Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
MARTINS DE OLIVEIRA
2020/2021
1 – Descreve a relação que existe entre cariótipo, cromossoma e DNA numa célula
eucariótica.
O cariótipo é o conjunto dos cromossomas presentes no núcleo de uma célula
somática que pelo seu número, forma e tamanho tipifica a espécie. Por sua vez, os
cromossomas são estruturas filamentosas constituídas por proteínas e DNA (ácido
desoxirribonucleico), que é uma molécula que é portadora da informação genética.
Desta forma, o DNA constitui os cromossomas que, por sua vez, formam o cariótipo de
uma espécie. Numa célula eucariótica, o cariótipo está localizado no núcleo, envolvido
pelo invólucro nuclear.
Para cada uma das características com que trabalhou, selecionou e isolou linhas puras, ou seja,
indivíduos que, quando cruzados entre si, originam uma descendência que é sempre igual
entre si e igual aos progenitores, relativamente à característica que está a ser alvo de estudo. A
partir de linhas puras, Mendel efetuou cruzamentos parentais, ou seja, cruzamentos entre
indivíduos pertencentes a linhas puras diferentes, em que a característica estudada assumia
aspetos opostos nos progenitores (por exemplo, cor da corola vermelha num dos progenitores,
e cor da corola branca no outro), por polinização cruzada. Depois, recolheu as sementes a que
elas deram origem e semeou-as, dando origem, no caso da cor da corola, a plantas com flores
vermelhas. Deixou, então, que os híbridos da primeira geração se autopolinizassem e recolheu
as sementes, voltando a semeá-las e verificando que estas davam origem a plantas com flores
vermelhas, mas também flores brancas, embora estas aparecessem com menos frequência
(numa proporção de aproximadamente 3:1). Esta experiência realizou-se com todas as outras
características em estudo e os resultados foram exatamente os mesmos (a primeira geração é
uniforme em relação ao carácter em estudo, manifestando a característica de um dos
progenitores; e na 2ª geração surgem ambas as características na proporção de
aproximadamente 3:1). Na interpretação destes resultados, Mendel propôs que cada
organismo tem dois fatores (ao que hoje em dia damos o nome de gene e que na altura era
totalmente desconhecido; desta forma a ideia de fator como unidade de transmissão
hereditária foi inovadora) para cada carácter e que, na formação dos gâmetas, os fatores
separam-se devido à meiose, de forma a que cada gâmeta contenha apenas um só “fator” de
cada par. Assim, como na geração parental, cada progenitor é de linha pura, ou seja possui
dois fatores iguais relativamente ao carácter considerado, vão dar origem a um embrião que
possui dois fatores antagónicos (um que veio da parte de um progenitor, por exemplo com cor
da corola vermelha; e outro que veio da parte do outro progenitor, neste caso, com cor da
corola branca). Como nos indivíduos da primeira geração os dois fatores se encontram em
presença um do outro e só o fator responsável pela cor vermelha se manifesta, chama-se a
este fator o fator dominante. O fator que condiciona corolas brancas chama-se fator recessivo,
pelo facto de apenas se manifestar quando o indivíduo é linha pura, com essa característica.
4 - O que é um cruzamento-teste?
Um cruzamento-teste ou retrocruzamento é uma forma de averiguar o genótipo de indivíduos
que fenotipicamente revelam a característica do alelo dominante. Para isso, cruzam-se esses
indivíduos com indivíduos homozigóticos recessivos, para que o alelo que é transportado no
gâmeta do outro progenitor se manifeste no fenótipo. Desta forma, através do fenótipo dos
descendentes, é possível saber qual o genótipo do progenitor.
5 - Na árvore genealógica da fig. 1, os indivíduos representados por símbolos a
vermelho apresentam uma doença hereditária, enquanto os restantes apresentam
um fenótipo normal.
Fig.1
5.2 - Dos dez indivíduos representados nesta árvore genealógica, existe um para o
qual não é possível definir o genótipo. Indica esse indivíduo, justificando a
impossibilidade da definição do genótipo.
O indivíduo para o qual não é possível definir o genótipo é o indivíduo 1 da geração III.
