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VÍRUS

Disponível em:https://www.google.com/search?Drus+covid- Acessado dia 10/02/2023)

Nicolau S. Prímola -CMBH – 2023

Sequência Didática Nº 02 – Vírus

DETALHAMENTO DOS OBJETOS DO CONHECIMENTO:

1) Características gerais e ciclos reprodutivos 2) Doenças virais


O termo vírus ( do latim virus, veneno ) designa um grupo
bastante variado de seres cujo tamanho situa-se entre 15
e 300nm ( 1 nm = a 1 milésimo do micrômero = 1
milésimo do mm ). São invisíveis mesmo nos melhores
microscópios ópticos, sendo visíveis apenas em
microscopia eletrônica.

São estruturas compactas, quase sempre, e são


constituídos por uma ou algumas moléculas de ácidos
nucléicos ( DNA ou RNA ) envoltos por moléculas de
proteínas.
•São acelulares ( Isso é: Não são constituídos por células,
entretanto precisam delas para reproduzirem ).
•São parasitas Intracelulares Obrigatórios ( bactérias,
protozoários, algas, fungos, plantas e animais).
•Quando fora da célula os vírus não se multiplicam nem
apresentam qualquer tipo de atividade metabólica.
•São considerados sistemas biológicos por: apresentarem
ácidos nucléicos semelhantes aos dos demais seres vivos e
por utilizarem o mesmo sistema de codificação genética que
todas as formas de vida conhecidas.
•Infecção Viral: Representa
a invasão de uma célula
por um vírus.
• Viroses: Representam as
doenças causadas por
vírus:
• Exemplos:
AIDS, GRIPES,
VARÍOLA, SARAMPO,
CATAPORA e
POLIOMIELITE
TAXONOMIA DOS VÍRUS
Os vírus não são enquadrados em nenhum dos três domínios ou menos dentro
dos cinco reinos. Devido à dificuldade em classificar os vírus entre os seres vivos
(conceito que ainda está em discussão), dentro da classificação dos três
domínios foi incluído um quarto domínio, Aphanobionta, atribuído exclusivamente
aos vírus. No entanto, a taxonomia de vírus obedece critérios específicos de
nomenclatura e classificação, de acordo com a seguinte hierarquia:
Ordem (-virales)
Família (-viridae)
Subfamília (-virinae)
Gênero (-virus)
Espécie
A taxonomia de vírus e sua nomenclatura é estabelecida pelo Comitê
Internacional de Taxonomia de Vírus (ICTV, do inglês “International Committee
on Taxonomy of Virus“), entidade composta por grupos especializados de
virologistas de todo o mundo.
Constituído por:
1.Uma ou mais moléculas de
ácido nucléico ( DNA ou RNA).
2. Capsídio = Moléculas de
proteínas.
3. Envelope externo: Presente
em alguns vírus. Formado por
partes de membrana plasmática
da célula em que se originaram.
• Representa o conjunto de Genes do vírus.
(Os vírus apresentam poucos genes se comparados a outros organismos )
Exemplo:
Genoma Humano: 25 mil genes
Genoma Bacteriano: 4 mil genes
Genoma dos Vírus:
Varíola ( 200 genes )
AIDS ( 10 genes ).
• Material Genético:
• Vírus DNA
• Vírus RNA
Tipo de Cadeia:
DNA Fita Dupla: A maioria
DNA Fita Simples: Bacteriófago ǿX174, Vírus
de Bactérias e Parvovírus.

RNA Fita Simples: Amaioria


RNA Fita Dupla: Grande maioria dos vírus que
infectam Plantas e Reovírus ( Causador da diarréia
em humanos ).
Alguns vírus de RNA, de acordo com sua estratégia de
replicação, são denominados RETROVÍRUS. Ex. HIV
Retrovírus
Contêm uma cadeia
simples de RNA genômico
associada à enzima
transcriptase reversa. Esta
catalisa a síntese de uma
cadeia simples de DNA cuja
sequência de bases é
complementar à do RNA
viral. Exemplo: Vírus HIV.
.
Replicação do genoma:

