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Esta data representa um grande ganho para o WWF, uma vez que encoraja a sociedade no geral,
tanto de forma individual ou colectiva, a se engajar mais em acções de conservação, o que vem
fortalecer as actividades que o WWF vem desenvolvendo em todo o mundo, tendentes a manter
um “planeta vivo” onde o ser humano viva em harmonia com a natureza.
A Convenção Sobre Diversidade Biológica (CBD) estabelece normas e princípios que devem reger o uso
e a protecção da diversidade biológica em cada país signatário.
Em linhas gerais, a Convenção da Diversidade Biológica - CDB propõe regras para assegurar a
conservação da biodiversidade, o seu uso sustentável e a justa repartição dos benefícios provenientes do
uso económico dos recursos genéticos, respeitada a soberania de cada nação sobre o património existente
em seu território.
A Convenção Sobre Diversidade Biológica (CBD) já foi assinada por 175 países (em 1992 durante a Eco-
92), dos quais 168 a ratificaram, incluindo o Brasil (Decreto Nº 2.519 de 16 de março de 1998).
Um dos conflitos entre a CDB e o tratado internacional TRIPS é que, enquanto a CDB, estabelece
princípios de repartição justa e equitativa dos benefícios, valorização dos conhecimentos tradicionais
entre outros, o sistema de patentes do TRIPs protege, assegura monopólio e propriedade àquele que detém
e desenvolve novas tecnologias e produtos, inclusive os oriundos da biodiversidade acessada por meio de
conhecimento tradicional.
As propostas sobre a implementação dos princípios da CDB entre os países mega-biodiversos e aqueles
detentores de tecnologia não avançam em função de que alguns países, como é o caso dos EUA, não
ratificaram essa tratado multilateral. Portanto, não são obrigados a respeitar (e não respeitam) os
princípios da Convenção.
A biodiversidade deve ser avaliada e sua evolução, analisada (através de observações, inventários,
conservação…) que devem ser levada em consideração nas decisões políticas. Está começando a receber
uma direcção jurídica.
A convenção de 1972 da UNESCO estabeleceu que os recursos biológicos, tais como plantas, eram uma
herança comum da humanidade. Essas regras provavelmente inspiraram a criação de grandes bancos
públicos de recursos genéticos, localizados fora dos países-recursos.
Novos acordos globais (Convenção sobre Diversidade Biológica), dá agora direito nacional soberano
sobre os recursos biológicos (não propriedade). A ideia de conservação estática da biodiversidade está
desaparecendo e sendo substituída pela ideia de uma conservação dinâmica, através da noção de recurso e
inovação.
Os novos acordos estabelecem que os países devem conservar a biodiversidade, desenvolver recursos para
sustentabilidade e partilhar os benefícios resultante de seu uso. Sob essas novas regras, é esperado que o
Bioprospecto ou colecção de produtos naturais tem que ser permitido pelo país rico em biodiversidade,
em troca da divisão dos benefícios.
Princípios soberanos podem depender do que é melhor conhecido como Access and Benefit Sharing
Agreements (ABAs). O espírito da Convenção sobre Biodiversidade implica num consenso informado
prévio entre o país fonte e o colector, a fim de estabelecer qual recurso será usado e para quê, e para
decidir um acordo amigável sobre a divisão de benefícios. O bioprospecto pode vir a se tornar um tipo de
Biopirataria quando esses princípios não são respeitados.
A Convenção sobre a diversidade biológica (CDB) (EN) foi assinada pela Comunidade e por todos os
seus Estados-Membros na Conferência das Nações Unidas sobre Ambiente e Desenvolvimento, realizada
no Rio de Janeiro, de 3 a 14 de Junho de 1992. A decisão referida adopta a convenção em nome da
Comunidade Europeia.
Desde há várias décadas que se observa uma considerável redução da diversidade biológica à escala
mundial e europeia como consequência de determinadas actividades humanas (poluição, desflorestação,
etc.). Segundo um relatório do Programa das Nações Unidas para o Ambiente (PNUA), em alguns países
europeus, já se encontram extintas, em percentagens que atingem os 24%, espécies de determinados
grupos, como borboletas, aves e mamíferos.
