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Estudo Dirigido – AV I – Desenvolvimento

1 - No final dos anos de 1960, a classificação com cinco reinos tinha bastante aceitação. Um dos principais
pontos analisados nessa classificação era o tipo de célula: eucariótica e procariótica. Entretanto, com o
avanço dos estudos filogenéticos, foi possível observar que as diferenças entre os organismos poderiam ir
muito além e, assim, adotou-se um novo sistema de classificação, proposto por Carl Woese em 1977.
Woese analisou moléculas de RNA que formam os ribossomos e concluiu que os eucariontes são bem
próximos, mas os procariontes formam grupos distintos. O sistema de Woese classifica os seres vivos em
três domínios: Bacteria, Archaea e Eukaria. Esses três domínios são um nível taxonômico superior ao nível
de reino. Domínio Bacteria: Agrupa a maioria dos procariontes unicelulares, como bactérias
e cianobactérias; Domínio Archaea: Agrupa procariontes com características bioquímicas distintas e que
geralmente habitam regiões com condições extremas; Domínio Eukaria: Agrupa todos os organismos
eucariontes unicelulares e multicelulares, como fungos, animais, plantas e organismos anteriormente
classificados como protistas.

Em 1969, o cientista Whittaker propôs um novo modelo de classificação dos seres vivos interessante, que
até então eram compostos por quatro reinos, acrescentando um quinto reino, o reino Fungi, que abrange os
fungos, antes inclusos no reino Protista. Ele percebeu que os fungos possuíam características de dois grupos
distintos, o reino Plantae e Animalia. Apresentavam parede celular e eram heterotróficos, respectivamente.
No entanto houve a necessidade de separar esses seres com a criação d e um novo reino, o Fungi.

2 - O sistema de nomenclatura dos seres vivos está organizado de forma a universalizar e padronizar os seres
de modo a serem reconhecidos igualmente em qualquer lugar. Em 1735, o botânico Karl Von Linné
(Linneu) publica o livro Systema Naturae propondo as seguinte regras para classificar e identificar os seres
vivos:

O nome do gênero e da espécie devem ser escrito em latim e grifados ou em itálico.


Cada organismo deve ser reconhecido por uma designação binominal, onde o primeiro termo indica o seu
gênero e o segundo, a sua espécie. Ex.: Canis familiaris (cão); Musca domestica (Mosca); O nome relativo
ao gênero deve ser escrito com inicial maiúscula e o da espécie com inicial minúscula. Ex.: Homo sapiens
(Homem). Trypanosoma cruzi (ou Trypanosoma Cruzi).

Quando se trata de subespécies, o nome indicativo deve ser escrito sempre com inicial minúscula (mesmo
quando se refere a pessoas) , depois do nome da espécie. Ex.: Rhea americana alba (ema branca); Rhea
americana grisea (ema cinza);

• Nos caso de subgênero, o nome deve ser escrito com inicial maiúscula, entre parenteses e depois do nome
do gênero. Ex.: Anopheles (Nyssurhynchus) darlingi (um tipo de mosquito).
• No caso de o mesmo ser vivo ser nominado duas vezes, o nome mais antigo prevalece.
• Abreviação: a espécie usa-se ‘sp.’ O gênero usa-se a inicial do nome do gênero.
3 - Explicaria seus benefícios como o fato de que a maior parte do oxigênio que respiramos é resultado de
atividades microbianas. Também na agricultura onde bactérias nitrificantes auxiliam as plantas na fixação de
nitrogênio que é utilizado pelas plantas em seu crescimento e consequentemente depois são ingeridos por
nós. Na indústria alimentícia – como queijos, iogurtes, manteigas, pães, e bebidas alcoólicas – são resultado,
em parte da atividade microbiana.