DNA RNA PROTEÍNA

RNA+ RNA PROTEÍNA

RNA DNA RNA PROTEÍNA


5.
Mais estáveis que os Sem enzimas de reparo,
vírus de RNA, devido a replicação é mais
à presença das propensa a erros e a
enzimas de reparo da taxa de mutação é
célula invadida, que elevada.
reduzem a
possibilidade de São, por isso, capazes
mutações. de infectar diferentes
hospedeiros e
aumentar sua
virulência.
1. Capsídio: Material de natureza protéica que protege o
material genético. Apresenta formas variadas e
complexas. Juntos, capsídio e ácido nucléico compõem
o nucleocapsídio.
2. Envelope Viral: Em certos vírus, o nucelocapsídio é
envolto por uma membrana lipoprotéica, o envelope
viral. Essa é formada quando a partícula viral é expelida
pela célula hospedeira. Composição: Proteínas, Lipídios
e Proteínas virais específicas.
1. Vírus Envelopados: Herpes, Varíola, Rubéola e Gripe.
2. Vírus Não Envelpados: Adenovírus ( Causadores de infecções
respiratórias e conjuntivites ) e Vírus da Poliomielite ( Causador
da paralisia infantil ).
1. Ciclo Reprodutivo de um Vírus Bacteriófago ( = Fago )
1. São Vírus que atacam bactérias.
2. Constituídos Por:
Etapas da Replicação Viral
Ao encontrar uma bactéria que lhe servirá de hospedeiro , o fago
adere à parede bacteriana por meio de ligantes presentes na cauda
cilíndrica. Em seguida , perfura a parede bacteriana e injeta nela o
DNA; a cabeça e a cauda do fago não penetram na célula.
Eventos:
1.No interior da célula bacteriana, o DNA do fago inicia a sua
multiplicação. Resultando em dezenas de cópias idênticas ao
DNA viral.
2.Ao mesmo tempo, o DNA viral comanda a síntese de
moléculas de RNAm, utilizando para isso os sistemas
enzimáticos e a energia da própria bactéria.
3.O metabolismo bacteriano passa a ser comandado pelo
genoma do
fago.
4.Moléculas de RNAm viral são traduzidas em proteínas,
algumas das quais inibem o funcionamento do cromossomo
bacteriano e o picotam em pequenos fragmentos.
5.Outras proteínas passam a constituir dezenas de cabeças e
caudas,
que se associam a moléculas de DNA viral, originando fagos
completos.
6.Uma enzima ( LISOZIMA ) codificada no genoma viral é
produzida pela bactéria na fase final da infecção, degradando
os componentes da parede bacteriana.
Em certos tipos de bacteriófagos, o DNA viral injetado na bactéria pode
se incorporar ao cromossomo bacteriano em vez de multiplicar-se
imediatamente após a penetração. Nesse estado integrado, o DNA viral
é chamado de PROFAGO.

A bactéria que transporta o Profago é chamada de lisogênica ( do grego


lise, destruição e genesis, origem ), uma vez que a qualquer momento o
fago pode libertar-se do cromossomo bacteriano e destruir a célula
hospedeira.

Ciclo Lisogênico: Representa as sucessivas divisões da bactéria


lisogênica, em que o vírus integrado se transmite às células-filhas.

Ciclo Lítico: Ocorre quando o profago se desprende do cromossomo


bacteriano e passa a multiplicar-se, originando novos fagos e causando
a lise ( destruição) celular.
1. EPISSOMOS: Em alguns fagos, o DNA injetado
não se multiplica, mas também não se integra ao
cromossomo da célula hospedeira; ele permanece
livre no citoplasma em estado de inatividade e é
denominado de epissomo.

2. FAGOS TEMPERADOS: Fagos capazes de se


manterem inativos na célula hospedeira, seja como
profagos, seja como epissomos.
No ciclo lisogênico, o vírus invade a bactéria ou a célula hospedeira,
onde o DNA viral incorpora-se ao DNA da célula infectada. Isto é, o DNA
viral torna-se parte do DNA da célula infectada. Uma vez infectada, a
célula continua suas operações normais, como reprodução e ciclo
celular. Durante o processo de divisão celular, o material genético da
célula, juntamente com o material genético do vírus que foi incorporado,
sofrem duplicação e em seguida são divididos equitativamente entre as
células-filhas. Assim, uma vez infectada, uma célula começará a
transmitir o vírus sempre que passar por mitose e todas as células
estarão infectadas também. Sintomas causados por um vírus que se
reproduz através desta maneira, em um organismo multicelular podem
demorar a aparecer. Doenças causadas por vírus lisogênico tendem a
ser incuráveis. Alguns exemplos incluem a AIDS e herpes.

