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Tecido Epitelial
Funções:
Revestimento: na pele;
Proteção;
Absorção: no intestino;
Secreção: nas glândulas;
Percepção de estímulos: o neuroepitélio e o gustativo.
Características:
Células justapostas formando folhetos ou aglomerados tridimensionais;
Forma de células variadas, desde células colunares altas até células
pavimentosas, com formas intermediárias;
A forma do núcleo acompanha a forma das células, assim, células cubóides
costumam ter núcleos esféricos e as pavimentosas têm núcleos achatados;
Avascularizado;
Células polarizadas, a porção da célula voltada para o tecido conjuntivo é
denominada porção basal ou pólo basal, a extremidade oposta é
denominada porção apical ou pólo apical e a superfície de células epiteliais
que confrontam células vizinhas são denominadas paredes laterais.
Tipos de Epitélios:
Epitélios de revestimento
As células são organizadas em camadas que cobrem a superfície externa do
corpo ou revestem as cavidades do mesmo. Podem ser classificados de acordo
com:
Números de camadas de células:
o Simples: contém uma só camada de células;
o Estratificado: contém mais de uma camada;
o Pseudo-estratificado: todas as células estão apoiadas na lamina
basal, mas nem todas alcançam a superfície do epitélio, fazendo com
que a posição dos núcleos seja variável.
Apostila Histologia
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Epitélios glandulares
São constituídos por células especializadas na atividade de secreção.
As glândulas são sempre formadas a partir de epitélios de revestimento cujas
células proliferam e invadem o tecido conjuntivo adjacente.
Tipos de glândulas:
o Exócrinas: mantêm sua conexão com o epitélio do qual se originam.
Esta conexão toma a forma de ductos formados por células epiteliais,
pelos quais as secreções são eliminadas, alcançando a superfície do
corpo ou uma cavidade;
o Endócrinas: sua conexão com o epitélio é obliterada durante o
desenvolvimento. Portanto, elas não possuem ductoççs e suas
secreções são lançadas no sangue e transportadas para o seu local
de ação pela circulação sanguínea.
Apostila Histologia
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o Tipos de secreção:
Serosas: as células serosas são poliédricas ou piramidais,
têm núcleos centrais arredondados e polaridade bem definida.
A região basal possui grande numero de reticulo
endoplasmático granuloso. Na região apical há um complexo
de golgi bem desenvolvido (pâncreas, glândulas salivares
parótidas);
Sero-mucosa ou mista.
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Tecido Conjuntivo
Características:
o Funções:
Preenche os espaços entre células e fibras;
Atua como lubrificante;
Previne a penetração de partículas e microorganismos nos
tecidos (a viscosidade da SFA é dada pelo ác. hialurônico e é
responsável pela barreira de penetração de partículas e
microorganismos estranhos nos tecidos - bactérias com
enzima hialuronidase penetram nos tecidos);
É veículo para difusão de substâncias hidrossolúveis
(nutrientes) para dentro e fora dos tecidos por via sangüínea.
Fluido tecidual:
o Corresponde à mínima quantidade de plasma liberado dos vasos
sanguíneos;
o Moléculas de água de composição do fluido ligam com as
glicosaminoglicanas, constituindo a água de solvatação, que é veículo
de transporte e difusão de nutrientes e outras substâncias
hidrossolúveis.
Fibras colágenas:
o São produzidas em um processo com dois estágios envolvendo
eventos intracelulares e extracelulares: Aminoácidos (prolina e lisina)
-> cadeias polipeptídicas (RER) -> adição de carboidratos (Golgi),
construindo o procolágeno -> peptidases quebram moléculas
eliminando para o exterior o procolágeno para transformar em
tropocolágeno -> enrolamento e entrelaçamento de cadeias alfas 1,2
e 3 polipeptídicas, em hélice, formando a molécula de tropocolágeno
-> fibrila de colágeno ->fibra colágena -> feixe de fibras colágenas.
Dependendo dos tipos de cadeia e das associações dos
mesmos, podem-se ter diferentes tipos de colágenos;
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Fibras reticulares:
São compostas por colágeno do tipo III associado com
glicoproteínas;
São fibras extremamente finas;
Reações tintoriais: PAS + argirófilas (coram-se com
sais de prata, alto teor de carboidratos);
Função: forma uma rede de arcabouço de sustentação
em torno de células de certos órgãos: glândulas,
fígado, rins, pulmão e pequenos vasos.
Fibras elásticas:
São fibras ramificadas que, algumas vezes, formam
redes;
São compostas por microfibrilas das proteínas,
elastinas e fibrina;
Possuem grande poder de distensibilidade;
Observadas ao MO com coloração especial, orceína e
resorcina – fucsina.
Incluem muitos tipos celulares com diferentes funções e que podem ser
originadas localmente, permanecendo no tecido conjuntivo fixas ou serem
originadas fora, permanecendo no conjuntivo apenas temporariamente
(células móveis).
Fibroblasto (fixa)
o Origina-se de células mesenquimais indiferenciadas;
o São predominantes no tecido conjuntivo;
o Podem apresentar-se nas formas:
Fibroblasto ativo:
Forma fusiforme com prolongamentos citoplasmáticos
numerosos;
REG e Complexo de Golgi bem desenvolvidos;
Núcleo ovulado de cromatina frouxa e nucléolo bem
evidente;
Função: síntese de procolágeno.
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Pericitos (fixa)
Células adiposas:
São derivadas das células mesenquimais indiferenciadas;
São responsáveis pela síntese e armazenamento de gorduras
neutras;
Podem formar duas formas de tecido:
Macrófagos:
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Funções:
Células fagocitárias mais ativas do tecido conjuntivo;
Participam da resposta imunológica, como células
apresentadoras de antígenos;
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o Linfócitos:
Núcleo volumoso e esférico ocupando quase a totalidade do
citoplasma;
Cromatina frouxa;
Escasso citoplasma;
São derivadas das células tronco-linfocitárias;
Estão distribuídos no organismo através dos tecidos
conjuntivos subepitelial (sistema respiratório, digestório e
áreas de inflamação crônica);
Apresentam duas classes funcionais:
Linfócitos T: responsáveis pela resposta imunológica do
tipo celular;
Linfócitos B: após ativação apresentado pelos
macrófagos – plasmócitos. Resposta imunológica do
tipo humoral.
o Plasmócitos:
Originam-se dos linfócitos B;
Possuem forma ovóide com núcleo excêntrico com grumos
heterocromatina periféricos (roda de carroça);
Complexo de Golgi bem desenvolvido;
Grande concentração de RE;
Síntese de imunoglobulina (anticorpos).
o Denso:
Oferece resistência e proteção aos tecidos;
Predominância de fibras colágenas;
Menos flexível e mais resistente;
Não modelado:
Quando as fibras são organizadas em feixes sem
orientação definida;
As fibras formam uma trama tridimensional, o que lhes
confere certa resistência às trações exercidas em
qualquer direção;
Encontrado na derme profunda da pele.
Modelado:
Quando os feixes de colágeno estão paralelos e
alinhados com os fibroblastos;
Presente nos tendões.
Apostila Histologia
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o Tecido elástico:
Composto por feixes espessos e paralelos de fibras elásticas;
Cor amarelada;
Grande elasticidade;
Presente nos ligamentos amarelos da coluna e no ligamento
suspensor do pênis.
o Tecido reticular:
É muito delicado e forma uma rede tridimensional que suporta
as células de alguns órgãos;
Constituído por fibras reticulares intimamente associadas com
células reticulares (fibroblastos especializados).
o Tecido mucoso:
Consistência gelatinosa graças à predominância de matriz
fundamental composta predominantemente e acido
hialurônico com poucas fibras;
As principais células são os fibroblastos;
Principal componente do cordão umbilical, onde é referido
como geléia de Wharton.
Encontrado também na polpa jovem dos dentes.
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Cartilagem hialina:
É a mais comum e cuja matriz possui delicadas fibrilas
constituídas principalmente de colágeno do tipo II;
Cartilagem elástica:
Possui poucas fibrilas de colágeno tipo II e abundantes
fibras elásticas;
Cartilagem fibrosa:
Apresenta matriz constituída preponderantemente por
fibras de colágeno tipo I.
o
Tecido ósseo:
Formado por células e material extracelular calcificado, a
matriz óssea;
Funções:
Suporte para as partes moles;
Protege órgãos vitais;
Aloja e protege a medula óssea;
Proporciona apoio aos músculos esqueléticos;
Constitui um sistema de alavancas que amplia as
forças geradas na contração muscular;
Funciona como depósito de cálcio, fosfato e outros
íons.
