coordenação empresarial
dessas cadeias de produção e escoamento, o que leva a indesejáveis
consequências tais como: falta de padrões de classificação e qualidade;
ausência de transparência na formação de preços; falta de confiabilidade;
elevado índice de inadimplência e surgimento de estruturas intermediárias,
que fazem o papel de conduzir esse mercado (BONGERS, 2002).
Principais formas de comercialização
no mercado interno
Setor atacadista
Uma comercialização eficiente exige logística adequada, incluindo
técnicas e operações de transporte, estocagem, comunicação com os
clientes e compradores e a transferência de posse das mercadorias. Na
cadeia de suprimento nacional, predominam, ainda, importantes
estrangulamentos, especialmente no que se refere a transporte e
acondicionamento de flores e plantas ornamentais sem o uso das câmaras
frias, a utilização de caminhões sem isolamento térmico, além de depósitos
inadequados. Ressalta-se, finalmente, a falta de mão-de-obra especializada
e de conhecimentos sobre as necessidades e exigências no trato pós-
colheita adequado desses produtos, de natureza delicada.
Principais formas de comercialização
no mercado interno
Setor atacadista
Os principais formatos de atacado hoje vigentes no Brasil:
• Leilão;
• Contratos de intermediação (formais e informais);
• Comercialização virtual;
• Centrais de Abastecimento S/A (CEASAS); e,
• Centrais de Distribuição e Comercialização de Flores e Plantas
Ornamentais.
Principais formas de comercialização
no mercado interno

Setor varejista
A distribuição varejista de flores e plantas ornamentais em todo o Brasil
conta com cerca de 20 mil pontos de venda. O Estado de São Paulo
concentra a maior parcela dessas lojas, já que representa perto de 50% de
todo o consumo nacional13, enquanto que apenas a cidade de São Paulo
absorve algo em torno de 25% de toda a demanda brasileira de flores e
plantas ornamentais.
Principais formas de comercialização
no mercado interno
Setor varejista
Atualmente, observam-se grandes movimentos de alteração na
participação relativa dos equipamentos e canais de distribuição no varejo.
Assim, as alternativas mais modernas e dinâmicas da distribuição, capazes
de inovar e fornecer diferenciais significativos não apenas de preços, mas
também de comodidade, conforto e conveniência, como os supermercados e
garden centers, vêm conquistando rapidamente maiores fatias do mercado,
mas em algumas circunstâncias e regiões específicas podem se dar às
custas de um menor resultado relativo de vendas dos equipamentos e canais
mais tradicionais, como as floriculturas e feiras-livres.
Principais formas de comercialização
no mercado interno
Setor varejista
De modo geral, o varejo brasileiro de auto-serviços tende a seguir as
tendências e as inovações tecnológicas e comercias do mercado norte-
americano. Com base nessa constatação, é justificável acreditar que as
vendas de flores e plantas ornamentais no canal supermercadista no Brasil
saltarão, num futuro breve.

Os principais formatos de varejo são:


• Varejo tradicional;
• Varejo supermercadista;
• Garden centers; e,
• Varejo on-line.
Recapitulando ...
Atividade complementar
1. Conceitue adubo?

2. Explique a diferença de adubo orgânico e adubo químico?

3. Explique a diferença de esterco e compostagem?


4. Por que é importante deixar o esterco curtir?

5. O que é o Etileno?
6. Como se dá as etapas do manejo das plantas tropicais? Assinale a
alternativa correta.

a. Produza mudas por meio de material vegetativo; adubos e corretivos; Preparo do


solo; Efetuação do plantio; Cobertura do solo; Manejo de Pragas e Doenças;
Adubação de Manutenção; Colheita; Pós-colheita; Poda de limpeza e manutenção
para o reinício do ciclo produtivo;
b. Produza mudas por meio de material vegetativo; adubos e corretivos; Preparo do
solo; Cobertura do solo; Manejo de Pragas e Doenças; Adubação de Manutenção;
Colheita; Pós-colheita;
c. ; adubos e corretivos; Preparo do solo; Efetuação do plantio; Cobertura do solo;
Colheita; Pós-colheita; Poda de limpeza e manutenção para o reinício do ciclo
produtivo;
d. Produza mudas por meio de material vegetativo; adubos e corretivos; Preparo do
solo; Efetuação do plantio; Cobertura do solo; Manejo de Pragas e Doenças;
Adubação de Manutenção; Colheita; e,
e. Produza mudas por meio de material vegetativo; Cobertura do solo; Manejo de
Pragas e Doenças; Adubação de Manutenção; Colheita; Pós-colheita; Poda de
limpeza e manutenção para o reinício do ciclo produtivo.
7. No que se refere aos procedimentos de pós-colheita, assinale a alternativa
correta:

a. Toalete; Apresentação comercial e Armazenamento;

b. Hidratação; Toalete; Apresentação comercial e Armazenamento;

c. Toalete; Apresentação comercial; Hidratação e Poda;

d. Hidratação; Toalete; Apresentação comercial e Hidratação; e,

e. Apresentação comercial, Toalete; Comercialização e Venda.

8. Quais são as principais forma de comercialização no mercado interna?


9. Considerando os principais formatos de atacado hoje vigentes no Brasil, assinale a
alternativa que NÃO está correta:
I. Leilão; Contratos de intermediação; Comercialização virtual; Centrais de Abastecimento S/A
(CEASAS); Centrais de Distribuição e Comercialização de Flores e Plantas Ornamentais;
II. Leilão; Mercado varejista; Comercialização virtual; Centrais de Abastecimento S/A (CEASAS);
Centrais de Distribuição e Comercialização de Flores e Plantas Ornamentais;
III. Leilão; Contratos de intermediação; Comercialização virtual; Centrais de Abastecimento S/A
(CEASAS); Centrais de Distribuição e varejo tradicional;
IV. Contratos de intermediação; Leilão; Comercialização virtual; Centrais de Abastecimento S/A
(CEASAS); Centrais de Distribuição e Comercialização de Flores e Plantas Ornamentais;
V. Varejo tradicional; Varejo supermercadista; Garden centers; e, Varejo on-line.

Assinale a alternativa que corresponde ao enunciado:

a. I e II;

b. I, III e IV;

c. I e IV;

d. II, III, V; e,

e. IV, V.
10. Cite quais são os principais formatos de varejo?
Obrigada pela
atenção.

Suelen Tainã Silva Fagundes


e-mail: suelen.fagundes@facvb.com.br
Histórico, Conceito e
Importância do Paisagismo

Módulo II
AULA 04
Histórico do Paisagismo
A história da humanidade é escrita sore a paisagem. Cada civilização,
cada império que passou deixou sua marca de alguma maneira importante.
As pessoas há milênios sentem a necessidade de construir e criar, não
apenas para atender às necessidades primárias de alimentação, abrigo e
companhia, mas também para edificar monumentos gloriosos que
simbolizem suas ambições coletivas.
Histórico do Paisagismo

Pré-história
 Mesolítico: O período Mesolítico corresponde aos anos 10 mil a 8 mil a.C.
e foi marcado pela transição do Paleolítico para o Neolítico. As
características desse período são: estabilidade geológica e climática da
Terra, início da sedentarização dos hominídeos e estabelecimento das
primeiras atividades agrícolas.

 Neolítico: Durante a Pré-História, foi o de maior transformação entre os


hominídeos, quando se tornaram sedentários, agricultores e produziram a
arte rupestre. Também é considerado um dos mais importantes capítulos
da evolução humana, pois as primeiras características das sociedades
modernas tiveram origem no Neolítico: a invenção das cidades, do
comércio e a separação das camadas sociais.
Histórico do Paisagismo

Antiguidade
Mesopotâmia foi uma região, localizada entre os rios Tigre e Eufrates, que
abrigou diversos povos e impérios durante a Antiguidade, como os sumérios, acádios
e babilônicos.
 A história das civilizações relata que os assírios foram os mestres das técnicas de
irrigação e drenagem, criando vários pomares e hortas formados pelos canais que
se cruzavam. Mas este trabalho foi abandonado em razão da invasão árabe.
Sendo assim, a forma e a distribuição do jardim se identificavam inicialmente com
a prática da agricultura, onde a horta rodeada por um muro podia ser um protótipo
de jardim.
• Jardim suspensos (Babilônia);
• Jardim regular (Egípcios); e,
• Jardim persas (Persas).
Histórico do Paisagismo

Antiguidade clássica
 A principal qualidade histórico-cultural do império romano está
na perpetuação dos conhecimentos produzidos pelos gregos. A
dominação de povos e territórios, somada à valorização dos princípios da
Grécia Antiga fez com que a cultura grega se difundisse na região
mediterrânea.
• Os jardins gregos desenvolviam-se em ambiente público ou
semipúblico, em torno de fontes e academias, cuja ordenação
geométrica refletia os padrões estéticos e filosóficos de sua
arquitetura e urbanismo.
• Os jardins romanos foram os primeiros a integrarem-se à arquitetura
civil. Herdeiros da cultura grega, os romanos souberam valorizar a
paisagem urbana e a decoração suntuosa.
Histórico do Paisagismo

Idade Média

Considera-se como Idade Média o período entre os séculos XV e o XVI,


período entre a Antiguidade Clássica e o Renascimento.
 As construções feitas neste período eram rudes e pesadas. As igrejas
pareciam fortalezas. O verde foi praticamente banido na vida urbana. As
igrejas e mosteiros constituíram-se em centros de toda a atividade social,
qualquer espaço útil recebia seu uso funcional, como a obtenção de
alimentos ou ervas. Em zonas amplas dos mosteiros plantavam-se
árvores frutíferas, hortaliças e se cultivavam flores para a ornamentação
dos altares.
• Monacais ; e,
• Mouriscos .
Histórico do Paisagismo

Idade Média

Jardins Monacais:
Representava uma reação ao luxo da tradição romana. Era dividido em 4
partes: o pomar, a horta, o jardim de plantas medicinais e o jardim de flores.
Existiam áreas gramadas cercadas e arbustos, viveiros de peixes e
pássaros, além de local para banho.

