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Bioinvasão

A introdução de espécies em ecossistemas nos quais não são encontradas naturalmente pode
ter consequências muito graves para a biodiversidade. Essas espécies podem se estabelecer, se
reproduzir e colonizar novos lugares, substituindo a flora ou fauna nativa e alterando o
funcionamento do ecossistema.

As espécies invasoras são atualmente a segunda maior causa de perda de biodiversidade


no mundo, superadas apenas pela perda de habitat.

Embora essas introduções de espécies ocorram desde as primeiras migrações humanas, elas
aumentaram muito nas últimas décadas devido ao comércio global.

Definição de espécies invasoras

De acordo com a União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN), uma


“espécie exótica invasora” é uma espécie exótica que se estabelece em um ecossistema ou
habitat natural ou semi-natural, tornando-se um agente de mudança e uma ameaça à
diversidade biológica nativa.

Portanto, espécies invasoras são aquelas capazes de se reproduzir com sucesso e formar


populações autossuficientes em um ecossistema que não é o seu. Quando isso acontece,
dizemos que elas se "naturalizaram", o que pode ter consequências desastrosas para as
espécies autóctones (nativas).
Algumas espécies exóticas invasoras são incapazes de sobreviver e se reproduzir por conta
própria, e assim, acabam desaparecendo do ecossistema e não colocam em risco a
biodiversidade nativa. Nesse caso, não são consideradas espécies invasoras, apenas
introduzidas.
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Origem das espécies invasoras

Durante toda sua existência, os seres humanos fizeram grandes migrações e levaram consigo
espécies que os ajudavam a sobreviver. As navegações e explorações transoceânicas
aumentaram muito o número de espécies invasoras. No entanto, a globalização do comércio
que ocorreu no último século aumentou exponencialmente a introdução de espécies.

Atualmente, a introdução de espécies invasoras tem várias origens:

 Acidental: animais "escondidos" em embarcações, água de lastro ou carro.


 Animais de estimação: é muito comum que as pessoas que compram animais de
estimação se cansem deles ou não possam cuidar deles, e então decidam soltá-los. Às
vezes elas fazem isso pensando que estão fazendo uma boa ação, mas não levam em
consideração que colocam em risco a vida de muitos outros animais.
 Aquários: a descarga de água de aquários onde existem plantas exóticas ou pequenas
larvas de animais tem levado à invasão de rios e mares por muitas espécies.
 Caça e pesca: tanto os rios quanto as montanhas estão repletos de animais invasores
devido à soltura por parte de caçadores, pescadores e, às vezes, da própria
administração. O objetivo é capturar animais chamativos como troféus ou recursos
alimentares.

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Consequências da introdução de espécies invasoras


As consequências da introdução de espécies invasoras não são imediatas, mas são
observadas quando muito tempo se passou desde a sua introdução. Algumas dessas
consequências são:

 Extinção de espécies: as espécies invasoras podem acabar com a existência dos


animais e plantas que consomem, já que esses não estão adaptados à predação ou à
voracidade do novo predador. Além disso, competem por recursos (alimentos,
espaço) com as espécies nativas, substituindo-as e causando seu desaparecimento.
 Alteração do ecossistema: como consequência da sua atividade, podem alterar a
cadeia trófica, os processos naturais e o funcionamento dos habitats e ecossistemas.
 Transmissão de doenças: as espécies exóticas carregam patógenos e parasitas de seus
locais de origem. As espécies nativas nunca conviveram com essas doenças, e por
isso muitas vezes sofrem uma alta taxa de mortalidade.
 Hibridização: algumas espécies introduzidas podem se reproduzir com outras
variedades ou raças nativas. Como consequência, a variedade autóctone pode
desaparecer, diminuindo a biodiversidade.
 Consequências econômicas: muitas espécies invasoras se tornam pragas de cultivos,
dizimando as plantações. Outras se adaptam a viver em infraestruturas humanas,
como encanamentos, causando grandes perdas econômicas.