4 - O objetivo de Pasteur era através de experimento derrubar a Teoria da Geração Espontânea. Essa teoria
dizia que os seres vivos eram capazes de serem reproduzidos por uma foça vital. Vinham à existência
através de objetos inanimados, como ambientes lamacentos, roupas sujas, corpos em decomposição, mas
que por meio dessa força vital que se encontrava no ar, podiam vir a existir. Para tanto, ele utilizou-se do
“frasco de Pasteur”’, hoje, assim conhecido.
Ele acabou utilizando um recipiente/frasco com o chamado "pescoço de cisne" e em seguida esquentou o
caldo de carne nutritivo por um período considerável e seguida deixou esfriar em contato com o ar, sem o
gargalo. Depois de um tempo o frasco apresentou sinais de contaminação. No entanto, Pasteur concluiu que
no ar existiam os responsáveis pela contaminação, os micróbios.

 Depois disso, pra provar a Teoria da Biogênese que afirmava que células vivas poderiam surgir apenas de
outras células vivas, ele colocou a substância nutritiva, levou ao fogo esticando e curvando em forma de S o
gargalo do frasco impossibilitando a troca com o ambiente externo e mostrando que, mesmo após meses de
espera, não houve contaminação.  E em um dos frascos ele retira o gargalo em forma de pescoço de cisne,
mostrando que ocorreu o "surgimento" de microrganismos, contaminação, no frasco (devido ao contato com
o meio externo), e no que foi conservado o pescoço de cisne, manteve-se intacto. 

Este modelo de vidraria criado por Pasteur permitia a entrada de ar, mas depois que o pescoço foi curvado,
prendia o microrganismo presente no ar, impossibilitando a contaminação do meio.

Enfim, a contaminação era o motivo do surgimento se vida.

5 - Suas descobertas científicas tiveram um impacto imenso na medicina e seus trabalhos deram início ao
que chamamos hoje de microbiologia. A importância de Pasteur do ponto de vista teórico é notável, pois ele
respondeu a importantes indagações sobre o ciclo da vida e da morte na natureza, ao considerar os
fenômenos da fermentação e da putrefação. Apesar de ter desenvolvido estudos importantes para a ciência,
foi a realização de pesquisas sobre as doenças infecciosas que fez a carreira do cientista ascender de modo
mais significativo. Por meio dos seus trabalhos sobre fermentação, Pasteur foi capaz de estabelecer as
noções básicas de esterilização e assepsia, com consequências na prevenção de contaminações e infecções
na cirurgia e obstetrícia. Cada vez mais engajado em pesquisas de doenças infecciosas, o químico descobriu
três bactérias responsáveis por doenças nos homens: estafilococos, estreptococos e pneumococos. Outra
contribuição muito importante dada por Pasteur foi a descoberta do agente transmissor da raiva que na época
não podia ser visto no microscópio, mostrando assim o mundo dos vírus.

6 - Os Postulados de Koch são procedimentos experimentais estabelecidos para relacionar uma doença a um
micróbio específico. Ele desenvolveu esses postulados depois de pesquisar a causa das mortes de rebanhos
de gados e ovelhas na Europa. Ele descobriu que a bactéria em forma de bastão Bacillus anthracis, assim
conhecida hoje, era a causa dessas mortes, através de infecção sanguínea. Essa descoberta e associação de
micróbios, bactérias com doenças específicas levou, por bastante tempo, os cientistas adotarem os
postulados de Koch como métodos de análises laboratoriais e pesquisas com microrganismos.

7 - Esse termo foi adotado e ganhando força depois dos experimentos de Pasteur que derrubaram a Teoria da
Geração Espontânea. Os pesquisadores e cientistas da época observaram que as atividades dos
microrganismos e as modificações físicos e químicas nos materiais orgânicos. Observaram isso em
decomposição de frutas, mortes de animais, etc. Com isso, os cientistas levantaram a hipótese de que os
microrganismos tinham uma relação semelhante com plantas, isto é, eles podem causar danos, doenças. Essa
ideia foi denominada Teoria do Germe da Doença. Para cada doença havia um germe específico.