Jardins Mouriscos:
As principais características destes jardins: eram de pequenas
dimensões, sem ostentação e com destino à vida familiar
Histórico do Paisagismo

Idade Moderna
Caracterizou-se por uma fase de grandes transformações, revoluções e
mudanças na mentalidade ocidental, mudanças essas de ordem econômica,
científica, social e religiosa, que balizaram o sistema capitalista.

 O período do Renascimento foi o momento entre os séculos XIV e


XVI, passagem da Idade Média para a Moderna, em que se organizou o
desenvolvimento cultural, artístico, científico, político e a mudança do
pensamento europeu, tendo como base a retomada dos
conhecimentos clássicos, desenvolvidos e disseminados
por gregos e romanos.
Histórico do Paisagismo

Idade Moderna
Jardim Renascentista:
Era construído para projetar o poder do Homem face à natureza, e
caracterizava-se pela sua artificialidade e organização que não se
encontrava nos jardins das épocas anteriores, apontando assim para a
extrema racionalidade que se fazia sentir nesta época. As plantas
embelezavam os jardins e eram usadas para demonstrar a superioridade do
Homem e seus conhecimentos
Histórico do Paisagismo

Idade Moderna
Jardim Barroco:
À semelhança do Jardim Renascentista, mas de uma forma mais
exacerbada, o Jardim Barroco era construído para evidenciar o poder do
Homem e era dotado de uma artificialidade extrema, funcionando o jardim
como um palco. Através da ciência da óptica, dispunham-se as plantas de
modo a dirigirem o olhar do espectador e criarem ilusões para as distâncias
parecerem maiores ou menores.
Histórico do Paisagismo

Idade Contemporânea

Determina um período da história que vai desde 1789 até os dias atuais.
O termo “contemporâneo” está associado ao tempo atual, ao presente.
Assim, a idade contemporânea tem início no século XVIII, onde a Revolução
Francesa foi o marco que definiu o começo dessa “era”, a era
contemporânea.
Histórico do Paisagismo

Idade Contemporânea

É no Séc. XIX que surgem os grandes parques urbanos abertos ao


público, fruto da necessidade de lazer, educação e de hábitos higienistas que
se faziam sentir nos grandes centros industriais urbanos e desempenhando
um importante papel terapêutico por promoverem o bem-estar do indivíduo.
O Central Park, em Nova Iorque, teria sido o precursor de muitos destes
parques até à presente época.

 Os jardins contemporâneos expressam um estilo predominante, que pode


ser definido por uma época, por um condicionante natural (clima, solo,
vegetação), ou uma necessidade especial.
História do Paisagismo no Brasil

A história do paisagismo brasileiro teve, então, início com a colonização


portuguesa, que também não teve grande expressão na Europa como a
Itália, a França e a Inglaterra. A colonização portuguesa, as invasões
holandesa e francesa e, posteriormente, a vinda de vários povos, introduziu
no Brasil vários estilos.

• Plantas medicinais,
• Plantas para alimentação;
• Plantas aromáticas;
• Nos mosteiros e conventos, plantas para ornamentação; e,
• Plantas aleatórias, para amenizar o calor.
História do Paisagismo no Brasil

 O paisagismo brasileiro teve um impulso com a chegada de Dom João VI


e da família real portuguesa no Brasil. Em 1807 foi criado o Jardim
Botânico, no Rio de Janeiro, que constituía um horto para aclimatação de
plantas. O Jardim Botânico foi transformado em Horto Real e neste local
muitas espécies ornamentais exóticas foram introduzidas.

 O paisagismo no Brasil definiu-se no século XIX, a partir do surgimento de


uma rede consolidada de cidades, grandes e médias, e com influência
europeia, mais precisamente francesa e inglesa e, sob forte influência
nacionalista, assumiu uma identidade própria. O grande marco do
paisagismo no país foi o surto de nacionalismo decorrente do pós-guerra.
Seguindo essa linha, chegariam aos jardins as ideias do famoso e
conceituado paisagista Roberto Burle-Marx, defendendo o uso da flora
tropical. Hoje os paisagistas brasileiros se espelham nos seus grandes e
magníficos jardins tropicais.
História do Paisagismo no Brasil

 O final do século XX caracteriza-se pela grande velocidade de


comunicação e troca de informação, abrangendo todas as formas do
cotidiano e superando em muito as possibilidades até então efetivadas.

 As características dos projetos contemporâneos podem ser elencadas de


maneira parcialmente conclusiva, pois ao final do século estariam
configurando-se novas posturas e modos de projetar que iriam
complementar esta forma de construção urbana.
História do Paisagismo no Brasil

Roberto Burle-Marx
Em 1934 registra-se o início do trabalho de Burle Marx, em Recife, onde
projetou e executou os primeiros jardins públicos com plantas que ocorriam
na caatinga e na flora amazônica.
A utilização de plantas nativas nas composições paisagísticas formou um
registro na linha projetual de Burle Marx. Ele coletava diversas plantas em
diferentes regiões brasileiras, e as valorizou, utilizando-as em seus projetos.
Faleceu em 1994, aos 84 anos e deixou inúmeros jardins projetados no
Brasil e no exterior.
Como pesquisador, descobriu inúmeras espécies nativas e introduziu o
uso de outras tantas. O uso da cor, da vegetação e dos pisos, tirando partido
do mosaico português, e o caráter, ora orgânico, ora geométrico, de suas
águas, fizeram sempre parte de sua obra.
História do Paisagismo no Brasil

Roberto Burle-Marx

Utilizou princípios da arte moderna no desenho e distribuição dos jardins.


Demonstrou uma grande preocupação com as condições locais, instaurando
o jardim tropical. Entre suas obras, destacam-se:
• Parque Ibirapuera, SP;
• Jardins e passeios da praia de Botafogo e Parque do Flamengo, RJ;
• Jardins do prédio da UNESCO, Paris/FR; e,
• Parque Del Este, Venezuela.
Conceito e Importância do Paisagismo

Paisagem:

É um conjunto de cenários naturais ou artificiais onde o homem é, além


de um observador, um transformador desses elementos que compõe o sítio.
De modo mais específico, paisagem é uma combinação dinâmica de
elementos naturais e antrópicos, inter-relacionados e interdependentes, que,
em determinado espaço, tempo e momento social, formam um conjunto
único e indissociável, em equilíbrio ou não, produzindo sensações estéticas.
Conceito e Importância do Paisagismo

Paisagem natural:

Quando ainda não foi mudada pelo esforço humano, e é resultado da


evolução das condições naturais, como, estrutura geológica, relevo, clima,
hidrografia, etc, sem qualquer interferência antrópica.

Paisagem artificial:

Quando é inteira ou parcialmente produzida pelo homem, que altera o


espaço natural.
Conceito e Importância do Paisagismo
Paisagismo:
É uma ciência e uma arte que estuda o ordenamento do espaço exterior em função
das necessidades atuais e futuras, e dos desejos estéticos do homem.

Espaços livre:
São todos os espaços não edificados, como ruas, pátios, lagos, praças, parque,
etc.
• Praças: São um dos elementos principais da configuração urbana, tendo as
edificações mais importantes da cidade, implantadas ao seu redor;
• Jardins: Podem ser públicas ou privadas, e desde a antiguidade faziam parte
da composição das residências de nobres e dos palácios; e,
• Parques: São espaços livres públicos, estruturados por vegetação, e
dedicados ao lazer da massa urbana. Comportam muitas variações: parque
temático, parque de diversões, parque ecológico, etc.
Funções dos Jardins

 Utilitários: São determinados pela sociedade, relativamente ao aspecto do


suprimento de suas necessidades básicas;
 Ornamentais: São voltados para o estético;
 Preservativa: De vegetais e animais, voltado ao ambientalismo;
 Atenuante: Ajuda a amenizar e controlar os fatores ambientais como o
calor, ruídos, ventos, etc.;
 Decorativa: Contribui para o resultado plástico de um conjunto
arquitetônico ou urbanístico;
 Estrutural: Contenção de terra (taludes) e Cercas vivas (muros vegetais);
 Recreativa: Qualifica uma área como adequada para a recreação e o
lazer, passivo (lúdico) ou ativo (esportivo); e,
 Lucrativa: Valoriza economicamente uma propriedade imobiliária.
Tipos de Jardins

 Públicos: Aqueles cuja manutenção está a cargo dos poderes públicos e


se destinam ao uso e deleito do povo;