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Espécies invasoras contribuíram para a extinção de 39% dos animais que


desapareceram por causas conhecidas desde o século 17. No Brasil, há cerca de 350
espécies alienígenas atualmente. Em Galápagos, mais de mil. Considerando-se que
até 20% delas são consideradas pragas pela comunidade científica, dá para ter uma
ideia do problema que elas representam.

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RATAZANA: O rato preto é o invasor mais famoso. Originário do Sudeste da Ásia se


espalhou pelo mundo todo indo escondido em navios. Adaptou-se e se tornou uma grande
praga que alem de destruir alimentos transmite várias doenças entre elas à leptospirose, tifo e
peste bubônica.
JAVALI: Originário da Europa foi introduzido no Brasil em 1970 para ser criado no
Pantanal. Escaparam dos locais de criação se cruzaram ou foram cruzados com as raças de
porcos comerciais e criaram o Javaporco. Escaparam dos criadouros do Uruguai e entraram
no RS se tornando praga que destrói solo, lavouras, atacam pequenos animais causando
grandes estragos. O IBAMA liberou a caça dentro de certas normas, ele não tem inimigos
naturais por aqui.

ABELHA AFRICANA: Foi introduzida no Brasil na década de 1950 pelo Ministério da


Agricultura e houve acidente e liberaram 26 colmeias. Abelhas muito agressivas se
espalharam e não conseguiram mais controlar. Alem das abelhas elas também expulsaram
outros animais de seu habitat como tucanos e araras.

AEDES AEGYPTI: Este mosquito é muito conhecido por causa da dengue. Veio do Egito e
Etiópia entrando no Brasil na época da escravidão escondidos nos porões dos navios
negreiros. Nem todos estão contaminados, mas hoje são um serio problema de saúde pública.

TILÀPIA DO NILO: Nativa do Rio Nilo no Egito veio para o Brasil em 1933. Pela sua
grande capacidade de reprodução foi introduzida para aumentar a produção de peixes.
Alimenta-se de plantas diversas e de outras espécies nativas considerada grande predadora.
Quando ela entra em algum local vai terminando com os outros peixes.

TARTARUGA TIGRE E TARTARUGA AMERICANA: A tartaruga tigre é nativa do RS


e passou a ser vendida para todo o País e acabou se cruzando com a Americana. Destas saiu
uma terceira espécie “Trachemys dorbigni” que virou invasora. Levaram para casa para
colocar no aquário era pequenina e de cor esverdeada. Só que cresceram e sua duração de vida
eram maiores do que dos donos e muitas delas acabaram sendo solta e no ambiente fazem
competição com as nativas.

CARAMUJO GIGANTE AFRICANO- ESCARGOT: Foi introduzido em 1980 com


intenção de ser usado na culinária em restaurantes finos. Não caiu no gosto das pessoas alem
de transmitirem doenças gastrointestinais. Terminaram largando no ambiente onde se adaptou
e sem inimigos naturais esta se proliferando. Originário da Nigéria como é hermafrodito (dois
sexos) se reproduz rapidamente e é resistente a temperatura fria e mesmo a seca. É grande
predador de plantas concorrendo com animais nativos.
RÃ TOURO: (lithobales sp) É originario dos EUA e Canadá e veio para o Brasil em 1930
importada dos americanos para criações comerciais de produção de carne. Escaparam e se
espalharam pelo País. Multiplicam-se com facilidade sua postura chegam a ter de mil a 25 mil
ovos numa massa gelatinosa. Os girinos podem chegar a 15 centímetros. Gostam de poços,
açudes, pequenos riachos e banhados. Alimentam-se de varias espécies e são vorazes. Comem
sanguessugas, insetos diversos, peixes, lesmas, salamandras, girinos, pequenas tartarugas,
serpentes, morcegos, ratos, pássaros e outros.