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Tecido Ósseo
Características:
É um tecido conjuntivo especializado formado por células e material
extracelular calcificado, a matriz óssea;
É recoberto, tanto na superfície externa (periósteo) como interna
(endósteo), por camadas de tecido conjuntivo contendo células
osteogênicas;
As técnicas usadas para estudos são o desgaste e a descalcificação;
A nutrição dos osteócitos depende de canalículos da matriz, que
possibilitam as trocas de moléculas e íons entre os capilares sanguíneos
e os osteócitos.
Funções:
Suporte para as partes moles;
Protege órgãos vitais;
Aloja e protege a medula óssea;
Proporciona apoio aos músculos esqueléticos;
Constitui um sistema de alavancas que amplia as forças geradas na
contração muscular;
Funciona como depósito de cálcio, fosfato e outros íons.
Células do tecido ósseo:
Osteócitos:
Encontrados no interior da matriz óssea, ocupando as lacunas das
quais partem os canalículos;
São células achatadas, com forma de amêndoa;
Possui pequena quantidade de retículo endoplasmático rugoso,
complexo de golgi pequeno e núcleo com cromática condensada;
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Osteoblastos:
São células que produzem a parte orgânica da matriz (colágeno tipo
I, proteoglicanas e glicoproteínas);
São capazes de concentrar fosfato e cálcio, participando da
mineralização da matriz;
Estão nas superfícies ósseas;
Quando aprisionado pela matriz, torna-se osteócito.
Osteoclastos:
São células móveis, gigantes, ramificadas, com partes dilatas que
contém seis a 50 ou mais núcleos;
Possuem citoplasma granuloso, algumas vezes com vacúolos,
fracamente basófilo quando jovens e acidófilo nos maduros;
A superfície ativa dos osteoclastos, voltada para a matriz óssea,
apresenta prolongamentos vilosos irregulares, circundado pela zona
clara ( pobre em organelas e rica em actina), que é o local de adesão do
osteoclasto com a matriz óssea, onde tem lugar a reabsorção óssea;
Secretam ácido, colagenase e outras hidrolases que digerem a matriz
orgânica, dissolvendo os cristais de sais de cálcio;
A atividade do osteoclasto é coordenada por citocinas e por
hormônios como a calcitonina e o paratormônio.
Matriz óssea:
50% é parte inorgânica (cálcio e fosfato – Ca10(PO4)6(OH)2;
A parte orgânica é formada por fibras colágenas, constituída por
colágeno tipo I e por pequena quantidade de proteoglicanas e
glicoproteínas.
Periósteo e Endósteo:
A camada mais superficial do periósteo contém fibras colágenas e
fibroblastos. As fibras de Sharpey é o que prende o periósteo ao osso;
Na porção mais profunda é mais celular e apresenta células
osteoprogenitoras, que vão diferenciar-se em osteoblastos,
desempenhando papel importante no crescimento dos ossos e na
reparação das fraturas;
O endósteo é constituído por uma camada de células osteogênicas
achatadas revestindo as cavidades do osso esponjoso, o canal medular,
os canais de Havers e os de Volkmann.
Tipos de tecidos ósseos:
Nos ossos longos as epífises são formadas por osso esponjoso com uma
delgada camada superficial compacta e a diáfise é quase toda compacta
(osso cortical), com osso esponjoso na camada profunda, delimitando o
canal medular;
Os ossos curtos têm o centro esponjoso, sendo recoberto por uma camada
compacta.
Os ossos chatos possuem duas camadas compactas (tábuas internas e
externas), separadas por osso esponjoso (díploe)
Tecido ósseo primário ou imaturo:
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Histogênese:
Ossificação intramembranosa:
É o processo formador dos ossos frontal, parietal, e de partes do
occipital, do temporal e dos maxilares. Contribui para o crescimento dos
ossos curtos e para o crescimento em espessura dos ossos longos;
Tem início pela diferenciação de células mesenquimais que se
transformam em grupos de osteoblastos, estes sintetizam o osteóide, que
logo se mineraliza, englobando alguns osteoblastos que se transformam
em osteócitos;
A parte da membrana conjuntiva que não sofre ossificação passa a
constituir o endósteo e o periósteo.
Ossificação endocondral:
Tem inicio em uma cartilagem hialina;
Responsável pela formação dos ossos curtos e longos;
Primeiro a cartilagem hialina sofre modificações, havendo hipertrofia
dos condrócitos e morte por apoptose dos mesmos, redução e
mineralização da matriz cartilaginosa;
Depois as cavidades antes ocupadas pelo condrócitos são invadidas
por capilares sanguíneos e células osteogênicas. Tais células diferenciam-
se em osteoblastos, que depositarão matriz óssea sobre os tabiques de
cartilagem ossificada.
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TECIDO CARTILAGINOSO
Características:
É uma forma especializada de tecido conjuntivo de consistência rígida;,
Contém condrócitos e abundante material extracelular que constitui a
matriz;
As cavidades da matriz, ocupadas pelos condrócitos, são as chamadas
lacunas;
Não possui vasos sanguíneos, sendo nutrido pelos capilares do conjuntivo
envolvente (pericôndrio), nem vasos linfáticos e nervos;
As cartilagens que revestem as superfícies dos ossos nas articulações
móveis não têm pericôndrio e recebem nutrientes do líquido sinovial das
cavidades articulares.
Funções:
Suporte de tecidos moles;
Reveste superfícies articulares, onde absorve choques;
Facilita o deslizamento dos ossos nas articulações;
É essencial pra a formação e o crescimento dos ossos longos, na vida intra-
uterina e depois do nascimento;
Tipos:
Cartilagem hialina:
É o tipo mais freqüente encontrado no corpo humano;
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Cartilagem elástica:
É encontrada no pavilhão auditivo, no conduto auditivo externo, na tuba
auditiva, na epiglote e na cartilagem cuneiforme da laringe;
Além de fibrilas de colágeno, possui uma abundante rede de fibras
elásticas continuas com as do pericôndrio;
Tem coloração amarelada a fresco;
A coloração usada para examiná-la é a orceína;
O crescimento ocorre principalmente por aposição.
Cartilagem fibrosa:
É encontrada nos disco intervertebrais, nos pontos em que alguns
tendões e ligamentos se inserem os ossos, e na sínfise pubiana;
Está sempre associada a conjuntivo denso;
Os condrócitos formam fileiras alongadas;
É acidófila, por conter grande quantidade de fibra colágena;
A substancia fundamental amorfa é escassa e limitada à proximidade das
lacunas;
Na fibrocartilagem não existe pericôndrio.
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Tecido Muscular
Características:
Origina-se do mesoderma;
Presença de proteínas filamentosas contráteis (miofibrilas);
Componentes recebem nomes especiais: sarcolema (MP), sarcoplasma
(citoplasma) e reticulo sarcoplasmático (REL).
Função:
Responsável pelos movimentos corporais.
Classificação:
De acordo com suas características morfológicas e funcionais:
Músculo estriado esquelético:
São formados por feixes de células longas, cilíndricas e multinucleadas,
que tem origem no embrião através de células alongadas,
os mioblastos;
Possuem envoltórios: epimísio, endomísio e perimísio;
São muito irrigados, cujos vasos sanguíneos penetram no músculo
através dos septos de tecido conjuntivo e correm entre as fibras
musculares;
Cada fibra muscular apresenta uma terminação nervosa motora (placa
motora);
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Tropomiosina:
o Molécula longa e fina;
o Localiza-se no sulco existente entre os dois filamentos de
actina G;
Troponina:
o Possui três subunidades:
TnT, que se liga fortemente à tropomiosina;
TnC, que tem grande afinidade por íon
cálcio;
TnI, que cobre o sítio ativo onde ocorre
interação entre a actina e miosina;
Miosina:
o Molécula grande, em forma de bastão;
o Em uma de suas extremidades, possui locais específicos para
a combinação com ATP e é dotada de atividade ATPásica;
o Nesta parte também se encontra o local de combinação com
actina;
Contração muscular:
Durante o ciclo de contração, o filamento de actina desliza sobre o
filamento de miosina;
O ATP liga-se à ATPase das cabeças de miosina;
A actina atua como cofator, para liberar a energia química do ATP;
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Placa motora:
Local onde se inicia a despolarização da membrana;
Consiste em uma junção entre nervo e músculo, situada na superfície
da fibra muscular;
É comandada por nervos motores que se ramificam no tecido
conjuntivo do perimísio;
Neste local, o nervo perde a bainha de mielina e forma uma dilatação
que se coloca dentro de uma depressão na superfície da fibra
muscular;
O terminal axônico apresenta numerosas mitocôndrias e vesículas
sinápticas com acetilcolina;
A despolarização, iniciada na placa, propaga-se ao longo da fibra
muscular e penetra na sua profundidade através do sistema de túbulos
transversais:
É o responsável pela contração uniforme da cada fibra muscular
esquelética;
É constituído por uma rede de invaginações tubulares do sarcolema,
cujos ramos vão envolver ambas as junções das bandas A e I de
cada sarcômero;
Tríade é o complexo formado pelo túbulo T e cisternas terminal do
retículo sarcoplasmático presentes em cada lado do túbulo;
Unidade motora:
É a fibra nervosa mais as fibras musculares por ela inervada.
