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Alguns autores defendem que música é a combinação de sons e silêncios de uma maneira
organizada. Por exemplo, um ruído de rádio emite sons, mas não de uma forma organizada,
por isso não é classificado como música. Esta definição parece simples e completa, mas, no
entanto, é algo bastante mais complexo.
A música sempre esteve presente na cultura da humanidade, evoluindo através dos séculos e
resultando numa grande variedade de estilos musicais.
O seu aparecimento surge como forma de comunicação, do Homem com o mundo, de maneira
a este se relacionar com o outro. Rapidamente a música assume um papel mais importante,
englobando várias vertentes, podendo assim ser utilizada como forma de entretenimento,
diversão e educação.
As práticas musicais estão intimamente vinculadas ao contexto cultural que as produziu. Cada
cultura possui seus próprios parâmetros de criação musicais, ou seja, “idiomas” ou “dialetos”
próprios.
Mas a verdade é que a presença da música numa cultura é bastante importante, porque se
trata de uma “linguagem universal”, é um meio de comunicação entre pessoas de todo o
mundo. Por vezes não é necessário sabermos o conteúdo da música ou sequer entendermos;
muitas vezes, a melodia ou o sentimento envolvido já nos diz muito. Exemplo disso são as duas
músicas que acabei de mostrar que são apenas melodias, ou seja, parece que até são vazias de
conteúdo, uma vez que não têm letra, mas despertam em nós emoções contraditórias (uma
tristeza e outra animação).
Intuitivamente, nós sabemos selecionar o melhor estilo de música para cada ocasião. Por
exemplo, enquanto praticamos exercício físico preferimos ritmos mais acelerados, que ajudam
a estabelecer o ritmo dos exercícios dos praticantes e a distraí-los.
Já durante atividades que exigem concentração, apostamos em composições mais calmas, que
auxiliam a focar e relaxar.
O que demonstra o nosso relacionamento e identificação com esta arte, que é muito útil à
sociedade atual.
Ouvir música pode trazer muitos benefícios para a saúde, corpo e mente.
Ela tem sido usada, inclusive, por médicos e terapeutas como tratamento de várias doenças,
entre elas o Parkinson e o Alzheimer.
Em casos de Alzheimer e Parkinson, o terapeuta utiliza músicas que marcaram a época em que
o paciente era jovem, obrigando-o a exercitar o cérebro e a estimular os sentidos.
- letra da música,
- do evento relacionado
Para mais, a música também pode ressuscitar o sentimento de identidade do paciente com
demência e ajudá-lo a voltar a relacionar-se com os seus familiares e amigos, através de
memórias partilhadas.
Para além disso, a música desenvolve elevadas competências, e é por isso tão importante no
desenvolvimento humano.
A audição é o primeiro sentido a desenvolver- se, por volta do quarto mês de gestação, sendo
o primeiro a ligar-nos ao mundo exterior – o bater do coração da mãe, a sua voz, os seus sons
fisiológicos que se alteram ao longo do dia. O bebé, ainda no útero materno, desenvolve
reações a estímulos sonoros, como os “pontapés na barriga”.
As crianças tendem a permanecer mais calmas quando expostas a uma melodia serena e,
dependendo da aceleração do andamento da música, ficam mais alertas.
Quando a criança estuda música em conjunto, torna-se mais comunicativa e convive com
regras de socialização. A criança aprende a respeitar o tempo e a vontade do próximo; a
criticar de forma construtiva; a ter disciplina; a ouvir e interagir com o grupo.
A música é, portanto, um grande fator de desenvolvimento social e emocional.
A música tem um papel muito importante na inclusão social entre as pessoas. Não é de hoje
que esta arte atua na transformação da vida de milhares de jovens, tornando-se, muitas vezes
a única saída de realidades muito tristes que, infelizmente, continuam a existir no nosso país.
Quando citamos o termo “inclusão social”, a primeira referência que vem à mente diz respeito
aos problemas de desigualdade na nossa sociedade. No entanto, o conceito pode ser
estendido a outros casos, como deficiências, pessoas com dificuldade de aprendizagem ou
problemas psicológicos.
O papel da música pode ser crucial para facilitar a inclusão dessas pessoas num grupo e,
consequentemente, mudar a forma de vida delas.
Por exemplo, os coros e as orquestras são grupos que integram cantores e músicos de
diferentes perfis e idades, o que contribui para essa inclusão social.
A música tem uma importância significativa na inclusão de todos os alunos, uma vez que é na
escola inclusive que as crianças podem vivenciar a música e aprendê-la em grupo,
relacionando-se intelectual e emocionalmente umas com as outras.
Assim como existem pessoas a procurar a música como uma profissão, outras procuram-na
como um refúgio; pois ao expressar os nossos sentimentos através da música relaxamos
o corpo e alma e acabamos por sentir uma grande satisfação por fazer algo para nós mesmos,
e isso faz com que no dia a dia tudo o que fazemos fique melhor.
Muitos aprendem música como terapia, pois sabem percebem o quanto ela nos traz paz e faz
lembrar todos aqueles bons momentos com amigos e família, seja em nossa casa ou numa
festa.
De alguma forma a música, ajuda-nos a sentir aquela sensação de realização, o que, de certa
forma, aumenta muito a nossa auto-estima e desencadeia uma sensação de ânimo, pois aciona
o nosso raciocínio de uma forma mais confortável e não stressante, mas de uma maneira que
possamos desenvolver os nossos objetivos com maior esperança e segurança!