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Quando vírus infetam bactérias, introduzem o seu DNA malicioso na célula procariótica. Se a bactéria
sobrevive à infeção, insere um pedaço de DNA viral no seu genoma, como registo do encontro com o vírus.
O DNA viral é então, posteriormente, utilizado para proteger a bactéria de futuras infeções. Durante os seus
estudos bioquímicos com Streptococcus pyogenes, uma das mais patogénicas bactérias para os seres
humanos, Emmanuelle Charpentier identificou uma molécula até então desconhecida que designou
tracrRNA. O seu estudo mostrou que a tracrRNA faz parte de um já antigo sistema imunitário bacteriano,
CRISPR/Cas, que desarma o DNA viral, clivando-o. Charpentier publicou o seu trabalho em 2011. No mesmo
ano, iniciou uma colaboração com Jennifer Doudna, uma experiente bioquímica com um vasto conhecimento
em RNA. Juntas foram bem sucedidas em recriar in vitro estas tesouras genéticas bacterianas e em
simplificar os seus componentes moleculares, tornando o seu uso mais fácil. Em 2020, o Prémio Nobel da
Química foi atribuído a Emmanuelle Charpentier e Jennifer Doudna, pelo desenvolvimento de um método de
edição genética.
1. Nas células de Streptococcus pyogenes, a síntese de um polipéptido a partir da informação de um
gene não deve implicar
(A) ribossomas e mRNA.
(B) pré-mRNA e enzimas para o seu processamento.
(C) tRNA e ribossomas.
(D) aminoácidos e rRNA.
3. Durante a produção de uma tesoura genética, a ______ é responsável pela quebra das ligações entre
os nucleótidos _____.
(A) Cas9 … do gene-alvo (C) RNase III … da CRISPR RNA
(B) Cas9 … da CRISPR RNA (D) RNase III … do gene-alvo
10. Meselson e Stahl cultivaram bactérias durante várias gerações num meio contendo 15N,
transferindo-as, posteriormente, para um meio de cultura normal (14N), tendo sido monitorizada a
densidade das moléculas de DNA ao longo das gerações seguintes. Os resultados obtidos, após a
transferência das bactérias para um meio contendo nitrogénio normal, estão expressos nas afirmações
que se seguem.
I. Na primeira geração, cada molécula de DNA tem duas cadeias, cada uma com 14,5N.
II. Na segunda geração, obtêm-se 50% de bactérias com moléculas de DNA de densidade intermédia
e 50% de bactérias com moléculas de DNA 14N.
III. Na terceira geração, 75% das bactérias serão 15N14N e 25% apresentarão apenas DNA 14N.
(A) I é verdadeira; II e III são falsas. (C) II e III são verdadeiras; I é falsa.
(B) II é verdadeira; I e III são falsas. (D) I e II são verdadeiras; III é falsa.
12. Pode ser utilizado, como argumento a favor do modelo de estrutura da molécula de DNA, o facto de
esta molécula
(A) ser um polímero de nucleótidos. (C) intervir na síntese de proteínas.
(B) apresentar a relação (A + T) / (C + G) ≈ 1. (D) apresentar a relação (A + C) / (T + G) ≈ 1.
13. Estabeleça a correspondência correta entre cada uma das afirmações da coluna A e um dos termos da
coluna B.
Coluna A Coluna B
14. Certas doenças como a anemia falciforme resulta de uma mutação num único nucleótido da sequência
de DNA. Estas alteração traduz-se frequentemente na produção de uma proteína não funcional, que
condiciona o metabolismo celular.
Explique em que medida os trabalhos realizados por Emmanuelle Charpentier e Jennifer Doudna
podem ser importantes na terapia de doenças hereditárias resultantes de mutações génicas.
15. Explique por que razão uma mutação não se traduz necessariamente numa alteração na atividade
metabólica de um organismo.