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Músculo liso:
Formado por associação de células longas, fusiformes, com núcleo único e
central;
São revestidas por lâmina basal e mantidas unidas por uma rede muito
delgada de fibras reticulares;
O sarcolema apresenta grande quantidade de vesícula de pinocitose;
Os filamentos de actina e miosina não apresentam organização
encontrada nas fibras estriadas;
Apresentam feixes de miofilamentos que se cruzam em todas as direções
formando uma trama tridimensional;
A miosina da célula lisa só interage com a actina quando a miosina está
fosforilada;
O cálcio, no sarcoplasma, forma um complexo com a calmodulina, que
ativa a cinase da cadeia leve de miosina, mudando a formação da cabeça,
o que resulta no deslizamento dos miofilamentos;
As células apresentam os corpos densos que servem de ancoragem para
os filamentos de actina e intermediários;
Não possuem sistema T e o reticulo sarcoplasmático é extremamente
reduzido. As vesículas de pinocitose desempenham o papel regulador do
cálcio;
Existem terminações nervosas, mas o grau de controle é variado.
Recebem fibras do sistema nervoso simpático e parassimpático;
Regeneração:
O músculo cardíaco não se regenera. Nas lesões do coração, as partes
destruídas são invadidas por fibroblastos que produzem fibras colágenas,
formando uma cicatriz de tecido conjuntivo denso;
Tecido Nervoso
O tecido nervoso é um dos quatro tios básicos de tecidos do corpo,
encontrando-se distribuído por todo organismo. É formado por células, os neurônios
e as células glia ou neuroglia. Estas, por sua vez, são formadas pelos astrócitos
protoplasmáticos e fibrosos, pelos oligodendrócitos e pelas microglias. Todas estas
células agrupam-se, formando o Sistema Nervoso, que é dividido em Sistema
Nervoso Central (encéfalo e medula espinhal) e em Sistema Nervoso Periférico
(gânglios nervosos e nervos).
Neurônios
O neurônio é a maior célula nervosa. Histomorfologicamente é formado por
um corpo (pericário), onde se localiza o núcleo. Do corpo partem prolongamentos
celulares denominados dendritos e um prolongamento citoplasmático chamado
axônio, cuja extremidade distal denomina-se telodendro.
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De acordo com sua morfologia, os neurônios podem ser classificados em:
Neurônios Multipolares: Apresentam vários dendritos e um axônio. É o
tipo mais comum.
Apostila Histologia
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Sistema nervoso
Sistema nervoso central (SNC):
É formado pelo cérebro, cerebelo e medula espinhal;
Substância branca:
É constituída por axônios mielinizados, oligodendrócitos produtores de
mielina. Possui também outras células da glia;
É predominante nas partes centrais do cérebro e do cerebelo, já na
medula localiza-se externamente.
Substância cinzenta:
Apostila Histologia
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Meninges:
É formada por tecido conjuntivo e envolve o SNC;
São formadas por três camadas:
Dura-máter: É a meninge mais externa, constituída por tecido
conjuntivo denso, contínua com o periósteo dos ossos da caixa
craniana e separada do periósteo das vértebras, formando o espaço
peridural, que contém tecido conjuntivo frouxo e tecido adiposo;
Aracnóide: É formada por tecido conjuntivo sem vasos sanguíneos,
com suas superfícies revestidas por epitélio simples pavimentoso. A
parte que a mantém contato com a dura-máter é constituída por
membrana, possuindo um espaço entre elas, o espaço subdural; e a
parte que a liga com a pia-máter é constituída de traves, formando
uma cavidade, o espaço subaracnóideo, que contém líquido
cefalorraquidiano, constituindo um colchão hidráulico;
Pia-máter: É muito vascularizada e aderente ao tecido nervoso,
ficando entre eles prolongamentos dos astrócitos. A sua superfície
externa é revestida por células achatadas.
Sistema nervoso periférico (SNP):
É formado por nervos, gânglios e terminações nervosas.
Fibras nervosas:
Constituídas por um axônio e suas bainhas envoltórias;
Seus grupos formam os feixes ou tratos do SNC e os nervos do SNP;
Nas fibras periféricas a célula envoltória é a célula de Schwann, já no
SNC estas células são os oligodendrócitos. O conjunto de envoltórios é
denominado bainha de mielina, que se interrompe em intervalos
regulares, formando os nódulos de Ranvier;
O tecido de sustentação dos nervos é constituído por uma camada fibrosa
mais externa de tecido conjuntivo denso, oepineuro, que reveste o
nervo. Cada um dos feixes é revestido por uma bainha de várias camadas
de células, operineuro. Os axônios estão envolvidos por bainha de
células de Schwann, com sua lâmina basal e um envoltório conjuntivo
constituído principalmente por fibras reticulares, o endoneuro.
Gânglios:
É o acumulo de neurônios localizados fora do SNC;
São esféricos protegidos por cápsulas conjuntivas e associados a nervos;
Conforme a direção do impulso nervoso, os gânglios podem ser:
Gânglios sensoriais (aferentes): podem estar associados aos nervos
cranianos (gânglio cranianos) ou localizados nas raízes dorsais dos
Apostila Histologia
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Sangue
Funções:
Transporte;
Sistema tampão;
Nutrição;
Excretora;
Manutenção do volume do fluído corporal;
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Regulação térmica;
Proteção.
Coloração:
Misturas especiais (eosina, azul de metileno e azuares).
Glóbulos sanguíneos:
Eritrócitos ou hemácias;
Leucócitos: granulócitos e agranulócitos;
Plaquetas.
Plasma:
Solução aquosa;
Proteínas plasmáticas;
Sais inorgânicos;
Compostos orgânicos.
Hemácias
Tamanho:
o 7,5µm de diâmetro e 2,6 µm de espessura;
Quantidade:
o Mulher: 3,9 a 5,5 milhões por mm³;
o Homem: 4,1 a 6,0 milhões por mm³;
Função:
o Transportar oxigênio e um pouco de gás carbônico.
Leucócitos Granulócitos:
Neutrófilo:
o Características:
Dois a cinco lóbulos no núcleo;
Citoplasma com diversos grânulos;
o Tamanho:
12-15µm de diâmetro;
o Quantidade:
60-70% dos leucócitos;
o Função:
Fagocita intensamente.
Eosinófilo:
o Características:
Núcleo bilobular;
Citoplasma com diversos grânulos;
o Tamanho:
12-15µm de diâmetro;
o Quantidade:
2-4% dos leucócitos;
o Funções:
Fagocita somente complexo antígeno anticorpo;
Libera uma enzima que bloqueia a ação da histamina liberada
por mastócitos (modulador).
Basófilo:
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o Características:
núcleo retorcido em forma de “S”. as granulações azuladas do
citoplasma sobrepõem o núcleo;
o Tamanho:
12-15µm de diâmetro;
o Quantidade:
20-30% dos leucócitos;
o Funções:
Histamina: fatores quimiotáticos para eosinófilos e neutrófilos;
Heparina: responsável pela metacromasia do grânulo.
Leucócitos Agranulócitos:
Linfócito:
o Características:
Núcleo geralmente esférico;
Cromatina esta bastante condensada (heterocromatina), o
que faz o núcleo ser bastante corado;
Delgado citoplasma;
o Tamanho:
6-18µm de diâmetro;
o Quantidade:
20-30% dos leucócitos
o Função:
Linfócito T: resposta celular (produzido na medula óssea e
amadurece no timo);
Linfócito B: resposta humoral (produzido e amadurecido na
medula óssea).
Monócito:
o Características:
Maior leucócito;
Núcleo e forma de rim ou em ferradura;
Cromatina está muito descondensada (eucromatina);
o Tamanho:
12-20µm de diâmetro;
o Quantidade:
3-8% dos leucócitos;
o Função:
Diferencia-se em macrófago.
Plaquetas
Tamanho:
o 2-4µm de diâmetro;
Quantidade:
o 200.000-400.000µ/L;
Função:
o Coagulação sanguínea.
