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2. Hipóteses sobre Origem dos Seres Vivos e Teoria
Endossimbiótica
2.1 METODOLOGIA CIENTÍFICA
Francesco Redi em meados do século XVII foi um dos primeiros cientistas a refutar a teoria da
abiogênese. O cientista procurou demonstrar que as larvas e moscas não se desenvolvem por meio de
carne em processo de putrefação, mas se originam a partir de ovos postos por outras moscas, que haviam
tido contato com aquela carne.
E foi refutada de vez por Louis Pasteur com o experimento do pescoço de cisnei, em 1860, Pasteur
adicionou um caldo nutritivo a um balão de vidro com gargalo alongado, e aqueceu o gargalo, imprimindo a
esse um formato de tubo curvo (pescoço de cisne). E prosseguiu com a fervura do caldo, submetendo-o a
uma temperatura até o estado estéril (ausência de micro-organismo), porém permitindo que o caldo
tivesse contato com o ar. Depois da fervura, deixando o balão em repouso por muito tempo, percebeu que
o líquido permanecia estéril.
Atualmente, a teoria mais aceita é a teoria heterotrófica, proposto por A. Oparin e J. B. Haldane na
década de 20. De acordo com os pesquisadores, as moléculas orgânicas complexas teriam se formado a
partir de moléculas simples nas condições da terra primitiva. Essa atmosfera primitiva seria composta,
possivelmente, por metano, amônia, hidrogênio e moléculas de água, porém não apresentava oxigênio,
permitindo que a radiação ultravioleta proveniente do sol atingisse a superfície da Terra. A partir da reação
de moléculas de metano, hidrogênio, nitrogênio e amônia, associadas ao vapor de água, descargas
elétricas, radiação ultravioleta e do calor dos
vulcões, houve a produção de aminoácidos,
açúcares e ácidos graxos, possibilitando a formação
de organismos.
A partir da aceitação da hipótese da
evolução gradual dos sistemas químicos, as
primeiras formas de vida eram heterótrofas, as
quais foram originadas em um ambiente rico em
substâncias orgânicas, mas com ausência de
oxigênio. Assim, supõem-se que os primeiros seres
vivos deveriam ter sido anaeróbicos, obtendo a
energia por fermentação. Posteriormente, com a
fermentação, iniciou-se a liberação de gás carbônico
e, nessa etapa, os primeiros seres capazes de utilizar
esse gás, a energia luminosa e a água foram capazes
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de fabricar seus compostos orgânicos, surgindo os seres autotróficos fotossintetizantes. O aparecimento de
organismos heterotróficos decorreu a partir do aumento da complexidade dos sistemas químicos, no
entanto esses seres são incapazes de produzir seu próprio alimento e utilizam substâncias orgânicas e
oxigênio para liberar energia. As bactérias são consideradas como um dos primeiros organismos primitivos.
3. Teorias da Evolução
3.1 TEORIA DE LAMARCK
A teoria de Lamarck consiste em duas leis fundamentais:
● Lei de uso ou desuso: os órgãos estariam sujeitos a hipertrofias e atrofias, devido ao seu uso
excessivo ou seu desuso.
● Lei da herança dos caracteres adquiridos: as quais seriam resultado do uso ou da atrofia pelo
desuso, sendo transmitidos aos descendentes.
Para Lamarck, as girafas ancestrais teriam o pescoço curto, mas para alcançar as folhas das árvores
precisavam esticá-lo e, por isso, ele se alongou, originando as girafas atuais.
3.3 NEODARWINISMO
O Neodarwinismo, ou teoria sintética da evolução, foi desenvolvido a partir da década de 30. No
Neodarwinismo, é demonstrado que a evolução é resultado da ação de diversos fatores, como: seleção
natural, com acréscimo das noções da genética, mutação (qualquer alteração no material genético) e
migração.
Um fator de destaque para o desenvolvimento da teoria da evolução consiste na redescoberta das leis
de Mendel em 1900. Assim, a partir dos trabalhos de Thomas Morgan (1866-1945), foi introduzida a
expressão alteração genética. Mais tarde, a descoberta de que o gene corresponderia a um trecho da
molécula de DNA, essa alteração, denominada mutação, pode ser explicada como uma modificação na
sequência de bases nitrogenadas do DNA. Dessa forma, a mutação passou a ser a matéria-prima para a
seleção natural.
