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BIOLOGIA
JAMES WATSON
Trabalho realizado por:
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ÍNDICE
1- INTRODUÇÃO………………………………………………………………………………………………………..3
2- BIOGRAFIA………………………………………………………………………………………………………….…4
3- A HISTÓRIA DO ADN
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1- INTRODUÇÃO
Este trabalho foi realizado no âmbito da disciplina de biologia do 12ºano, com o intuito de
ficar a conhecer o contributo de alguns geneticistas para a história da genética.
Até ao final dos anos 40, o DNA não era reconhecido como portador da informação genética.
Era uma molécula demasiado simples, difícil de isolar e incompatível com os métodos de
análise da química orgânica e da biologia. Quando alguns cientistas começam a acreditar na
importância do DNA, percebem que são incapazes, tecnicamente, de determinar a sua
estrutura. É nesse espírito que James Watson vai para a Europa e, na primavera de 1951, ao
assistir à conferência de Maurice Wilkins, da King’s College, onde vê uma fotografia do padrão
de difração de raios X, percebe que será esta a técnica chave para a determinação da estrutura
do DNA e, subsequentemente, dos segredos da vida.
O meu trabalho centrar-se-á no geneticista James Watson que ficou conhecido por, em
conjunto com Francis Crick, terem desenvolvido o modelo de dupla hélice para a estrutura da
molécula de DNA, motivo pelo qual chegou a receber o Prémio Nobel de Fisiologia ou
Medicina, em 1962. No entanto, irei demonstrar todos os pontos positivos, mas também
negativos que surgiram ao redor desta investigação.
Foi por este motivo que escolhi este geneticista: entre outras descobertas, ele desenvolveu,
talvez, o grande “motor” para o progresso da ciência.
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2- BIOGRAFIA
Nascido em Chicago no dia 6 de abril de 1928, James Dewey Watson é um nome com grande
importância na ciência, nomeadamente nas áreas da zoologia, da genética, mas também a
nível da biologia molecular. É filho único de James D. Watson, empresário, e de Jean Mitchell.
O seu pai tem descendência inglesa e viveu na região Centro-Oeste dos Estados Unidos por
longos anos. Watson cresceu no Sul de Chicago, num bairro de classe média.
A formação académica de Watson inicia-se em Chicago, onde, após estudar oito anos na
Horace Mann Grammar School (um colégio privado em Illinois, Chicago) e posteriormente mais
dois anos na South Shore High School (escola pública em Nova York), recebeu uma bolsa de
estudos para a Universidade de Chicago e, no verão de 1943 (com apenas 15 anos), ingressou
na faculdade experimental, onde recebeu o seu título de Bacharelado (equivalente à
Licenciatura, hoje em dia) em Zoologia em 1947. Não obstante, em 1950, após receber uma
bolsa de estudo de pós-graduação na Universidade de Indiana, terminou a licenciatura em
Zoologia. O seu objetivo, na altura, era ser ornitólogo (ramo da zoologia que se dedica ao
estudo das aves), influenciado pelo pai, que era obcecado na observação de aves.
No entanto, foi quando leu o livro de Schroedinger e se deparou com a questão “O que é a
vida?” que mudou completamente o rumo das suas investigações.
Não demorou muito tempo para que Watson e Crick se conhecessem e descobrissem o
interesse em comum de resolver a estrutura do DNA. Após os seus estudos baseados em
evidências experimentais, no início de março de 1953, foi proposta a configuração
complementar de dupla hélice. Tendo como base os trabalhos já feitos por Maurice Wilkins e
Rosalind Franklin, Watson e Crick conseguiram então revelar a estrutura em dupla hélice do
DNA. Tais investigações propiciaram meios para que fosse possível entender como se copia a
informação hereditária.