 Privados: Aqueles de propriedade privada, de uso familiar ou de uma


comunidade específica; e,

 Coletivos: Aqueles construídos para atender às necessidades de um


grupo social, estando vinculado a instituições específicas (igrejas,
condomínios, clubes, cemitérios, ect.)
Importância do Paisagismo
Saúde mental e produtividade:
É comprovado que a presença de um ambiente verde contribui para o bem-estar,
além de ajudar no desempenho e produtividade dos indivíduos. Pesquisa realizada
na Universidade de Queensland, na Austrália, mostra que a simples presença de
plantas em um escritório pode aumentar a produtividade da equipe em até 15%,
enquanto outros estudos apontam que em ambientes com, os funcionários são 12%
menos estressados que em escritórios sem preocupação paisagística;

Purifica o ar e gera uma maior conexão com a natureza:


A plantas ajudam a filtrar o ar do ambiente, além de aumentar a umidade. O
filodendro roxo, por exemplo, e a palmeira ráfia, são capazes de absorver gases
tóxicos que circulam no ambiente. Além disso, estudos comprovam que estar em
ambientes naturais ou com elementos da natureza podem reduzir consideravelmente
os pensamentos negativos.
Importância do Paisagismo

Torna o ambiente mais alegre e estimula a criatividade:


O verde somado a outras cores vivas são capazes de tornar um
ambiente mais alegre, bonito e agradável. A simples presença de um vaso de
planta é capaz de mudar o aspecto visual e sensorial local. Diante disso,
pode-se dizer que a criatividade é estimulada pelo fato dos vegetais serem
capazes de alterar o "clima", a "energia" do ambiente, o tornando mais leve,
alegre e estimulante.
Modelos de Jardins
Período da Antiguidade / Mesopotâmia

 Jardins Suspensos da Babilônia: Se


caracterizavam pela supremacia dos
elementos arquitetônicos sobre os naturais.
O sentimento religioso estava presente na
arte dos jardins, onde acreditava-se que os
jardins dependiam da vontade dos deuses.

 Espécies utilizadas:
• Tomareira: com finalidade de fornecer
um microclima favorável a outras
espécies; e,
• Jasmim, rosas, malva-rosas: apesar de
não suportarem altas temperaturas,
eram utilizadas devido o complexo
sistema de irrigação.
Modelos de Jardins
Período da Antiguidade / Mesopotâmia
 Jardins Egípcios: Eram desenvolvidos
de acordo com a topografia do Rio Nilo,
com grandes planos horizontais. As
características dos monumentos
egípcios como rigidez retilínea e a
geometria, fizeram com que os jardins
tivessem uma simetria rigorosa. O
jardim regular era símbolo da fertilidade
e era a imagem de um sistema racional
e baseado no monoteísmo.

 Espécies utilizadas: Palmeiras,


sicômoros, figueiras, videiras e plantas
aquáticas
Modelos de Jardins
Período da Antiguidade / Mesopotâmia
 Jardins Persas: Procuravam recriar uma imagem do
universo, constituindo-se de bosques povoados por
animais em liberdade, canteiros, canais e elementos
monumentais, formando os jardins-paraísos, que ficava
próximo aos palácios do rei. O uso de espécies
floríferas no jardim criou um novo conceito na arte de
construí-los, passando a vegetação a ser estimada
pelo valor decorativo das flores, sempre perfumadas,
do que pelo aspecto de utilidade. O jardim era dividido
em quatro zonas por dois canais principais em formato
de cruz e na intersecção deste se elevava uma
construção que podia ser o pavilhão ou uma fonte,
representando as 4 moradas do universo.
 Espécies utilizadas: Plátanos, ciprestes, palmeiras,
pinus, rosas, jasmim, etc.
Modelos de Jardins
Antiguidade Clássica - Grécia antiga
 Jardins Gregos: Apesar da forte influência dos
jardins egípcios, apresentavam diferenças
notáveis, devido a topografia acidentada da
região e o tipo de clima. Os jardins eram
construindo em lugares fechados, onde se
cultivava plantas úteis, como maçãs, peras,
figos, romãs, azeitonas, trigos, horta, etc. Sua
principal característica era a simplicidade, onde
a introdução de colunas e pórticos fazia a
transição harmoniosa entre a exterior e o interior,
e o jardim era um prolongamento das partes da
casa. E esse modelo de jardim ficou marcado
por possuir esculturas humanas e de animais.
Modelos de Jardins
Antiguidade Clássica - Roma antiga

 Os jardins eram muito parecidos com os jardins


da Grécia Antiga, não apresentando sua
originalidade. O intuído desses jardins eram
mais ornamentais, do que utilitários e a
valorização para fins recreativos. Os jardins era
mais santuários sociais, onde se desfrutava de
proteção contra dias mais quentes, vento,
poeira, ruídos. A sombra projetada pelas
galerias reduziam a necessidade de arvoretas,
e as plantas eram colocadas em maciços
elevados, pátios de ornamentavam com
tanques de pedra para água, mesas de
mármores e estátuas.
 Espécies utilizadas: Coníferas, plátanos,
frutíferas (pêssego, videira, amendoeira, etc.).
Modelos de Jardins
Idade Média
Paisagismo com simbolismo
 No Japão os jardim surgiram no intuito de
trazer tranquilidade e paz para repousar e
meditar. Nesse período o Budismo foi
introduzido no Japão e influenciou todas as
áreas, desde o espiritual e religioso até a
maneira de pensar e se expressar
artisticamente. Então o Jardim Japonês
passou a ser feito dentro da filosofia zen,
destinado à contemplação proporcionado
pela natureza.
 Jardim Monacais:
Eram mais encontrados em claustros de
mosteiros, os jardins eram voltados para
subsistência, sendo dividido em 4 parte: pomar,
horta, plantas medicinais e jardim de flores.
Além de local para banho.
Modelos de Jardins
Idade Média

Paisagismo com simbolismo

 Jardins Mouriscos: Na Espanha, os Árabes


criaram o chamado Jardins da Sensibilidade,
que se caracterizavam pela água, cor e perfume,
com objetivos de sedução e encantamento.
Apresentavam canais, fontes e pequenos
córregos que formavam um aspecto hidráulico
para irrigação e para amenizar o calor, além de
servir com ornamentação. Esses jardins eram
mais encontrados em palácios e castelos.
 Espécies utilizadas: Jasmim, cravos, jacintos,
rosas, primaveras, anêmonas.
Modelos de Jardins
Idade Moderna - Renascimento
Paisagismo com simbolismo

 Jardins Italianos: Eram inspirados nos jardins da


Roma Antiga, que possuíam muitas estátuas e
fontes monumentais. A cervas vivas conduziam
os caminhos para os pontos principais de
contemplação. E não podia faltar o elemento
água, na forma de fonte, chafariz, ou espelho
d’água, que normalmente era o ponto central de
contemplação do jardim. As plantas utilizadas
deviam sempre sem de origem mediterrânea ou
temperada, capazes de aguentar o frio e a seca,
e muito floríferas na primavera.
 Espécies utilizadas: Louro, Cipreste, Azinheira,
Buxo, Pinheiro, etc.
Modelos de Jardins
Idade Moderna - Renascimento

Paisagismo com simbolismo

 Jardins da França:
Tiveram seu estilo baseado nos jardins
medievais, que utilizavam canteiros com
flores, ervas medicinais e hortaliças que
lhes abasteciam. No entanto, com o tempo
os arquitetos italianos que trabalhavam na
corte francesa foram introduzindo um
modelo de jardim mais italiano, combinando
recursos naturais com os artificiais.
Modelos de Jardins
Idade Moderna - Renascimento
Paisagismo com simbolismo

 Jardins Holandeses: Os jardins holandeses não


fugiram das influencias dos jardins franceses e
italianos, porém devido a sua topografia plana, o
hábito de cultivo por plantas bulbosas, como a
tulipa, e seu gosto pelas cores, fizeram com que
criassem jardins mais compactados e graciosos,
com muita utilização de bordaduras.

 Jardins Inglês: É considerado como uma


revolução, um manifesto contra os padrões rígidos
e simétricos de outros estilos. Os jardins eram
mais naturalistas ou paisagista.
Modelos de Jardins
Idade Contemporânea
Paisagismo no Brasil

 Jardins Tropical: Assim como no estilo inglês,


o jardim tropical também continha caminhos
de contornos naturais. Sua essência era
descontraída e avessa a podas e simetrias.
Esse tipo de Jardim foi criado pelo paisagista
Roberto Burle Marx, tendo como sua principal
característica a utilização de espécies de
regiões tropicais e subtropicais. Presava por
plantas com diversidade em cores, formas.
Texturas e esculturais.
 Espécies utilizadas: Palmeiras, Bromélias,
Helicônias, orquídeas, entre outras.
Modelos de Jardins

Idade Contemporânea

Paisagismo no Brasil

 Jardim Desértico ou rochoso: Tem por


objetivo reproduzir uma paisagem
árida, é caracterizado principalmente
pela presença de plantas xerófitas, ou
seja, que desenvolvem habilidade de
reduzir a perda de água e acumulo
para períodos de estiagem.
 Espécies utilizadas: cactos,
agaváceas, crassuláceas
.
Estilos dos Jardins

 Formal:
São facilmente reconhecíveis, pois possuem equilíbrio rígido, desenho
geométrico, usa bastante a topiaria como elemento decorativo. A decoração
é clássica e inspirada na Renascença. O jardim delineia um ambiente quase
teatral e dramático, com esculturas clássicas. Os recipientes das plantas são
vasos de cerâmica trabalhada e bem acabada. Possui um estilo mais
organizado e de simetria absoluta. As podas são mais desenhadas em
formatos retangulares, círculos e losangos, que combinam entre si. Presença
de fontes e chafariz, canteiros floridos.