8 - A descoberta que principiou aquilo que seria chamado de Quimioterapia Moderna foi do estudante de
medicina alemão Paul Ehrlich, com a descoberta da primeira droga sintética, nome dado aos agentes
quimioterápicos preparados de produtos químicos em laboratório. Ele especulou a criação de uma bala
mágica, que poderia deter um patógeno sem destruir o hospedeiro infectado. Ele, após inúmeros testes com
diversas substâncias encontrou um agente quimioterápico chamado salvarsan, derivado do arsênico. Nome
dado por acreditar que seria a salvação pra o problema da sífilis. Outro pesquisador de extrema importância
foi o médico bacteriologista escocês Alexander Fleming, que acidentalmente, conseguiu observar um
inibidor do crescimento bactericida (Staphylococcus aureus), nomeado com Penicilium notatun. Em 1920,
ele nomeou o inibidor ativo do fungo como Penicilina (antibiótico produzido por um fungo, Penicilium
notatun). Na década de 40 esse antibiótico foi produzido em larga escala.

9 - As células são a menor unidade estrutural e funcional de um ser vivo, e podem ser procariotas ou
eucariotas. De forma genérica, todas elas possuem membrana plasmática, estrutura esta que dá forma,
protege e seleciona a entrada e saída de substâncias pela célula; citoplasma, região fluida na qual ocorre a
maioria dos processos metabólicos e produção de diversas substâncias; e material genético, onde estão
registradas instruções que controlam o funcionamento celular. 

Células procarióticas são mais simples que as eucarióticas. Nestas, o DNA não está envolto por uma
membrana, não há núcleo definido pela carioteca (membrana nuclear) e podemos encontrar ribossomos
dispersos no citoplasma, organelas estas responsáveis pela síntese proteica. Moléculas circulantes de DNA,
os plasmídios, também podem ser encontradas. Externamente à membrana plasmática destas células, há a
parede celular. Indivíduos procarióticos são unicelulares, sendo estes: as bactérias, cianofíceas,
micoplasmas, rickéttsias e clamídias. Alguns destes indivíduos, como as cianofíceas, apresentam pigmentos
responsáveis pela fotossíntese.
Já as células eucarióticas, possuem maior tamanho e complexidade, a começar pelo núcleo individualizado,
envolvido pela carioteca. Seu citoplasma é interconectado por uma rede de tubos e canais membranosos e é
onde, além de ribossomos, também são encontradas mitocôndrias, retículo endoplasmático granuloso e não
granuloso, complexo golgiense, lisossomos, peroxissomos, centríolos, dentre outras organelas. Exemplos de
indivíduos eucariotas: animais, vegetais, fungos e protozoários.
10 - As bactérias são organismos bastante simples que podem ser agrupados de diferentes formas.
Analisando a forma e o arranjo das bactérias, temos as seguintes classificações:

 → Cocos: Bactérias com formato esférico ou oval. Exemplo: Staphylococcus e Streptococcu.


 Diplococos: Duas bactérias em formato de cocos unidas;
 Tétrades: Quatro cocos agrupados;
 Sarcina: Oito cocos unidos formando uma estrutura semelhante a um cubo;
 Estreptococos: Cocos unidos como uma cadeia (veja figura do início deste texto);
 Estafilococos: Cocos agrupados como um cacho de uvas.

→ Bacilos: Bactérias com formato cilíndrico ou em forma de bastão, que pode ser curto ou longo.
Exemplo: Escherichia, Bacillus e Clostridium.

 Diplobacilos: Bacilos dispostos aos pares;


 Estreptobacilos: Bacilos unidos formando uma cadeia.
 

→ Espiraladas: Bactérias com formato espiral. Exemplo: Vibrio cholerae e Leptospira.


 Espirilos: Bactérias em forma de espiral que apresentam corpo rígido e locomovem-se com a ajuda de
flagelos;
 Espiroquetas: Bactérias em espiral que são mais flexíveis e locomovem-se por contrações citoplasmáticas;
 Vibriões: Bactérias que apresentam corpo semelhante a uma vírgula.

Existem ainda bactérias que se apresentam como um bacilo extremamente pequeno. Elas são consideradas
uma forma de transição entre cocos e bacilos e recebem a denominação de cocobacilo.

