Universidade Federal do Maranhão

Centro de Ciências Sociais, Saúde e Tecnologia

Campus de Imperatriz
Disciplina de Fundamentos da Biologia Celular e Molecular

Aula 2

CONSTITUIÇÃO
MACROMOLECULAR DA
CÉLULA
Profª Sibele Santos Fernandes

Julho de 2021 1
❖ Na aula de hoje:

Organelas das células

1. Citoplasma;
2. Centríolo;
3. Retículo endoplasmático;
4. Complexo de Golgi
5. Endossomos
6. Lisossomos;
7. Ribossomos;
8. Peroxissomos;
9. Mitocôndrias;
10. Vacúolos;
11. Cloroplastos;
12. Núcleo.
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PROCARIOTAS

EUCARIOTAS

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➢ EUCARIOTAS: animais x vegetais

Célula animal Célula vegetal 4

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➢ CITOPLASMA

FUNÇÃO: fornecer sustentação para a célula e participar da movimentação de células livres

• Região entre a membrana plasmática e o núcleo;

• A maior parte do citoplasma é composta por água que confere viscosidade a ele;
• Nesse líquido viscoso também é possível encontrar macromoléculas orgânicas como
proteínas, enzimas, lipídios e polissacarídeos.

CITOPLASMA CITOSOL CITOESQUELETO

Parte da célula que Meio interno celular

Rede de filamentos
não corresponde ao aonde se encontram
proteicos
núcleo as organelas

Citosol + Citoesqueleto
+ organelas
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➢ CITOPLASMA

Citosol

• Citosol, hialoplasma, citoplasma fundamental ou matriz citoplasmática → Material

gelatinoso formado por íons e moléculas orgânicas e inorgânicas dissolvidas em água,
e várias organelas;
• Realizam-se diversas reações químicas do metabolismo (fase inicial da respiração
celular e síntese de substâncias);
• O citosol constitui o verdadeiro meio interno da célula;
• Contém as organelas e os filamentos do citoesqueleto.

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➢ CITOPLASMA

Citoesqueleto

• Composto por três tipos de filamentos principais:

• Medem 8 nm de diâmetro;
Filamentos de actina • Entre suas funções mais importantes está a de
proporcionar motilidade às células;

• Medem 10 nm de diâmetro;
Filamentos intermediários • Compostos por proteínas fibrosas e sua função
principal é mecânica;

• Estruturas tubulares rígidas de cerca de 25 nm

Microtúbulos de diâmetro;
• Formado por proteínas esféricas – tubulinas.
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➢ CITOPLASMA

Citoesqueleto

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➢ CITOPLASMA Nascem de uma estrutura chamada
centrossomo, na qual se encontram os
Citoesqueleto
centríolos

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➢ CITOPLASMA (1) Citoplasmáticos, encontrados na célula na interfase;
(2) Mitóticos, correspondentes às fibras do fuso
Citoesqueleto mitótico;
(3) Ciliares, localizados no eixo dos cílios;
(4) Centriolares, encontrados nos corpos basais e nos
centríolos.

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➢ CENTRÍOLOS Região mais densa do citoplasma,
próximo ao núcleo

FUNÇÃO: divisão celular e formação cílios e flagelos

• São estruturas cilíndricas que medem,

aproximadamente, 0,2 μm por 0,4 μm e suas paredes
são formadas por microtúbulos;
9 grupos de 3 microtúbulos
• Em geral, são duplos e suas duas unidades estão
dispostas perpendicularmente;
• Quando estão nos centrossomos, não interferem na
formação dos microtúbulos;
• Durante a mitose, migram para os polos das células;
• Células vegetais não têm centríolos e os microtúbulos
são formados mesmo assim.
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➢ CÍLIOS E FLAGELOS

FUNÇÃO: locomoção e facilitar a captura de alimentos

• Estruturas filamentosas móveis

Longos e em pequeno número Curtos e numerosos

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➢ RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO

FUNÇÃO: síntese e transporte de várias substâncias

• Rede de vesículas achatadas, vesículas esféricas e túbulos que se intercomunicam,

formando um sistema contínuo;
• Esses elementos apresentam uma parede formada por uma unidade de membrana que
delimita cavidades, as cisternas;
• As cisternas constituem um sistema de túneis, de forma muito variável, que percorre o
citoplasma.