Como reconhecimento dos seus trabalhos, recebeu em 1962 o Prêmio Nobel em Fisiologia e
Medicina junto com Crick e Wilkins; em 1968 foi diretor do Laboratório de Biologia
Quantitativa de Cold Spring Harbor; em 1993 recebeu a Medalha Copley pelos seus estudos
sobre o DNA; participou no Projeto Genoma Humano e, em 2010, foi eleito Presidente do
Comité Científico da Fundação Champalimaud.
James Dewey Watson, considerado “o pai do DNA”, hoje com 92 anos, corre o risco de
perder todos os seus títulos académicos e prémios (exceto o Prémio Nobel, pois este não revê
comissão de prémios) após reproduzir comentários racistas onde afirma que “Entre os brancos
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e os negros existem diferenças nos resultados dos testes de inteligência. Eu diria que a
diferença é genética”. Este não foi o primeiro comentário racista feito por Watson: em 2007
alegou que a inteligência dos povos Africanos não é a mesma que a dos povos brancos, citou
que há um desejo de que todos os seres humanos sejam iguais, mas “as pessoas que têm de
lidar com empregados negros sabem que isso não é verdade”.
O Laboratório Cold Spring Harbor, instituição já liderada pelo geneticista, emitiu uma nota
alegando que rejeita as opiniões de Watson, chamadas por eles de “infundadas e
imprudentes”. O CSHL destituiu, por isso, James Dewey Watson de todas as funções
administrativas, anulou todos os títulos honorários por ele recebidos e cortou relações com o
cientista.
Depois, ele pediu desculpa pelos comentários: "A todos os que deduziram do que eu disse,
que a África, como continente, é geneticamente inferior, a todos estes eu peço desculpas. Não
foi o que eu quis dizer. Não há base científica para afirmar isso", disse.
Por ter pedido desculpas, ele reteve seus títulos honorários de reitor emérito, de professor
emérito e de membro honorário.
Watson vendeu a sua medalha de ouro do Nobel em 2014. Foi a primeira vez na história que
um vencedor do prémio se desfez do objeto.
Segundo disse ele num comunicado, a intenção era dedicar parte do valor da venda a
projetos de pesquisa nas universidades e instituições científicas nas quais estudou e trabalhou
ao longo da sua carreira ("A minha intenção é fazer doações filantrópicas ao laboratório Cold
Spring Harbor, à Universidade de Chicago e ao Clare College de Cambridge, e assim seguir
contribuindo para que o mundo académico siga sendo um lugar onde predomine a decência e
as grandes ideias”).
Naquele mesmo ano, o biólogo molecular disse que tinha sido excluído da comunidade
científica, devido aos seus comentários sobre raça e inteligência em 2007.
Segundo a media dos EUA, Watson encontra-se hoje numa enfermaria, a recuperar de um
acidente automobilístico, e tem consciência "mínima" da sua decadência.
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3- A HISTÓRIA DO ADN
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O ADN existe essencialmente no núcleo da célula, mas também há ADN no citoplasma, o
ADN mitocondrial. Como se encontra no citoplasma, este ADN só passa para a descendência
por via materna (o espermatozoide contém uma quantidade mínima de citoplasma).
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3.2. A HISTÓRIA DO ADN
A história do ADN começa no final da década de 1860, com a chegada do médico suíço
Friedrich Miescher (1844-1895) à Universidade de Tübingen, uma cidade no sul da Alemanha.
Nessa época começaram a surgir ideias acerca das origens e funções das células, após a
refutação da teoria da geração espontânea.
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Frederick Griffith fez uma importante descoberta durante as suas investigações com a
bactéria Streptococcus pneumoniae em 1928. Esta bactéria, que causa pneumonia em
humanos, normalmente é letal em ratos domésticos. Entretanto algumas linhagens desta
espécie de bactérias eram menos virulentas (menos capazes de causar doenças ou morte). Na
investigação de Griffith, ele usou duas linhagens diferenciadas pelas suas colónias quando
cultivadas em laboratório. Uma linhagem era um tipo normalmente virulento e mortal para a
maioria dos animais de laboratório. As células desta linhagem estão envoltas numa cápsula de
polissacarídeos, dando às colónias em aspeto liso, sendo esta linhagem identificada com S
(smooth, em inglês). A outra linhagem de Griffith era um tipo mutante não virulento que
crescia nos ratos. Nesta linhagem, a cápsula de polissacarídeos está ausente, dando às colónias
um aspeto rugoso. Esta linhagem é chamada R (rough, em inglês).