Obs: Sob determinadas condições, naturais e artificiais (tais como


radiações ultravioleta, raios X ou certos agentes químicas), uma bactéria
lisogênica pode transformar-se em não-lisogênica e iniciar o ciclo lítico.
No ciclo lítico, o vírus invade a bactéria, onde as funções
normais desta são interrompidas na presença de ácido
nucléico do vírus (DNA ou RNA). Esse, ao mesmo tempo em
que é replicado, comanda a síntese das proteínas que
comporão o capsídeo. Os capsídeos organizam-se e
envolvem as moléculas de ácido nucléico. São produzidos,
então novos vírus. Ocorre a lise, ou seja, a célula infectada
rompe-se e os novos bacteriófagos são liberados. Sintomas
causados por um vírus que se reproduz através desta
maneira, em um organismo multicelular aparecem
imediatamente. Nesse ciclo, os vírus utilizam o equipamento
bioquímico(Ribossomo)da célula para fabricar sua proteína
(Capsídeo).
VIROSES
(Doenças Virais)
Adendo
( Alguns conceitos básicos de saúde pública )

1. Epidemias: Aumento súbito no número de casos de uma


doença em uma população. Ex: Dengue, Zika e Ebola.
2. Endemia: Quando uma doença se mantém em frequência
praticamente constante em determinada região. Ex: Febre
Amarela
3. Pandemia: termo utilizado para designar uma doença que
atinge mais de um continente, em uma onda epidêmica que
pode prolongar-se por anos. Ex: AIDS, SARS e Gripe.
4. Surto: É uma forma particular de epidemia, em que todos os
casos estão relacionados entre si. Ex: Cólera após terremoto
em 2010 no Haiti.
Adendo – continuação
( Alguns conceitos básicos de saúde pública )

5.Zoonoses Virais: São doenças humanas causadas por vírus que


atacam tanto células humanas quanto células de outros animais,
podendo assim uma pessoa infectar-se pelo contato com um animal
portador do vírus. Ex: Raíva ou hidrofobia ( espécies animais
portadoras destes vírus são chamadas de reservatórios naturais –
Ex: Morcegos, cães, gatos e outros mamíferos contaminados).
6.Vetores: São os animais (pernilongos, pulgas, mosquitos, ratos
etc) que transmitem algumas doenças. Doenças transmitidas
por vetores são aquelas que precisam de um intermediário para
passar de um animal para outro, ou seja,
essas doenças não são transmitidas pelo contato direto como as
gripes e maioria das viroses
Adendo – continuação
( Alguns conceitos básicos de saúde pública )

7. Arbovírus ( sigla do inglês: arthropod borne virus) que significa “


vírus transmitido por artrópodes”. Ex: Vírus da febre amarela, da
dengue e de diversas encefalites são tipos de arbovírus, cujo os
vetores são mosquitos.
8. Agente Etiológico: O agente etiológico é capaz de desencadear os
sinais e os sintomas de uma patologia. Isso quer dizer que ele é o
organismo causador da doença. Na AIDS por exemplo, o agente
etiológico é o vírus HIV. Já no caso da Doença de chagas, o agente
etiológico é o Trypanossoma cruzi.
Os principais agentes etiológicos conhecidos estão normalmente
agrupados no grupo dos:
vírus, bactérias, protozoários, fungos, platelmintos e nematelmintos
.
1. Coronavírus