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Pesca

Impactos da pesca

O desenvolvimento das populações em todo o mundo, assim como o próprio desenvolvimento


humano, sempre esteve ligado aos rios, mares e oceanos e sua imensa oferta de alimentos.

Todavia, foi a partir da década de 50 que a pesca passou a se tornar um verdadeiro problema
em escala global.

Isso porque, a partir de 1950, as empresas pesqueiras passaram a contar com tecnologias
que possibilitavam a localização exata de cardumes em alto mar, facilitando a captura
de quantidades muito grandes, no que também ficou conhecido como “pesca
predatória”.

Hoje, a produção mundial de peixes ultrapassou a produção de carne e está


transformando partes do oceano em cidades fantasmas de peixes, ameaçando algumas
espécies de extinção.

A pesca predatória pode ser entendida como sendo aquela que retira do meio ambiente muito
mais do que ele consegue repor de maneira natural.

Diferente do que algumas pessoas possam imaginar, a pesca não inclui somente atividades
tradicionais como aquelas realizadas por costumes indígenas. Algumas técnicas de pesca são
extremamente destrutivas, e podem incluir o uso de dinamites, cianetos e arrasto em habitat
inadequado.

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Exemplos de pescas predatórias:


 pescas realizadas com explosivos;
 a pesca realizadas com redes, objetivando a captura de diversas espécies, como,
por exemplo, as lagostas;
 a pesca realizada em épocas proibidas e épocas de reprodução.
 a pesca de animais considerados em risco de extinção, dentre outras.

Assim, entre a realização da pesca predatória e suas consequências, podemos destacar, por
exemplo, a diminuição de populações inteiras de peixes, frutos do mar e até mesmo de plantas
pertencentes ao ecossistema.

Em suma, a pesca predatória tem consequências realmente desastrosas, uma vez que muitas
espécies estão correndo risco de extinção em função de sua atuação, e como o equilíbrio do
ecossistema depende da existência de todas as suas espécies, quanto maior as atividades de
pesca predatória, maior serão as consequências.

Ao mesmo tempo, a própria atividade pesqueira predatória limita também a produtividade


pesqueira, tanto do ponto de vista econômico como do ponto de vista biológico.

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Os impactos da pesca vêm sendo estudados ao longo dos anos. Uma publicação da


Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) — uma das
agências das Nações Unidas que lidera esforços para a erradicação da fome e combate à
pobreza — aponta que os impactos da pesca nos ambientes aquáticos podem ser
comparados aos da agropecuária no ambiente terrestre e afetam o equilíbrio ecológico
em escala global.

De acordo com a publicação da FAO, a atividade pesqueira afeta a desova dos peixes e ainda
reduz as taxas de reprodução e maturação desses animais e seus associados e dependentes.
Como consequência, há desequilíbrio ecossistêmico e prejuízos sociais e econômicos. Ao
reduzir a quantidade de predadores, por exemplo, a atividade pesqueira modifica a cadeia
trófica e os fluxos de biomassa no ecossistema.

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Segundo os cientistas, nos próximos 40 ou 50 anos, a grande maioria das espécies que
estão hoje ameaçadas poderão estar completamente extintas, e isso gerará consequências
econômicas e ambientais muito difíceis de prever.

As fazendas de peixes em tanques e lagoas podem usar muita energia mantendo ambientes
habitáveis para seus peixes. Além disso, eles precisam de bastante água, que fica contaminada
com resíduos de peixes. A criação intensiva de peixes também torna os surtos de doenças
inevitáveis e os efeitos podem ocorrer em grande escala. Em um período de seis meses, uma
fazenda de salmão na Tasmânia perdeu mais de um milhão de peixes para
o vírus ortomixovírus Pilchard.