 Jardins Italiano, Frances, e Holandês.


Estilos dos Jardins

 Informal:
Sofre forte influência do Jardim Inglês. Nesse tipo de Jardim há poucos ou
nenhum acessório. Um estilo desarrumado propositalmente, privilegiando e
valorizando as formas originais da natureza e a descontração, onde se crê que o
homem, agrupando plantas, procurando imitar o natural, estabeleceu as bases
de um jardim que foi o embrião do estilo paisagístico naturalista. As
características mais marcantes são: linhas curvas, superfícies onduladas, uso de
plantas perenes de crescimento livre, e uso de muitas folhagens. Traçados
acompanhando a forma do terreno e plantas podadas segundo as forma,
cercaduras, bordaduras e terra aparente.

 Jardins Inglês e Japonês


Estilos dos Jardins

 Contemporâneo:
São livres de formas e contém elementos ousados, como vasos, pedras
e acessórios com formatos inovadores e matérias novos. Os jardins
contemporâneas são influenciadas por todas as tendencias que se
desenvolveram no passado. Nestes jardins os elementos de decoração
muitas possuem linhas mais simples, e as formas dos vegetais são mantidas
de forma natural e original. Utiliza planos inclinados, respeitando o relevo
existente, as circulações podem ser retas ou curva, mas nunca simétricas.
Faz uso de vegetais menos tradicionais, de cores e texturas variadas. Esses
jardins traz a sensação de repouso, proporcionando bem-estar, por aparentar
uma paisagem natural.

 Jardins Tropical e Desértico


Obrigada pela
atenção.

Suelen Tainã Silva Fagundes


e-mail: suelen.fagundes@facvb.com.br
Princípios Básicos do
Paisagismo

Módulo II
AULA 04
Princípios Básicos do Paisagismo - Visual

O vento, a iluminação, o adubo, os tipos de plantas e os vasos são alguns dos


itens que você deve pensar antes de transformar a sua sala de estar, por exemplo,
em um “jardim de estar”. Além desses pontos básicos para garantir a sobrevivência
das plantas, a técnica do paisagismo considera alguns princípios:

 Ritmo: Sabe quando você olha para um jardim e está tudo muito bem organizado?
Isso é o que chamamos de ritmo. A repetição de formas e a proporção de
tamanhos ajudam a dar ritmo ao jardim. Os painéis dos jardins verticais são um
bom exemplo de como dispor de forma inteligente os elementos, criando efeitos
interessantes em imóveis com pouco espaço;
Princípios Básicos do Paisagismo - Visual

 Equilíbrio: Um jardim construído com equilíbrio dos elementos traz a sensação de


harmonia. Dentro do lar, as plantas precisam se integrar à decoração, assim como
qualquer outro elemento. Com essa visão, fica mais fácil construir uma
composição bonita e agradável aos olhos;

 Dominância: No paisagismo, a dominância é um artifício usado para criar um foco


central e atrair a atenção. Uma planta pode se tornar o elemento principal na
composição, superando as outras ao redor. As samambaias costumam causar
esse impacto visual, assim como a costela-de-adão e a jiboia, espécies em alta na
decoração de interiores. Com elas, é possível criar vários pontos de destaques
nos cantinhos do seu apartamento;
Princípios Básicos do Paisagismo - Visual

 Contraste e analogia: O contraste se obtém quando agrupamos as plantas com


características opostas em tonalidade, textura, forma e cor. O contraste pode
aumentar a variedade e a profundidade. Quem ama cultivar plantas n
apartamento, pode misturar texturas para obter um resultado mais criativo na
decoração. Compor um mix de folhas lisas e rugosas, longas ou arredondadas,
atrai o olhar e dá um upgrade imediato ao ambiente. O mesmo vale para as
cores. A analogia, por sua vez, é uma mesclagem de características mais
próximas, assim como reunir dois tons semelhantes;
Princípios Básicos do Paisagismo - Visual

 Unidade e variedade: Um jardim precisa transmitir a sensação de unidade


em meio à variedade. Por isso, é importante considerar todos os
princípios do paisagismo e se planejar antes de começar o seu jardim. A
unidade é quando sentimos que existe um conjunto harmônico entre
formas, volumes e cores na soma desses fatores;

 Funcionalidade: E importante para garantir que o espaço verde seja


utilizado de forma adequada e atenda às necessidades dos usuários,
como lazer, prática de esportes e convivência;
Princípios Básicos do Paisagismo - Visual

 Estética: É aplicada no paisagismo através da escolha de elementos que


valorizem a beleza do espaço verde, como plantas ornamentais, fontes,
esculturas e mobiliário urbano;

 Sustentabilidade: no paisagismo é a preocupação em utilizar recursos


naturais de forma consciente e responsável, visando a preservação do
meio ambiente; e,

 Ecologia: é considerada no paisagismo através da escolha de espécies


vegetais que se adaptem ao clima e solo local, além de promover a
biodiversidade e o equilíbrio ambiental.
Características do Ambiente Objeto de
Projeto Paisagístico

Para a obtenção de bons resultados na qualidade de plantio e,


consequentemente, o sucesso no projeto paisagístico, deve-se compreender
alguns critérios.

Granulometria: Varia em função dos fatores geológicos, basicamente entre


solos arenosos, argilosos ou mesclados. Os solos arenosos tem alta
permeabilidade, retendo pouco umidade e, consequentemente, baixíssima
fertilidade. E pode-se aplicar húmus e argila para melhorar a qualidade do
solo, conforme recomendação de análises laboratoriais.

Já solos argilosos são pouco permeáveis e pouco férteis, podendo ser


Características do Ambiente Objeto de
Projeto Paisagístico

Fertilidade: É resultado da existência de matéria orgânica, ou seja, húmus,


responsável por fornecer nutrientes de que a planta precisa para se
desenvolver e reproduzir. A análise pode apontar a diretriz de adição de
produtos orgânicos ou inorgânicos, processo este conhecido como correção
de solo.

Estrumes curtidos;

Farinha de osso; e,

Compostos orgânicos.

E os principais inorgânicos são NPK, que são os macronutrientes básicos.


Características do Ambiente Objeto de
Projeto Paisagístico

pH do solo (potencial de hidrogênio: Mede a avidez ou alcalinidade e varia


muito de região para região. A escala de análise pode varias de 0 a 14,
sendo 7 o valor neutro, e abaixo disto, o solo configura como ácido, onde as
substâncias químicas alcalinas, como cálcio e magnésio, dissolvem-se com
facilidade.
Características do Ambiente Objeto de
Projeto Paisagístico

Temperatura: A superfície terrestre é iluminada de maneira desigual, tal fato,


associado aos diferentes coeficientes de absorção da radiação solar devido
aos diferentes tipos de solo e superfícies aquáticas, faz com que a energia
solar se distribua também de modo desigual. E dessas ações, surgem os
movimentos de massa de ar e as trocas de matéria e energia entre o ar,
oceanos e a terra.

E um dos resultados desse fenômeno é a variação de temperatura nas


camadas mais próximas das superfície da terrestre. A relação entre o
aquecimento e o esfriamento da superfície da terra é o fator que determina a
Características do Ambiente Objeto de
Projeto Paisagístico

Umidade: A evaporação e a evapotranspiração dos vegetais são os


processos biológicos que mais contribuem para a concentração de vapor
d’água contido no ar. A distribuição desse vapor sobre a terra não é uniforme,
sendo maior nas zonas equatoriais e menos nas zonas polares. A
capacidade do ar para conter vapor d’água aumentam de acordo com a
temperatura.
Características do Ambiente Objeto de
Projeto Paisagístico

Precipitações: As nuvens são formadas pela evaporação das águas, que são
redistribuídas na forma de chuva, fluindo pelos córregos e rios em direção
aos oceanos, completando o ciclo hidrológico. A precipitação é mais alta na
zona equatorial, sendo também significativa nas zonas tropicais, em ambos
os hemisférios. Nos trópicos, a porcentagem de precipitação que o solo
retém é muito menor, sendo, também, nas latitudes médias no verão, ou
seja, nesses caos a chuva evapora antes mesmo de penetrar no solo.
Características do Ambiente Objeto de
Projeto Paisagístico

Ventos: Sã os resultados das diferenças de pressão atmosféricas


provocadas pela influência direta da temperatura de ar. E considerando os
fatores locais, o relevo é capaz de exercer um papel importante, desviando,
alterando ou canalizando o movimento do vento.
Grupos de Plantas em
Paisagismo

Módulo II
AULA 04
Sistemas de Classificação das Plantas
EVOLUÇÃO DA TAXONOMIA VEGETAL: PERSPECTIVA HISTÓRICA

Ao longo da história surgiram diversos sistemas de classificação, que foram


agrupados em oito categorias ou fases:

• 1ª fase - As Classificações Clássicas


• 2ª fase - Herbais, Herbários e Herbolários
• 3ª fase - Os Primeiros Taxonomistas
• 4ª fase - Lineu e seus Discípulos
• 5ª fase - Sistemas Naturais Pós-Lineanos
• 6ª fase - Sistemas Filogenéticos Pós-Darwinianos
• 7ª fase - Sistemas Filogenéticos
• 8ª fase - Sistemas de Classificação Contemporâneos
Sistemas de Classificação das Plantas
Período I – Classificação baseada no hábitus das plantas

As árvores, arbustos, ervas, trepadeiras, etc., consistiam os grupos principais de


plantas. Atendiam às necessidades do homem: alimentação, medicinal, construção,
etc.

