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TEORIA CELULAR

Teorias sobre a origem da vida

Desde que o homem adquiriu a capacidade de pensar e raciocinar, começou a questionar como surgiu a vida,
resultando em um dos problemas mais complexos e difíceis que o ser humano já enfrentou. Na busca por respostas,
tentou-se solucioná-lo através de explicações religiosas, mitológicas e científicas, das quais algumas geraram várias
teorias, enquanto outras foram descartadas.

Existem diversas teorias sobre a origem da vida, desde aquelas que afirmam que a vida e o próprio mundo foram
criados por um ser místico onipotente em sete dias (concepção judeocristã que perdurou na sociedade humana por
milênios), até aquelas que sugerem que algo não vivo, como lama, roupa suja ou uma simples poça de água suja,
pode dar origem a algo tão vivo quanto uma minhoca, uma mosca ou um sapo (a ideia da geração espontânea do
século passado), ou até mesmo teorias mais recentes que propõem a geração de organismos vivos por meio de
reações químicas autocatalíticas em fendas hidrotermais no fundo do oceano.

Quando os cientistas falam sobre a origem da vida, referem-se, em primeiro lugar, aos fenômenos físicos e reações
químicas que possibilitaram a formação das moléculas primordiais que constituem todos os seres vivos, as chamadas
biomoléculas (proteínas, carboidratos, ácidos nucleicos e lipídios). Em segundo lugar, estudam como tais moléculas
interagiram entre si para formar os primeiros seres vivos. Além disso, uma parte muito importante do problema da
origem da vida envolve o estudo da transição da evolução química para a evolução biológica, ou seja, como esses
seres primitivos adquiriram a característica fundamental e aparentemente exclusiva dos seres vivos: a adaptação ao
meio ambiente em que vivem, permitindo-lhes auto preservação e autopropagação.

Ainda não temos uma visão completa sobre esses fenômenos e reações que possibilitaram o surgimento da vida. No
entanto, temos boas pistas sobre quais podem ter sido os mecanismos de reação e as condições sob as quais esses
mecanismos ocorreram (como a composição da atmosfera, a temperatura do planeta, o pH dos oceanos, etc.)

A teoria da panspermia propõe que a vida surgiu no espaço e chegou ao nosso planeta na forma de esporos ou
outras formas de resistência. A partir desses elementos, o restante dos seres vivos teria se desenvolvido.

O primeiro ácido nucleico que teria surgido foi o RNA, mais simples e instável que o DNA, que surgiu posteriormente.
Atualmente, a teoria da panspermia foi reativada ao encontrar moléculas orgânicas simples, como aminoácidos, em
alguns meteoritos que caem na Terra (neopanspermia), sugerindo assim que a vida teria uma origem extraterrestre,
a partir de moléculas orgânicas contidas nesses meteoritos. Dessa forma, ou de outras, o oceano foi enriquecido
com matéria orgânica, que é a base da vida como a conhecemos.

O Experimento de Miller consistia em duas esferas de vidro conectadas por um tubo. A água em uma das esferas era
fervida e seu vapor arrastava os gases da atmosfera primitiva (metano, amônia, hidrogênio e outras moléculas
simples) para a outra esfera, onde descargas elétricas simulavam a radiação solar. Posteriormente, os gases eram
resfriados e a água com os produtos da reação era coletada em um depósito. Ao analisá-la, foram encontradas
pequenas quantidades de aminoácidos.

La história da classificação dos seres vivos é um processo longo e complexo que evoluiu ao longo do tempo. As
primeiras tentativas de classificação remontam às antigas civilizações, como os gregos e romanos, que
categorizavam os seres vivos com base em sua aparência e características gerais.

No entanto, foi no século XVIII que o naturalista sueco Carl Linnaeus estabeleceu as bases da moderna taxonomia,
introduzindo o sistema binomial de nomenclatura, que utiliza dois nomes latinos para designar cada espécie. Esse
sistema era baseado na morfologia dos organismos e agrupava os seres vivos em categorias hierárquicas, como
reino, classe, ordem, gênero e espécie.