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Pesca Acidental

Estudos já estimam q cerca de 40% da vida marinha seja capturada por engano e
devolvida pro mar, muitas vezes morta.
Pra se ter uma ideia são mortos cerca de 11 mil a 30 mil tubarões por hora, o q faz com q por
ano cerca de 50 milhoes de tubarões sejam capturados por redes de pesca.
250,000 mil tartarugas são pegas, feridas ou mortas por redes de pesca.
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Pesca Fantasma
As indústrias pesqueiras geram poluição aquática principalmente com o processamento de
pescado. Nessa etapa, há uso de gases refrigeradores que destroem a camada de ozônio;
despejo de antibióticos e hormônios; disseminação de doenças e espécies exóticas; e descarte
de redes de plástico - 46% do lixo presente na mancha de lixo do pacifico são redes de
pesca - que demoram para se decompor e prendem animais não alvo, como mamíferos e
tartarugas, efeito conhecido como pesca fantasma.
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A vida marinha está colapsando ainda mais rápido que a terrestre. É o que aponta o relatório
da ONU sobre biodiversidade. Segundo o levantamento, os impactos da pesca são piores que
a poluição, a degradação e a acidificação do oceano. A solução seria pararmos imediatamente
de consumir peixes. Há quem se ofenda com essa afirmação pensando que isso poderia
prejudicar pequenas famílias pesqueiras.

Entretanto, uma investigação do Greenpeace revelou que 29% da cota de pesca do Reino


Unido é propriedade de cinco famílias, todas as quais figuram na lista rica do Sunday
Times. Uma única multinacional holandesa, operando um vasto navio de pesca, detém
mais 24% da cota inglesa. As embarcações menores — com menos de 10 metros de
comprimento — representam 79% da frota, mas têm direito a apanhar apenas 2% dos
peixes.

O mesmo se aplica em todo o mundo: enormes navios de nações ricas retiram os peixes das
nações pobres, privando centenas de milhões de pessoas de sua principal fonte de proteína,
enquanto exterminam tubarões, atuns, tartarugas, albatrozes e golfinhos.
A piscicultura costeira tem impactos ainda maiores, já que peixes e camarões se alimentam
dos produtos dos ecossistemas costeiros.

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Apaixonado pela vida nos oceanos, um cineasta resolve documentar os danos causados pelo
ser humano às espécies marinhas e acaba descobrindo uma rede de corrupção global. Assista
o quanto quiser.

A única forma de salvar a vida marinha é deixando de consumir animais?

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Caça

O período entre os anos 1930 e 1960 é chamado de “época da fantasia” em muitas partes da
Amazônia. “Fantasia” eram as peles de felinos exportadas para o mercado da moda norte-
americano e europeu.

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Só a venda de pele das espécies mais exploradas – que incluíam jacarés, peixes-boi,
veados, porcos-do-mato, capivaras e ariranhas – movimentou cerca de US$ 500 milhões
(em valores atuais) durante o auge desse comércio.

De 1904 a 1969, algo em torno de 23 milhões de animais silvestres de ao menos 20


espécies foram mortos para suprir o consumo de couros e peles.

Esses dados, apresentados em um artigo publicado em outubro na revista Science Advances,


referem-se apenas ao que ocorreu nos estados de Rondônia, Acre, Roraima e Amazonas.

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Em pouco mais de 60 anos, calculam os pesquisadores, foram abatidos na Amazônia


pelo menos 13,9 milhões de mamíferos terrestres de seis espécies: caititu (Pecari tajacu),
veado-mateiro (Mazama americana), queixada (Tayassu pecari), jaguatirica (Leopardus
pardalis), gato-maracajá (Leopardus wiedii) e onça-pintada (Panthera onca). Entre esses, os
caititus, talvez por serem mais numerosos, parecem ter sido a caça preferida: 5,4 milhões
morreram de 1904 a 1969. No mesmo período, os caçadores abateram 804 mil jaguatiricas
e gatos-maracajá, além de 183 mil onças-pintadas, o maior felino das Américas – quase 8
mil onças foram mortas em 1969, dois anos após a proibição da caça no país.

