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REVOLUÇÕES INGLESAS

(1640-1688)
Prof. Raphael Roc ha de Almeida – Jan eiro de
2023
O constitucionalismo histórico inglês

A Tradição Medieval e o Direito Consuetudinário

 Ano 1100 – Rei Henrique – Carta de Liberdades:


juramento de fidelidade aos nobres.
 1215 – Rei João (Sem Terra) – Magna Carta.
 1330: Consolidação da Câmara dos Lordes e da
Câmara dos Comuns.
Parlamen to in glês
Câmara dos Lordes :  Câmara dos Comu n s
 Nobreza proprietária  Pequ en a e média
de terras . nobreza
 Alto clero anglic an o  Merc adores ricos
(burgu es ia)
Henrique VIII: o rei de várias
Dinastia esposas.
Fundou o Anglicanismo e
fortaleceu o absolutismo.
Tudor

Elisabeth I (1558-1603): Era de Ouro da


Mon arqu ia, tempo de Willian Shakes peare e
do iníc io da expan s ão marítima.
A Rain ha con s egu iu un ificar a Inglaterra
apes ar dos conflitos religios os . Ela morreu
s em deixar herdeiros .
Jaime I
Governou sustentando o
Dinastia direito divino dos reis.
Perseguiu católicos e
Stuart protestantes, provocando
uma onda migratória.
Criou impostos e fechou o
parlamento em 1621.
Contrariou a burguesia a
impor o monopólio sobre as
indústrias de tecido.
Carlos I (1625-1649): Tentou governar como o pai. Tentou impor o
anglicani smo ao s e s coce se s (calvinistas). Na época, ele
mantinha relaçõe s com um arcebispo que de s ejava mudar rito s
religios os .
Foi pres sionado a as sinar a Petição de Direitos. Criou novo s
imposto s por cau sa das campanhas militares e acabou fechado o
parlamen to que lhe fazia opos iç ão.
Em 1640, inic ia-s e conflito na Es c óc ia e o rei prec is ou rec orrer
ao parlamen to em bus c a de novas verbas . Em 1641, es tou ra
ou tro con flito na Irlanda.
Conflitos n o rein ado de Carlos I
 O arcebispo Laud tentou impor um livro de prece s
comum ao s pre sbiteriano s (calvini sta s e s c oce se s). I ss o
implicava na adoção de uma liturgia muito similar à
católica. Este s, então, pegaram em armas. Ne s s e
contexto, o Parlamento voltou a se reunir a anulou
várias açõe s do monarca tidas como ilegais segundo a
tradiç ão.
 Boatos alimentaram a crenç a de que o rei s e
apoderaria do s cofre s público s para s u stentar a
guerra.
 No ano seguinte, 1641, a Irlanda católica revoltou- s e.
O Parlamento negou-se a confiar ao rei o controle
s obre o Exército, o que foi o estopim para o início da
Revolu ç ão.
Petiç ão de Direitos
A Petição de Direitos, de 07 de junho de 1628.

“Os lordes espirituais e temporais e os comuns, reunidos no parlamento,


humildemente lembram ao rei, nosso soberano e senhor, que uma lei do
passado declarou e estabeleceu que nenhuma derrama ou tributo seria
lançada ou cobrada neste reino pelo rei ou seus herdeiros sem o
consentimento dos arcebispos, bispos, condes, barões, cavaleiros,
burgueses e outros homens livres do povo deste reino”.
“[...]Os nossos súditos herdaram, de leis passadas e tradicionais deste
reino, a liberdade de não serem obrigados a contribuir para qualquer
taxa, derramo, tributo ou qualquer outro imposto que não tenha sido
autorizado por todos, através do Parlamento”.
Disponível em:
http://www.direitoshumanos.mg.gov.br/conedh/petdir.htm
Revolu ç ão Puritan a (1642 – 1649)

Guerra Civil
Realis tas Exército de tipo novo
• Lordes
x •Nobreza rural (gentry).
• Burgu es es
ben eficiados pelo rei • Pequenos e médios
Em 1645, Carlos I proprietários.
foge para a Escócia, (burgueses)
mas é entregue ao
Parlamento em troca
de 40 mil libras. •Cabeças redondas
Radicalização e (puritanos radicais)
execução do Rei
(1649).
A con den aç ão do Rei Carlos I
 Após perder a guerra, o rei se refugiou na Escócia, mas
a nobreza escocesa negociou sua entrega ao
parlamento em troca de dinheiro.
 Na mesma época, radicais começaram a propor algo
impensável para a época: liberdade religiosa,
participação política, distribuição de terra aos pobres.
 O rei tentou cooptar a nobreza escocesa e tramou uma
invasão à Inglaterra. Por isto, acabou sendo julgado
por traição e decapitado em praça pública.
República Puritana: o governo de
Cromwell
➢Confis c ou terras da Igreja Anglic an a
ven den do-as à ge n try e à bu rgu e s ia.
➢Es tabelec eu o Ato de Navegação
(1651) e Fundou a Comunidade Britânica.
➢O Ato con tribu iu para o fortalec imen to
da marinha ingles a.
➢Ven c eu gu erra com os holan des es .
➢Con trolou os s etores radic ais .
➢As s u miu o título de Lord Protetor.
➢ Morreu em 1658.
➢ Seu filho, Richard, pres s ion ado,
ren u n c iou em 1659.
Res tau raç ão mon árqu ic a e
Revolu ç ão Glorios a
 Puritano s coroam Carlo s II rei da Inglaterra. Ele governou
juntamente com o parlamento, ape sar de s u a inclinação
para o catolicismo. Ele apoiou a França em conflito s de
natureza religiosa e assinou a Declaração de Indulgência,
de 1672, apoian do cu ltos católic os na Inglaterra.
 Jaime II, irmão de Carlos II, as s umiu o trono em 1685 após a
morte do irmão e deu continuidade a política do irmão. Foi
depos to, s em res is tên c ia, pelo parlamen to.
 O genro de Jaime II, Guilherme de Orange aceitou o poder.
Ele as sinou a Declara ç ão de Direito s , que limitava o poder
do rei ao parlamento (1689). In stitui-se a soberania
parlamentar a vigora na Inglaterra até hoje.
 Desde então, a Inglaterra é uma monarquia con stitucional
parlamen tar: o rei rein a mas não govern a!
 Desenvolveu- se a partir daí a con strução de um Estado
Liberal, capitalis ta.
Dec laraç ão de Direitos de 1689
“Os lordes e os comuns declaram para garantir seus antigos direitos e
liberdades:
1º - Que o pretendido poder da autoridade real de suspender leis
sem o consentimento do parlamento é ilegal.
4º - Que o recolhimento de dinheiro para a Coroa ou para seu uso,
sem o consentimento do parlamento é ilegal.
6º - Que o recrutamento e a manutenção de um exército no reino, em
tempo de paz, sem o consentimento do parlamento, é contrário à lei.
8º - Que a liberdade de palavra, assim como a dos debates ou
processo no seio do Parlamento, não pode ser impedida em nenhuma
Corte ou qualquer outro lugar que não seja o Parlamento”.
(Adaptado)

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