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Origem e Evolução da Vida na Terra

 Várias foram as teorias que tentaram explicar a origem da vida na Terra :


 Donde vem a Vida?
 Fomos criados?
 Somos produto da evolução?

A Origem da Vida

O que diz, em linhas gerais, a teoria da geração espontânea (ou da abiogênese)? A vida teria surgido a
partir da matéria bruta (sem vida), na qual existiria um princípio activo., isto é, uma capacidade. de
produzir a vida. Essas ideias vinham desde Aristóteles, até meados do século XVII, quando começaram a
ser experimentalmente combatidas por Francisco Redi.

Teoria da biogênese

A vida só pode ser originada por outra vida preexistente, ou seja, pela reprodução de seus genitores. Essa
demonstração ocorreu por volta de 1860, através de Louis Pasteur, numa série de experimentos, entre os
ais o do frasco com pescoço de cisne. A Teoria Biogênese diz que a solução desse problema passa
necessariamente pelo recuo no tempo de um dos seres vivos para outro pré – existentes e conduzir ao
problema da origem dos 1ºs seres vivos na Terra ( Para esta teoria não existe geração expontânea ),
defendem que depois de se formarem os primeiros animais e plantas os outros apareceram por
multiplicação, defendem que um ser vivo aparece dum outro pré – existesnte. Esta teoria foi defendida
por um naturalista italiano de nome Francisco Redi.

Constituição da atmosfera primária da Terra

Ao atingirem um certo tamanho, os planetas em formação passaram a atrair, por gravidade, os gases hélio
e hidrogénio. Essa atmosfera, no entanto, logo desapareceu, varrida pelos fortes ventos de energia
solar.Como se formou e de que era constituída a atmosfera secundária da Terra primitiva? Que
ocorrências se seguiram? Uma atmosfera secundária formou-se lentamente pelo a cúmulo de gases
liberados do interior do próprio planeta: NH3 (amónia), H2 (hidrogénio), CH4 (metano) e H2O (vapor de
água). À medida que a crosta terrestre foi se esfriando, ocorreu condensação do vapor de água, formando-
se chuvas. Nas rochas, a temperatura ainda elevada, provocava evaporação dessa água de chuva, num
processo cíclico, acompanhado por descargas eléctricas.

Além disso, não existindo O3 (ozónio), as radiações ultravioletas chegavam à superfície sem obstáculos.
Descargas eléctricas e radiação ultravioleta agindo sobre CH4, NH3, H2 e H2O, desfizeram ligações,
permitindo que os átomos se combinassem de outras maneiras. Assim, aparecem na atmosfera substâncias
orgânicas, entre as quais aminoácidos, arrastados pelas chuvas através da crosta. Os aminoácidos
combinam entre si, formando moléculas maiores, assemelhadas a proteínas, levadas aos oceanos em
formação. Num passo seguinte as moléculas de proteínas se juntaram na água, formando pequenos
agregados, chamados coacervados.

Devido às constantes modificações químicas, alguns coacervados puderam adquirir uma complexidade
molecular crescente, até chegar a um estágio no qual surgisse a capacidade de duplicação: estava-se
diante de um ser vivo extremamente primitivo, porém capaz de reprodução. Por que motivo se acredita
hoje que os primeiros seres vivos foram heterótrofos? Para preservar sua organização e se duplicar, o
primeiro ser vivo necessitaria energia, que provavelmente foi extraída do alimento, pela fragmentação de
moléculas orgânicas, como os carbohidratos. O equipamento bioquímico de um heterótrofo é mais
simples do que o de um autótrofo. Então, é pouco provável que o autótrofo tivesse aparecido antes, pois
seria admitir que a estrutura mais complexa tenha surgido antes da mais simples. De acordo com a
hipótese heterotrófica, a inexistência de O2 na atmosfera fez com que processos anaeróbicos, como a
fermentação, fossem os únicos possíveis (heterótrofos 1 anaeróbios). Enquanto os heterótrofos
fermentadores se reproduziam, aumentando rapidamente em número, gastavam velozmente o stoque de
alimentos acumulados nos mares. Por outro lado, os fermentadores modificaram seu ambiente, liberando
CO2 gradualmente. Esses seres vivos, sujeitos ao mecanismo de evolução sofreram mutações, resultando
em variedades que foram submetidas à selecção ambientais da época. A presença exclusiva dos
heterótrofos terminaria por esgotar o stoque de alimento; é provável que, antes de isso ocorrer, por
evolução, surgiram os primeiros autótrofos, capazes de realizar fotossíntese. O material orgânico foi
regenerado com rapidez pelos autótrofos, além de modificarem a atmosfera, pela liberação de O2, que foi
se acumulando. Se, por evolução, surgissem seres que usassem o O2, para degradação do alimento
(heterótrofos aeróbios), eles teriam todas as condições para ser bem sucedidos. Apareceu assim a
respiração aeróbica, método bem mais eficiente do que a fermentação. A sobra de energia permitiu então
que os organismos crescessem e se reproduzissem com maior rapidez. Teorias de Evolução Biológica