 Teofrasto (c. 370-285 AC) - Discípulo de Platão e Aristóteles, foi o nome mais
célebre do período, considerado como o pai da botânica.
Sistemas de Classificação das Plantas

Período I – Classificação baseada no hábitos das plantas (Classificações


Clássicas).

 Dioscórides (séc. I AC) - Médico do exército romano e interessado nas


propriedades medicinais das plantas

• Descreveu cerca de 600 espécies de plantas;

• Indicando as propriedades e forma de utilização;

• Obra não tão bem organizada como a de Teofrasto; e,

• Foi considerada e tida como obra de referência durante dezesseis séculos, até
ao séc. XVI.
Sistemas de Classificação das Plantas

Período II – Herbais, Herbários e Herbolários

Foi durante o Renascimento (séc. XVI), momento em que a originalidade passou


a ser uma "virtude", que se começaram a escrever novos trabalhos de classificação,
divulgados rapidamente graças à invenção da Imprensa na Europa.

Alguns dos autores mais importantes são O. Brunfels (1530), L. Fuchs (1542), M.
de L'Obel (1570) e C. L'Ecluse (1601). A imensa maioria dos trabalhos incorporava
muito de mito e de superstição dado que se estava numa época em que se pensava
que as plantas tinham sido oferecidas pelo Criador ao Homem, para que este
aproveitasse as suas virtudes.
Sistemas de Classificação das Plantas

Período III - Os Primeiros Taxonomistas

A caminho do séc. XVII as plantas começaram a ser objeto de estudo, por parte
de muitos autores, mais pelo seu valor intrínseco do que pelo seu valor nutritivo ou
medicinal.

 A. Caesalpino (1509-1603) - Primeiro taxonomista: “De Plantis’’ (1583)


• Classificou cerca de 1500 espécies;
• Hábito e caracteres do fruto e semente; e,
• Caracteres florais.
Sistemas de Classificação das Plantas

Período III - Os Primeiros Taxonomistas

 J. Bauhin (1541-1631) e G. Bauhin (1560-1624): "Pinax Theatri Botanici" (1623)

• Listaram 6.000 espécies e os sinônimos conhecidos;

• Colocaram alguma ordem na confusão nomenclatura; e,

• G. Bauhin ficou conhecido pelo seu reconhecimento da categoria genérica e,


sobretudo, pela introdução da nomenclatura binomial.
Sistemas de Classificação das Plantas

Período III - Os Primeiros Taxonomistas

 J. P. de Tournefort (1656-1708): , francês, levou ainda mais longe o conceito de


gênero de Bauhin. Na sua obra "Institutiones Rei Herbariae" (1700) deixou esse
fato bem patente de tal forma que Lineu a adotou.

• Ainda hoje muitas das suas designações genéricas são utilizadas; e,

• Classificou cerca de 9.000 espécies, agrupadas em 698 gêneros e 22 classes.

A sua classificação manteve-se em vigor até a publicação dos trabalhos de Lineu


e, mesmo aí, continuou a ser utilizada em França, país no qual a obra de Lineu nunca
foi inteiramente reconhecida
Sistemas de Classificação das Plantas
Período III - Os Primeiros Taxonomistas

 J. Ray (1627-1705): "Methodus Plantarum Nova" (1682, 2ª ed. Em 1703), "Historia


Plantarum" (3 vols., 1686, 1688, 1704) e "Synopsis Methodica Stirpium
Britannicarum" (1690, 2ª ed. em 1696, 3ª ed. Em 1724)
• Descreveu cerca de 18000 espécies;
• Complexo esquema de classificação;
• Caracteres variados que iam desde os da flor (reprodutivos) até aos
Vegetativos; e,
• Acreditava que todos os tipos de caracteres deveriam ser utilizados.

Este autor usava um critério de espécie mais estreito do que o utilizado por Lineu
mas o seu sistema de classificação era pouco prático, em virtude de não utilizar a
nomenclatura binomial.
Sistemas de Classificação das Plantas

Período IV - Lineu e seus Discípulos (Sistemas Artificiais)

Lineu é considerado como o fundador da taxonomia moderna, botânica e


zoológica, e o sistema de nomenclatura que hoje se utiliza é, na essência, o
que ele descreveu.
Para os botânicos, as suas duas mais importantes obras são "Genera
Plantarum" (1737 e subsequentes edições) e "Species Plantarum" (1753 e
posteriores edições). Em ambas Lineu classificou as plantas de acordo com
o seu artificial "Sistema Sexual". Tal como muitos dos naturalistas do seu
tempo, Lineu atribuía um grande significado à, então redescoberta,
reprodução sexual das plantas, tendo este autor estabelecido espantosas
relações paralelas entre a sexualidade das plantas e o amor humano.
Sistemas de Classificação das Plantas
Período IV - Lineu e seus Discípulos (Sistemas Artificiais)

 Carolus Linnaeus - Fundador da Moderna Taxonomia, seus estudos foram


baseados em caracteres numéricos. O Sistema artificial mis conhecido é o
Sistema Sexual de Linneu, publicado na obra Species Plantarum.

• Descreveu 24 classes, segundo o número e posição dos estames e ordens


segundo o número de estiletes do gineceu;

• Atribuía um grande significado à reprodução sexual das plantas, estabeleceu


espantosas relações paralelas entre a sexualidade das plantas e a
sexualidade humana; e,

• Suas coleções pertencem a Lynnean Society, fundada em 1788.


Sistemas de Classificação das Plantas
Período V - Sistemas Naturais Pós-Lineanos

 As classificações passaram a tentar refletir relações naturais de semelhança entre


as plantas;
 Aparece na segunda metade do séc. XVIII e permanecem até o surgimento de
Darwinismo;
 Os botânicos da época afirmavam-se no dogma da constância e da imutabilidade
das espécies;
 Surge com o crescimento da morfologia vegetal e com a melhoria dos
instrumentos ópticos;
 Grande número de plantas vivas, sementes e coleções originadas dos trópicos
são herborizadas;
 Muitas espécies novas são classificadas;
 Os sistemas naturais utilizavam muitos caracteres para construir grupos.
Sistemas de Classificação das Plantas
Período V - Sistemas Naturais Pós-Lineanos

 Michel Adanson (1727-1806):


• Um dos primeiros botânicos a aceitar que um sistema de classificação;
• Deveria ser baseado no maior número possível de caracteres;
• Tentou determinar qual o número mínimo de caracteres a serem usados e se
os caracteres deveriam ser pesados; e,
• Descreveu grupos semelhantes às atuais ordens e 58 famílias (nível
hierárquico sugerido por Ray), no seu "Familles des plantes" (1763).
Sistemas de Classificação das Plantas
Período V - Sistemas Naturais Pós-Lineanos

 A família Jussieu: constituída por 3 irmãos, Antoine (1688-1758), Bernard (1699-


1777), Antoine-Laurent (1748-1836),
• Tentaram agrupar as plantas do Jardim de Versailles de acordo com o sistema
de Lineu
• "Genera plantarum secundum ordines naturales disposita”;
• Reconheceu 100 ordens de plantas (hoje Famílias); e,
• Dividiram o reino vegetal em três grupos: Acotyledones (criptógamas e
algumas monocotiledôneas não corretamente atribuídas), Monocotyledones
(Monocotiledôneas) e Dicotyledones (Dicotiledôneas e Gimnospermas).
O sistema de Jussieu era muito superior ao sistema artificial de Lineu e foi
fundamental para se caminhar no sentido das classificações naturais atuais.
Sistemas de Classificação das Plantas
Período V - Sistemas Naturais Pós-Lineanos

 J.B.P. de Lamarck (1744-1829): mais conhecido pelas suas tentativas para


explicar a ideia de evolução, deu uma importante contribuição à botânica.
• Flore Française" (1778) - explica uma série de regras que devem ser
consideradas para criar classificações naturais e desenvolve um método
analítico de identificação muito semelhante ao utilizado nas chaves modernas.

