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Acordos internacionais e Brasil

O combate ao tráfico de animais não é uma luta de um país apenas, já que para consolidar
o fim dessa atividade ilícita, é necessário ter participação internacional através da cooperação
para desenraizar a cultura de compra e venda de animais silvestres. De forma a combater a
exploração, maus-tratos e o tráfico de animais silvestres, muitas convenções foram criadas com o
propósito de unir o homem e a natureza pela sua conservação e preservação de ambos.

O Brasil faz parte de muitas Convenções, porém as abordadas serão a Convenção sobre
Diversidade Biológica (CDB) e a Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies da
Fauna e Flora Selvagens em Perigo de Extinção (CITES).

A primeira apenas entrou em vigor em 29 de dezembro de 1993 porém o Brasil assinou o


Acordo em janeiro de 1992 e tem em seu acordo 42 artigos com informações de como seria essa
cooperação entre os Estados. Dentre esses o artigos, o Art. 1 informa seus objetivos:

Os objetivos desta Convenção, a serem


cumpridos de acordo com as disposições
pertinentes, são a conservação da
diversidade biológica, a utilização
sustentável de seus componentes e a
repartidação justa e equitativa dos
benefícios derivados da utilização dos
recursos genéticos, mediante, inclusive,
o acesso adequado aos recursos
genéticos e a transferência adequada de
tecnologias pertinentes, levando em
conta todos os direitos sobre tais
recursos e tecnologias, e mediante
financiamento adequado. (Convenção
sobre Diversidade Biológica, 1993,
Art.1).

Além disso, ressalta que o conhecimento das comunidades índigenas são essenciais e
beneficiárias para a “conservação da diversidade biológica e á utilização sustentável de seus
componentes” (Convenção sobre Diversidade Biológica, 1993, Art. 8) e o quão importante é a
ciência para evitar e combater qualquer atividade que não seja pelo bem estar humano e
biodiversidade.
De acordo com o artigo Recomendações para o Fortalecimento do Marco Regulatório e
Institucional de Combate ao Tráfico de Animais silvestres feita pelas organizações Freeland-
Brasil e WWF-Brasil (2020), houveram diversas reuniões internacionais para discutirem as
metas e reforçar o combate às origens do tráfico de animais que tivessem impactos até 2020,
desde 1993.

Contudo, foi analisado a insuficiência na prática estratégica dos objetivos e metas a serem
alcançados e terem impactos bons na sociedade e na biodiversida a longo prazo. Durante esses
anos, as Metas não obtiveram sucesso internacionalmente e a Meta 12, em especial, que é focada
no combate a exploração e extinção de animais silvestres se mostrou crítico em que a
biodiversidade se encontra em risco maior a cada ano que passa com desmatamento, venda e
compra desses animais.

As estatísticas antes da pandemia ja eram preocupantes com a falta de adaptação do


Brasil nas políticas públicas da conservação de espécies extintas e durante a pandemia Covid-19
o comércio ilegal dos mesmos apenas aumentou. Por conta da biodiversidade que o Brasil
porpociona, é um dos maiores alvos dentro dessa atividade ilícita. De acordo com o banco de
dados da Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), mais de 6 mil de
epécimes foram capturadas de seu habitat natural dentre 1999 e 2019.

Portal da Biodiversidade (infraestruturameioambiente.sp.gov.br)

UNODC: pandemia mostra que crime envolvendo animais silvestres é ameaça à saúde
humana

Apreensão de animais silvestres diminui, mas comércio ilegal deve se intensificar em


breve - Ambientebrasil - Notícias

BRASIL, Artigo n° 1, 28 de maio de 1993. Convenção sobre a Diversidade Biológica.


Ministério Público, 1993. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1998/anexos/and2519-98.pdf >. Acesso em: 06
de outubro de 2022.
Assessoria de Comunicação do Ibama. Ibama é parceiro em capacitação internacional
sobre tráfico de animais silvestres. Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais e Renováveis, 2022. Disponível em
<https://www.gov.br/ibama/pt-br/assuntos/noticias/2022/ibama-e-parceiro-em-capacitacao-
internacional-sobre-trafico-de-animais-silvestres>. Acesso em: 06 de outubro de 2022.

Freeland-Brasil e WWF-Brasil. Recomendações para o fortalecimento do Marco


Regulatório e institucional de combate ao tráfico de animais silvestres. WWWF-Brasil, 2020.
Disponível
em:<https://wwfbr.awsassets.panda.org/downloads/combate_ao_trafico_de_especies___final_1.p
d>.Acesso em: 06 de outubro de 2022.

JUNIOR, Sirval Martins dos Santos, OBRÉGON, Marcelo Fernando Quiroga. Tráfico
internacional de animais silvestres: tratamento normativo internacional e brasileiro. Derecho y
Cambio Social, 2020. Disponível
em:<https://www.derechoycambiosocial.com/revista060/Trafico_internacional_de_fauna.pdf>.
Acesso em: 06 de outubro de 2022.

Apreensão de animais silvestres diminui, mas comércio ilegal deve se intensificar em


breve | National Geographic (nationalgeographicbrasil.com)

-falar das normas q o br continou durante a pandemia ou não e se ele se adaptou com essas
convenções. Tentar relacionar de alguma forma com a UNODC.

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