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Bioinvasão
A introdução de espécies em ecossistemas nos quais não são encontradas naturalmente pode
ter consequências muito graves para a biodiversidade. Essas espécies podem se estabelecer, se
reproduzir e colonizar novos lugares, substituindo a flora ou fauna nativa e alterando o
funcionamento do ecossistema.
Embora essas introduções de espécies ocorram desde as primeiras migrações humanas, elas
aumentaram muito nas últimas décadas devido ao comércio global.
Durante toda sua existência, os seres humanos fizeram grandes migrações e levaram consigo
espécies que os ajudavam a sobreviver. As navegações e explorações transoceânicas
aumentaram muito o número de espécies invasoras. No entanto, a globalização do comércio
que ocorreu no último século aumentou exponencialmente a introdução de espécies.
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AEDES AEGYPTI: Este mosquito é muito conhecido por causa da dengue. Veio do Egito e
Etiópia entrando no Brasil na época da escravidão escondidos nos porões dos navios
negreiros. Nem todos estão contaminados, mas hoje são um serio problema de saúde pública.
TILÀPIA DO NILO: Nativa do Rio Nilo no Egito veio para o Brasil em 1933. Pela sua
grande capacidade de reprodução foi introduzida para aumentar a produção de peixes.
Alimenta-se de plantas diversas e de outras espécies nativas considerada grande predadora.
Quando ela entra em algum local vai terminando com os outros peixes.
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Pesca
Impactos da pesca
Todavia, foi a partir da década de 50 que a pesca passou a se tornar um verdadeiro problema
em escala global.
Isso porque, a partir de 1950, as empresas pesqueiras passaram a contar com tecnologias
que possibilitavam a localização exata de cardumes em alto mar, facilitando a captura
de quantidades muito grandes, no que também ficou conhecido como “pesca
predatória”.
A pesca predatória pode ser entendida como sendo aquela que retira do meio ambiente muito
mais do que ele consegue repor de maneira natural.
Diferente do que algumas pessoas possam imaginar, a pesca não inclui somente atividades
tradicionais como aquelas realizadas por costumes indígenas. Algumas técnicas de pesca são
extremamente destrutivas, e podem incluir o uso de dinamites, cianetos e arrasto em habitat
inadequado.
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Assim, entre a realização da pesca predatória e suas consequências, podemos destacar, por
exemplo, a diminuição de populações inteiras de peixes, frutos do mar e até mesmo de plantas
pertencentes ao ecossistema.
Em suma, a pesca predatória tem consequências realmente desastrosas, uma vez que muitas
espécies estão correndo risco de extinção em função de sua atuação, e como o equilíbrio do
ecossistema depende da existência de todas as suas espécies, quanto maior as atividades de
pesca predatória, maior serão as consequências.
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De acordo com a publicação da FAO, a atividade pesqueira afeta a desova dos peixes e ainda
reduz as taxas de reprodução e maturação desses animais e seus associados e dependentes.
Como consequência, há desequilíbrio ecossistêmico e prejuízos sociais e econômicos. Ao
reduzir a quantidade de predadores, por exemplo, a atividade pesqueira modifica a cadeia
trófica e os fluxos de biomassa no ecossistema.
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Segundo os cientistas, nos próximos 40 ou 50 anos, a grande maioria das espécies que
estão hoje ameaçadas poderão estar completamente extintas, e isso gerará consequências
econômicas e ambientais muito difíceis de prever.
As fazendas de peixes em tanques e lagoas podem usar muita energia mantendo ambientes
habitáveis para seus peixes. Além disso, eles precisam de bastante água, que fica contaminada
com resíduos de peixes. A criação intensiva de peixes também torna os surtos de doenças
inevitáveis e os efeitos podem ocorrer em grande escala. Em um período de seis meses, uma
fazenda de salmão na Tasmânia perdeu mais de um milhão de peixes para
o vírus ortomixovírus Pilchard.
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Pesca Acidental
Estudos já estimam q cerca de 40% da vida marinha seja capturada por engano e
devolvida pro mar, muitas vezes morta.
Pra se ter uma ideia são mortos cerca de 11 mil a 30 mil tubarões por hora, o q faz com q por
ano cerca de 50 milhoes de tubarões sejam capturados por redes de pesca.
250,000 mil tartarugas são pegas, feridas ou mortas por redes de pesca.
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Pesca Fantasma
As indústrias pesqueiras geram poluição aquática principalmente com o processamento de
pescado. Nessa etapa, há uso de gases refrigeradores que destroem a camada de ozônio;
despejo de antibióticos e hormônios; disseminação de doenças e espécies exóticas; e descarte
de redes de plástico - 46% do lixo presente na mancha de lixo do pacifico são redes de
pesca - que demoram para se decompor e prendem animais não alvo, como mamíferos e
tartarugas, efeito conhecido como pesca fantasma.
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A vida marinha está colapsando ainda mais rápido que a terrestre. É o que aponta o relatório
da ONU sobre biodiversidade. Segundo o levantamento, os impactos da pesca são piores que
a poluição, a degradação e a acidificação do oceano. A solução seria pararmos imediatamente
de consumir peixes. Há quem se ofenda com essa afirmação pensando que isso poderia
prejudicar pequenas famílias pesqueiras.
O mesmo se aplica em todo o mundo: enormes navios de nações ricas retiram os peixes das
nações pobres, privando centenas de milhões de pessoas de sua principal fonte de proteína,
enquanto exterminam tubarões, atuns, tartarugas, albatrozes e golfinhos.
A piscicultura costeira tem impactos ainda maiores, já que peixes e camarões se alimentam
dos produtos dos ecossistemas costeiros.
