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O Manuseio da Biodiversidade

Manuseio da biodiversidade: conservação, preservação e protecção

A conservação da biodiversidade biológica tornou-se uma preocupação global. Apesar de não haver
consenso quanto ao tamanho e ao significado da extinção actual, muitos consideram a biodiversidade
essencial.

Há basicamente dois tipos principais de opções de conservação, conservação in-situ e conservação ex-
situ. A in-situ é geralmente vista como uma estratégia de conservação elementar. Entretanto, sua
implementação é às vezes impossível. Por exemplo, a destruição de hábitats de espécies raras ou
ameaçadas de extinção às vezes requer um esforço de conservação ex-situ. Além disso, a conservação ex-
situ pode dar uma solução reserva para projectos de conservação in-situ. Alguns acham que ambos os
tipos de conservação são necessários para assegurar uma preservação apropriada.

Um exemplo de um esforço de conservação in-situ é a construção de áreas de protecção. Um exemplo de


um esforço de conservação ex-situ, ao contrário, seria a plantação de germoplasma em bancos de
sementes. Tais esforços permitem a preservação de grandes populações de plantas com o mínimo de
erosão genética.

A ameaça da biodiversidade biológica estava entre os tópicos mais importantes discutidos na Conferência
Mundial da ONU para o desenvolvimento sustentável, na esperança de ver a fundação da Global
Conservation Trust para ajudar a manter as colecções de plantas.

Biodiversidade: tempo e espaço

A biodiversidade não é estática. É um sistema em constante evolução tanto do ponto de vista das espécies
como também de um só organismo. A meia-vida média de uma espécie é de um milhão de anos e 99%
das espécies que já viveram na Terra estão hoje extintas.

A biodiversidade não é distribuída igualmente na Terra. Ela é, sem dúvida, maior nos trópicos. Quanto
maior a latitude, menor é o número de espécies, contudo, as populações tendem a ter maiores áreas de
ocorrência. Este efeito que envolve disponibilidade energética, mudanças climáticas em regiões de alta
latitude é conhecido como efeito Rapoport.

Existem regiões do globo onde há mais espécies que outras. A riqueza de espécies tendem a variar de
acordo com a disponibilidade energética, hídrica (clima, altitude) e também pelas suas histórias
evolutivas.
A maioria das pessoas vê a biodiversidade como um reservatório de recursos que devem ser
utilizados para a produção de produtos alimentícios, farmacêuticos e cosméticos. Este conceito do
gerenciamento de recursos biológicos provavelmente explica a maior parte do medo de se perderem estes
recursos devido à redução da Biodiversidade. Entretanto, isso é também a origem de novos conflitos
envolvendo a negociação da divisão e apropriação dos recursos naturais.

Mas afinal o que é Biodiversidade: Biodiversidade – ou diversidade biológica – é a variedade de vida no


planeta terra. Incluem-se a variedade genética dentro das populações e espécies; a variedade de espécies
da flora, da fauna e de microorganismos; a variedade de funções ecológicas desempenhadas pelos
organismos nos ecossistemas; e a variedade de comunidades, hábitats e ecossistemas formados pelos
organismos. Biodiversidade refere-se tanto ao número de diferentes categorias biológicas quanto à
abundância relativa dessas categorias.

Como medir a biodiversidade

Do ponto de vista previamente definido, nenhuma medida objectiva isolada de biodiversidade é possível,
apenas medidas relacionadas com propósitos particulares ou aplicações.

Para os conservacionistas práticos, essa medida deveria quantificar um valor que é, ao mesmo tempo,
altamente compartilhado entre as pessoas localmente afectadas.

Para outros, uma definição mais abrangente e mais defensável economicamente, é aquela cujas medidas
deveriam permitir a assegurar possibilidades continuadas tanto para a adaptação quanto para o uso futuro
pelas pessoas, assegurando uma sustentabilidade ambiental. Como conseqüência, os biólogos
argumentaram que essa medida é possivelmente associada à variedade de genes. Uma vez que não se
pode dizer sempre quais genes são mais prováveis de serem mais benéficos, a melhor escolha para a
conservação é assegurar a persistência do maior número possível de genes.