À medida que o conhecimento científico avançava, surgiram novas teorias e técnicas para classificar os seres vivos.
No século XIX, Charles Darwin propôs a teoria da evolução por seleção natural, o que levou a considerar a história
evolutiva como um fator importante na classificação. A anatomia comparada e a genética começaram a ser utilizadas
para estabelecer relações de parentesco entre as espécies.
No século XX, com o desenvolvimento da biologia molecular, a classificação passou a se basear cada vez mais nas
informações genéticas e moleculares dos organismos. Introduziu-se o conceito de cladística, que busca agrupar os
seres vivos de acordo com o ancestral comum mais recente, independentemente de sua aparência externa.

Atualmente, a classificação dos seres vivos é baseada em filogenia, que utiliza evidências genéticas, morfológicas e
paleontológicas para construir árvores evolutivas que representam as relações de parentesco entre as espécies. São
utilizados domínios como a categoria mais alta, seguidos por reinos, filos, classes, ordens, famílias, gêneros e
espécies.

A classificação dos seres vivos continua sendo um campo de pesquisa ativo, uma vez que novas espécies são
descobertas e mais informações sobre a evolução e as relações entre os organismos são obtidas. A biodiversidade da
Terra é vasta e complexa, e os esforços para compreendê-la e classificá-la continuam em constante progresso

Taxonomia

A atual classificação dos seres vivos inclui três domínios e sete reinos. Os domínios agrupam os seres vivos de acordo
com suas características celulares, enquanto os reinos os agrupam com base em seu parentesco evolutivo. O sistema
de classificação dos seres vivos está estruturado da seguinte maneira:

Teoria celular

Graças às contribuições de diversos cientistas, os princípios da teoria celular foram estabelecidos, constituindo um
dos fundamentos essenciais no estudo dos seres vivos:

Tudo nos seres vivos é composto por células. Os organismos podem ser unicelulares, constituídos por uma única
célula, ou pluricelulares, compostos por várias células.

Todos os seres vivos têm sua origem em células preexistentes. As células não surgem de forma espontânea, mas sim
por divisão e diferenciação a partir de outras células.

Todas as funções vitais ocorrem dentro das células ou em sua proximidade imediata. A célula é a unidade fisiológica
ou funcional da vida.

Cada célula contém informações genéticas completas, permitindo a transmissão hereditária de geração em geração.

Células procarióticas e eucarióticas

A célula eucariótica possui uma membrana nuclear que separa o núcleo do citoplasma.

A célula procariótica não possui estruturas internas delimitadas por membranas, ou seja, seu conteúdo intracelular
está disperso no citoplasma.

Conclusão

Sabemos que a célula é a unidade fundamental que compõe os organismos vivos; por meio do estudo da célula,
aprendemos sobre sua composição e suas diversas formas. A teoria celular é uma parte fundamental da biologia que
explica a constituição dos seres vivos a partir de células e o papel que elas desempenham na constituição da vida,
destacando a importância essencial que ocupam em todos os organismos vivos.

Como futuros engenheiros ambientais, é fundamental compreender a estrutura da célula, pois esse conhecimento
remonta a tempos antigos e foi aprimorado essencialmente com a invenção do microscópio. Por meio dele,
podemos analisar as diferentes microcélulas que compõem todos os seres vivos e, com o auxílio de instrumentos
sofisticados, realizar diversos estudos sobre a composição e o desenvolvimento dos seres vivos. Além disso,
podemos estudar e analisar seus diferentes comportamentos orgânicos e biológicos, o que permite a exploração
dessa área da biologia.

As hipóteses atuais ainda estão baseadas na teoria de Oparin, que continua sendo a mais aceita, embora tenha sido
complementada e sofrido algumas modificações. Atualmente, acredita-se que a atmosfera primitiva não era tão
reativa e era composta principalmente por nitrogênio, vapor d'água e CO2. Por isso, supõe-se que a síntese das
primeiras moléculas pode ter ocorrido em zonas vulcânicas e que certos minerais seriam necessários para permitir a
união de moléculas orgânicas simples e formar as complexas, tornando mais provável que essa união tenha
acontecido em regiões argilosas, em vez de na água.

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