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Apostila Histologia
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Queratinócitos:
o São as células mais numerosas da epiderme. São as que se tornam
queratinizadas. O processo de queratinizaçãopossui etapas nas
camadas da epiderme:
Camada basal: queratinócitos possuem tonofilamentos;
Camada espinhosa: continua a síntese de tonofilamentos,
que se agrupam em feixes de tonofibrilas. Início da síntese
de querato-hialina;
Camada granulosa: grande acúmulo de grânulos de
querato-hialina;
Verdadeiro processo de queratinização: ocorre ao período
entre a saída de células da camada granulosa e entrada na
camada córnea. Aos grânulos de querato-hilaina se
combinam com as tonofibrilas, convertendo-as em
queratina. Esse processo envolve a decomposição do
núcleo e das organelas e o espessamento da membrana
celular;
Camada córnea: células queratinizadas, que sofrem
descamação.
Melanócitos:
o Células do citoplasma globoso, com núcleo central e irregular,
situadas geralmente nas camadas basal e espinhosa, com
prolongamentos dentríticos dirigidos para a superfície da epiderme;
o No seu interior ocorre a síntese de melanina, pigmento de cor
marrom escura;
o O processo de síntese de melanina consiste em:
A tirosina é transformada em 3,4-diidroxi-fenilalanina (DOPA)
pela enzima tirosinase;
A DOPA, também sobre ação da tirosinas, produz DOPA-quinona,
que, após uma serie de transformações, resulta a melanina;
Células de Langerhans:
o Células ramificadas de citoplasma claro, que podem ser evidenciadas
através de impregnação pelo cloreto de ouro;
o Estão localizadas entre os queratinócitos, em toda a epiderme, poré,
são mais freqüentes na camada espinhosa;
o Fazem parte do sistema imunitário, podendo processar e acumular
na sua superfície os antígenos cutâneos, apresentando-os aos
linfócitos;
o Participa do desencadeamento das reações de hipersensibilidade por
contato cutâneo.
Apostila Histologia
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Células de Merkel:
o Célula epidérmica modificada, localizada na camada basal, e
geralmente presentes na pele espessa;
o Caracteriza-se pela presença de grânulos citoplasmáticos. A base
desta célula esta em contato com terminações nervosas, e por isso, é
tida como mecano-receptor.
Derme:
É o tecido conjuntivo sobre o qual se apóia a epiderme. O tecido
conjuntivo propriamente dito apresenta-se de muitas formas, as quais
são caracterizadas pelos tipos de células que as compõe e pelas fibras.
Tais células podem ser: fibroblastos, fibrócitos, macrófagos, linfócitos,
plasmócitos, mastócitos, células adiposas e melanócitos.
As principais células da derme são os fibroblastos, responsáveis pela
produção de fibras e de uma substância gelatinosa, a substância amorfa.
Sua superfície externa é irregular, observando saliências chamadas de
papilas dérmicas. As papilas aumentam a área de contato derme-
epiderme, trazendo maior resistência à pele.
Descrevem-se na derme duas camadas, de limite poucos distintos, que
são: a papilar, superficial; e a reticular, mais profunda.
A camada papilar é delagada, constituída por tecido conjuntivo frouxo.
A camada reticular é mais espessa, constituída por tecido conjuntivo
denso não modelado. Ambas camadas contem muitas fibras elásticas,
responsáveis, em parte, pela elasticidade da pele. Além dos vasos
sanguíneos e linfáticos, e dos nervos, tambem são encontradas na
derme as seguintes estruturas: pêlos, glândulas sebáceas e sudoríparas.
A circulação da pele possui uma disposição tal que acomode as diversas
necessidades funcionais, como : nutrição da pele e anexos, aumento ou
redução do9 fluxo para facilitar ou dificultar a perda de calor pelo corpo.
Os vasos arteriais que suprem a pele foram dois plexos: um no limite
entre a derme e hipoderme e outro entre as camadas papilar e reticular.
Dos pelxos venosos distinguem-se três: dois na posição descrita pelas
artérias e uma na região media da derme. O sistema linfático inicia-se
nas papilas dérmicas e convergem para um plexo entre as camadas
papilar e reticular, daí partem ramos para o plexo localizado no limite
entre a derme e hipoderme.
Hipoderme:
Também chamado de tecido subcutâneo, é formado por tecido
conjuntivo frouxo. È a camada responsável pelo deslizamnto da pele
sobre estruturas na qual se apóia. Dependendo do grau e nutrição do
organismo, a hipoderme poderá ter uma camada variável de tecido
adiposo que, quando desenvolida, constitui o panículo adiposo. O
panículo adiposo proporciona proteção contra o frio.
A hipoderme é rica em células que armazenam gordura (adipócito).
A hipoderme tem como função a reserva energética, proteção contra
choque mecânico e isolante térmico.
Pêlos:
Apostila Histologia
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Tipos de pêlo:
Lanugem: é o pêlo que cobre o feto e desaparece após o nascimento. É
delgado, macio, não pigmentado e não medulado. É protegido pelos
folículos fetais e despreende normalmente no útero no sétimo ou oitavo
mês de gestação ou então logo após o nascimento;
Velus: é o pêlo que substitui a lanugem após o nascimento. É macio,
não medulado, fino, curto e raramente pigmentado. Pode ser encontrado
normalmente nas faces das mulheres ou na área de calvície dos homens;
Pêlo terminal: é o pêlo que substitui o velus em determinadas áreas do
corpo e em determinada idade da vida. é um pêlo mais comprido,
pigmentado,visível e medulado. É encontrado nas axilas, regiões
pubianas, sobrancelhas, cílios, barba, bigode e cabelos do couro
cabeludo.
Apostila Histologia
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Unhas:
São placas córneas (queratina) que se dispõem na superfície dorsal das
falanges terminais dos dedos e artelhos. A superfície da falange,q eu é recoberta
pela unha, recebe o nome de leito unguenal. A porção proxiamal é chamada raiz da
unha ou matriz. É na raiz da unha que se observa a sua formação, graças a um
processo de proliferação e células epiteliais, que gradualmente se queratinizam,
formando um aplaca córnea. Aunha é constituída essencialmente por escamas
córneas compactas, fortemente aderidas uma às outras. Elas crescem no sentido
distal dos membros, deslizando sobre o leito unguenal, que tem estrutura típica de
pele e não participa da formação da unha.
Velocidade de crescimento:
Em média, as unhas crescem por volta de 0,1mm ao dia, sendo o
crescimento mais rápido no verão que no inverno, mais rápido nas unhas
da mão do que no pé e mais rápido na mão dominante. As unhas
individuais diferem ligeiramente nas velocidades de crescimento. Dessa
forma, em circunstâncias normais, as unhas dos dedos das mãos levam
cerca de 5 meses pra crescer inteiramente, enquanto as dos pés
demoram de 12 a 18 meses.
Glândulas sebáceas:
Glândulas sudoríparas:
Merócrina:
Distribuem-se por toda superfície do corpo, exceto em alguns locais com
lábios e genitália externa.
Não estão associadas a folículos pilosos;
São do tipo simples, tubulosa, enovelada. Sua porção secretora localiza-
se profundamente na derme ou superiormente na hipoderme.
Na porção glandular estão presentes células de 3 tipos: mioepiteliais,
clara e escura;
O ducto da glândula sudorípara é constituído por epitélio cúbico
estratificado. Suas células são menores e aparecem mais escuras que as
células da porção secretora;
Essas glândulas produzem uma solução aquosa pobre em proteínas e
rica em cloreto de sódio, uréia, ácido úrico e amônia em quantidade
varáveis: o suor. Portanto, funcionam, em parte, como órgãos
excretores;
Também desempenham um importante papel na regulação da
temperatura, pelo resfriamento resultante da evaporação do suor.
Apócrina:
Encontram-se na axila, aréola e mamilo da glândula mamária, na região
circum-anal, em associação com a genitália externa, glândula
ceruminosa do canal auditiva e glândula de Moll das pálpebras.
Desenvolvem-se a partir da mesma invaginação da epiderme que dá
origem aos folículos pilosos acima da abertura das glândulas sebáceas.
Produzem uma secreção que contém proteína e sua composição varia
com a localização anatômica, sendo ligeiramente viscosa e sem cheiro,
mas que adquire um odor desagradável e característico pela ação de
bactérias;
Essas glândulas respondem aos hormônios sexuais e desenvolvem-se na
puberdade. As glândulas axilares da mulher sofrem alterações cíclicas
que acompanham o ciclo menstrual.
Glândula mamária:
A mama é um conjunto de 15 a 25 glândulas exócrinas do tipo
tubuloalveolar composto, que tem por função secretar leite. Ela é divida
em 15 a 25 lóbulos por tecido conjuntivo denso e adiposo, sendo de fato,
cada lóbulo uma glândula mamária, com sua parte secretora e ducto
excretor próprio.