Para os ecólogos, essa abordagem às vezes é considerada inadequada e muito restrita.

Inventário de espécies

A Sistemática mede a biodiversidade simplesmente pela distinção entre espécies. Pelo menos 1,75
milhões de espécies foram descritas; entretanto, a estimativa do verdadeiro número de espécies existentes
varia de 3,6 para mais de 100 milhões. Diz-se que o conhecimento das espécies e das famílias tornou-se
insuficiente e deve ser suplementado por uma maior compreensão das funções, interações e comunidades.
Além disso, as trocas de genes que ocorrem entre as espécies tendem a adicionar complexidade ao
inventário.

A biodiversidade está ameaçada


Durante as últimas décadas, uma erosão da biodiversidade foi observada. A maioria dos biólogos acredita
que uma extinção em massa está a caminho. Apesar de divididos a respeito dos números, muitos cientistas
acreditam que a taxa de perda de espécies é maior agora do que em qualquer outra época da história da
Terra.

Alguns estudos mostram que cerca de 12,5% das espécies de plantas conhecidas estão sob ameaça de
extinção. Alguns dizem que cerca de 20% de todas as espécies viventes podem desaparecer em 30 anos.
Quase todos dizem que as perdas são decorrentes das actividades humanas, em particular a destruição dos
habitats de plantas e animais.

Alguns justificam a situação não tanto pelo sobre uso das espécies ou pela degradação do ecossistema
quanto pela conversão deles em ecossistemas muito padronizados (ex.: monocultura seguida de
desmatamento). Antes de 1992, outros mostraram que nenhum direito de propriedade ou nenhuma
regulamentação de acesso aos recursos necessariamente leva à diminuição dos processos de degradação, a
menos que haja apoio da comunidade.

Entre os dissidentes, alguns argumentam que não há dados suficientes para apoiar a visão de extinção em
massa, e dizem que extrapolações abusivas são responsáveis pela destruição global de florestas tropicais,
recifes de corais, mangues e outros habitats ricos.

A domesticação de animais e plantas em larga escala é um factor histórico de degradação da


biodiversidade, gerando a selecção artificial de espécies, onde alguns seres vivos são seleccionados e
protegidos pelo homem em detrimento de outros.

A preservação da Biodiversidade

A preservação estabelece práticas que asseguram a protecção integral dos recursos naturais. Na
actualidade há toda uma necessidade de se preservar a biodiversidade que é uma das propriedades
fundamentais da natureza, responsável pelo equilíbrio e estabilidade dos ecossistemas. As funções
ecológicas desempenhadas pela biodiversidade são ainda pouco compreendidas, muito embora considere-
se que ela seja responsável pelos processos naturais e produtos fornecidos pelos ecossistemas e espécies
que sustentam outras formas de vida e modificam a biosfera, tornando-a apropriada e segura para a vida.A
diversidade biológica possui, além de seu valor intrínseco, valor ecológico, genético, social, económico,
científico, educacional, cultural, recreativo e estético. Com tamanha importância, é preciso evitar a perda
da biodiversidade e cada vez mais preservá-la. É por estas e outras razões que o WWF, através da sua
rede internacional, empenha-se na preservação e conservação da biodiversidade, como forma de garantir a
continuidade da vida no planeta.
Sumário
Há basicamente dois tipos principais de opções de conservação, conservação in-situ e conservação ex-
situ. A biodiversidade não é estática. É um sistema em constante evolução tanto do ponto de vista das
espécies como também de um só organismo. A biodiversidade não é distribuída igualmente na Terra.
Apesar de divididos a respeito dos números, muitos cientistas acreditam que a taxa de perda de espécies é
maior agora do que em qualquer outra época da história da Terra.

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