(Disponível em: https://www.google.com/search. Acessado em 11/02/2020


Características gerais dos Coronavírus
O que é coronavírus?
• Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O
novo agente do coronavírus ( nCoV-2019 ) foi descoberto em 31/12/2019
após registrados na china.
• Os primeiros coronavírus foram identificados em meados da década de
1960.
• Tipos:
• Alfa coronavírus 229E e NL63.
• Beta coronavírus OC43 e HKu1.
• SARS-CoV ( Causador da Síndrome Respiratória Grave ou SARS - 2002).
• MERS-CoV ( Causador da Síndrome Respiratória do Oriente Médio ou
MERS - 2012).
• nCoV-2019: Novo tipo de vírus do agente coronavírus, chamado de
novo coronavírus, que surgiu na China em 31 de dezembro de 2019.
Coronavírus
Coronavírus e o novo coronavírus
a.Agente etiológico: nCoV-2019
b.Modo de transmissão:As investigações ainda estão em andamento, mas
disseminação de pessoa para pessoa, ou seja, a contaminação por contato,
está ocorrendo ( Costuma ocorre pelo ar ou por contato pessoal com
secreções contaminadas, como: gotículas de saliva, tosse, catarro, contato
pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou
superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz e olhos.
c.Características da Infecção:
• Os coronavírus apresentam uma transmissão menos intensa que o
vírus da gripe e , portanto, o risco de maior circulação mundial é
menor.
• Período de incubação: Pode ficar incubado por duas semanas,
período em que os sintomas levam para aparecer desde a infecção.
• Sintomas: São principalmente respiratórios, semelhantes a um
resfriado. Podem, também, causar infecção do trato respiratório
inferior, como pneumonias. Os principais sintomas são:
• Febre.
• Tosse.
• Dificuldade para respirar.
Coronavírus
16. Coronavírus e o novo coronavírus – continuação

d.Medidas Profiláticas: O ministério da saúde orienta cuidados para reduzir o


risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o
novo coronavírus. Entre as medidas estão:
• Vacinação.
• Evitar contato próximo com pessoas que sofrem de infecções
respiratórias agudas;
• Realizar lavagem das mãos, especialmente após contato direto com
pessoas doentes ou com o meio ambiente;
• Utilizar lenço descartável para higiene nasal;
• Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir;
• Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
• Higienizar as mãos após tossir ou espirrar;
• Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou
garrafas; manter ambientes ventilados;
• Evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas da
doença;
• Evitar contato próximo com animais selvagens e animais doentes em
fazendas ou criações.
• Profissionais de saúde devem usar máscara cirúrgica, luvas, avental não
estéril e óculos de proteção.
16. Coronavírus e o novo coronavírus – continuação