11- Há diferentes graus de permeabilidade na parede dos microrganismos Gram-positivos e Gram-negativos.


As bactérias Gram-positivas retém o cristal violeta devido à presença de uma espessa camada de
peptidoglicano (polímero constituído por açúcares e aminoácidos que originam uma espécie de malha na
região exterior à membrana celular das bactérias) em suas paredes celulares, apresentando-se na cor roxa. Já
as bactérias Gram-negativas possuem uma parede de peptidoglicano mais fina  que não retém o cristal
violeta durante o processo de descoloração e recebem a cor vermelha no processo de coloração final.

12 - Os corantes são sais compostos de um íon positivo e um íon negativo, um dos quais é colorido e é
conhecido como cromóforo.

Corantes básicos: cromóforo colorido no íon positivo.


Corante ácidos: cromóforo colorido no íon negativo.

Como as células bacterianas são carregadas negativamente em pH 7. No entanto, o íon positivo colorido em
um corante básico é atraído pela célula bacteriana carregada negativamente.

CORANTES BÁSICOS: Mais usados que corantes ácidos; violeta e genciana, azul de metileno, vermelho
de malaquita e safranina.
Os corantes ácidos não são atraídos pela maioria dos tipos de bactérias, uma vez que é repelido pela
superfície bacteriana carregada negativamente. Assim a coloração cora o fundo.
CORANTES ÁCIDOS: Eosina, Fucsina ácida e nigrosina.

MORDENTE: é um aditivo, substância química, usado em coloração. Tem como função aumentar a
afinidade de uma coloração a uma amostra biológica. Tem como função também revestir uma estrutura
(como o flagelo que é de difícil visualização sem ele) tornando-a mais espessa e mais fácil de ver após ser
corada.

CONTRA CORANTE: corantes como safranina que possuem cor contrastante com a coloração primária.

13 - O procedimento de coloração de Gram objetiva classificar as bactérias em dois grandes grupos: gram-
positivas e gram-negativas.

Etapas do procedimento:

 Fixação do material.
Fixação do material: É fixada uma amostra do material, esfregaço, numa lâmina, pelo calor, com um corante
básico púrpura, normalmente a violeta de genciana. Objetiva-se nesse ponto destacar os microrganismos
para determinar as formas e arranjos celulares. Processo denominado coloração primária.

 Introdução do mordente. Após a coloração primária, o corante púrpura é lavado e o esfregaço é


recoberto com Iodo, um mordente.
Introdução do mordente: A adição do mordente, iodo, tem como objetivo realçar alguns detalhes estruturais
das células dos microrganismos que, sem sua adição, não seria nítida sua visualização. Quando o iodo é
lavado, ambas as bactérias gram-positivas e gram-negativas aparecem em cor violeta escuro ou púrpura.

 Lavar a lâmina com um agente descolorante.


Lavar a lâmina com um agente descolorante: Seguidamente ao processo anterior, lava-se a lâmina com
álcool ou uma solução de álcool-cetona. Essa solução é um a gente descolorante que remove o púrpura das
células de algumas espécies, outras não.
O corante púrpura e iodo se combinam no citoplasma de cada bactéria e a coram de violeta escuro ou
púrpura. As bactérias que retém essa cor após serem lavadas com o álcool são classificadas como gram-
positivas. Aquelas que perdem essa coloração após a lavagem com o álcool são classificadas como gram-
negativas.

 Lavar o álcool.
Lavar o álcool: O álcool é lavado, e a lâmina é então corada com safranina, um corante básico vermelho. O
esfregaço é lavado novamente, seco com papel e examina microscopicamente.
As bactérias gram-negativas são incolores após a lavagem com o álcool elas não são mais visíveis. Por isso
o corante BÁSICO safranina é adicionado. Ele cora as bactérias gram-negativas de rosa. Esses corantes
como safranina que possuem cor contrastante com a coloração primária são denominados
CONTRACORANTES. Já que as bactérias gram-positivas retém a cor púrpura original, elas não são
afetadas pelo contracorantes safranina.

