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CAPÍTULO 01 – BIODIVERSIDADE
O Homem é o principal responsável da perda da biodiversidade. As espécies têm sido exterminadas de
maneira muito rápida pela ação humana, com uma taxa de extermínio 50 a 100 vezes superior aos índices de
extinção por causa natural.
Exemplos da ação do homem e suas consequências na biodiversidade do planeta:
Eliminação ou alteração do habitat pelo homem - é o principal fator da diminuição da
biodiversidade. A eliminação de vegetação local para construção de casas ou para atividades agropecuárias
altera o meio ambiente. Em média, 90% das espécies extintas acabaram em consequência da destruição de
seu habitat;
Superexploração comercial - ameaça muitas espécies marinhas e algumas terrestres;
Poluição das águas, solo e ar - estressam os ecossistemas e matam os organismos;
Introdução de espécies exóticas - ameaçam os locais por predação, competição ou alteração
do habitat natural.
A diversidade biológica apresenta um papel fundamental para a nossa espécie, uma vez que
aproximadamente 40% da economia mundial e 80% das necessidades dos povos dependem dos recursos
biológicos.
Devido essencialmente a atividades humanas como a agricultura, a pesca, a indústria, os transportes e a
urbanização de extensas partes do território, entre outras, observa-se que os ecossistemas e as espécies se
encontram, a um nível global, cada vez mais ameaçadas, com a consequente diminuição da biodiversidade.
Esta tendência pode vir a ter, profundas implicações no desenvolvimento econômico e social da
comunidade humana, pois é frequentemente acompanhada por profundas alterações ambientais.
Neste contexto, o conceito de conservação da natureza tem vindo a evoluir precisamente no sentido
de manutenção da biodiversidade.
Tanto a comunidade científica internacional quanto governos e entidades não-governamentais
ambientalistas vêm alertando para a perda da diversidade biológica em todo o mundo, e, particularmente nas
regiões tropicais. A degradação biótica que está afetando o planeta encontra raízes na condição humana
contemporânea, agravada pelo crescimento explosivo da população humana e pela distribuição desigual da
riqueza. A perda da diversidade biológica envolve aspectos sociais, econômicos, culturais e científicos.
Em anos recentes, a intervenção humana em hábitats que eram estáveis aumentou significativamente,
gerando perdas maiores de biodiversidade. Biomas estão sendo ocupados, em diferentes escalas e
velocidades. Áreas muito extensas de vegetação nativa foram devastadas no Cerrado do Brasil Central, na
Caatinga e na Mata Atlântica. É necessário que sejam conhecidos os estoques dos vários hábitats naturais e
dos modificados existentes no Brasil, de forma a desenvolver uma abordagem equilibrada entre conservação
e utilização sustentável da diversidade biológica, considerando o modo de vida das populações locais.
Como resultado das pressões da ocupação humana na zona costeira, a Mata Atlântica, por exemplo,
ficou reduzida a aproximadamente 10% de sua vegetação original. Na periferia da cidade do Rio de Janeiro,
por exemplo, são encontradas áreas com mais de 500 espécies de plantas por hectare, muitas dessas são
árvores de grande porte, ainda não descritas pela ciência.
Os principais processos responsáveis pela perda da biodiversidade são:
1. Perda e fragmentação dos hábitats;
2. Introdução de espécies e doenças exóticas;
3. Exploração excessiva de espécies de plantas e animais;
4. Uso de híbridos e monoculturas na agroindústria e nos programas de reflorestamento;
5. Contaminação do solo, água, e atmosfera por poluentes; e
6. Mudanças Climáticas.
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As inter-relações das causas de perda de biodiversidade com a mudança do clima e o funcionamento
dos ecossistemas apenas agora começam a ser vislumbradas.
Três razões principais justificam a preocupação com a conservação da diversidade biológica. Primeiro
porque se acredita que a diversidade biológica seja uma das propriedades fundamentais da natureza,
responsável pelo equilíbrio e estabilidade dos ecossistemas. Segundo porque se acredita que a diversidade
biológica representa um imenso potencial de uso econômico, em especial pela biotecnologia. Terceiro
porque se acredita que a diversidade biológica esteja se deteriorando, inclusive com aumento da taxa de
extinção de espécies, devido ao impacto das atividades antrópicas.
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baseadas no fator evolutivo. A moderna classificação biológica dos seres vivos leva em conta o grau de
parentesco evolutivo das espécies.
Estima-se que são conhecidas atualmente entre 1,5 e 1,8 milhão de espécies de seres vivos. Há
evidências para se supor que muitas espécies ainda não foram identificadas e estima-se que esse número seja
entre 10 milhões e 100 milhões de novas espécies, não levando em conta as espécies extintas.
Alguns organismos vivos apresentam características muito marcantes que permitem classificá-los em
grupos bem definidos. Outros, no entanto, apresentam algumas peculiaridades que tornam uma classificação
exata impossível. Diante dessa problemática, é constante a busca por maneiras mais fieis de classificação.
A partir desses estudos, ficou claro que os eucariontes apresentam muitas relações entre si e que os
procariontes poderiam ser organizados em dois grupos. Os seres vivos passaram, então, a ser classificados
em três subdivisões principais, denominadas de domínios, uma categoria acima de Reino.