A lei do uso e desuso, formulada por Lamarck lamarckismo - Teoria de J. B. lamarck, baseava-se em
duas leis:

1. Lei do uso e desuso - Quanto mais uma parte do corpo é usada, mais se desenvolve; por outro lado, as
partes que não são usadas enfraquecem gradativamente, podendo atrofiar-se com o tempo ou mesmo
desaparecer

2. Lei da herança de caracteres adquiridos - Tudo que o animal adquire, em função do uso e desuso, ou
seja, caracteres perdidos ou adquiridos, é transmitido de geração em geração Exemplo: Segundo essa lei,
características adquiridas pelos pais poderiam ser passadas aos seus filhos, assim um jogador de futebol
daria origem a crianças com a musculatura das pernas bem desenvolvidas, pois seu pai, ao jogar futebol,
exercitou demais esses músculos que hipertrofiaram. Como vimos, Lamarck, apesar de errado em vários
pontos de sua teoria, tem um grande valor, pois foi o primeiro a falar de adaptação, mesmo tendo errado
os meios pelos quais esta ocorria.

Darwinismo - No seu livro A Origem das Espécies, publicado em 1859, Charles Darwin explicou a
evolução por meio da selecção natural. A teoria proposta por Darwin (Darwinismo) propõe, em resumo,
que, na luta pela sobrevivência, os indivíduos portadores de variações (características) adaptativas às
condições ambientais levam vantagem competitiva sobre os indivíduos que não as possuem. Os adaptados
deixam mais descendentes, e os não adaptados são eliminados. A essa eliminação diferencial dos
indivíduos de uma espécie, Darwin denominou selecção natural. A selecção natural, actuando
continuamente sobre uma espécie, pode modificá-la gradualmente, a ponto de originar uma nova espécie.

As ideias de Darwin podem ser assim resumidas:

1. Os organismos vivos têm grande capacidade de reprodução. Apesar disso, já que o suprimento
alimentar é reduzido, poucos indivíduos chegam à idade de procriação. Disso decorre que os organismos
com as mesmas exigências alimentares competem entre si, "lutando" constantemente pela existência.

2. Os organismos apresentam variações hereditárias e, portanto, transmissíveis. Algumas variações são


mais favoráveis à existência do que outras, num determinado ambiente. Disso decorre que os organismos
com as variações mais favoráveis num determinado ambiente estarão mais capacitados a sobreviver e a se
reproduzir nele do que os que possuem variações desfavoráveis. Assim, cada geração sucessiva fica
melhor adaptada ao ambiente. Darwin só não foi mais completo porque não soube explicar a razão pela
qual existiam tantas variações em indivíduos pertencentes à mesma espécie. Mais tarde com a aceitação
dos cientistas em relação as teorias genéticas de Mendel o porque destas variações veio à tona. Análise de
um caso de evolução segundo as teorias de Darwin e Lamarck:

Teoria sintética da evolução

A moderna teoria da evolução, conhecida como neodarwinismo ou teoria sintética da evolução, faz a
síntese entre as ideias de Darwin e os novos conhecimentos científicos, particularmente no campo da
Genética.