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➢ RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO

Rugoso ou granuloso
• Longas cisternas planas;
• Superfície externa do retículo endoplasmático rugoso é coberta por ribossomos, os
quais sintetizam proteínas (retículo endoplasmático, complexo de Golgi, endossomos
e lisossomos);
Liso ou não-granuloso
• Tubular sem ribossomos;
• Continuidade do rugoso;
• Síntese de lipídios;
• Muito desenvolvido em determinados tipos de células, como, por exemplo, nas que
secretam hormônios esteroides, nas células hepáticas e nas células da glândula
adrenal.

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➢ RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO

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➢ COMPLEXO DE GOLGI

FUNÇÃO: separação e endereçamento das moléculas sintetizadas nas células,

encaminhando-as para as vesículas de secreção, vesículas que permanecem no
citoplasma ou a membrana celular

• Formado por pilhas de cisternas, tubos e vesículas achatados;

• Nele, são processadas as moléculas provenientes do retículo endoplasmático,
as quais são logo incorporadas a endossomos ou liberadas (secretadas) para
fora da célula por exocitose;
• Localizado entre o reticulo endoplasmático e a membrana plasmática.

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➢ COMPLEXO DE GOLGI

• Estrutural e funcionalmente assimétrico:

Faceia o retículo endoplasmático rugoso

Entrada

Faceia a membrana plasmática

Saída 21
➢ COMPLEXO DE GOLGI

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➢ COMPLEXO DE GOLGI

Proteína produzida no
RER

Encaminhada ao
complexo golgiense

Acondicionadas em
vesículas e secretadas

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➢ LISOSSOMOS

FUNÇÃO: digestão intracelular

• São pequenas bolsas com enzimas digestivas, que se originaram das vesículas do
complexo de Golgi;
• Organelas unicelulares que completam a digestão dos materiais incorporados por meio de
endocitose e também digerem elementos da própria célula (autofagia);

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➢ LISOSSOMOS

FUNÇÃO: digestão intracelular

• São formados a partir dos endossomas secundários e estes se formam a partir dos
endossomas primários, os quais recebem dois tipos de vesícula de transporte, uma com
material endocitado e outra com enzimas hidrolíticas:

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➢ LISOSSOMOS

• Nas células vegetais e protozoário não há lisossomos;

• A digestão é feita pelos vacúolos.

Célula animal Célula vegetal 27

➢ VACÚOLOS

FUNÇÃO: reserva de nutrientes, dejetos metabólicos e de líquido;

regulamentação da equilíbrio osmótico; e atuam na regulação do volume e do
turgor da célula; e digestão devido a presença de enzimas hidrolíticas.

• Um ou mais compartimentos delimitados por membranas;

• Dependendo do tipo de célula, os vacúolos representam 10 a 90% do volume
do citoplasma.

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➢ LISOSSOMOS

29
➢ LISOSSOMOS

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➢ ENDOSSOMOS

Organelas destinadas a receber enzimas hidrolíticas provenientes do

complexo de Golgi, além do material que entra na célula por endocitose.

• O compartimento endossomal é constituído de elementos separados; é um

sistema extenso, que se vai desde a periferia do citoplasma até as
proximidades do núcleo celular;
• Endossomos podem ser considerados como uma parte da via lisossomal,
porque muitas moléculas que se dirigem para os lisossomos passam antes
pelos endossomos.

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➢ ENDOSSOMOS

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➢ RIBOSSOMOS

FUNÇÃO: síntese de proteínas

• Estruturas ribonucleoproteicas, muito complexas e, em sua maioria, situam-se no citosol;

• Partículas de 25 nm de diâmetro;
• Formados por uma subunidade grande e outra pequena de tamanhos e densidades
diferentes;
• Encontram-se agrupados em polirribossomos.

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➢ RIBOSSOMOS

Somente uma parte das proteínas sintetizadas nos ribossomos citosólicos

permanece no citosol, já que as restantes migram em direção ao núcleo, às
mitocôndrias, retículo endoplasmático e aos peroxissomos.