 Augustin Pyramus de Candolle (1778-1841): "Théorie élémentaire de la


botanique” divide as plantas em dois grupos principais, as "Acellulaires“
(Avasculares) e as "Vasculaires" (Vasculares), e que se prova ser um sistema
natural de classificação.
Sistemas de Classificação das Plantas
Período V - Sistemas Naturais Pós-Lineanos

 Augustin Pyramus de Candolle (1778-1841):


• Prodromus systematis naturalis regni vegetabilis", no qual tentou descrever todas as
espécies conhecidas de plantas.
• Os primeiros sete volumes desta obra foram publicados pelo autor e, os últimos dez,
escritos por diferentes autores e editados pelo seu filho Alphonse de Candolle (1806-
1893).
Estes autores dividiram as Dicotiledôneas em Polypetalae (pétalas livres), Gamopetalae
(pétalas fundidas) e Monochlamydae (apétalas), ás quais se seguiam as Gimnospérmicas e as
Monocotiledóneas, totalizando 200 famílias e 7569 gêneros.
• S. L. Endlicher (1805-1849);
• A T. Brongniart (1801-1876);
• George Bentham (1800-1884); e,
• Sir Joseph Dalton Hooker (1817-1911)
Sistemas de Classificação das Plantas
Período VI - Sistemas Filogenéticos Pós-Darwinianos

O século XIX foi uma época fascinante para os botânicos. Robert Brown
explorou a Austrália e outros locais exóticos, estudou a morfologia floral,
reconhece os óvulos nus como uma característica fundamental para
distinguir entre Gimnospérmicas e Angiospérmicas e observa o núcleo
celular.
O conceito de evolução continua a florescer e é cada vez mais aceite
devido ao fluxo de espécimes que os exploradores, um pouco por todo
mundo, fazem chegar à Europa não sendo já possível ignorar o s registros
fósseis e a variação existente em plantas e animais.
Sistemas de Classificação das Plantas
Período VI - Sistemas Filogenéticos Pós-Darwinianos

Em 24 de Novembro de 1858, a obra "The Origin of Species" de Charles Darwin


é publicada e, nesse mesmo dia, foram vendidos todos os exemplares impressos. A
biologia estava irrevogavelmente mudada. No século XX o conceito de que as
espécies não são criações imutáveis, todas criadas iguais, mas sim dinâmicas,
constituídas por sistemas populacionais variáveis que mudam ao longo do tempo e
que formam linhagens de organismos aparentados, é algo de que já ninguém duvida.
A teoria evolutiva teve um enorme impacto e os taxonomistas começam a
integrar conceitos evolutivos nas classificações. De uma forma consciente tenta-se
arranjar as plantas em grupos naturais, numa seqüência evolutiva, que parte do mais
simples para o mais complexo. Os botânicos começam a debater-se com os
problemas das estruturas que, parecendo simples, resultam da redução ou da fusão
de características ancestrais. Os sistemas de classificação, assim construídos,
passam a ser designado Filogenético.
Sistemas de Classificação das Plantas
Período VI - Sistemas Filogenéticos Pós-Darwinianos

 Heinrich G. A. Engler - Características de sua Classificação:

• Subdivide as Angiospermas em Dicotiledôneas e Monocotiledôneas;

• Inicialmente considerou as Monocotiledôneas mais primitivas que as Dicotiledôneas,


mas na ultimas edição do Syllabusder Pflanzenfamilien, em 1964, as Monocotiledôneas
são tratadas depois das Dicotiledôneas;

• Criou chaves para determinação dos gêneros, com descrições das características mais
importantes dos gêneros; e,

• Fez amplas diagnoses para as famílias.


Sistemas de Classificação das Plantas
Período VII - Sistemas Filogenéticos

No início do séc. XX, a força das teorias de Darwin e o impacto da


genética eram enormes e as classificações que se propunham, eram
intencionalmente filogenéticas.
 Uma grande vantagem destes sistemas era a sua riqueza em
informação, dado que o conhecimento da identidade de uma planta,
implicava o conhecimento das suas afinidades e relações evolutiva. No
âmbito desta linha de sistemas de classificação destacaram-se botânicos
como Charles E. Bessey (1845-1915) ou John Hutchinson (1868-1932).
Sistemas de Classificação das Plantas
Período VII - Sistemas Filogenéticos

 Charles E. Bessey - Defendeu a teoria de que:

• A evolução tanto pode ser uma progressão como uma regressão dos caracteres;

• A evolução não abrange todos os órgãos ao mesmo tempo;

• De um modo geral, árvores e arbustos são mais primitivos que ervas;

• Árvores e arbustos são mais antigos que trepadeiras;

• Ervas perenes são mais antigas que as anuais;

• Folhas simples são mais primitivas que compostas;

• Flores unissexuadas são mais avançadas que as andróginas;

• Plantas dioicas mais recentes que monoicas; ...


Sistemas de Classificação das Plantas
Período VII - Sistemas Filogenéticos

 Hutchinson, no seu "Families of Flowering Plants" (1973) eno "Genera of


Flowering Plants“:

• Propunha um sistema de classificação semelhante ao de Bessey, mas


diferindo em alguns pontos importantes;

• Derivava as Angiospérmicas de um hipotético ancestral designado


"proangiospérmicas", as quais seriam plantas de transição entre
Angiospérmicas e Gimnospérmicas;
Sistemas de Classificação das Plantas
Período VII - Sistemas Filogenéticos

• Considerando que o hábito lenhoso e o hábito herbáceo representavam


diferentes vias evolutivas importantes, dividia as angiospérmicas em três
grupos: Monocotyledones, Herbaceae Dicotyledones e Lignosae
Dicotyledones; e,
• Propunha, também, que as monocotiledôneas seriam um grupo primitivo com
origem nas dicotiledôneas herbáceas.

Contudo, embora o seu trabalho tivesse sido extremamente válido e coerente, a


divisão das dicotiledôneas em lenhosas e herbáceas foi considerada infeliz e pouco
natural, por situar famílias aparentadas longe umas das outras. Atualmente é uma
classificação muito pouco utilizada.
Sistemas de Classificação das Plantas
Período VIII - Sistemas de Classificação Contemporâneos

Na atualidade, os sistemas de classificação do Reino Vegetal são continuamente


modificados à medida que nova informação é recolhida. Nos últimos anos, as
classificações de plantas têm evoluído ao beneficiarem da inclusão de dados de
áreas recentes como a paleobotânica, a ultraestrutura ou a bioquímica. A
incorporação e combinação de dados tão diferentes com os dados do tipo tradicional
(morfologia, anatomia comparada, etc.), têm permitido refinar as classificações.
Sistemas de Classificação das Plantas
Período VIII - Sistemas de Classificação Contemporâneos

 Arthur Cronquist - Características de sua Classificação:


• Sua classificação foi baseada em caracteres anatômicos, ausência ou
presença de endosperma; composição química, morfológica dos órgãos
reprodutores etc.;
• Trata as Angiospemas como Divisão: Magnoliophyta;
• Duas classes: Magnoliopsida (Dicotiledôneas) e Liliopsida (Monocotiledôneas)
• Considerou nas Angiospermas 83 Ordens e 383 Famílias
• Cronquist sugere as Pteridospermas (fetos com sementes) como o provável
ancestral das Angiospermas; e,
• Nympheales seriam os prováveis ancestrais das monocotiledôneas.
Sistemas de Classificação das Plantas
Período VIII - Sistemas de Classificação Contemporâneos

 Walther S. Judd:
• Sua obra Systematics: a phylogenetica pproach, de 1999, foi o primeiro a
incorporar os recentes avanços na filogenia molecular;
• Este segue a proposta de classificação apresentada pela APG (Grupo de
Filogenia das Angiospermas), publicada em 1998.

 A importância dos trabalhos do APG na botânica pode ser resumida em alguns


pontos-chave:
• Atualização da Classificação das Angiospermas; Compreensão da Evolução das
Angiospermas; Refinamento da Nomenclatura Botânica; Orientação para
Pesquisadores e Educadores ...
Classificação das Plantas

O Reino Plantae é extremamente variado, com espécies simples que não


apresentam folhas, caule e raízes verdadeiras até espécies com frutos carnosos e
flores deslumbrantes. Didaticamente, as plantas são divididas em quatro grupos
principais, tomando como base características como a presença ou ausência de
vasos condutores, sementes, flores e frutos.

• Briófitas;

• Pteridófitas;

• Gimnospermas; e,

• Angiospermas.
Classificação das Plantas

 Briófitas:

As briófitas são vegetais de porte mínimo. Não são formadas por caule,
folhas ou raízes verdadeiras. São criptógamas, isto é, não apresentam
tecidos vasculares.

 Pteridófitas:

São as primeiras plantas vasculares ou traqueófitas e os primeiros


vegetais a apresentarem vasos condutores de seiva. São criptógamas, pois
não formam flores ou sementes. Possuem raiz, caule e folhas.
Classificação das Plantas

 Gimnospermas:

São plantas de sementes nuas, isto é, não alojadas dentro de um fruto.


São vegetais terrestres de regiões temperadas e frias. Os mais conhecidos
são os pinheiros, os cedros, os ciprestes e as sequoias.

 Angiospermas:

As angiospermas apresentam sementes protegidas por frutos. Podem


ser herbáceas (ervas), arbustivas (arbustos) ou lenhosas (árvores). Vivem,
predominantemente, em terra, mas podem ser encontradas em água doce e,
mais raramente, no mar. As angiospermas apresentam reprodução sexuada
por alternância de gerações e seu órgão de reprodução sexual é a flor.
Grupos de Plantas em
Paisagismo

Continuação da aula do dia 08/11 - Aula 05

Módulo II
AULA 05
Características desse Grupo
Gimnospermas
 Gimnospermas que significa “semente (sperma) e nua (gimno)”, são
plantas terrestres que vivem, preferencialmente, em ambientes de clima
frio ou temperado. É um grupo caracterizado pela presença de sementes
e ausência de flores e frutos e incluem árvores como os pinheiros, os
ciprestes e as sequoias que também incluem as mais altas e antigas
árvores;
 As gimnospermas possuem raízes, caule e folhas. Possuem também
ramos reprodutivos com folhas modificadas chamadas estróbilos. Em
muitas gimnospermas, como os pinheiros e as sequoias, os estróbilos
são bem desenvolvidos e conhecidos como cones, o que lhes confere a
classificação no grupo das coníferas;
Características desse Grupo
Gimnospermas

Nas gimnospermas, não se observa a presença de flores, sendo, em


alguns casos, o estróbilo chamado erroneamente dessa forma. Os
estróbilos, também chamados de cones, são, na realidade, estruturas
reprodutoras que possuem folhas modificadas capazes de produzir esporos.
Nas gimnospermas, encontramos estróbilos capazes de produzir pólen e
estróbilos capazes de produzir óvulos.
Características desse Grupo

 Estróbilo
• Feminino; e,
• Masculino.