Griffith inativou algumas células virulentas a alta temperatura. Injetou então as células
mortas por aquecimento nos ratos, que sobreviveram, mostrando que os restos das células
não causam a morte. Entretanto os ratos injetados com uma mistura de células virulentas
mortas por aquecimento e células não virulentas vivas morreram. Além disso, as células vivas
podiam ser recuperadas de ratos mortos. Estas células deram origem a colónias lisas e foram
virulentas em uma injeção subsequente. De algum modo, os restos das células S aquecidas
tinham convertido células R vivas em células S vivas.
A etapa seguinte era determinar que componente químico das células mortas tinha
provocado esta conversão. Esta substância tinha mudado o genótipo da linhagem recetora e,
portanto, podia ser a responsável pelo armazenamento do material genético. Este problema
foi resolvido pelas investigações de Oswald Avery e dois colegas, C M. Macleod e M. McCarty,
em 1944. O seu objetivo era destruir quimicamente todas as principais categorias de
substâncias no extrato de células mortas, uma de cada vez, e descobrir se a amostra tinha
perdido a habilidade de conversão. Assim como na experiência de Griffith, as células virulentas
possuíam uma cápsula lisa de polissacarídeos, enquanto as células não virulentas, não. Assim
os polissacarídeos eram um candidato óbvio a ser o agente responsável. Entretanto, quando os
polissacarídeos foram destruídos, a amostra ainda demonstrava capacidade de conversão. As
proteínas, gorduras e ácido ribonucleico (ARN) foram todos excluídos. A mistura só perdia a
sua capacidade de conversão quando a amostra era sujeita a um tratamento com a enzima
desoxirribonuclease (DNase), que quebra o ADN. Estes resultados indicavam que o ADN era,
então, o responsável pelo armazenamento do material genético.
O fago T2, um vírus, tem uma constituição molecular relativamente simples. A maior parte
de sua estrutura é de proteína, com o ADN contido dentro da cápsula de proteína da sua
"cabeça". Hershey e Chase decidiram marcar o ADN e a proteína usando radioisótopos, de
modo que pudessem rastrear os dois materiais durante a infeção propositada de uma célula. O
fósforo não é encontrado nas proteínas, mas é uma parte integrante do ADN. Contrariamente,
o enxofre está presente nas proteínas, mas nunca no ADN. Hershey e Chase incorporaram o
radioisótopo de fósforo (32P) no ADN do fago e o enxofre (35S) nas proteínas de uma cultura
separada de fagos. Infetaram duas culturas de E. coli com muitas partículas de vírus por
células: uma cultura de E. coli recebeu fagos marcados com 32P e a outra recebeu fagos
marcados com 35S. Depois de serem infetadas, os cientistas removeram as embalagens de
fago (chamadas ghosts) das células bacterianas por agitação e depois mediram a
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radioatividade nas duas amostras. Quando o fago marcado com 32P foi usado para infetar as
bactérias, o valor mais elevado de radioatividade foi encontrado dentro das bactérias,
indicando que o ADN do fago tinha sido incorporado nas mesmas. Quando era usado o fago
marcado com 35S, maior parte do material radioativo estava nos invólucros dos fagos,
indicando que a proteína do fago nunca entrava nas bactérias. A conclusão era inevitável: o
ADN era o material hereditário.
A forma como a descoberta da dupla hélice se desenrolou deveu-se, em grande parte, aos
percursos individuais dos cientistas envolvidos, quer no que diz respeito à sua carreira
profissional, quer no que diz respeito à sua vida pessoal e personalidade.