As estimativas também apontam a morte de 1,9 milhão de mamíferos aquáticos, como o


peixe-boi (Trichechus inunguis), e outros que passam parte do tempo na água e parte em
terra, como as capivaras (Hydrochoerus hydrochaeris), as ariranhas (Pteronura brasiliensis) e
as lontras (Lontra longicaudis). Também morreram 4,4 milhões de jacarés-açu
(Melanosuchus niger), um dos maiores predadores da Amazônia, com seus 4,5 metros de
comprimento em média, cobiçados pelo couro negro.

Dois fatores ajudam a explicar a vulnerabilidade maior dos animais aquáticos. O primeiro é
que algumas espécies de mamíferos que passam ao menos parte do tempo na água costumam
apresentar uma baixa taxa reprodutiva. Ariranhas e peixes-boi, por exemplo, não geram
muitos filhotes a cada gestação – e as gestações ocorrem a intervalos longos. Outro fator é que
os mamíferos aquáticos parecem estar mais expostos aos seres humanos.

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A caça esportiva é proibida no Brasil desde o ano de 1967, quando foi promulgada a
lei 5.197/67, que ficou conhecida como a lei de proteçâo a fauna, conforme exposto nos
artigos abaixo:
Art. 2º É proibido o exercício da caça profissional.

Art. 3º. É proibido o comércio de espécimes da fauna silvestre e de produtos e objetos


que impliquem na sua caça, perseguição, destruição ou apanha.

Assim, a não ser que o animal silvestre seja nocivo à saúde pública e exista prévia
autorização por parte do IBAMA, a prática da caça não é permitida no território brasileiro.

Desta forma, o ato de caçar sem autorização foi criminalizado pela Lei 9.605/ 98, que
estabelece em seu artigo 29 que:
Art 29. Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos
ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade
competente, ou em desacordo com a obtida: Pena - detenção de seis meses a um ano, e
multa.

A única exceção regulamentada pelo IBAMA, é a caça do javali-europeu, declarado como


espécie nociva e invasora, de acordo com a Instrução Normativa do IBAMA número 3, de 3
de janeiro de 2013.
Tal medida foi adotada, considerando que o animal não possuí predador natural no território
brasileiro e que vinha, seguidamente, atacando seres humanos e animais silvestres nativos e
domésticos, além de, transmitir diversas doenças a seres humanos e aos animais nativos.

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A medida determinou ainda, diversos requisitos para a caça do animal, que seguem
expostos abaixo:

Art. 2º Autorizar o controle populacional do javali vivendo em liberdade em todo o


território nacional.

§ 1º - Para os fins previstos nesta Instrução Normativa, considera-se controle do javali


a perseguição, o abate, a captura e marcação de espécimes seguidas de soltura para
rastreamento, a captura seguida de eliminação e a eliminação direta de espécimes.

§ 2º - O controle do javali será realizado por meios físicos, observado o art.  10 da Lei
nº 5.197, de 03 de janeiro de 1967, e demais diplomas normativos que regulem a
matéria.

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§ 3º - O emprego de armadilhas, substâncias químicas (salvo o uso de anestésicos) e a


realização de soltura de animais para rastreamento com finalidade de controle
somente serão permitidos mediante autorização de manejo de espécies exóticas
invasoras que deverá ser solicitada no sítio eletrônico do Ibama na seção "Serviços".

§ 4º - É vedado o uso de produtos cuja composição ou método de aplicação sejam


capazes de afetar animais que não sejam alvo do controle.

§ 5º - Somente será permitido o uso de armadilhas que capturem e mantenham o


animal vivo, sendo proibidas aquelas capazes de matar ou ferir, como, por exemplo,
laços e dispositivos que envolvam o acionamento de armas de fogo.