As glândulas de ambos os sexos seguem um curso de desenvolvimento
até a puberdade, após as glândulas femininas desenvolvem-se sobre a
influencia de hormônios hiofisários ovarianos e outros. Após a
menopausa, as mamas seguem atrofia e involução progressiva.
Inervação:
A pele contém diversos receptores sensoriais constituídos por
terminações periféricas de neurônios sensoriais. Os mais numerosos são
Apostila Histologia
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Apostila Histologia
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Apostila Histologia
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Sistema cardiovascular
Todo o sistema circulatório (sanguíneo e linfático) encontra-se revestido
internamente por um epitélio simples pavimentoso originado do mesênquima, o
endotélio.
O sistema circulatório, através da distribuição de hormônios e nutrientes para as
células e tecido do corpo, e do transporte de produtos do refugo do metabolismo
para órgãos excretores, contribui para manter a constância do meio interno e para
integrar o funcionamento do organismo como um todo.
O sistema circulatório abrange os sistemas vascular sangüíneo e linfático. O
sistema vascular sanguíneo é formado pelos seguintes componentes: coração,
artérias, capilares e veias.
Capilares sangüíneos
Constituição:
o Uma camada de células endoteliais, enroladas em forma de tubo;
o Uma lâmina basal onde os endotélios se apóiam;
o Espessura: varia de 9 a 12 mm.
Tipos:
o Capilares Contínuos ou Somáticos:
o Ausência de fenestrações em suas paredes;
o São encontrados em todos os tipos de músculo, tecido conjuntivo,
glândulas exócrinas e tecido nervoso.
o Capilares Fenestrados ou Viscerais:
o Presença de orifícios (fenestrações), obliterados por um diafragma
que é mais delgado que a membrana celular;
o Lâmina basal contínua;
o São encontrados em órgão onde ocorre intensa trocas entre o tecido
eo sangue (rins, intestino e glândula endócrina).
o Capilares Fenestrados sem Diafragma:
o Fenestrada sem diafragma;
o Lamina basal contínua;
o São encontrados no glomérulos renais.
o Capilares Sinusóides:
o Trajeto tortuoso com calibre aumentado (diminui a velocidade da
circulação sanguínea)
o Células endoteliais formam uma camada descontínua;
o Grande quantidade de poros sem diafragma;
o Presença de macrófago na parede;
o Lamina basal descontínua;
o São encontrados no fígado e nos órgãos hemocitopoéticos (medula
óssea e baço)
Apostila Histologia
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Túnica Média:
o Fibras musculares lisas;
o Fibras elásticas, fibras reticulares e proteoglicanas;
o Nas artérias, a média possui também uma lâmina limitante elástica
externa, que a separa da túnica adventícia.
Túnica Adventícia:
o Tecido conjuntivo (fibras de colágeno e elástica).
Vasos Arteriais
Arteríolas: São os menores tipos de vasos arteriais;
o Túnica íntima: apresenta a camada subendotelial muito delgada e
não existe a membrana limitante elástica interna, exceto nas
arteríolas mais grossas;
o Túnica média: formada por uma ou duas camadas de células
musculares lisas e não existe limitante elástica externa;
o Túnica adventícia: pouco desenvolvida.
Apostila Histologia
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Vasos Venosos
Vênula:
o Túnica íntima: composta por endotélio e delgada camada
subendotelial;
o Túnica média: inexiste ou é formada por poucas fibras musculares
lisas;
o Túnica adventícia: composta de tecido conjuntivo. É mais espessa.
Apostila Histologia
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Vasos linfáticos
Consiste em vasos, revestidos por endotélio, que recolhem o líquido tecidual e o
devolvem no sangue. Esse líquido, ao contrário do sangue, circula em uma direção,
isto é, dos órgãos para o coração.
Os capilares linfáticos originam-se nos vários tecidos como delgados túbulos em
fundo de saco constituídos apenas por endotélio e lâmina basal incompleta.
Coração
É um órgão muscular que se contrai ritmicamente, impulsionando o sangue no
sistema circulatório, e é também o responsável pela síntese de um hormônio
chamado polipeptídeo atrial natriurético.
Função:
o Servem de ponto de apoio às válvulas (cordoalhas tendíneas) e fibras
musculares cardíacas (trabéculas córneas).
Válvulas Cardíacas
É constituída por tecido conjuntivo denso contendo fibras colágenas e elásticas
(no centro), revestida nas suas duas faces por uma camada endotelial.
Nodos Cardíacos
Apostila Histologia
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É um sistema próprio que o coração possui para gerar estímulos e transmitir a
excitação produzida. Esse sistema é constituído por dois nodos localizados no átrio.
O nodo sinoatrial e o nodo atrioventricular, e por um feixe, o chamado feixe
atrioventricular.
> Nodo Sinoatrial: Massa de células musculares cardíacas especializadas,
pequenas e fusiformes, ricas em sarcoplasma e pobre em miofibrilas.
Sistema respiratório
Os pulmões e as inúmeras vias aéreas a eles ligadas compõem o sistema
respiratório. As vias aéreas entram nos pulmões e lá se ramificam constituindo a
árvore brônquica, essas ramificações atingem espaços aéreos pequenos, chamados
alvéolos. As vias do trato respiratório dividem-se em:
1) porção condutora: constituída pelas cavidades nasais (durante a
respiração forçada, a cavidade oral também faz parte dessa porção), faringe,
laringe, traquéia, brônquios e bronquíolos;
2) porção respiratória: formada pelos bronquíolos respiratórios, ductos
alveolares, sacos alveolares e alvéolos. A porção condutora tem a função de
acondicionar o ar, fazendo com que ele seja aquecido e umidificado, além disso,
tem a função de retirar do ar as partículas indesejadas. Já a porção respiratória é
aquele local onde ocorre a troca gasosa entre o ar e o sangue.
caliciformes. Esse tipo de epitélio reveste a maioria das vias aéreas, por isso
freqüentemente é chamado de epitélio tipo respiratório. O epitélio respiratório
repousa sobre um lâmina basal, depois dela vem uma lâmina própria fibrosa rica
em glândulas do tipo misto, cuja secreção ajuda a manter úmidas as paredes das
cavidades nasais. A lâmina própria por sua vez se apóia no periósteo subjacente.
O epitélio respiratório típico consiste em seis tipos celulares identificáveis ao
microscópio eletrônico, todas as células desse epitélio apoiam-se na lâmina basal. O
tipo mais abundante é a célula colunar ciliada, cada células possui cerca de 300
cílios na superfície apical e embaixo dos corpúsculos basais há numerosas
mitocôndrias (produzem ATP para possibilitar os batimentos ciliares). Em segundo
lugar quantitativo, estão as células caliciformes, as quais são secretoras de muco
rico em polissacarídeos. Existem ainda as células em escova, devido aos numerosos
microvilos presentes em suas superfícies apicais. Além disso, têm as células basais,
pequenas e arredondadas, estas células multiplicam-se continuamente, por mitose
e originam os demais tipos celulares do epitélio respiratório. Outro tipo celular é a
célula granular; célula endócrina que atua como efetora na integração das
secreções mucosa e serosa; parece a célula basal, mas possui numerosos grânulos
que deixam sua parte central mais densa aos elétrons. Devemos ressaltar que nas
áreas mais expostas ao ar, o epitélio apresenta-se mais alto e com maior número
de células caliciformes.
A área olfatória, está localizada na região superior das fossas nasais e é
responsável pela sensibilidade olfativa. O epitélio que compõe essa região é o
epitélio respiratório formado por três tipos distintos de células: 1) células de
sustentação: prismáticas, largas no seu ápice e mais estreitas na base, com
microvilos na sua superfície que se projetam para dentro da camada de muco que
cobre o epitélio, além disso essas células possuem um pigmento acastanhado que é
responsável pela cor marrom da mucosa olfatória; 2) células basais: pequenas,
arredondadas ou cônicas, formam um a camada única na região basal do epitélio,
entre as células olfatórias e as de sustentação; 3) células olfatórias: são neurônios
bipolares que se distribuem entre as células de sustentação. São dilatadas nas
extremidades de onde partem cílios longos, sem movimento e com a função de
receptores.
Seios paranasais
São grandes espaços aéreos situados no interior dos ossos frontal, etmóide,
esfenóide e o maxilar, que se abrem para a cavidade nasal. Os seios paranasais são
revestidos por um epitélio respiratório, isto é, pseudo-estratificado cilíndrico ciliado
com células caliciformes. As secreções se dirigem dos seios para as cavidades
nasais através de uma atividade ciliar coordenada.
Faringe
A faringe é uma estrutura que liga a cavidade nasal à laringe, ela serve aos
sistemas respiratórios e digestivo. Sua função é servir de passagem para o ar e
alimentos, além de servir como uma câmara de ressonância para a fala. Esse órgão
divide-se em três porções: nasofaringe, orofaringe e laringofaringe.