Há vários relatos de Watson como alguém extremamente obstinado nos seus interesses,
conduzindo toda a sua vida na faculdade a tentar cumprir os seus objetivos. Ao invés de
estabelecer amizades com colegas, o habitual para Watson era procurar pessoas mais velhas e
experientes nos assuntos que lhe interessavam, e falar com eles.
Tudo o que motivou Watson a descobrir a estrutura do DNA foi uma mera “competição”
com todos os outros investigadores: o que ele realmente queria era ser o primeiro a descobrir
a estrutura do ADN e entrou, assim, numa espécie de “competição” com Linus Pauling.
Mais tarde, Pauling surgiu com uma proposta acerca da estrutura do ADN, na qual esta
molécula se apresentava com 3 cadeias, ou seja, uma tripla hélix. No entanto, Watson insistia
no facto de essa estrutura química ser impossível. Dirigiu-se a Londres, onde se encontrou com
Rosalind Franklin e Maurice Wilkins para provar o erro de Pauling. Rosalind não compactuou
com a sua investigação, mas Maurice Wilkins deu a Watson tudo o que este precisava para
desenvolver a sua investigação: um raio-x executado ao ADN, feito por Rosalind Franklin.
Watson construiu modelos da molécula do ADN e das suas bases azotadas e rapidamente
descobriu que a adenina e a timina se ligavam, assim como a guanina e a citosina, concluindo
acerca da dupla cadeia da molécula de ADN.
Wilkins é chamado para ver o modelo, e acha-o perfeitamente viável; mesmo o facto de
possuir apenas duas cadeias não é um problema, uma vez que no King’s College nunca tinham
chegado a estabelecer o número exato de cadeias. Franklin vai ver o modelo, mais tarde, e
concorda imediatamente com o que vê.
Surge agora um problema muito sensível. Watson e Crick chegam a uma estrutura do DNA
mas não têm dados experimentais seus que a suportem.
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A questão da sustentação e publicação do artigo é resolvida pelo acerto da publicação de
dois artigos do King’s em conjunto com o de Watson e Crick. Em primeiro lugar foi publicado o
artigo de Watson e Crick “A Structure for Deoxyribose Nucleic Acid”, descrevendo a sua
proposta de dupla hélice do DNA; em segundo lugar o artigo de Wilkins, Stokes e Wilson
“Molecular Structure of Deoxypentose Nucleic Acids”, analisando os resultados de
cristalografia e defendendo a ocorrência desta estrutura nos sistemas biológicos; em terceiro
lugar o artigo de Franklin e Gosling “Molecular Configuration of Sodium Thymonucleate”, em
que se publicam vários dos resultados de cristalografia de raios X, provando tratar-se de uma
hélice e o posicionamento do esqueleto fosfatado no exterior da estrutura. Na prática, a
ordem de publicação colmata a falha, a nível de resultados experimentais do artigo de Watson
e Crick, toda a sugestão feita neste artigo é sustentada pelos resultados dos dois artigos
seguintes que, por si, não sugerem uma estrutura final.
Em 1958 Rosalind Franklin morre, vítima de cancro e em 1962 Watson, Crick e Wilkins são
premiados com o prémio Nobel da Medicina.
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4 – A IMPORTÂNCIA DA DESCOBERTA DE JAMES WATSON
A descoberta de James Watson foi algo que realmente veio a revolucionar as investigações
a nível da genética.
Com a estrutura dupla hélice foi possível compreender o mecanismo de replicação do DNA,
que ocorre quando a dupla hélice é separada, na qual os dois filamentos separados irão formar
os filamentos complementares a cada um dos filamentos separados da dupla hélice de origem.
Todos estes processos, que já descrevi anteriormente (3.1. A MOLÉCULA DE DNA), apenas
foram descobertos com base no modelo da dupla hélice apresentado por esta equipa de
investigadores.