14 - A lisozima, enzima presente em meios biológicos tais como secreções (lágrimas, saliva, muco nasal,
clara do ovo, etc.) ou no citoplasma das células fagocitárias, hidrolisa o peptidoglicano e, consequentemente,
destroi a parede. Desprovidas de parede, as bactérias transforma-se em protoplastos, extremamente
vulneráveis às variações da pressão osmótica.

A acção da penicilina conduz ao mesmo efeito, não porque destrua o peptidoglicano, mas porque inibe a sua
síntese, durante o crescimento bacteriano.

A acção lítica da lisozima ou a inibição de síntese do peptidoglicano pela penicilina conduz, nas bactérias
gram-negativas, à formação de esferoplastos. Estes são equivalentes aos protoplastos das bactérias gram-
positivas, com a diferença que conservam o folheto externo. Estas formas de bactérias tornadas deficientes
de parede podem, em cultura, reconstituir a parede. As formas espontaneamente deficientes, designam-se
por formas L.

15 - Isotônico: meio extra e intra são iguais, portanto nada acontece.

Hipertônico: a bactéria perderá água para o meio extracelular.

Hipotônico: a bactéria estará com o meio intracelular mais concentrado, portanto o líquido extracelular
entrará em seu organismo por osmose.

16 - Não, pois a maioria dos micoplasmas é resistente a penicilina.

17 -

18 - Os flagelos bacterianos são apêndices filamentosos longos que se estendem a partir da membrana
citoplasmática e atravessam a parede celular. Estruturas longas, delgadas e relativamente rígidas,
apresentando cerca de 20 nm de espessura e 15 a 20 µm de comprimento, responsáveis pela locomoção das
bactérias. Devido à sua pequena espessura, os flagelos somente podem ser visualizados por meio de
colorações específicas, microscopia de campo escuro, ou por microscopia eletrônica.

Função: Motilidade da bactéria (o flagelo propulsiona a bactéria através do líquido).

Estrutura: Um flagelo tem três partes: o corpo basal; uma estrutura curta em forma de gancho; e um
longo filamento helicoidal.

Filamento: é constituído pela proteína chamada flagelina. Esta proteína serve para identificar certas
bactérias patogênicas, pois os flagelos induzem a produção de anticorpo e o antígeno flagelar é conhecido
antígeno H.
Gancho: estrutura constituída  por uma proteína diferente da flagelina, a qual o filamento se liga.
Corpo basal: estrutura que ancora o filamento à parede celular e à membrana plasmática e é constituída de
pares de anéis. As gram-negativas contém 2 pares de anéis e as gram-positivas só 1 par.
Distribuição de flagelos na célula:
Monotríquia: um único flagelo em uma única extremidade (Pseudomonas).
Lofotríquia: um tufo de flagelos em uma, ou ambas as extremidades. Exemplo: alguns pseudomonas.
Anfitríquia: um flagelo em cada extremidade (como os espirilos)
Peritríquia: flagelos distribuídos por toda a célula bacteriana (sobre toda superfície). Exemplo: Escherichia.
Bactérias flageladas tem a vantagem de se mover para um ambiente favorável ou evadir-se de um
desfavorável. A movimentação dos flagelos ocorre através de um mecanismo de rotação do filamento.
O movimento de rotação do flagelo vem do corpo basal, que funciona como um motor e requer energia para
esse processo, mas não depende de ATP. A energia é proveniente do gradientes de prótons H + existentes na
membrana, a força próton-motiva. O flagelo se move com movimento rotatório, semelhante a uma hélice.
Os prótons atravessam as proteínas MOT, promovendo a rotação; são necessários 1.000 prótons para uma
única rotação. A velocidade de rotação varia de acordo com a intensidade da força  próton-motiva.
O flagelo pode ser  movido por um estímulo químico em um processo conhecido como quimiotaxia, no
qual compostos podem atuar como substâncias atraentes ou repelentes. A função principal do flagelo é levar
a bactéria a locais onde haja nutrientes. Esse reconhecimento é realizado por um processo de sinalização
celular.
O filamento dos flagelos apresenta estrutura helicoidal, com comprimento de onda constante para cada
espécie. Este corresponde a um cilindro longo e oco, composto por unidades repetitivas de uma proteína
denominada genericamente de flagelina, que pode variar de 30 a 60 kDa, dependendo do microrganismo. O
gancho apresenta maior espessura que o filamento, sendo composto por diferentes subunidades protéicas. O
corpo basal corresponde à porção mais complexa do flagelo, apresentando 4 anéis ligados a um bastão
central em bactérias Gram negativas, enquanto em Gram positivas são observados apenas 2 anéis. Os anéis
externos L e P associam-se ao LPS e peptidioglicano, respectivamente, enquanto os anéis MS e C estão
associados à membrana citoplasmática.