Certas porções da faringe estão sujeitas ao desgaste pelos alimentos que
não tenham sido bem macerados; esses locais são revestidos por epitélio
pavimentoso estratificado não-queratinizado. As porções não sujeitas ao desgaste
são revestidas por epitélio pseudo-estratificado cilíndrico ciliado com células
caliciformes. Sob o epitélio de revestimento está a lâmina própria constituída por
tecido conjuntivo fibroelástico. Externamente ao tecido conjuntivo está o tecido
muscular estriado dos músculos faríngeos e externamente a estes há mais tecido
conjuntivo. A faringe contém glândulas mucosas perto da sua junção com o
Apostila Histologia
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Apostila Histologia
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Pleura
Definimos pleura como sendo a camada serosa que envolve o pulmão. Ela é
formada por dois folhetos: o parietal e o visceral, os quais são contínuos no hilo
pulmonar. Os folhetos são constituídos por mesotélio e por uma fina camada de
tecido conjuntivo com fibras colágenas e elásticas.
Esses dois folhetos são capazes de delimitar, para cada pulmão, uma
cavidade pleural independente e revestida pelo mesotélio. Normalmente essa
cavidade pleural contém apenas uma película de líquido lubrificante, o qual permite
o deslizamento suave dos dois folhetos durante os movimentos respiratórios,
impedindo o atrito entre o mesotélio visceral e o parietal. Freqüentemente, pode-se
acumular líquido entre os dois folhetos pleurais, isso pode ser explicado pela grande
permeabilidade da pleura. O acúmulo ocorre devido à transudação de plasma
através dos capilares, provocada por processos inflamatórios. Essa situação é
prejudicial para o organismo.
Apostila Histologia
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Sistema Digestório
Constituição:
- Tubo digestivo:
> Cavidade oral;
> Esôfago;
> Estômago;
> Intestino;
> Reto;
> Ânus.
- Glândulas anexas:
> Fígado;
> Pâncreas;
> Glândulas salivares.
Função: Retirar dos alimentos digeridos os metabólicos necessários para o
desenvolvimento e a manutenção do organismo.
Cavidade Oral
Lábios:
o Superfície externa:
Pele com folículos pilosos;
Glândula sebácea e sudorípara;
Parte vermelha: transição entre pele e mucosa;
Recoberto por uma camada de células mortas, semelhantes às
da pele;
As papilas conjuntivas da derme subjacente são numerosas,
altas e vasculares, dando coloração avermelhada;
Como o epitélio não está intensamente queratinizado, nem
com sebo, deve se umedecido pela língua.
Apostila Histologia
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o Superfície interna:
Epitélio pavimentoso estratificado, não queratinizado (há
alguns grânulos de querato-hialina);
Tecido muscular estratificado esquelético (músculo orbicular
dos lábios);
Tecido conjuntivo fibroelástico (papilas da lâmina própria
latas);
Pequenos aglomerados de glândulas mucosas.
Bochechas:
o Epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado;
o Lâmina própria de tecido conjuntivo fibroelástico denso que se funde
com a submucosa, rica em fibras elásticas achatadas e muitos vasos
sangüíneos;
o Feixes fibroelásticos fixam a membrana mucosa ao músculo
adjacente (permite formar inúmeras dobras quando aboca está
fechada);
o Pequenas glândulas mucosas (algumas meia lua).
Língua:
o Face dorsal:
Parte oral (corpo):
Superfície irregular (papilas linguais) – são elevações
do epitélio oral mais lâmina própria);
Tipos de papilas:
Filiforme;
Fungiforme;
Circunvaladas;
Foliadas;
o Face ventral:
Mucosa lisa.
Dente:
o Porções:
Coroa: porção que se projeta além da gengiva;
Raiz.
o Dentina:
Apostila Histologia
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o Esmalte:
Camada epitelial calcificada
Estrutura mais rica em cálcio do corpo.
o Polpa:
Tecido conjuntivo frouxo;
Predominam odontoblastos de forma estrelada.
o Perionto:
Cemento:
Bainha de tecido conjuntivo calcificado;
Mantém o tamanho da raiz e garante a fixação do
dente;
Sua produção na raiz é contínua para compensar o
desgaste da coroa.
Ligamento periodontal:
Tecido conjuntivo
Palato Duro:
o Lamina própria contínua com o periósteo;
o Glândula mucosa
o Mistura e deglutição dos alimentos.
Palato Mole:
o Músculo estriado esquelético e glândulas mucosas na submucosa;
o Na deglutição oclui a nasofaringe.
Gengiva:
o Não tem submucosa;
o Gengiva inserida (epitélio queratinizado);
o Gengiva marginal (vertente livre (queratinizada) e vertente dentária
(não queratinizada)).
Faringe
É uma dependência da cavidade bucal comum aos aparelhos digestório e
respiratório (orofaringe e nasofaringe). Formada pela lamina própria fibroelástica
com grupos de glândulas mucosas.
Apostila Histologia
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Túnica Submucosa:
o Tec. conj. Moderadamente frouxo rico em vasos sanguíneos e
linfáticos;
o Contém plexo nervoso submocosa ou de Meissner;
o Pode apresentar glândulas e tecido linfóide.
Túnica Muscular:
o Duas subcamadas de fibras musculares lisas, orientadas em hélice
(interna (circular) e externa (longitudinal));
o Plexo mioentérico ou de Amerbach.
Esôfago
Função:
o Transportar rapidamente o alimento da boca para o estomago.
Constituição:
o Epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado;
o Glândulas cárdicas esofágicas (mucosas) – na mucosa próxima ao
esôfago;
o Glândulas esofágicas (mucosas) – na submucosa;
o Túnica muscular
terço superior – músculo estriado esquelético;
terço médio – músculo estriado esquelético e músculo liso;
terço inferior – músculo liso.
Estômago
Epitélio cilíndrico simples muco secretor;
Fossetas ou fovéolas ou criptas gástricas – são invaginações do epitélio de
revestimento para dentro da lâmina própria;
Junções oclusivas – agem como barreira contra o líquido do ácido do
estômago (suco gástrico).
Apostila Histologia
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o Fúndica:
Glândulas tubulosas ramificadas – glândula gástrica ou
fúndicas.
o Pilórica:
Fossetas gástricas longas;
Glândulas gástricas curtas;
Glândulas tubulosas simples ou ramificadas – glândula
cárdica.
Túnica muscular:
o Interna: oblíqua;
o Média: circular;
o Externa: longitudinal.
Intestino delgado
correm os processos finais da digestão dos alimentos e seus produtos são
absorvidos;
Duodeno:
o Glândulas de Brünner ou duodenais na submucosa:
Secreta glicoproteína neutra com pH entre 8,2 a 9,3 (admite-
se que proteja a mucosa intestinal contra a acidez do suco
gástrico);
Tambem é responsável pelo pH ideal para a ação das enzimas
pancreáticas;
Placas de Peyer – agregados de nódulos linfáticos na
submucosa do íleo.
Apostila Histologia
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Intestino Grosso
Mucosa lisa, sem pregas (exceto na porção retal;
Não há vilosidades;
Glândulas de Lieberlsiihn não longas;
Grande quantidade de células caliciformes;
Pequena quantidade de células enteroendócrinas;
Não há células de Paneth;
Camada muscular longitudinal externa é bem mais desenvolvida que no
intestino delgado devido as fibras se congregarem em três faixas espessas
chamadas tênias do colo;
A serosa é caracterizada por pequenos apêndices pedunculados formados
por tecido adiposo – apêndices epiplóicos.
Apêndice
É uma evaginação do ceco, em fundo de saco;
Características:
o Lúmen estreito e irregular devido à presenção de grande quantidade
de nódulos linfáticos na sua parede;
o A sua estrutura geral é semelhante á do intestino grosso, apenas
existindo:
o o menor número de glândulas intestinais e as existentes são mais
curtas;
o o fibras da camada muscular não formam tênias.
As glândulas salivares
A presença de alimento na boca, assim como sua visão e cheiro,
estimulam as glândulas salivares a secretar saliva, que contém a
enzima amilase salivar ou ptialina, além de sais e outras substâncias. A
amilase salivar digere o amido e outros polissacarídeos (como o
glicogênio), reduzindo-os em moléculas de maltose (dissacarídeo). A
saliva, além de dar início à digestão do amido, amolece o alimento, facilita
a deglutição e a fala, forma uma barreira imunológica e lubrifica a cavidade
oral.