Os estróbilos, também chamados de cones, são estruturas relacionadas com a produção de esporos.
Características desse Grupo
Estrutura reprodutiva das Gimnospermas
Características desse Grupo
Gimnospermas
 A polinização é o transporte dos grãos de
pólen até os óvulos;

 São plantas vasculares; e,

 Crescimento secundário (Cicas)


Características desse Grupo
Gimnospermas

 As Gimnospermas predominaram no período mesozóico. Mas,


atualmente, há apenas quatro grupos com representantes vivos, que
correspondem as divisões (Filo):

• Coniferophyta - (Coníferas);

• Cycadophyta (Cicas);

• Ginkgophyta - (Ginkgo biloba); e,

• Gnetophyta - (Gnetum, Welwitschia, e Ephedra).


Características desse Grupo
Gimnospermas
 Coniferophyta

Principal grupo de Gimnospermas em número de


espécies, distribuição e importância ecológica.

• Crescimento monopodial;

• Plantas monoicas ou dioicas; e,

• Polinização pelo vento.


Características desse Grupo
Gimnospermas
• Comumente os estróbilos se desenvolvem e
formam uma estrutura lenhosa que protege as
sementes, denominada cone;

• 7 famílias;

• De 60-65 gêneros; e,
• Aproximadamente 600 espécies.

As famílias mais representativas no Brasil:


Araucariaceae, Pinaceae, Podocarpaceae;
Taxodiaceae
Características desse Grupo
Gimnospermas
Coniferophyta

 Família botânica: Pinaceae

• Pinus brutia;

• Pinus cembra; e,

• Cedrus deodora.
Características desse Grupo
Gimnospermas
Coniferophyta

 Família botânica: Araucariaceae

• Plantas arbóreas de grande porte, folhas


pequenas, alternas, densamente dispostas.
Plantas dióicas.

Família exclusiva do hemisférui sul, com 2


gêneros apenas: Araucaria araucana e Araucaria
angustifólia; e, Agathis.
Características desse Grupo
Gimnospermas

 Família botânica: Taxodiaceae

• São plantas hermafroditas; e,

• De grande porte.

• São muito utilizadas como ornamental em


parques e jardins

Pertencem a família os gêneros Cunninghamia;


Cryptomeria, Sequoidendron e Sequoia.
Características desse Grupo
Gimnospermas

 Família botânica: Podocarpaceae

• As plantas são dióica; e,

• As sementes são produzidas


isoladamente.

Ocorrem no Brasil duas espécies: P.


lambert (região mata de araucária) e, P.
sellowii (serra do mar, mata pluvial tropical
e hiléia amazônica).
Características desse Grupo
Gimnospermas
 Cycadophyta

• As plantas são dióicas;

• Polinização entomofilia;

• Caule não se ramifica

As Cycadophyta estão representadas por


11 gêneros e cerca de 140 espécies distribuídas
nas regiões tropicais e subtropicais.

• Famílias: Cycadaceae (Cycas), Zamiaceae


(Zamia).
Características desse Grupo
Gimnospermas
Cycadophyta

 Família botânica: Cycadaceae

A família Cycadaceae possui


apenas o gênero Cycas, com cerca
de 90 espécies. No Brasil, esta
família é cultivado.
Características desse Grupo
Gimnospermas

Cycadophyta

 Família botânica: Zamiaceae

A família está representada por 10


gêneros e cerca de 200 espécies. No
Brasil, as Zamiaceae são cultivadas.
Características desse Grupo
Gimnospermas

 Ginkgophyta

São árvores dioicas. As folhas são simples, longopecioladas, flabeladas ou


flabeliformes, com nervação dicotômica.

O único sobrevivente das Ginkgophyta é a espécie Ginkgo biloba L.. Esta


espécie é considerada um fóssil vivo. No Brasil, é cultivada como ornamental. As
plantas de Ginkgo tem sido muito usadas como medicinais.
Características desse Grupo
Gimnospermas
Ginkgophyta

 Família botânica: Ginkgoaceae

• Praticamente extinta;

• Viveram principalmente na
Era Mesozóica; e,

• Único fóssil vivo - Ginkgo biloba.


Características desse Grupo
Gimnospermas

 Divisão Gnetophyta

As plantas pertencentes a Divisão Gnetophyta são herbáceas, arbustivas ou


trepadeiras, possuem caule com elementos de vasos no lenho secundário. As folhas
simples, escamiformes ou laminares lembrando as folhas das Angiospermas. Os estróbilos
são diclinos. Os óvulos têm tegumento alongado formando um tubo micropilar, em cujo
ápice é secretada a gota de polinização. O embrião possui 2 cotilédones.

Famílias: Ephedraceae (Ephedra), Gnetaceae (Gnetum), Welwitschiaceae


(Welwitschia).
Características desse Grupo
Gimnospermas

 Família botânica: Ephedraceae

• Plantas herbáceas ou arbustivas;

• Plantas geralmente dióicas;

• Folhas simples;

Possui apenas o gênero Ephedra com cerca de


50 espécies, tem distribuição na Ásia, América do
Norte e América do Sul. No Brasil, a família
Ephedraceae possui apenas uma espécie nativa no
Rio grande do Sul.
Características desse Grupo
Gimnospermas

 Família botânica: Welwitschiacea

• Plantas herbáceas ou subarbustivas;

• São dióicas; e,

• Folhas lanceoladas, que crescem


indefinidamente.

Possui apenas o gênero Welwitschia com


distribuição em regiões desérticas do Sudoeste da
África.
Características desse Grupo
Gimnospermas
 Família botânica: Gnetaceae

• São plantas lianas; (na sua maioria);

• Planta dióica;

• Folha simples, oposto e elíptica;

• Megastróbilo com apenas um óvulo; e,

• Semente protegida por envoltório suculento


avermelhado.

Possui apenas o gênero Gnetum, com cerca de 30


espécies ocorrendo nas regiões tropicais. No Brasil, a
família Gnetaceae tem quatro espécies nativas na
Amazônia.
Importância das Gimnospermas

São de extrema importância, pois muitos dos produtos que utilizamos são
extraídos delas, têm sido muito utilizadas no reflorestamento. Formam também
grandes florestas e são responsáveis pela fauna e flora a sua volta. Seus diferentes
grupos formam grande variedade de espécie e cada qual tem a sua importância.

• Madeira de Qualidade;

• Indústria de Papel e Celulose;

• Utilizadas em reflorestamento;

• Alimentação humana; e,

• Ornamentação Paisagística.
Características desse Grupo
Angiospermas

Assim como as Gimnospermas, são plantas vasculares que produzem


sementes. Mas, a grande diferença entre estes dois grupos de plantas é que
nas Angiospermas as sementes são protegidas pelo fruto. Portanto, nome
angiosperma, originado do grego: aggeion = vaso + sperma = semente, se
refere ao ovário em forma de vaso que protege a semente.

As angiospermas, também conhecidas como plantas com flores, são


divididas em monocotiledôneas e dicotiledôneas, com base em diferenças
em sua morfologia e anatomia. Essa classificação é fundamental para
entender a diversidade e as características das plantas.
Características desse Grupo

A reprodução das angiospermas


Características desse Grupo
Angiospermas

Cotilédone:

Tem como função acumular substâncias nutritivas e/ou transferi-las para


o embrião, para garantir seu desenvolvimento e, consequentemente, a
germinação da semente.

• As reservas da semente podem localizar-se nos cotilédones,


endosperma, ou no perisperma.
Monocotiledôneas

As monocotiledôneas representam 22% do total das Angiospermas com


aproximadamente 52.000 espécies. Elas constituem um grupo natural, ou
seja, monofilético.

Os caracteres considerados mais recentes, como sendo novidades


evolutivas são chamados apomorfias. Quando são compartilhados por todas
as espécies, são chamados sinapomorfias.
Monocotiledôneas

Famílias de Monocotiledôneas: Araceae; Orchidaceae;


Commelinaceae; Zingiberaceae; Bromeliaceae;
Cyperaceae; Poaceae (Gramineae); Arecaceae (Palmae)
Dicotiledôneas

As dicotiledôneas são angiospermas caracterizados, em suma, por


apresentarem dois ou mais cotilédones em sua região embrionária
(semente). Elas se caracterizam, além disso, por apresentarem folhas
reticulares, bem como flores tetramêras ou pentâmeras.