e.Diagnóstico ( nCoV-2019 ): É feito com a coleta de duas amostras de materiais


respiratórios ( Aspiração de vias aéreas ou indução de escarro ).
As amostras são encaminhadas ao Lacen ( Laboratório central de saúde pública ).
Uma das amostras será encaminhada ao NIC ( Centre Nacional de Influenza e a
outra será enviada para análise de metagenômica.
Serão realizados exames de biologia molecular que detecte o RNA viral.
f. Tratamento:
• Não há um tratamento específico.
• No caso do novo coronavírus humano é indicado repouso e consumo de
bastante água, além de algumas medidas adotadas para aliviar os sintomas,
conforme cada, caso, como, por exemplo:
• Uso de medicamentos para dor e febre ( Antitérmicos e analgésicos ).
• Uso de umidificador no quarto ou tomar banho quente para auxiliar no
alívio da dor de garganta e tosse.
Dados Recentes – Novo Coronavírus
Dados Recentes – Novo Coronavírus
Dados Recentes – Novo Coronavírus
Dados Recentes – Novo Coronavírus
Dados Recentes – Novo Coronavírus
2. Resfriado
a. Agente etiológico: Rinovírus ( tipo diferente
de vírus que causa a gripe).
b. Modo de transmissão: Transmitido de uma
pessoa para outra por gotículas de
secreções , como a saliva, espalhadas pelo
ar.
c. Características da Infecção: semelhantes ao
da gripe, mas menos intensos (Coriza, tosse,
dificuldade para respirar, febre, dor de
cabeça, dores musculares e fraqueza).
d. Medidas Profiláticas: Semelhantes as da
gripe ( Lavar as mãos, proteger nariz e boca,
evitar aglomerações, manter ambientes
arejados, não levar as mãos aos olhos, boca
e nariz depois de tocar em objetos coletivos
e não compartilhar copos, talheres ou
objetos de uso pessoal).
3. Gripe
a.Agente etiológico: Influenzavirus.
b.Modo de transmissão: Transmitido de uma pessoa para outra por gotículas
de secreções , como a saliva, espalhadas pelo ar.
c.Características da Infecção: Coriza, tosse, dificuldade para respirar, febre,
dor de cabeça, dores musculares e fraqueza. A gripe H1N1, que voltou a ter
aumento significativo em 2016, é causada pelo vírus H1N1, um subtipo do
influenzavirus A. O vírus da gripe é altamente mutagênico o que dificulta uma
a produção de uma vacina que venha a conferir uma imunidade permanente.
d.Medidas Profiláticas: Lavar as mãos, proteger nariz e boca, evitar
aglomerações, manter ambientes arejados, não levar as mãos aos olhos,
boca e nariz depois de tocar em objetos coletivos e não compartilhar copos,
talheres ou objetos de uso pessoal). As vacina contra a gripe devem ser
tomadas todos os anos, especialmente por idosos, gestantes e crianças.
4. Dengue
a. Modo de transmissão: Picada pelo vetor ( mosquito Aedes aegypti ) fêmea.
b. Características da infecção:
a. Dengue é uma doença tropical infecciosa causada pelo vírus da
dengue, um arbovírus da família Flaviviridae, gênero Flavivírus e que
inclui quatro tipos imunológicos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4
b. Dengue Clássica ( 95% dos casos ): o paciente apresenta febre alta, dor
de cabeça, dores nas juntas, fraqueza, falta de apetite, manchas
vermelhas na pele e pequenos sangramentos.
c. Dengue Hemorrágica: Os sintomas iniciais são semelhantes ao da
clássica, porém, depois que a febre começa a ceder, a pessoa passa a
apresentar queda acentuada de pressão arterial devido a hemorragias,
que podem levar a morte. É importante não ingerir remédios à base de
ácido acetilsalicílico, pois este componente acentua o sangramento.
c. Medidas profiláticas: Combate ao vetor não deixando caixas d´água ou
reservatórios sem tampa e água parada em vasos, pneus ou qualquer outro
recipiente. Porque? Pois as fêmeas desse mosquito colocam seus ovos na
água, onde a larva se desenvolve; usar larvicidas e inseticidas para combater
as larvas e os adultos desse insetos. Tratar os doentes.
5. Febre Chikungunya

a. Modo de transmissão: Febre Chikungunya é uma doença parecida


com a dengue, causada pelo vírus CHIKV, da família Togaviridae.
Seu modo de transmissão é pela picada do mosquito Aedes aegypti
infectado e, menos comumente, pelo mosquito Aedes albopictus. A
transmissão da febre chikungunya raramente ocorre em
temperaturas abaixo de 16° C, sendo que a mais propícia gira em
torno de 30° a 32° C - por isso ele se desenvolve em áreas tropicais
e subtropicais.
b. Características da infecção: Os sintomas da doença são
semelhantes aos da dengue. Essa doença raramente é fatal, mas
alguns doentes desenvolve artrite, uma inflamação nas articulações
do corpo.
c. Medidas profiláticas: O mosquito Aedes aegypti é o transmissor do
vírus e suas larvas nascem e se criam em água parada. Por isso,
evitar esses focos da reprodução desse vetor é a melhor forma de
prevenir a febre chikungunya e evitar o acúmulo de água parada.
6. Febre ZiKa

a. Modo de transmissão: É causada pelo zika vírus que é transmitido pela


picada das fêmeas do mosquito Aedes aegypti.
b. Características da infecção: Cerca de 80% dos infectados não apresentam
manisfestações clínicas da doença. Quando aparecem são dor de cabeça,
febre baixa, dores leves nas articulações , manchas vermelhas na pele,
coceira e vermelhidão nos olhos. Formas raras são raras, mas quando
correm podem causar morte dos pacientes.
OBS:
•O zika vírus pode levar ao desenvolvimento da síndrome de Guillain –
Barré, que é caracterizada pelo comprometimento do sistema de defesa
do corpo, que passa a atacar o sistema nervoso ocasionando paralisia
muscular com risco de morte.
•No brasil, a partir de 2015, o zika vírus contraído por grávidas passou a
ser associado a microcefalia ( Baixo desenvolvimento cerebral ).
c. Medidas profiláticas: As mesmas para a dengue e também a soltura de
mosquitos machos transgênicos que ao copularem com as fêmeas
produzem embriões que não se desenvolvem e a soltura de machos
estéreis que impedem a formação de ovos viáveis.
7. Febre Amarela