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6 – CONCLUSÃO
A ciência atravessou várias fases. Numa primeira fase, na ciência, dão-se uma série de
desenvolvimentos técnicos indispensáveis para que o DNA se torne importante, e em que
surgem também as ferramentas e técnicas para a sua análise. Em paralelo com o
desenvolvimento técnico, esta fase representa uma clara mudança de estatutos, quer do
cientista, quer da ciência. Estamos perante o fim da ciência dos grandes génios (cartesiana) e a
entrar na ciência de grupo e dos grandes laboratórios (baconiana). O laboratório montado no
King’s College por John Randall é uma das primeiras manifestações desta tendência. Podemos
relacionar toda esta transformação com a instrumentalização mais profunda da ciência pelos
estados, com um ambiente marcado pela II Guerra Mundial que, teve uma outra
consequência, mais direta: a migração dos cientistas Judeus para o Reino Unido e para os
Estados Unidos. A própria migração intelectual da física para a biologia pode ser vista como
uma consequência da guerra, como Wilkins declara conscientemente na sua biografia.
Provavelmente, há muito mais a dizer sobre o papel da II Guerra mundial na descoberta da
dupla hélice do DNA e de muitas outras descobertas, pois praticamente todos os
intervenientes, principais e secundários, foram influenciados direta ou indiretamente por esta
guerra, quer pela participação ativa na ciência de guerra (causando mortes), pelo exílio
(voluntário ou forçado), ou por empatia com as vítimas de perseguições (caso dos cientistas
judeus). Mais do que uma curiosidade, James Watson é uma das exceções, e talvez isso esteja
relacionado com a sua visão “egoísta” da descoberta da estrutura do DNA.
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pesquisar essa estrutura, e esse método surge quando Wilkins e Gosling descobrem que o DNA
cristaliza, indicando que é possível a sua análise através de estudos de difração de raios X.
Como podemos ver, a descoberta da dupla hélice do DNA está assente num grande
conjunto de acasos fundamentais para que esta descoberta tenha acontecido da forma que
aconteceu. O verdadeiro salto de partida para a concretização da descoberta foi a obtenção do
DNA por Maurice Wilkins, que por sua vez é obtida em consequência da decisão de Wilkins de,
após a sua participação no Projeto Manhattan, investigar a base física da vida. Este DNA de alta
qualidade era, provavelmente, o único disponível no mundo capaz de produzir difração de
raios X.
A questão com Rosalind Franklin é muito complexa, especialmente dada a sua morte
precoce. Watson (2002) em entrevista deu a sua sugestão da resolução ideal da situação: Crick
e Watson partilhariam o prémio Nobel da Medicina, e Wilkins e Franklin o da Química. Não
sabemos realmente o que poderia ter acontecido, mas talvez fosse possível uma resolução
desse género. O papel de Franklin só veio a público com a publicação da autobiografia de
Watson, The Double Helix, em 1968, dez anos após a sua morte e da atribuição do prémio
Nobel pela descoberta da estrutura do DNA. Não podemos saber o que teria acontecido, caso
não tivesse falecido tão cedo, mas há algumas coisas a dizer sobre isso. É provável que, caso
esse facto trágico não tivesse ocorrido, Franklin ainda assim não ganhasse o prémio Nobel.
Hoje sabe-se, pela abertura dos registos relativos ao prémio Nobel de 1962, que Franklin
nunca esteve na lista e, na realidade, até Wilkins não tinha sido incluído pela maioria dos
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nomeadores, o que é compreensível, uma vez que nem a própria sabia que os seus resultados
tinham sido utilizados para se chegar à conclusão da investigação.
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BIBLIOGRAFIA/WEBGRAFIA
https://www3.unicentro.br/petfisica/2019/03/13/james-watson-1928/
https://www.bbc.com/portuguese/geral-46847083
https://www.nobelprize.org/prizes/medicine/1962/watson/biographical/
Documentário- “American Masters. Decoding Watson”
https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81cido_desoxirribonucleico
https://ensina.rtp.pt/artigo/o-que-e-o-adn/
https://www.simonsfoundation.org/2013/05/16/james-d-watson/
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