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§ 6º - A aquisição, transporte e uso de equipamentos e produtos para o controle dos


javalis serão de responsabilidade do interessado, observadas as previsões da
autoridade competente quanto ao seu emprego e destinação de embalagens e resíduos.

§ 7º - A aquisição, o transporte e o uso de armas de fogo para o controle de javalis


deverão obedecer as normas que regulamentam o assunto.
§ 8º - O controle de javalis não será permitido nas propriedades particulares sem o
consentimento dos titulares ou detentores dos direitos de uso da propriedade.

§ 9º - O controle de javalis dentro de Unidades de Conservação Federais, Estaduais e


Municipais deverá ser feito mediante a anuência do gestor da Unidade.

Diante desse cenário, os pesquisadores defendem que, em algumas regiões, a proibição total
seja mais nociva do que permitir a captura de animais sob condições específicas e rigorosa
fiscalização. A ideia não é nova. Na maior parte dos Estados Unidos a caça do veado-galheiro
(Odocoileus virginianus) é permitida e sua população se mantém estável.

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Os pesquisadores propõem que, no Brasil, alguns mecanismos poderiam permitir que


populações tradicionais da Amazônia fossem autorizadas a caçar determinadas espécies de
animais, apenas com a finalidade de subsistência – a Lei dos Crimes Ambientais, de 1998,
permite a caça em situações excepcionais, como a de extrema necessidade; outra lei, que
em 2000 estabeleceu o Sistema Nacional de Unidades de Conservação, garante o acesso
das populações tradicionais aos recursos naturais, como forma de valorizar o seu
conhecimento e a sua cultura. Os pesquisadores ressaltam, no entanto, que essa permissão
só poderia ocorrer mediante um manejo bastante criterioso e continuado, em regiões
largamente cobertas por florestas e sem estradas, de preferência em unidades de conservação.
Esse modelo, afirmam, só seria aplicável a algumas regiões da Amazônia.

A ideia seria fazer algo nos moldes do manejo do pirarucu (Arapaima gigas) realizado em
partes da Amazônia. A captura do pirarucu, um dos maiores peixes de água doce do mundo, é
proibida na região. Mas o manejo comunitário  feito em algumas reservas de desenvolvimento
sustentável e territórios indígenas vem tornando possível a pesca sustentável e o aumento da
população. Os pesquisadores propõem algo semelhante para a caça.

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A CAÇA BLA LA BLA

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Tráfico de Animais

Comércio ilegal é responsável pela retirada de 38 milhões de animais do Brasil a cada


ano
O tráfico de animais silvestres não é apenas uma ameaça destrutiva para as espécies de
animais e para a preservação da biodiversidade brasileira, como é também uma prática
criminosa. De acordo com a Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres
(Renctas), a ação é considerada a terceira maior atividade ilícita do mundo e gera uma
grande rede de pessoas envolvidas em negociações clandestinas, principalmente pela alta
lucratividade.

Além disso, estima-se que o comércio ilegal movimente entre 10 e 20 bilhões de dólares
por ano no mundo. Desse total, 10% corresponde ao Brasil, o equivalente a 38 milhões
de bichos das nossas florestas e matas. Essas estimativas refletem o crescente risco de
extinção de espécies e o aumento da exploração econômica e ambiental da fauna e flora
brasileiras. 

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Segundo a Renctas, de cada 100 animais capturados ilegalmente no país, 70 são vendidos
em território nacional e 30 são destinados ao exterior. Os animais capturados no Brasil, em
sua maioria, são comercializados no território brasileiro, sendo que as regiões mais afetadas
são o Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Dessa forma, os
biomas Cerrado, Caatinga e Amazônia são os mais afetados, além do Pantanal. Um dos
fatores que explica o Brasil ser uma das principais rotas do tráfico é a grande biodiversidade,
o que o torna um alvo direto das quadrilhas e organizações criminosas.