Já a variabilidade genética está pautada nas mutações (qualquer alteração no material genético), na
meiose, por meio da combinação, ao acaso, dos cromossomos (crossing-over), e na deriva genética
(alteração ao acaso na frequência gênica). Outro ponto de destaque é que a seleção natural e o isolamento
geográfico (permite que a espécie se separe em duas linhas evolutivas, formando duas populações
diferentes entre si e diferentes da população original) atuam sobre a variabilidade genética.
Dessa forma, a teoria sintética da evolução considera a população (grupamento de indivíduos de uma
mesma espécie que ocorre na mesma área geográfica em um intervalo de tempo) como uma unidade
evolutiva.
Veja a seguir a síntese das teorias da evolução que estudamos até aqui:
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4. Explicações Pré-Darwinistas para a Modificação das
Espécies
As explicações sobre a origem da diversidade de espécies estão pautadas em diferentes correntes de
opinião, registradas no decorrer de séculos de história.
A primeira delas se relaciona com as ideias do Fixismo, considerada como uma teoria filosófica que não
admitia o fenômeno da evolução. Para a corrente fixista, as espécies foram criadas sem ter a capacidade de
se modificarem, sendo imutáveis e independentes umas das outras, dessa forma as espécies permane-
ceriam iguais desde o momento em que surgiram até os dias atuais.
Na teoria do criacionismo, as espécies foram sido criadas por uma entidade divina, e essas criações não
estariam suscetíveis a evoluções. O termo criacionismo se aplica às explicações mítico-religiosas para
origem do universo e dos organismos.
Na teoria do catatrofismo, os seres vivos eram destruídos por catástrofes naturais, ocorrendo em
seguida um novo povoamento. Alguns cientistas, como Cuvier e Lineu, não acreditavam na teoria da
evolução das espécies. Para Cuvier, as espécies atuais existiam desde a época da origem do mundo. Ele
ainda afirmava que o desaparecimento das espécies seria decorrente de catástrofes periódicas que teriam
abalado o planeta Terra, sendo que no final de cada cataclismo, como terremotos e enchentes, muitas
espécies estariam extintas, no entanto a vida continuaria devido à proliferação daquelas remanescentes.
Ambas as ideias, do fixismo e do criacionismo, permaneceram até a época do Renascimento (século
16), quando então começaram a ser questionadas por cientistas, como Erasmus Darwin, avô de Charles
Darwin
4.1 EVOLUCIONISMO
No evolucionismo, acreditava-se que as atuais espécies evoluíram a partir de outras já extintas. Entre os
evolucionistas, como Buffon, as alterações das espécies teriam ocorrido por meio da degeneração. Já para
Maupertius, a evolução ocorria pela seleção do ambiente, enquanto para Lamarck, a herança de caracteres
adquiridos pelo uso e desuso eram transferidos aos descendentes. Lamarck foi o primeiro cientista a
apresentar uma teoria a respeito da evolução das espécies, sendo que ele defendeu que as modificações
no meio ambiente ocasionariam nos seres vivos a necessidade de alterações, induzindo, dessa forma, um
processo evolutivo das espécies, a fim de se adaptarem ao ambiente. Ainda anterior às ideias de Darwin
sobre a evolução das espécies, podemos citar os estudos de Robert Chambers e de Erasmus Darwin.
Erasmus Darwin propôs que todas as espécies de sangue quente haviam surgido de um filamento
vivo e que eram capazes de continuar se aprimorando por sua atividade inerente, no entanto ele não
apresentou explicações dos mecanismos que fundamentariam essas ideias. Todavia, ele admitia a ascensão
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natural da vida e o parentesco entre todos os organismos. Já Robert Chambers admitiu que as espécies se
modificavam de forma gradual no decorrer do tempo geológico e que essas modificações não estariam
ligadas a nenhum tipo de catastrofismo, assim explicando que as extinções ocorriam numa luta intensa pela
sobrevivência. Porém, ele não explicou como ocorreriam essas mudanças.
consideradas como um dos primeiros organismos primitivos.
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dominantes; a redução da variabilidade, que é importante para a garantia de sobrevivência da espécie;
bem como da deriva gênica, comum de populações com grande número de indivíduos que apresentam
pouca variabilidade