As glândulas salivares são exócrinas, com porção secretora acinosa
e tubulosa e ducto ramificado (composta). Existem as glândulas salivares
pequenas na língua e na mucosa da cavidade oral e três tipos de glândulas
salivares grandes, estruturas separadas e encapsuladas por tec. conjuntivo
que lançam sua secreção na cavidade bucal:
Fígado
É o maior órgão interno (a pele é o maior geral). É a mais volumosa
de todas as vísceras. Tem cor arroxeada, superfície lisa e recoberta por
uma cápsula própria de tec. conjuntivo.
Lóbulo Hepático:
o No centro, encontra-se a veia centro-lobular;
o Radialmente, os cordões de hepatócitos (dobras na
membrana, maior área de contato);
o Entre os cordões, capilares sinusóides (células endoteliais).
Espaço Porta:
o Tecido conjuntivo frouxo;
o Ramo da veia porta;
o Ramo da artéria hepática;
o Ducto biliar.
Pâncreas
O pâncreas é uma glândula mista, de mais ou menos 15 cm de
comprimento e de formato triangular, localizada transversalmente sobre a
parede posterior do abdome, na alça formada pelo duodeno, sob o
estômago.
O Pâncreas é uma glândula composta acinosa, exclusivamente
serosa. Nota-se também a ausência de ducto estriado, contando com a
presença apenas dos ductos intercalar e excretor. O Ducto intercalar
adentra os ácinos, podendo ser notada células mais claras dentro destes.
O pâncreas exócrino produz enzimas digestivas, em estruturas
reunidas denominadas ácinos. Os ácinos pancreáticos estão ligados através
de finos condutos, por onde sua secreção é levada até um condutor maior,
que desemboca no duodeno, durante a digestão.
O pâncreas endócrino secreta os hormônios insulina e glucagon.
Ele se encontra dentro da parte exócrina, formando ilhotas.
Apostila Histologia
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Sistema urinário
Partes do aparelho urinário
> Labirinto cortical;
> Corpúsculos de Malpighi;
> Pirâmides de Ferrein;
> Vasos arciformes;
> Pirâmides de Malpighi;
> Colunas de Bertin;
> Pequenos cálices;
> Grandes cálices;
> Pélvis renal;
> Néfron;
> Ureter;
Apostila Histologia
53
Alça de Henle
o Presente predominantemente na medula
o Ramo descendente
Porção espessa:
semelhante ao tubo convoluto proximal
Porção delgada:
Presente na córtex e na medula (onde predominam)
Epitélio pavimentoso simples ou cúbico baixo(variando
segundo a posição do néfron)
Membrana basal espessa
Eventualmente, observa-se um padrão epitelial mais alto, com microvilosidades,
nos glomérulos de alça curta.
o Ramo ascendente.
Porção delgada:
Semelhante à do ramo descendente (variando segundo
a posição do néfron)
Porção espessa:
Semelhante ao tubo convoluto distal.
Apostila Histologia
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Tubo coletor
o Dois tipos celulares:
Apostila Histologia
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Muscular
o Musculatura longitudinal interna em todas as porções.
o Musculatura circular externa, ausente na uretra peniana onde é
substituída pelo corpo esponjoso.
Adventícia – ausente.
Sistema Endócrino
A homeostase celular está regulada por 2 sistemas: (1) Nervoso, representado
por hipotálamo e (2) sistema endócrino, representado pelo sistema de células APUD
(Amine Precursor Update Decarboxilation).
Apostila Histologia
57
Hormônios agem nas células num sistema “chave-fechadura” em que a chave
é o hormônio propriamente dito e a fechadura são os receptores. Estes podem ser
divididos em 3 tipos básicos: (1) receptores de membrana (p.ex.: hormônios
hipofisários e catecolaminas); (2) receptores de citoplasma ou de núcleo (p.ex.:
hormônios esteróides) e (3) receptores associados diretamente ao DNA (p.Ex.:
hormônio tireoidéo).
A função das glândulas endócrinas é controlada por mecanismo de
retroalimentação (feedback), ou seja: discrepâncias nas taxas séricas normais
desses hormônios estimulam ou inibem a liberação de substâncias de controle de
secreção produzidas no eixo hipotálamo-hipofisário.
Hipófise
Corpo ovóide pesando 0,5g e medindo de 10 a 15mm no seu maior diâmetro,
sua principal porção está na fossa hipofisial do osso esfenóide (sella turcica).
Tem íntima relação com o quiasma óptico, que passa acima da glândula.
Sendo assim, um dos primeiros sinais de tumor de hipófise é os déficits visuais,
p.ex. anopsia temporal superior.
A hipófise é dividida embriologicamente em adenohipófise e neurohipófise.
Esta armazena neurossecreções hipotalâmicas e recebe sua inervação a partir do
trato hipotálamo-hipofisial. É irrigada por aa. hipofisiais provenientes das aa.
carótidas internas.
O hipotálamo é o órgão regulador da hipófise; secreta fatores de liberação no
leito capilar do infundíbulo, que serão levados até a glândula pelo sistema porta
hipofisário.
Do ponto de vista histológico, os lobos posterior e anterior são bem distintos:
Lobo posterior: é composto de fibras nervosas desmielinizadas, contêm 2
hormônios hipotalâmicos: vasopressina (ADH) e ocitocina.
Lobo anterior: é a principal porção secretora. Composta por células cromófilas
e cromófobas.
Por meios imunocitoquímicos, identificam-se 5 tipos de células, que produzem os
seguintes hormônios:
- Somatotróficos: GH
- Mamotróficos: prolactina
- Corticotrófica: pró-opiomelanocortina: ACTH, MSH
- Tireotróficas: TSH
- Gonadotróficas: FSH e LH
Tireóide
Adulto: glândula normal pesa de 20 a 25g; dois grandes lobos laterais ligados
na linha média por um istmo, que pode originar um terceiro lobo (piramidal)
protruso superiormente.
É constituída por ácinos ou folículos revestidos por células cubóides regulares e
separados por um escasso estroma fibrovascular.
Adapta-se às necessidades do organismo, aumentando de tamanho e
tornando-se mais ativa na puberdade, gestação e estresse fisiológico; involui
mediante estímulo cessado. A falha desse equilíbrio normal entre a hiperplasia e a
involução pode produzir desvios do padrão histológico normal.
Utiliza o iodo como substrato para a síntese de suas secreções (T3 e T4);
disfunções glandulares geram como principal manifestação clínica o bócio.
Glândulas Paratireóides
As glândulas paratireóides são em número de 4 (10% da população tem 2 ou
3 glândulas).
Nódulo encapsulado ovóide; 35 a 40mg.
Apostila Histologia
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Estroma vai sendo preenchido por tecido adiposo até os 25 anos de idade.
Células principais à secretoras de hormônio paratireóideo (PTH).
PTH é liberado quando â os níveis do Cálcio iônico no sangue. O PTH tem a função
de mobilizar o Cálcio ósseo, aumentar a reabsorção tubular de Cálcio, interfere na
ativação da vitamina D e abaixa os níveis séricos de fosfato.
Glândulas Supra-Renais
As supra-renais são glândulas achatadas, em forma de meia-lua, cujo tamanho
varia com a idade e as condições fisiológicas de cada indivíduo. No adulto, a
glândula normal pesa cerca de 4g, ficando situada no pólo superior de cada rim.
Trata-se de um órgão encapsulado composto de duas unidades funcionais
completamente distintas, com morfologia e origem embriológica diferentes:
CÓRTEX: de origem mesodérmica, é responsável pela secreção de
esteróides e pode ser subdividido em três zonas concêntricas conforme a
disposição e aspecto das suas células.
o Zona glomerulosa: camada estreitada imediatamente abaixo da
cápsula, composta por células cubóides e colunares, com núcleo
denso e citoplasma escasso com poucos lipídios, dispostas em
agrupamentos arciformes de ninhos compactos. Responsável pela
produção de mineralocorticóides (aldosterona)
Pâncreas Endócrino
Apostila Histologia
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Apostila Histologia
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Apostila Histologia
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Espermiogênese
o Etapa do Complexo de Golgi:
Grânulos pós-acrossômicos acumulam-se no Complexo de
Golgi e fundem-se formando a vesícula acrossômica;
o Etapa do Acrossomo:
A vesícula estende-se sobre a metade anterior do núcleo,
sendo chamado de acrossomo, que contém enzimas
hidrolíticas capazes de dissociar as células da corona radiata e
de digerir a zona pelúcida (reação acrossômica);
O núcleo das espermátides é orientado para a base do túbulo
seminífero e o axonema se projeta para o lúmen;
Um dos centríolos forma o flagelo e as mitocôndrias
acumulam-se próxima ao mesmo;
o Etapa de Maturação:
Uma parte do citoplasma das espermátides é desprendida,
formando os chamados corpos residuais, que são fagocitados
pelas células de Sertoli e os espermatozóides são liberados no
lúmen do túbulo e depois transportados ao epidídimo com o
fluido testicular, produzido pelas células de Sertoli e rede
testicular.