19 – Fímbrias: Aderir à superfície, as fímbrias auxiliam a bactéria patogênica a aderir às células superficiais
do trato respiratório, intestinal ou genituário assim como a outras células hospedeiras. Esta adesão previne
que as células bacterianas sejam retiradas do local pelo fluxo de muco ou outros fluídos corporais e permite
o início da infecção. Por exemplo, a bactéria patogênica Neisseria gonnohoeae que causa a gonorréia, possui
fímbrias que reconhecem e aderem a receptores em certas células humanas.

Pilis: A Pili está envolvida na transferência de DNA de 1 célula para outra. Por isto é chamada Pili sexual
(une células na conjugação). A pili F corresponde a uma estrutura bastante longa e menos rígida que as
fímbrias convencionais, estando envolvido no reconhecimento de outras bactérias, em um processo de
transferência de genes denominado conjugação.

20 - São basicamente os mesmos, mas as subdivisões deles em cada caso é que mudam. As procariontes têm
ribossomos 70S, cada um formado por uma sub-unidade grande (50S) e uma pequena (30S). As eucariontes
têm ribossomos 80S, sendo formadas por uma sub-unidade pequena 40S e uma grande 60S. O "S" é o
Svedberg, uma unidade de medida ribossomática baseada em sedimentação e que não é cumulativa, ou seja,
a soma dos dois não necessariamente vai coincidir com a soma matemática (pq quando dois se unem, há
uma perda de superfície no local da união). A utilidade pra essa diferença é que podemos criar antibióticos
que combatam uma infecção por bactéria sem prejudicar as células hospedeiras. 

21 - Os endósporos bacterianos são estruturas das bactérias, cuja função é proporcionar resistência e garantir
a sobrevivência do organismo em ambiente inadequado. Possuem este nome, pois são produzidos no interior
das bactérias. Os endósporos são produzidos pelas bactérias quando o meio em que se encontram está
desfavorável a sua sobrevivência.
 
Principais características:

Possuem parede grossa, sendo uma estrutura desidratada. Ela vai ser hidratada novamente somente quando
encontrar um ambiente adequado a sua reprodução.
 
São produzidos a partir da duplicação do DNA (ácido desoxirribonucleico). Portanto, o material genético da
bactéria está presente nos endósporos.
 
A bactéria possui a capacidade de liberar estes endósporos no ambiente.

São muito resistentes: ao calor, ao frio, ao ambiente seco (falta de água) e até as substâncias tóxicas
(capazes de matar muitos microrganismos).
Sob certas condições ambientais, como falta de nutrientes ou água, algumas espécies de bactéria formam
estruturas chamadas de endósporos. Ele resulta da desidratação da célula bacteriana e da formação de uma
parede grossa e resistente em torno do citoplasma desidratado. Nessas condições, o endósporo é capaz de
permanecer anos com a atividade metabólica suspensa, resistindo ao calor intenso, a falta de água entre
outras condições precárias. Portanto, a esporulação está relacionada à formação de estrutura capaz de
conferir resistência às bactérias e não à reprodução celular.

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