Essa teoria reconhece como principais factores evolutivos a mutação genica, a recombinação genica e a
selecção natural. Mutação e recombinação provocam variações que diferem no seu valor adaptativo,
sendo, por isso, submetidas ao crivo da selecção natural. Se estas variações novas forem mais eficientes
do que as que existiam, são mantidas, e aquelas, progressivamente vão sendo eliminadas. Atenção:
Qualquer erro na duplicação do gene produz uma nova forma genética. A isso se denomina mutação
genica. Essas modificações ocorrem espontaneamente, porém, também podem ser provocadas por
diversos agentes físicos e químicos (agentes mutagênicos): variados tipos de radiações, tais como raios-X,
as ultravioleta (UV) e os raios-gama. Da mesma forma, diversas substâncias químicas são mutagênicas,
isto é, responsáveis por aumentos nas taxas de mutações dos genes: poluentes ambientais; gás mostarda
(arma química utilizada na 1.a Guerra Mundial . causava queimaduras severas); ácido nitroso; formol
(formaldeído a 40%); colchicina (induz a duplicação do número cromossômico da célula); talidomida
(sedativo receitado às gestantes na década de 60 . defeitos de formação nos membros superiores e
inferiores); aditivos alimentares (corantes, antioxidantes, estabilizantes, aromatizantes, adoçantes
artificiais).

Adaptação dos Seres vivos aos Factores Ambientais

Desde o tempo dos filósofos gregos, passando pelos pensadores do século passado, a adaptação dos seres
vivos aos seus ambientes de vida é um fato incontestável. A origem da adaptação, porém, é que sempre
foi discutida. Desde a Antigüidade se acreditava que essa harmonia seria o resultado de uma criação
especial, a obra de um criador que teria planejado todas as espécies, adequando-as aos diferentes
ambientes. Com o advento do cristianismo, ficou mais fácil admitir que as espécies, criadas por Deus,
seriam fixas e imutáveis. Os defensores dessa idéia, chamados de fixistas ou criacionistas, propunham que
a extinção de muitas espécies seria devida a eventos especiais como, por exemplo, muitas catástrofes que
exterminaram grupos inteiros de seres vivos.

Lentamente, no entanto, a partir do século XIX, uma série de pensadores passou a admitir a idéia da
substituição gradual de espécies por outras através de adaptações a ambientes em contínuo processo de
mudança. Essa corrente de pensamento, transformista, que vagarosamente foi ganhando adeptos,
explicava a adaptação como um processo dinâmico, ao contrário do que propunham os fixistas. Para o
transformismo, a adaptação é conseguida através de mudanças. À medida que muda o meio, muda a
espécie. Os adaptados ao ambiente em mudança sobrevivem. Essa idéia deu origem ao evolucionismo.
Evolução biológica é a adaptação das espécies a meios continuamente em mudança. Essa mudança das
espécies nem sempre implica aperfeiçoamento ou melhora. Muitas vezes leva a uma simplificação.

“A evolução pode ser vista como um processo contínuo em que o material biológico que constitui as
populações e que apresenta uma determinada variabilidade genética é submetido a um conjunto de
pressões selectivas.” BERNARDO (1995, p. 14)
Uma das evidências mais importantes da ocorrência de Evolução biológica é dada pelos fósseis.

O Darwinismo e o Lamarckismo

Darwin e a selecção natural

A partir da ideia de adaptação de populações a seus ambientes, fica fácil entender as propostas de Charles
Darwin (1809-1882), inglês, autor da teoria da Selecção Natural. Imaginando-se dois ratos, um cinzento e
outro albino, é provável que em muitos tipos de ambientes o cinzento leve vantagem sobre o albino. Se
isto realmente acontecer, é sinal de que o ambiente em questão favorece a sobrevivência de indivíduos
cinzentos ao permitir que, por exemplo, eles fiquem camuflados entre as folhagens de uma mata. Os
albinos, sendo mais visíveis, são mais atacados por predadores. Com o tempo, a população de ratos
cinzentos, menos visada pelos atacantes, começa a aumentar, o que denota seu sucesso. É como se o
ambiente tivesse escolhido, dentre os ratos, aqueles que dispunham de mais recursos para enfrentar os
problemas oferecidos pelo meio. A esse processo de escolha, Darwin chamou Selecção Natural. Note que
a escolha pressupõe a existência de uma variabilidade entre organismos da mesma espécie.

