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Direito Internacional do
Meio Ambiente
Prof. Me. Fernando Sales
Direito Internacional do Meio Ambiente
Quanto aos instrumentos, seu caráter soft é revelado pela ausência de força jurídica
vinculante expressa em diversos tipos de tipos de mecanismos, dentre eles: resoluções,
declarações, programas, códigos de conduta, atos finais de conferências internacionais.
Quanto ao seu conteúdo, o mesmo pode ser manifestado em normas em “gestação”. Ou
seja, normas, ainda, não, totalmente, consolidadas ou acabadas. Aliado a isso, é um direito
que enfrenta uma forte inflação legislativa, de onde emergem as normas com características
peculiares, pois permitem que os instrumentos sejam revistos e emendados, o que se faz,
essencialmente, através da modificação de seus anexos com conteúdo e caráter técnico.
Regimes internacionais ambientais
Princípios são crenças sobre os fatos; normas são padrões de comportamento definidos em
termos de direitos e obrigações; regras são prescrições específicas, e os procedimentos de
tomada de decisão são as práticas prevalentes de decisão e implementação de
escolhas coletivas.
Para lidar com essa situação, as nações, através de fóruns multilaterais, buscam estabelecer
os mecanismos e os acordos que possam solucioná-las, estabelecendo regimes ambientais.
Revolução Industrial.
Explosão demográfica.
Consumo inconsciente.
Conciliação do desenvolvimento econômico com a proteção ambiental
A expressão “meio ambiente” é utilizada para designar tudo o que está à nossa volta, onde
vivemos, onde trabalhamos, onde moramos e onde nos divertimos. Em realidade, a
expressão “meio ambiente” encerra um verdadeiro pleonasmo, na medida em que “meio” e
“ambiente” significam, exatamente, a mesma coisa. Todavia, a expressão “meio ambiente”
foi consagrada na literatura jurídica pátria, sendo reconhecida tanto na Constituição Federal
de 1988, quanto na legislação infraconstitucional. Isso se dá, principalmente, em razão da
imperiosa necessidade de dar aos textos legislativos a maior precisão significativa possível.
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Ecologia:
A palavra “ecologia” tem origem grega, derivando da palavra oikos, que tem o sentido de
“casa” ou de “lugar onde se vive”. Podemos, assim, entender que ecologia é o estudo dos
seres vivos em sua casa;
A ecologia é definida, pois, como a ciência que estuda as relações dos organismos ou dos
grupos de organismos vivos com o ambiente em que vivem;
O estudo do meio ambiente tem, assim, uma estreita ligação com a ecologia.
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Quando esse desenvolvimento se dá com uma profunda mudança social, de alcance mais
amplo e geral, e maior campo de atuação das políticas sociais, temos um
desenvolvimento socioeconômico.
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Ou seja, além da questão social – que é importante – deve haver uma preocupação,
também, com a questão ambiental.
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Dimensão espacial:
Na dimensão espacial, vamos observar que a questão ambiental não tem fronteiras: ela afeta
todo o planeta. Enquanto que o desenvolvimento econômico é localizado (um Estado, um
país, uma região), a degradação ambiental que resulta desse desenvolvimento é globalizada.
Um dano ambiental, como aquele que ocorreu no Golfo do México, em 2010, afeta não só
àquela região, mas o mundo todo. O CO2 emitido na produção industrial dos países
desenvolvidos atinge a atmosfera de todo o planeta.
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Dimensão temporal:
1) Que a proporção de uso dos recursos renováveis não supere a média de regeneração
do ecossistema.
Desenvolvimento econômico;
Desenvolvimento social; e
Proteção ambiental.
O desenvolvimento sustentável tem uma abordagem tríplice, que se costuma chamar de “the
three Ps”: People (os seres humanos), Planet (o meio ambiente) e Profit (a economia).
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A sociedade de risco como paradigma da questão ambiental
A evolução do modelo econômico, iniciado com a Revolução Industrial, vai acarretar em uma
mudança de paradigma no modo como devemos observar a relação homem-natureza.
Antes dessa revolução, não havia produção industrial em larga escala, sendo que a
agricultura era a principal atividade econômica até o século XIX.
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A Revolução Industrial veio alterar essa situação, na medida em que retirou o homem do
campo e o inseriu nos grandes centros urbanos, que se formaram em torno das indústrias.
Mas, do mesmo modo que esse processo de industrialização aumenta a força produtiva, ele
permite um crescimento das potencialidades do homem.