As aves são os animais mais explorados para compra e venda no mercado ilegal, de acordo
com a Renctas. Estima-se que aproximadamente 2 milhões de espécies sejam vendidas a
cada ano no Brasil. Devido à habilidade de imitar a voz, muitas delas são procuradas com a
finalidade de serem bichos de estimação. Já para os produtos de fauna, os répteis são os
animais mais procurados, assim como as garças, para a exploração de penas.

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O caso da naja encontrada no Brasil 


Recentemente, um curioso caso de uma cobra naja repercutiu nas redes sociais. O estudante
de Medicina Veterinária, do Distrito Federal, Pedro Henrique Santos Krambeck Lehmkul, foi
picado pela serpente que mantinha em cativeiro em sua residência. 
O veneno liberado pela cobra no momento da picada levou o estudante a ficar em coma. Por
não ser uma espécie nativa da América do Sul, as informações eram de que havia uma única
dose de soro antiofídico no país para esse tipo de picada. A dose era propriedade do Instituto
Butantan, centro de estudos biológicos da Universidade de São Paulo, e foi disponibilizada
para salvar a vida do jovem. 

Alvo da Operação Snake, Pedro Henrique foi indiciado 23 vezes pela Polícia Civil do Distrito
Federal pelo crime de tráfico de animais exóticos e silvestres. Além da naja, as autoridades
encontraram outras 16 serpentes na região de Planaltina. Outras seis pessoas são investigadas
por terem envolvimento com o caso, incluindo os pais, o padrasto e colegas de Pedro, e uma
servidora do Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres do Ibama.

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Os animais em extinção são o principal alvo dos caçadores pois, dependendo da espécie, o


valor de venda pode chegar a U$30 mil. A arara-azul é um exemplo de espécie mais
contrabandeada, especialmente entre colecionadores.

Animais que possuem baixo valor comercial também são vítimas do comércio ilegal,
principalmente aves, tartarugas e saguis.
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Os animais silvestres mais procurados pelo tráfico são aves, primatas e cobras. Veja a seguir
uma lista com as principais vítimas do tráfico de animais:

 Arara-azul
 Arara-azul-de-lear
 Arara-vermelha
 Papagaio-da-cara-roxa
 Jaguatirica
 Mico-leão-dourado
 Tucano
 Cascavel
 Jiboia
 Cobra coral-verdadeira

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Tipos de tráfico de animais:

O tráfico de animais silvestres ocorre para atender a diferentes públicos e fins. Dessa forma,
considera-se que existem quatro tipos de tráfico de animais.

 Para colecionadores particulares: os animais mais solicitados para este tipo de


tráfico são os animais em extinção e, quanto mais raro, maior o valor no mercado
ilegal. A arara-azul é uma das espécies mais caras.
 Para fins científicos: também conhecida como biopirataria, este tipo de tráfico tem
como objetivo utilizar os animais traficados para fins científicos.
 Para venda em pet shop: este tipo de tráfico é motivado de acordo com a demanda,
onde estabelecimentos comerciais estimulam a compra e venda ilegal de animais
silvestres.
 Para produção de subprodutos: para este tipo de tráfico, os animais são utilizados na
fabricação de adornos e artesanato, sendo que as penas, couro, pele e presas são
comercializados de forma ilegal.

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Desde 1972, é possível comprar algumas espécies de forma legal, com criadores
certificados pelo Ibama, o órgão de fiscalização ambiental. Contudo, em um recente
estudo feito pela agência federal, ficou comprovado que a criação legal dos animais
estimula o tráfico e parte dos estabelecimentos serve para “esquentar” filhotes
oriundos da natureza, e não da procriação em cativeiro.

Ao cruzar dados do sistema do Ibama, onde os criadores inserem as informações sobre os


animais em cativeiro, com dados coletados em operações de fiscalização, constatou-se
que 80% das anilhas de controle não são compatíveis com as datas de nascimento dos
filhotes. Ou seja, 80% dos filhotes declarados no sistema são animais capturados adultos
na natureza.

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