Lamarck acreditava que, por exemplo, mudanças das circunstâncias do ambiente de um animal
provocariam modificações suas necessidades, fazendo que ele passasse a adoptar novos hábitos de vida
para satisfazê-las. Com isso o animal passaria a utilizar mais frequentemente certas partes do corpo, que
cresceriam e se desenvolveriam, enquanto outras partes não seriam solicitadas, ficando mais reduzidas,
até se atrofiarem. Assim, o ambiente seria o responsável directo pelas modificações nos seres vivos, que
transmitiriam essas mudanças aos seus descendentes, produzindo um aperfeiçoamento da espécie ao
longo das gerações.

Com base nessa premissa, postulou duas leis. A primeira, chamada Lei do Uso e desuso, afirmava que, se
para viver em determinado ambiente fosse necessário certo órgão, os seres vivos dessa espécie tenderiam
a valorizá-lo cada vez mais, utilizando-o com maior frequência, o que o levaria a hipertrofiar. Ao
contrário, o não uso de determinado órgão levaria à sua atrofia e desaparecimento completo ao longo de
algum tempo.

A segunda lei, Lamarck chamou de Lei da Herança dos Caracteres Adquiridos. Através dela postulou
que qualquer aquisição benéfica durante a vida dos seres vivos seria transmitida aos descendentes, que
passariam a tê-la, transmitindo-a, por sua vez, às gerações seguintes, até que ocorresse sua estabilização.

Tipos de adaptações
As adaptações são caracteres que ajustam ou adequam melhor as espécies às suas condições de vida ou ao
seu meio ambiente e que resultam de mutações ocorridas no passado em ancestrais dessas espécies.

“Pode, pois, considerar-se que o tempo e a reprodução diferencial das formas favorecidas em relação às
menos aptas produzem mudanças nas espécies existentes, conduzindo a formação de novas espécies”
SILVA (2005, p. 135)

Podemos classificar as adaptações em dois tipos fundamentais:

morfológicas e fisiológicas.

As adaptações morfológicas consistem em modificações na forma ou na estrutura da espécie. Exemplo


as barbatanas das baleias e as asas dos morcegos e aves.

Adaptações morfológicas

As adaptações fisiológicas consistem numa adequação funcional do organismo ao tipo de ambiente em


que vive. Um peixe de água doce e um de água salgada são exteriormente semelhantes, porém seus
organismos funcionam de forma diferente para controlar a diferença da concentração salina da água onde
vivem.

Camuflagem e Mimetismo são adaptações morfológicas que oferecem às espécies melhores condições
de defesa ou de ataque. Quando a espécie revela a mesma cor ou possui uma forma que se confunde com
coisas do ambiente, está manifestando uma adaptação chamada de camuflagem. É o caso do camaleão.
.
Camuflagem do Camaleão

Quando os indivíduos de uma espécie se assemelham bastante aos de outra espécie, levando vantagem
com essa semelhança, o fenómeno é chamado de mimetismo.Temos como exemplo a falsa-coral, cobra
não venenosa.

Cobra coral verdadeira Falsa cobra coral


Sumário
A teoria da geração espontânea (ou da abiogênese)? A vida teria surgido a partir da matéria bruta (sem
vida). Teoria da biogênese A vida só pode ser originada por outra vida preexistente, ou seja, pela
reprodução de seus genitores. Darwin fala da selecção natural realizada pela natureza sobrevivência do
mais apto, permitindo que eles gerem maior número de descendentes (teoria da selecção natural).
Lamarck formulou a Lei da Herança dos Caracteres Adquiridos e de Uso e desuso

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