Os seus progenitores (indivíduos 1 e 2 da geração II) não contém a doença, pelo que o
seu genótipo só pode ser constituído por dois alelos não responsáveis pela doença ou
um alelo dominante não responsável pela doença e outro alelo recessivo responsável
pela contração da doença. Como o indivíduo 2 é proveniente de uma geração onde um
dos progenitores continha a doença (pelo que continha dois alelos recessivos, ambos
responsáveis pela contração da doença), este terá de ter um alelo recessivo
responsável pela doença. Como não apresenta a doença, então o seu genótipo é
constituído por um alelo recessivo responsável pela doença e um alelo dominante não
responsável pela contração da doença. Como na descendência proveniente do
cruzamento dos indivíduos 1 e 2 da geração II, está presente um indivíduo que
apresenta a doença, ou seja que possui dois alelos recessivos responsáveis pela
doença, então pode concluir-se que o indivíduo 1 da geração II também tem de ter um
alelo responsável pela doença no seu genótipo. Assim, é impossível definir se este é
homozigótico com alelos dominantes, ou seja, só contém os alelos que não são
responsáveis pela contração da doença, ou se é heterozigótico e desta forma contém
um alelo responsável pela doença, que ao ser recessivo, na presença do outro alelo
que é dominante, o indivíduo não apresenta a doença.
Fig.2
6.1 - Supondo que não ocorrem mutações, analisa as árvores e transcreve a opção
correcta:
A. A família 1 permite concluir que se trata de um carácter dominante, ligado ao
cromossoma X.
B. A família 2 permite concluir que se trata de um carácter autossómico recessivo.
C. A família 3 permite concluir que se trata de um carácter recessivo, ligado ao
cromossoma X.
D. A família 4 permite concluir que se trata de um carácter recessivo, ligado ao
cromossoma Y.
6.2 – Justifica a opção dada na questão 6.1.
Na família 2 se o carácter fosse autossómico dominante, este teria de se manifestar
pelo menos num dos progenitores, o que não acontece, porque nenhum dos
progenitores apresenta o carácter. Assim, o carácter terá de ser autossómico
recessivo.
8 - Dois irmãos (Francisco e Eduardo) casam com duas irmãs (Lúcia e Dina), filhos de
casais normais e também eles normais. O primeiro casal (Francisco e Dina) tem uma
criança do sexo feminino afectada por uma doença genética rara, autossómica
recessiva.
8.1 - Constrói uma árvore genealógica que explicite as relações de parentesco
descritas.
Geração I
- Homem normal
Geração II - Homem infetado
- Mulher normal
Geração III - Mulher infetada
8.2 - A probabilidade de a Lúcia e o Eduardo terem uma criança afectada pela mesma
doença é zero?
(Considera desprezível a probabilidade de uma nova mutação)
Não.
8.2.1 - Fundamenta a resposta à questão anterior.
Para que o Francisco e a Dina tenham tido uma filha com a doença, mesmo eles não a
tendo, esta tem de ter dois alelos recessivos responsáveis pela doença, pelo que tanto
o Francisco como a Dina têm de ter esse alelo recessivo presente no seu genótipo, mas
como está na presença de um dominante, esse não se manifesta. Assim, também os
pais do Francisco, da Dina, da Lúcia e do Eduardo têm de ter o mesmo genótipo (um
alelo dominante não responsável pela doença e um alelo recessivo responsável pela
doença). Desta forma, existe uma probabilidade de o Eduardo e a Lúcia também
conterem o alelo responsável pela doença e, assim, passarem esse gene à geração
seguinte.
8.3 - Qual a probabilidade de um segundo filho do casal Francisco e Dina ser afectado
pela mesma anomalia?
A probabilidade é de 1/16
FIM
COTAÇÃO DO TESTE
QUESTÃO COTAÇÃO
1. 12
2. 10
3. 30
4. 10
5.1. 10
5.2. 12
6.1. 12
6.2. 10
7. 12
8.1. 12
8.2. 5
8.2.1 12
8.3. 12
9.1. 12
9.2. 9
10.1. 10
10.2. 10
TOTAL 200 pontos