Eudicotiledôneas são um grupo de angiosperma também conhecido


como dicotiledôneas verdadeiras. Esse grupo apresenta como principal
característica a presença de pólen tricolpado (com três aberturas longas e
sulcadas) ou de tipos derivados.
Dicotiledôneas

Famílias de Dicotiledôneas: Fabaceae; Euphorbiaceae;


Myrtaceae; Anacardiaceae; Rhamnaceae; Apocynaceae;
Rubiaceae; Bignoniaceae; Asteraceae.
Monocotilédone x Dicotiledôneas
Grupos de Plantas
Ornamentais

Módulo II
AULA 05
Introdução

O cultivo de plantas ornamentais encontra-se dividido em setores, que facilitam


as ações de produção, padronização e comercialização, por este motivo encontramos
no mercado três setores distintos: flores e folhagens de corte, plantas envasadas e
plantas para paisagismo.

•Arvores; •Gramados; •Bromélias;


•Arbustos; •Forrações; •Folhagens;
•Coníferas; •Herbáceas floríferas; •Zingiberáceas; e,
•Trepadeiras; •Suculentas e Cactáceas; •Aquáticas e Palustres.
•Palmeiras; •Orquídeas;
Grupos de Plantas Ornamentais

 Árvores

• Sombreamento; a amenização de temperaturas; a proteção contra ventos e a


proteção contra ruídos, entre outros;

• Praças e Parques públicos; e,

• Recompor a paisagem.

Podem ser citadas: Pata-de-vaca (Bauhinia blaqueana), Magnólia amarela (Michelia


compacta), Oiti (Licania tomentosa), pau-ferro (Caesalpinia ferrea), Ipê-amarelo
(Tabebuia spp.), Quaresmeira (Tibouchina granulosa), Escova-de-garrafa
(Callistemon viminalis), Flamboyant (Delonix regia).
Grupos de Plantas Ornamentais

 Arbustos

• Utilizadas em diversas áreas e com diferentes finalidades no jardim;

• Podem ser alinhados ou utilizados em dispersão; e,

• São utilizados para delimitar espaços (cercas-vivas), compor volumes de


tamanho médio a grande em jardins.

Podem ser citadas: Bico-de-papagaio (Euphorbia pulcherrima), Cróton (Codiaeum


variegatum), Hortênsia (Hydrangea macrophylla), Caliandra (Calliandra spp.).
Grupos de Plantas Ornamentais

 Coníferas

• Usadas para compor jardins e cercas vivas em regiões de clima temperado;

• A folhagem de muitas espécies de coníferas exala um aroma típico e agradável; e,

• Pinaceae é a família mais utilizada na ornamentação.

Podem ser citadas: Cipreste nevado (Chamaecyparis lawsoniana), Pinheiro rasteiro


(Juniperus horizontalis), Tuia-macarrão (Chamaecyparis pisifera), Tuia-chinesa (Thuja
orientalis), Pinheiro-budista (Podocarpus sp.).
Grupos de Plantas Ornamentais

 Trepadeiras

• São usadas para proporcionar sombra, em pérgolas e caramanchões, revestir


muros, embelezar cercas, bem como para dar graciosidade e leveza aos
jardins.

Podem ser citadas: amoragarradinho (Antigonon leptopus), glicínia


(Wisteria floribunda), lágrima-de-cristo (Clerodendron thomsonae), primavera
(Bougainvillea spectabilis)
Grupos de Plantas Ornamentais

 Palmeiras

• Apresentam uma extensa possibilidade de utilização, incluindo a composição


de exuberantes maciços; a orientação de caminhos, por meio de
alinhamentos; a referência de espaços e a valorização de edificações.

Podem ser citadas: Areca-bambu (Dypsis lutescens), Areca triandra (Areca


triandra), Jerivá (Syagrus romanzoffiana), Palmeira imperial (Roystonea oleraceae),
Palmeira real (Roystonea regia)...
Grupos de Plantas Ornamentais

 Gramados

• Em projetos de áreas externas podem corresponder a até 70% da área


projetada;

• Os gramados em geral, necessitam de sol pleno para o seu bom


desenvolvimento, e a escolha da espécie deve ser em função do clima da
região, da finalidade de uso, e da manutenção que será destinada à área

Podem ser citadas: Grama-Esmeralda (Zoysia japonica), Grama-Batatais


(Paspalum notatum), Grama São-Carlos (Axonopus compressus), Grama Santo-
Agostinho (Stenotaphrum secundatum) ...
Grupos de Plantas Ornamentais

 Forrações

• São usadas para revestir o solo em áreas aonde, normalmente, as gramas


não vão bem ou fica difícil a sua manutenção.

• As forrações são indicadas para comporem canteiros coloridos, formarem


bordaduras ou ainda para recobrir áreas superficiais em vasos.

Podem ser citadas: Azulzinha (Evolvulus glomeratus), Clorofito (Chlorophytum


comosum), Grama preta (Ophiopogon japonicus), Hera (Hedera canariensis), Onze
horas (Portulaca grandiflora)
Grupos de Plantas Ornamentais

 Herbáceas floríferas

• Muito usadas como flores de corte, plantas de canteiros ou plantas


envasadas.

Podem ser citadas: Petúnia (Petúnia sp.) Amor-perfeito (Viola tricolor),


tagetes (Tagetes spp.), Maria-sem-vergonha (Impatiens sp.), Celósia
(Celosia argentea), Tulipa (Tulipa gesnerana), Jacinto (Hyacinthus
orientalis).
Grupos de Plantas Ornamentais

 Suculentas e Cactáceas

• Na criação de jardins rochosos;

• Inflorescências grandes que podem atingir mais de um metro de altura;

• Na formação de cercas vivas na região sudeste;

• Adaptação a ambientes seco.

Podem ser citadas: Mandacarus (Cereus spp.), Palmas (Opuntia spp.), Flor-demaio
(Schlumbergera truncata, Echinocactus (barril-dourado), Hylocereus (rainha-da-noite)
Grupos de Plantas Ornamentais

 Orquídeas

• As adaptações a diferentes ambientes e distintos polinizadores contribuíram


para que as orquídeas desenvolvessem grande variedade de estruturas
vegetativas e florais. Já as flores destacam-se pelo tamanho, forma,
diversidade e combinação de cores, características essas que contribuem
para sua popularidade e apreciação por colecionadores.

Podem ser citadas: Cattleya, Dendrobium, Laelia, Oncidium, Phalaenopsis,


Epidendrum
Grupos de Plantas Ornamentais

 Bromélias

• São utilizadas em vasos para decoração de interiores e de varandas, ou


serem implantadas em jardins. No caso de uso em áreas externas devem ser
selecionadas espécies com maior tolerância à insolação direta, ou utilizadas
espécies para locais sombreados (Cryptanthus).

• A maioria das Bromeliacea apresenta potencial ornamental, o que vem


causando declínio das populações naturais de algumas espécies.

Podem ser citadas: Alcantarea, Aechmea, Vriesea, Guzmania


Grupos de Plantas Ornamentais

 Folhagens

• Estas plantas se destacam pela forma, cor, tamanho e brilho das


folhas e muitas espécies são adaptadas à meia-sombra.

• Muito utilizadas em projetos de paisagismo.

Podem ser citadas: Antúrio (Anthurium spp.), Lírio-da-paz (Spathiphyllum


spp.), Filodendros (Philodendron spp.), Monstera (Monstera deliciosa),
alocasia (Alocasia spp.), Marantas (Marantha spp.) Calateas (Calathea
spp.).
Grupos de Plantas Ornamentais

 Aquáticas e Palustres

• Os jardins aquáticos podem ser considerados uma atração à parte, no


paisagismo, pois dependendo do estilo do jardim e das plantas utilizadas
podem revelar calma, movimento, cor e texturas.

Podem ser citadas: Alface d’água (Pistia stratiotes), Taturana (Salvinea natans),
Chapéu de couro (Echinodorus grandiflorus), Pinheirinho da água (Myriophyllum
aquaticum). spp.). / Cavalinha (Equisetum spp.), Papiro (Cyperus spp.), Junco
(Juncus efusus).
Recapitulando ...
Atividade complementar
1. Sabemos que os vegetais podem ser classificados em alguns grupos básicos, que se
distinguem pela ausência e presença de algumas características, tais como flores e vasos
condutores. Entre as alternativas a seguir, marque aquela que indica o único grupo que
não possui vasos condutores de seiva.
a) Briófitas.
b) Pteridófitas.
c) Gimnospermas.
d) Angiospermas
2. Ao chegar ao local, você observou uma espécie e disse que se tratava de uma
angiosperma. Que característica pode ter levado você a certeza de que se tratava desse
grupo de planta?
a) Presença de sementes.
b) Presença de vasos condutores, o que garante que essas plantas sejam maiores.
c) Presença de folhas e outros órgãos com tecidos verdadeiros.
d) Presença de frutos envolvendo a semente.
e) Presença de raízes.
3. Em que as Angiospermas diferem das Gimnospermas?

4. As plantas podem ser classificadas de diferentes formas. No grupo das


traqueófitas, por exemplo, estão inclusas

a) briófitas e pteridófitas.
b) briófitas, pteridófitas e gimnospermas.
c) briófitas, gimnospermas e angiospermas.
d) briófitas, pteridófitas e angiospermas.
e) pteridófitas, gimnospermas e angiospermas.

5. De acordo com o que foi apresentado em sala de aula, mencione quais são os
grupos possíveis utilizados no paisagismo?
Obrigada pela
atenção.

Suelen Tainã Silva Fagundes


e-mail: suelen.fagundes@facvb.com.br

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