a. Modo de transmissão:
a. Urbana: Picada das fêmeas do mosquito Aedes aegypiti.
b. Silvestre: Picada de fêmeas de várias espécies de mosquito do
gênero Haemagogus e Saberthes. Os macacos são os principais
hospedeiros desses vírus.
b. Características da infecção: O vírus afeta principalmente o fígado, o que
dá aspecto amarelado à pele do doente. Afeta também o baço, rins,
medula óssea e linfonodos, podendo levar o indivíduo à morte.
c. Medidas profiláticas: Erradicação dos insetos vetores, tratamento do
doente, vacinação. A vacina tem validade de 10 anos e deve ser tomada
10 dias antes de viagens para locais de risco de transmissão.
8. AIDS - (Síndrome da Imunodeficiência Humana)
a. Agente Etiológico: Vírus da Imunodeficiência humana (HIV)
b. Forma de transmissão: Contato com os seguintes líquidos corporais
infectados:
a) Sangue
b) Esperma
c) Secreções vaginais
d) Leite materno
e) Acredita-se que o vírus possa atravessar a placenta e infectar o feto.
c. Sintomas: Febre, calafrios, dores musculares, aparecimento de ínguas no
pescoço, náusea, vômito.
d.Tratamento: Não há cura – O tratamento consiste na utilização de
medicamentos que inibem a reprodução viral e aumentam dessa maneira a
sobrevida dos pacientes.
e.Profilaxia: Educação sexual, uso de preservativos nas relações sexuais,
controle dos bancos de sangue, utilizar somente seringas descartáveis e não as
compartilhar, esterilização de instrumentos cirúrgicos e odontológicos, evitar a
amamentação quando as mães são soropositivas.
AIDS - (Síndrome da Imunodeficiência Humana)

 O vírus HIV infecta células de defesa do organismo denominadas Linfócitos


CD4.
 Os linfócitos CD4 são responsáveis por “alertar” o organismo quando há a
invasão de agentes estranhos (antígenos).
 Com a morte de células CD4 o sistema imune se torna deficiente e
começam a surgir doenças oportunistas.

As principais doenças oportunistas são:


a) Tuberculose
b) Candidíase
c) Câncer
d) Pneumonia

Assim, a maioria das pessoas que adquirem o vírus HIV não


morrem de AIDS, mas sim de doenças oportunistas que
aproveitam a deficiência do sistema imune para se manifestar.
AIDS - (Síndrome da Imunodeficiência Humana)

 Ao entrar no organismo o vírus HIV pode permanecer latente


“escondido” no cromossomo dos linfócitos CD4, e dessa maneira,
não é detectado pelo sistema imune.
 Os vírus HIV podem permanecer “inativos” por cerca de 10 anos no
organismo e o paciente nesse período não manifesta nenhum
sintoma.

 Por motivos ainda inexplicáveis os vírus tornam-se ativos e iniciam a


reprodução via ciclo lítico e a partir disso o paciente começa a
desenvolver os sintomas da doença.