O Sistema dos Três Domínios é uma forma de agrupamento dos diferentes reinos da taxonomia
tradicional em três grandes clades designadas por domínios. Este esquema classificativo foi proposto por
Carl Woese em 1990, tendo, entretanto, ganhado larga aceitação (embora não universal).
No Sistema dos Três Domínios, a categoria domínio é o segundo nível hierárquico de classificação
científica dos seres vivos, depois da categoria suprema que enquadra o universo constituído por todos os
seres vivos, o super-domínio Biota. Nele são considerados os seguintes três agrupamentos (daí o nome):
Domínio Eubacteria, que inclui as bactérias;
Domínio Archaea, anteriormente chamado Archaebacteria, que inclui os procariontes que não
recaem na classificação anterior;
Domínio Eukaria, que inclui todos os eucariontes, os seres vivos com um núcleo celular organizado.
A classificação anterior não inclui os vírus dada a dificuldade em integrá-los entre os seres vivos dada
a ausência de algumas das características definidoras de vida.
OS CINCO REINOS
Reino Monera: abrange todos os organismos unicelulares e procariontes (bactérias e cianobactérias)
Reino Protista: abrange organismos uni-pluricelulares e eucariontes (protozoários – heterotróficos e
algas – autotróficos)
Reino Fungi: abrange seres uni e pluricelulares, eucariontes e heterotróficos por absorção são
aclorofilados (fungos)
Reino Plantae ou Metaphyta: seres pluricelulares, eucariontes e autotróficos (briófitas, pteridófitas,
gimnosperma e angiosperma)
Reino Animalia ou Metazoa: seres pluricelulares, eucariontes e heterótrofos por ingestão (todos
animais dos poríferos aos cordados)
OBS: Os vírus não pertencem a nenhum reino específico, embora alguns autores os classifiquem no reino
monera para efeito didático.
CATEGORIAS TAXONÔMICAS
São grupos formados por seres vivos, medindo um certo grau de parentesco evolutivo. A formação
desses grupos segue uma ordem hierárquica como podemos perceber a seguir:
OBS: Pertencem a mesma espécie os indivíduos que apresentam características físicas e fisiológicas e são
capazes de cruzar-se naturalmente entre si, gerando descendentes férteis.
As categorias taxonômicas citadas podem ser subdivididas como ocorre com subfilo, superclasse,
subgênero, subespécie, dentre outras.
Entre as categorias taxonômicas fundamentais, o Reino é a mais geral e a Espécie é a mais restrita.
Para pensar: O gato pertence à família dos felinos e à ordem dos carnívoros. Em qual desses dois grupos há
maior quantidade de seres?
ANIMAIS HÍBRIDOS
Os animais híbridos são seres oriundos do cruzamento genético entre espécies diferentes, porém do
mesmo gênero, ou seja, ocorre quando dois animais distintos cruzam e surge um novo animal, geralmente
estéril, devido aos seus genes incompatíveis: o animal híbrido.
Importante observar que os animais híbridos são caracterizados pelo cruzamento interespécies,
enquanto que os animais mestiços surgem do cruzamento de animais da mesma espécie, entretanto, de raças
diferentes, por exemplo, o cruzamento de cães como um pastor alemão e um fila brasileiro.
Apesar de a maioria dos híbridos (seja de origem animal ou vegetal) serem inférteis, há eventos raros
de animais híbridos férteis como é o caso das fêmeas do Javaporco, animal híbrido surgido do cruzamento
entre um javali e um porco.
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4) Considere os seguintes seres vivos: mosca, homem, cavalo, macaco, borboleta e zebra. Adote um critério
de classificação e separe-os em grupos. RESPOSTA:
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5) Quais as características que definem um ser vivo como pertencente à mesma espécie do outro?
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7) Quais são os cinco reinos da Natureza? Cite um ser de cada reino, como exemplo. RESPOSTA:
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8) Alunos de uma escola, em visita ao zoológico, deveriam escolher uma das espécies em exposição e
pesquisar sobre seus hábitos, alimentação, distribuição, etc. No setor dos macacos um dos alunos ficou
impressionado com a beleza e agilidade dos macacos-pregos. No recinto desses animais havia uma placa
com a identificação: Nome vulgar: Macaco-prego (em inglês) Raing-tail Monkeys ou (Weeping cupuchins).
Ordem: primates; Família Cebidae; Espécie: Cebus apella. Esta foi a espécie escolhida por esse aluno.
Chegando em casa, procurou um site de busca e pesquisa na Internet. O aluno deveria digitar até duas
palavras-chaves e iniciar a busca. Que palavras o aluno deve digitar para obter informações apenas sobre a
espécie escolhida? Justifique a sua sugestão.
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10) Embora sejam popularmente chamados de “ursos”, na realidade o urso castanho de origem européia,
Ursus arctos; o urso preto americano, Euarctos americanus; e o urso polar branco, Thalarctos maritimus,
são animais distintos. Se fosse possível o encontro do urso castanho com o urso polar, um suposto
acasalamento resultaria em reprodução? Justifique.
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REFERÊNCIAS
MENDONÇA, Vivian L. Biologia: os seres vivos - volume 2: ensino médio. 3. ed. São Paulo: Editora AJS,
2016.
SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "Três domínios"; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/tres-dominios.htm. Acesso em 17 de agosto de 2020.