Depende das
suas funções
específicas das
proteínas

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➢ PEROXISSOMOS

FUNÇÃO: detoxificação celular

• Formato oval e são envolvidos por somente uma membrana;

• Seu diâmetro médio é de 0,6 μm, e seu número varia entre 70 e 100 peroxissomos por
célula;
• Contêm enzimas oxidativas que promovem a produção e decomposição de peróxido de
hidrogênio (H2O2);
• Existem diversos tipos de peroxissomos, que são diferenciados pela enzima ou pelo
conjunto de enzimas presentes em seu interior;
• Cada tipo de célula tem peroxissomos com enzima específica ou variedade particular de
enzimas;
o Enzimas mais comuns: catalase, D-aminoácido oxidase, urato oxidase e
responsáveis pela β-oxidação dos ácidos graxos

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➢ PEROXISSOMOS

▪ Oxidação de substratos nos peroxissomos tem como consequência a formação

de H2O2, uma molécula extremamente tóxica para a célula;

▪ Catalase não somente degrada H2O2 produzido nos peroxissomos, mas, também,
aquele de outros pontos da célula, especialmente o originado nas mitocôndrias,
no retículo endoplasmático e no citosol.

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➢ MITOCÔNDRIAS

FUNÇÃO: liberar energia gradualmente das moléculas de ácidos graxos e

glicose, provenientes dos alimentos, produzindo calor e moléculas de ATP
(adenosina-trifosfato).

• São estruturas cilíndricas de cerca de 3 μm de comprimento por 0,5 μm de diâmetro com

duas membranas;
o Externa está separada da interna pelo espaço intermembranoso;
o Interna circunda a matriz mitocondrial e encontra-se dobrada. As pregas dão lugar
às chamadas cristas mitocondriais, que “invadem” a matriz;
• A membrana interna e a matriz mitocondrial
contêm numerosas enzimas que interferem
na extração de energia dos alimentos e em
sua transferência ao ATP.

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➢ MITOCÔNDRIAS

“Fábrica” de produção de energia da célula

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➢ NÚCLEO

Membrana dupla que separa o

núcleo do citoplasma

Líquido semelhante ao citoplasma aonde a

cromatina está mergulhada

Grânulos de DNA e proteína (histonas) de tamanho

variável e forma irregular, a qual orienta a síntese
de RNA e proteínas

Contêm grande quantidade de RNA e de proteínas básicas,

ao lado de pequena quantidade de DNA

Regulam o intenso trânsito de

macromoléculas do núcleo para o
citoplasma e deste para o núcleo

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➢ CLOROPLASTOS

Célula vegetal
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➢ CLOROPLASTOS

Plastídios

Leucoplastos Cromoplastos

Incolores e participam no Contêm pigmentos e entre os mais

armazenamento do amido importantes, estão os cloroplastos,
(amiloplastos), por exemplo. com um pigmento verde chamado
clorofila

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➢ CLOROPLASTOS

• Tem duas membranas, um estroma e um compartimento único formado por cisternas

denominadas tilacóides;
• Nos cloroplastos ocorre a fotossíntese, que é o processo pelo qual as plantas captam a
energia da luz e, com o aporte de H2O e CO2, sintetizam diversos compostos orgânicos
que utilizam como alimento e que servem para alimentar os organismos heterótrofos.

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 Engrenagem bioquímica encarregada de realizar as
transformações energéticas necessárias para manter as
funções das células

Cloroplastos

Mitocôndrias

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 REFERÊNCIAS

➢ Junqueira, Luiz Carlos Uchoa; Carneiro, José. Biologia Celular e Molecular. 9

ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012 – Cap 1 pág. 2 a 17;
➢ De Robertis, Eduardo M.F.; Hib, José De Robertis. Biologia Celular e
Molecular. 16 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014 – Cap 1 pág. 7 a
26;
➢ Lodish, Harvey; et al. Biologia Celular e Molecular. Porto Alegre: Artmed, 2014
– Cap 1 pág. 1 a 23;
➢ Lehinger. Princípios de Bioquímica Cap 2 pág. 16 a 38.

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