Pessoas que possuem o vírus, mas não


desenvolveram os sintomas da AIDs, pelo
fato dos vírus ainda estarem em estado Pessoas que são soropositivas
latente (ciclo lisogênico) são denominadas ou HIV positivas, apesar de não
Soropositivas ou HIV positivas. (HIV manifestarem nenhum sintoma,
Positivo = Portador do vírus) podem transmitir ao vírus.
AIDS - (Síndrome da Imunodeficiência Humana)
9. Herpes Bucal
a. Agente Etiológico: Herpes simplex tipo I
b.Forma de transmissão: Vias aéreas (oral e respiratória); contato pessoa-
pessoa; contato com objetos contaminados com o vírus.
c.Características da infecção: Sintomas: Formação de bolhas e feridas no
tecido epitelial dos lábios. Acomete cerca de 90% da população mundial. A
grande maioria das pessoas possuem o vírus, mas são assintomáticos. Os
sintomas aparecem quando a pessoa apresenta elevados níveis de stress,
disfunção hormonal ou excessiva exposição à raios solares.
Tratamento: Utilização de pomadas que inibem o desenvolvimento viral.
d.Profilaxia: Evitar o contato com pessoas que apresentam os sintomas.
Evitar o compartilhamento de copos e talheres.
Herpes labial - Sintomas

Herpes simplex tipo I


Vírus Capsulado
10. Hepatites
10.1. Hepatite A
a. Agente Etiológico: Vírus da
Hepatite A

b.Forma de transmissão: Ingestão de


água ou alimentos contaminados com o
vírus.
c.Sintomas: Inflamação do fígado,
Febre, Pele e olhos amarelados
(Icterícia), Náuseas e Vômitos.
d.Tratamento: Medicamentos que
reduzem os sintomas. Geralmente o
sistema imune consegue eliminar o
vírus.

e. Profilaxia: Educação Sanitária e


saneamento básico.
10.2 Hepatite B e C
a. Agente Etiológico: Vírus da Hepatite B e C
b.Forma de transmissão: Contato com o sangue de pessoas contaminadas.
Geralmente o contágio se dá por contato sexual, compartilhamento de seringas
e transfusão de sangue.
c.Sintomas: Inflamação do fígado, Dores de cabeça e do corpo, Pele e olhos
amarelados, Náuseas e Vômitos.
Tratamento: Utilização de medicamentos que inibem a ação viral.
Profilaxia: Vacina – Hepatite B. Medicamentos antiviruais Hepatite C - Uso de
preservativos nas relações sexuais, controle dos bancos de sangue, utilizar
somente seringas descartáveis e não as compartilhar.

A hepatite C se não tratada rapidamente pode evoluir para o


quadro de cirrose.
Hepatite B e C
11. Sarampo
Agente Etiológico: Vírus do sarampo
Forma de transmissão: Vias aéreas (oral e respiratória); contato pessoa-
pessoa; contato com objetos contaminados com o vírus.
Sintomas: Febre alta
Tosse seca
Aparecimento de manchas vermelhas pelo corpo
Tratamento: Não possui. Geralmente o sistema imune consegue eliminar o
vírus.
Profilaxia: Vacinação na infância (tríplice viral)
Sarampo
12. Catapora – (Varicela)
Agente Etiológico: Varicela zoster
Forma de transmissão: Vias aéreas (oral e respiratória); contato pessoa-
pessoa; contato com objetos contaminados com o vírus.
Sintomas: Lesões na pele que causam ardor e coceira
Em crianças: catapora ou varicela
Em aduto: cobreiro
Tratamento: Não possui. Geralmente o sistema imune consegue eliminar o
vírus.
Profilaxia: Vacinação na infância
Evitar contato com pessoas contaminadas
Catapora – (Varicela)
13. Rubéola
Agente Etiológico: Vírus da Rubéola
Forma de transmissão: Vias aéreas (oral e respiratória); contato pessoa-
pessoa; contato com objetos contaminados com o vírus.
Sintomas: Surgimento de manchas vermelhas na pele

Perigo! O vírus da Rubéola em mulheres grávidas é capaz de atravessar a


barreira placentária e infectar o feto, causando cegueira, surdez e retardo
mental.
Tratamento: Soro.
Profilaxia: Vacinação (tríplice viral), Exame pré-natal em mulheres grávidas.
Vacinação de mulheres que estão no período fértil, mas que ainda não estão
imunes ao vírus.
Rubéola
14. Caxumba
Agente Etiológico: Vírus da Parótida infecciosa
Forma de transmissão: Vias aéreas (oral e respiratória); contato pessoa-
pessoa; contato com objetos contaminados com o vírus.
Sintomas: Aumento das glândulas parótidas (salivares).

Raramente pode acometer o sistema nervoso e os


testículos.

Tratamento: Não possui.