Esta situação é preocupante. Com efeito, uma diversidade biológica adequada limita os efeitos de
determinados riscos ambientais como as alterações climáticas e as invasões de parasitas. A diversidade é
essencial para a viabilidade a longo prazo das actividades agrícolas e haliêuticas, constituindo a base de
vários processos industriais e da produção de novos medicamentos. A conservação e a utilização
sustentável da diversidade biológica são indispensáveis para alcançar um desenvolvimento sustentável,
bem como os objectivos de desenvolvimento do milénio no tocante à pobreza, à saúde e ao ambiente. Em
2002, na cimeira mundial sobre o desenvolvimento sustentável de Joanesburgo, os chefes de Estado do
mundo inteiro acordaram na necessidade de reduzir de forma significativa a taxa de perda da diversidade
biológica até 2010. A CDB foi reconhecida como instrumento principal nesta matéria. Em 2001, o
Conselho Europeu de Göteborg aprovou o objectivo de deter a perda de diversidade biológica na União
até 2010.
Os Estados são responsáveis pela conservação da sua diversidade biológica e pela utilização sustentável
dos seus recursos biológicos.
A CDB tem por objectivo a conservação da diversidade biológica, a utilização sustentável dos seus
componentes e a partilha justa e equitativa dos benefícios que advêm da utilização dos recursos genéticos,
inclusivamente através do acesso adequado a esses recursos e da transferência apropriada das tecnologias
relevantes, tendo em conta todos os direitos sobre esses recursos e tecnologias, bem como através de um
financiamento adequado.
De acordo com a Carta dos Nações Unidas e com os princípios do direito internacional, os Estados têm o
direito soberano de explorar os seus próprios recursos na aplicação da sua própria política ambiental e a
responsabilidade de assegurar que as actividades sob a sua jurisdição ou controlo não prejudiquem o
ambiente de outros Estados ou de áreas situadas fora dos limites da sua jurisdição.
Sob reserva dos direitos dos outros Estados e salvo disposição expressa em contrário na convenção, as
disposições da convenção aplicam-se em relação a cada parte contratante:
Cada parte contratante deverá, na medida do possível, cooperar directamente com outras partes
contratantes ou, quando apropriado, através das organizações internacionais competentes, relativamente a
áreas fora da sua jurisdição e em outras questões de interesse mútuo para a conservação e a utilização
sustentável da diversidade biológica.
Cada parte contratante deverá, de acordo com as suas condições e capacidades particulares:
Cada parte contratante deverá, na medida do possível, adoptar medidas económica e socialmente
correctas que actuem como incentivos para a conservação e a utilização sustentável dos componentes da
diversidade biológica.
A convenção prevê:
O estabelecimento e a continuação dos programas de educação e de formação
científica e técnica para identificação, conservação e utilização sustentável da
diversidade biológica e seus componentes, bem como a prestação de apoio para tal
fim de acordo com as necessidades específicas dos países em desenvolvimento;
O incentivo da investigação que contribua para a conservação e a utilização
sustentável da diversidade biológica, particularmente nos países em
desenvolvimento;
O incentivo da utilização dos progressos científicos em matéria de investigação
sobre diversidade biológica tendo em vista o desenvolvimento de métodos de
conservação e utilização sustentável dos recursos biológicos, bem como a
promoção de uma cooperação para esse efeito.
Sumário
A Convenção Sobre Diversidade Biológica (CBD) estabelece normas e princípios que devem reger o uso
e a protecção da diversidade biológica em cada país signatário.. De acordo com a Carta dos Nações
Unidas e com os princípios do direito internacional, os Estados têm o direito soberano de explorar os seus
próprios recursos na aplicação da sua própria política ambiental e a responsabilidade de assegurar que as
actividades sob a sua jurisdição ou controlo não prejudiquem o ambiente de outros Estados ou de áreas
situadas fora dos limites da sua jurisdição.