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Apaixonado pela vida nos oceanos, um cineasta resolve documentar os danos causados pelo
ser humano às espécies marinhas e acaba descobrindo uma rede de corrupção global. Assista
o quanto quiser.
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Caça
O período entre os anos 1930 e 1960 é chamado de “época da fantasia” em muitas partes da
Amazônia. “Fantasia” eram as peles de felinos exportadas para o mercado da moda norte-
americano e europeu.
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Só a venda de pele das espécies mais exploradas – que incluíam jacarés, peixes-boi,
veados, porcos-do-mato, capivaras e ariranhas – movimentou cerca de US$ 500 milhões
(em valores atuais) durante o auge desse comércio.
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Dois fatores ajudam a explicar a vulnerabilidade maior dos animais aquáticos. O primeiro é
que algumas espécies de mamíferos que passam ao menos parte do tempo na água costumam
apresentar uma baixa taxa reprodutiva. Ariranhas e peixes-boi, por exemplo, não geram
muitos filhotes a cada gestação – e as gestações ocorrem a intervalos longos. Outro fator é que
os mamíferos aquáticos parecem estar mais expostos aos seres humanos.
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A caça esportiva é proibida no Brasil desde o ano de 1967, quando foi promulgada a
lei 5.197/67, que ficou conhecida como a lei de proteçâo a fauna, conforme exposto nos
artigos abaixo:
Art. 2º É proibido o exercício da caça profissional.
Assim, a não ser que o animal silvestre seja nocivo à saúde pública e exista prévia
autorização por parte do IBAMA, a prática da caça não é permitida no território brasileiro.
Desta forma, o ato de caçar sem autorização foi criminalizado pela Lei 9.605/ 98, que
estabelece em seu artigo 29 que:
Art 29. Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos
ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade
competente, ou em desacordo com a obtida: Pena - detenção de seis meses a um ano, e
multa.
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A medida determinou ainda, diversos requisitos para a caça do animal, que seguem
expostos abaixo:
§ 2º - O controle do javali será realizado por meios físicos, observado o art. 10 da Lei
nº 5.197, de 03 de janeiro de 1967, e demais diplomas normativos que regulem a
matéria.
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Diante desse cenário, os pesquisadores defendem que, em algumas regiões, a proibição total
seja mais nociva do que permitir a captura de animais sob condições específicas e rigorosa
fiscalização. A ideia não é nova. Na maior parte dos Estados Unidos a caça do veado-galheiro
(Odocoileus virginianus) é permitida e sua população se mantém estável.
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A ideia seria fazer algo nos moldes do manejo do pirarucu (Arapaima gigas) realizado em
partes da Amazônia. A captura do pirarucu, um dos maiores peixes de água doce do mundo, é
proibida na região. Mas o manejo comunitário feito em algumas reservas de desenvolvimento
sustentável e territórios indígenas vem tornando possível a pesca sustentável e o aumento da
população. Os pesquisadores propõem algo semelhante para a caça.
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Tráfico de Animais
Além disso, estima-se que o comércio ilegal movimente entre 10 e 20 bilhões de dólares
por ano no mundo. Desse total, 10% corresponde ao Brasil, o equivalente a 38 milhões
de bichos das nossas florestas e matas. Essas estimativas refletem o crescente risco de
extinção de espécies e o aumento da exploração econômica e ambiental da fauna e flora
brasileiras.
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Segundo a Renctas, de cada 100 animais capturados ilegalmente no país, 70 são vendidos
em território nacional e 30 são destinados ao exterior. Os animais capturados no Brasil, em
sua maioria, são comercializados no território brasileiro, sendo que as regiões mais afetadas
são o Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Dessa forma, os
biomas Cerrado, Caatinga e Amazônia são os mais afetados, além do Pantanal. Um dos
fatores que explica o Brasil ser uma das principais rotas do tráfico é a grande biodiversidade,
o que o torna um alvo direto das quadrilhas e organizações criminosas.
As aves são os animais mais explorados para compra e venda no mercado ilegal, de acordo
com a Renctas. Estima-se que aproximadamente 2 milhões de espécies sejam vendidas a
cada ano no Brasil. Devido à habilidade de imitar a voz, muitas delas são procuradas com a
finalidade de serem bichos de estimação. Já para os produtos de fauna, os répteis são os
animais mais procurados, assim como as garças, para a exploração de penas.
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Alvo da Operação Snake, Pedro Henrique foi indiciado 23 vezes pela Polícia Civil do Distrito
Federal pelo crime de tráfico de animais exóticos e silvestres. Além da naja, as autoridades
encontraram outras 16 serpentes na região de Planaltina. Outras seis pessoas são investigadas
por terem envolvimento com o caso, incluindo os pais, o padrasto e colegas de Pedro, e uma
servidora do Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres do Ibama.
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Animais que possuem baixo valor comercial também são vítimas do comércio ilegal,
principalmente aves, tartarugas e saguis.
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Os animais silvestres mais procurados pelo tráfico são aves, primatas e cobras. Veja a seguir
uma lista com as principais vítimas do tráfico de animais:
Arara-azul
Arara-azul-de-lear
Arara-vermelha
Papagaio-da-cara-roxa
Jaguatirica
Mico-leão-dourado
Tucano
Cascavel
Jiboia
Cobra coral-verdadeira
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O tráfico de animais silvestres ocorre para atender a diferentes públicos e fins. Dessa forma,
considera-se que existem quatro tipos de tráfico de animais.
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Desde 1972, é possível comprar algumas espécies de forma legal, com criadores
certificados pelo Ibama, o órgão de fiscalização ambiental. Contudo, em um recente
estudo feito pela agência federal, ficou comprovado que a criação legal dos animais
estimula o tráfico e parte dos estabelecimentos serve para “esquentar” filhotes
oriundos da natureza, e não da procriação em cativeiro.