Profilaxia: Vacinação (tríplice viral)
Caxumba
15. Raiva
Agente Etiológico: Vírus da raiva
Forma de transmissão: Contato com a saliva de animais (mamíferos) doentes,
principalmente através de mordidas.
• Ambiente urbano: cães e gatos.
• Ambiente rural: morcegos hematófagos.
Sintomas nos animais doentes: Encefalite, agressividade excessiva, aumento
da salivação, incapacidade de deglutição (hidrofobia).
Sintomas no homem: Insônia, dor de cabeça, convulsões, salivação excessiva,
febre, espasmo dos músculos da glote, dificuldade de deglutição (hidrofobia).
Profilaxia: Não possui cura.
Vacinação dos animais domésticos.
Vacina anti-rábica para seres humanos.
Raiva
Erradicada no Brasil desde 1989
16. Poliomielite
Agente Etiológico: Poliovírus (vírus da paralisia infantil)
Forma de transmissão: Ingestão de água e alimentos contaminados com o
vírus e contato pessoa-pessoa.
Sintomas: O vírus atinge o sistema nervoso, onde sua multiplicação pode levar
à destruição de neurônios motores, levando a paralisia de membros.
Tratamento: Não possui tratamento específico.
Profilaxia: Não possui cura.
Vacinas Sabin e Salk
Poliomielite
17. HPV – (Papiloma Vírus Humano)
Agente Etiológico: Vírus HPV
Forma de transmissão: Contato sexual.
Sintomas: Lesões precursoras do câncer no colo uterino, aparecimento de
verrugas na pele e principalmente nos órgãos genitais.
O HPV pode permanecer durante anos em estado de latência no organismo,
suas manifestações podem aparecer ou reaparecer em qualquer momento da
vida sem um motivo aparente.

Tratamento: Retirada das lesões através de procedimentos cirúrgicos.


Profilaxia: Uso de preservativos nas relações sexuais, realização de exames
periódicos (papanicolau) para detecção de lesões no útero.
HPV – (Papiloma Vírus Humano)

Dados 2017

Lesão causada pelo HPV


na parede do colo uterino
10. Partículas subvirais: Viroides e Príons
1. Viroides:
a. São minúsculos segmentos de RNA de cadeia simples e
extremidades unidas, que se alojam no núcleo da célula infectada.
b. Diferem dos vírus por não formarem envoltórios proteicos e não
codificarem proteínas.
c. São capazes de reproduzirem no núcleo da célula hospedeira.
d. Foram encontrados até agora em plantas causando doenças graves
nas cítricas, batatas e plantas ornamentais.
e. Propagam-se por: meio das sementes e feridas por objetos
infectados durante a poda.
10. Partículas subvirais: Viroides e Príons
2.Virusoides: São moléculas infecciosas de RNA
com as mesmas características dos viroides, mas
diferem destes por necessitarem do auxílio de um
vírus para se propagar.

3. Príons:
a.São moléculas de proteínas infectantes resistentes á
inativação por procedimentos que normalmente
degradam proteínas e ácidos nucléicos.
b.Alteram a forma de outras proteínas, que passam a
se comportar como príons.
c.Nome proposto por Stanley Prusiner ( 1942, USA ) a
partir da expressão inglesa proteinaceous particle ( que
significa “ partículas proteicas infecciosas” ).
d.Causam a “ doença da vaca louca” ( Encefalopatia
espongiforme bovina ) que é contraída quando uma
pessoa, ou outro animal, ingere carne contaminada com
os príons. Estes não são digeridos no trato digestivo e
podem penetrar intactos na circulação sanguínea até
atingir os neurônios onde começam a induzir a
transformação de proteínas normais em novos príons (
Encefalites espongiformes = doenças causadas por
príons ).
Referências Bibliográficas

1.AMABIS, J.M.; MARTHO, G. R. Biologia Moderna.


4ª edição. São Paulo: Editora Moderna, 2015. v.2-
parte I.
2.LOPES, S.; ROSSO, S., BIO. Eª edição . São Paulo:
Editora Saraiva, 2017.v2.pag. 10-23.
3.Disponível em: www.google.com.br. Acessado dia
08/02/2023 as 9h38min.

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