Tecido intersticial ou conjuntivo intertubular
o Preenche os espaços que circundam os túbulos seminíferos.
o Localizadas neste espaço intersticial estão as Células de
Leydig (acidófilas), que são células grandes com forma arredondada
ou poligonal, produtoras do hormônio testosterona. Este
hormônio responsável pelas características sexuais secundárias.
o As células de Leydig são estimuladas pelo hormônio gonadotrófico da
placenta, depois regridem e tornam-se ativas novamente na
puberdade estimuladas pelo hormônio luteinizante da hipófise.
Ductos intratesticulares
o São os túbulos retos, rede testicular e os ductos eferentes;
Apostila Histologia
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Glândulas Acessórias
As glândulas acessórias são: as vesículas seminais, a próstata e as glândulas
bulbouretrais;
A vesícula seminal consiste em dois tubos muito tortuosos. Possui uma
mucosa pregueada, epitélio pseudo-estratificado prismático ou epitélio
cubóide, responsável pela secreção rica em proteína, vitamina C e frutose,
substâncias formadoras do sêmen (60% do ejaculado). A lâmina própria é
rica em fibras elásticas, e envolvida por uma camada de músculo liso;
A Próstata é formada por tecido fibromuscular e porção glandular que é um
conjunto de 30 a 50 glândulas túbulo-alveolares ramificadas (epitélio
cubóide ou pseudo-estratificado colunar), cujos ductos, se abrem na porção
prostática da uretra. Possui três zonas: zona central (25%), zona periférica
(70%) e a zona de transição. No lúmen de glândulas da próstata, possui
concreções prostáticas (corpos esféricos calcificados);
As Glândulas bulbouretrais (Cowper) situam-se na porção membranosa
da uretra, são túbulos-alveolares, revestidas por epitélio simples cúbico
secretor de muco (lubrificante). Células musculares esqueléticas e lisas
estão presentes nos septos que dividem a glândula em lóbulos.
Pênis
Apostila Histologia
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Apostila Histologia
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Folículos Ovarianos:
o Consiste de ovócito envolvido por uma ou mais camadas de
células foliculares (células da granulosa);
o Os folículos primordiais consistem em um ovócito primário
envolvido por uma única camada de células foliculares achatadas, a
maioria localiza-se na região cortical, possui um grande núcleo e
nucléolo evidente;
o Uma lâmina basal envolve as células foliculares e marca o
limite entre o folículo e o estroma do conjuntivo adjacente.
Crescimento Folicular:
o É estimulado por FSH secretado pela hipófise;
o As células foliculares dividem-se por mitose formando um
epitélio estratificado (camada granulosa) – folículo primário
multilaminar ou préantral;
o A zona pelúcida é composta por três glicoproteínas e é
secretada, envolvendo o ovócito;
o O líquido folicular (progesterona, andrógenos e estrógenos)
começa a se acumular entre as células foliculares – o antro folicular.
Apostila Histologia
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Ovulação:
o Consiste na ruptura de parte da parede do folículo e a
liberação do ovócito;
o O estímulo é dado por um pico de secreção de LH, liberado
pela hipófise em respostas aos altos níveis de estrógeno produzido
pelos folículos em crescimento;
o Há um aumento do fluxo de sangue no ovário e uma
liberação local de prostaglandinas, histaminas, vasopressina e
colagenase;
o As células da granulosa produzem mais ácido hialurônico e se
soltam de sua camada;
o Uma indicação de ovulação iminente é o aparecimento do
estigma na superfície do folículo, no qual o fluxo de sangue cessa;
o A primeira divisão meiótica é completada um pouco antes d
ovulação;
o O núcleo do ovócito inicia a segunda divisão que estaciona
em metáfase até que haja fertilização.
Corpo lúteo:
o Após a fertilização, a s células da granulosa e da teca interna
do folículo que ovulou se reorganizam e forma uma glândula
endócrina temporária, o corpo lúteo, situado na camada cortical do
ovário;
o Sangue coagulado e tecido conjuntivo constituem a parte
mais central do corpo lúteo;
o As células da granulosa aumentam de tamanho – células
granulosa-luteínicas – secretoras de esteróides;
o Sob ação do LH, as células modificam seus componentes
enzimáticos e começam a secretar progesterona e estrógeno;
o Quando não há fertilização, a secreção decrescente de
progesterona e estrógeno (falta de LH) provoca a menstruação. E a
Apostila Histologia
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Células Intersticiais:
o São células da tuca interna que persistem isoladas ou em
pequenos grupos;
o Secretoras de esteróides.
Tubas Uterinas
O infundíbulo abre-se na cavidade peritoneal próximo ao ovário e
possui franjas, as fímbrias;
A extremidade intramural abre-se no útero;
Útero
Tem forma de uma pêra em que o corpo é a porção dilatada, a
parte superior é o fundo e a porção estreita que se abre na vagina é
a cérvix ou o colo;
Sua parede espessa é formada por três camadas: a serosa
(mesotélio e tecido conjuntivo), o miométrio (músculo liso) e o endotélio
(mucosa uterina);
Miométrio:
o Os músculos se distribuem em quatro camadas: a primeira e
a quarta estão dispostas longitudinalmente e as intermediárias
contém vasos sanguíneos.
Apostila Histologia
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Endométrio:
o Consiste de um epitélio simples ciliado com células
secretoras e de uma lâmina própria que contém glândulas tubulares
simples que pode se ramificar;
o Pode ser dividido em duas camadas: a camada basal, mais
profunda, e a camada funcional, que contém o epitélio e a
desembocadura das glândulas;
o Das artérias arqueadas (se orienta circunferencialmente
nas camadas medias do miométrio) partem as artérias retas que
irrigam a camada basal do endométrio e as artérias espiraisque
irrigam a camada funcional.
Ciclo menstrual:
o Fase proliferativa:
Os estrógenos, secretados pelos folículos que começa
a se desenvolver, agem no endométrio induzindo a
proliferação celular;
O endométrio está coberto por um epitélio colunar
simples;
Duração de 10 dias.
o Fase menstrual:
Com baixos níveis de estrógeno e progesterona, há
contração das artérias, bloqueando o fluxo de sangue o que
causa isquemia provocando o rompimento das artérias;
Duração de 3 a 4 dias.
Implantação e decídua:
o O ovócito é fertilizado no terço lateral da tuba uterina e o
zigoto sofre divisões formando a mórula;
o As células resultantes da segmentação são chamadas
de blastômeros;
o Uma cavidade cheia de líquido desenvolve-se no centro e
passa a ser chamada de blastocisto que chega ao útero;
o Os blastômeros organizam-se em uma camada periférica
(trofoblasto), enquanto outros em outro pólo (massa celular
interna ou embrioblasto);
o A implantação humana, chamada de intersticial, começa no
7º dia e termina no 9º dia após a ovulação;
Apostila Histologia
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Placenta:
o Consiste de uma parte fetal (cório) e uma parte materna
(decídua basal);
o A decídua basal fornece sangue arterial para a placenta e
recebe sangue venoso da placenta;
o Produz hormônio gonadotropina coriônica (HCG), tireotropina
coriônica, corticotropina coriônica, estrógenos, progesterona e
somatomamotropina coriônica humana.
o Cérvix Uterina:
o Mucosa revestida de epitélio colunar simples secretor de
muco;
o Tem poucas fibras de músculo liso;
o A porção que faz saliência no lúmen da vagina é revestida
por epitélio pavimentoso estratificado;
o As secreções facilitam a entrada de esperma no útero e
durante a gravidez, torna-se mais espessa, prevenindo a entrada de
esperma ou de microorganismos;
o Ocorre intensa colagenólise que promove a dilatação do
cérvix.
Vagina
Não têm glândulas e consiste de três camadas: mucosa, muscular e
adventícia;
O epitélio da mucosa é pavimentoso estratificado e sua lâmina
própria é composta de tecido conjuntivo frouxo e fibras elásticas;
A camada muscular é composta por fibras musculares lisas
longitudinais;
A camada adventícia possuiu tecido conjuntivo denso e espessas
fibras elásticas;
Sob estimulo de estrógeno, o epitélio vaginal sintetiza e acumula
glicogênio que é metabolizado por bactérias a ácido lático responsável pelo
pH baixo;
A entrada da vagina é protegida por uma membrana circular -
o hímen - que fecha parcialmente o orifício vulvo-vaginal.
Genitália externa
A vulva consiste de clitóris, pequenos lábios (dobra da mucosa
vaginal) e grandes lábios (dobras de pele), além de algumas glândulas que
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