E quanto maior o potencial humano de gerar conhecimento, mais torna incerto o futuro. O
aumento do desenvolvimento econômico, de forma acelerada e sem maior preocupação com
os fatores externos, vai levar a humanidade a uma situação perigosa, colocando-a
em risco.
Interatividade
Em 1972, a Organização das Nações Unidas (ONU), realizou a Primeira Conferência Mundial
sobre o Homem e o Meio Ambiente, na cidade de Estocolmo, na Suécia;
Ecodesenvolvimento:
Foi nesse relatório que, pela primeira vez, utilizou-se o termo “desenvolvimento sustentável”,
que, ali, foi definido como sendo “o desenvolvimento que satisfaz às necessidades da
geração presente sem comprometer a capacidade de as gerações futuras satisfazerem às
suas próprias necessidades”.
Em1992, vinte anos após a Conferência de Estocolmo, foi realizada a Conferência das
Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, mais conhecida como ECO-92.
2. Os Estados, de acordo com a Carta das Nações Unidas e com os princípios do Direito
Internacional, têm o direito soberano de explorar os seus próprios recursos segundo as suas
próprias políticas de meio ambiente e de desenvolvimento, e a responsabilidade de
assegurar que as atividades sob a sua jurisdição ou o seu controle não causem danos ao
meio ambiente, de outros Estados ou de áreas além dos limites da jurisdição nacional;
3. O direito ao desenvolvimento deve ser exercido de modo a permitir que sejam atendidas,
equitativamente, as necessidades de desenvolvimento e de meio ambiente, das gerações
presentes e futuras;
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O efeito estufa:
Dentro da normalidade, o efeito estufa é vital para a manutenção da vida na Terra, pois
mantém o planeta aquecido. Sem o efeito estufa, a temperatura média da Terra seria de
-18 ºC (dezoito graus negativos), em vez dos 15 ºC atuais. O problema está no descontrole,
que gera o aquecimento global.
O mais famoso desses protocolos a respeito do clima foi o de Kyoto, que recebeu esse nome
por ter sido assinado na cidade japonesa de mesmo nome, em 1997. É um tratado
internacional que determina as metas de redução de emissões de gases do efeito estufa
(GEE) e estimula o desenvolvimento de tecnologias sustentáveis.
Os países em desenvolvimento (incluindo o Brasil) não têm essa obrigação, mas devem
ajudar na redução da emissão dos gases.
Com 194 países signatários da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre as Mudanças
do Clima, realizou-se a Conferência do Clima da África do Sul, na cidade de Durban, entre os
dias 28/11 e 11/12 de 2011, para estabelecer um novo acordo sobre a emissão dos gases de
efeito estufa. Depois de uma longa negociação, chegou-se a um acordo que possibilitou a
continuidade do processo climático da ONU, que foi chamado de Plataforma Durban.
Essa Plataforma Durban vale como o início de uma política climática global, com vista a
reduzir as emissões de gases do efeito estufa, nas próximas décadas, de tal forma que o
aumento da temperatura global fique abaixo de dois graus Celsius.
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Esse acordo prevê um roteiro para um tratado sobre o clima global juridicamente vinculativo
até 2017 ou 2020, o qual deverá obrigar não, apenas, os países industrializados, mas,
também, os emergentes e as nações em desenvolvimento a reduzirem as suas emissões.
Em troca, a União Europeia concordou com uma prorrogação do Protocolo de Kyoto, o único
acordo climático vinculativo, até hoje.
O mais importante, todavia, é que os Estados Unidos da América e a China deram o seu aval
para a criação de um acordo climático mundial.
Rio+20
Em 2012, vinte anos após a ECO-92, aconteceu, também na cidade do Rio de Janeiro, a
Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, conhecida
como Rio+20.
Realizada entre os dias 13 e 22 de junho de 2012, teve como objetivo discutir a renovação
do compromisso político das nações com o desenvolvimento sustentável.
Doha 2012
Nessa conferência, ficou acordada a validade do protocolo de Kyoto até o ano de 2020.
Todavia, Rússia, Japão, Canadá e Nova Zelândia denunciaram o protocolo e não participam
mais do programa global de redução de poluentes da ONU. Com isso, muito pouco foi
avançado. Como os Estados Unidos da América também estão fora, os países que
participam do Protocolo de Kyoto respondem por pouco mais de 15% da emissão total de
poluentes no mundo.
Interatividade