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A seguir são listados, alguns dos princípios, que norteiam o direito ambien tal
brasileiro; DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL; POLUIDOR-PAGADOR;
RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA; PREVENÇÃO; FUNÇÃO SÓCIO
AMBIENTAL DA PROPRIEDADE; PRIORIDADE DA REPARAÇÃO
ESPECÍFICA DO DANO AMBIENTAL; E SUPREMACIA DO INTERESSE
PÚBLICO NA PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE EM RELAÇÃO AOS
INTERESSES PRIVADOS.
05. ESCOLHA 04 (QUATRO), E FAÇA UMA SÍNTESE, DE FORMA
RESUMIDA, EXEMPLIFICANDO DE MODO REAL, A SUA
APLICABILIDADE. ( 2,00 )
Há princípios que são universais e servem para todos os ramos do direito,
outros são mais específicos de determinado ramo da ciência jurídica.
Apontamos aqui alguns princípios relevantes que se referem ao direito
ambiental dentre os apontados pela doutrina especializada:
Princípio do Desenvolvimento Sustentável: surgiu na Conferência de
Estocolmo, em 1972, e permaneceu em todos os documentos subseqüentes,
sendo oficializado pela ONU no Nosso Futuro Comum. A operacionalização
desse princípio deve levar em consideração a compatibilidade entre o
desenvolvimento e a preservação do ambiente.(NALINI, 2001, p.26). Para que
ocorra o desenvolvimento sustentável é necessário que haja uma
harmonização entre o desenvolvimento econômico, a preservação do meio
ambiente, a justiça social (acesso a serviços públicos de qualidade), a
qualidade de vida e o uso racional dos recursos da natureza, alguns exemplos
de ações sustentáveis são a geração de energia através de fontes não
poluentes como, por exemplo, eólica, solar e geotérmica; uso racional (sem
desperdício) de recursos da natureza como, por exemplo, a água, diminuição
na utilização de combustíveis fósseis (gasolina, diesel), substituindo-os por
biocombustíveis.
Princípio do Poluidor-Pagador: este princípio leva em consideração a
prevenção do dano ambiental e a repressão, mediante reparação daquele dano
já causado. “A operacionalidade desse princípio implica adoção de alguns
aspectos do regime jurídico da responsabilidade civil, quais sejam a
responsabilidade objetiva, a prioridade da reparação específica do dano
ambiental e a solidariedade para responder pelos danos cau sados ao
ambiente”. (FIORILLO, p.27). O princípio do Poluidor-Pagador não visa
autorizar a ninguém o direito de poluir, pelo contrário, ele tem como objetivo
prevenir um dano ao meio ambiente e, caso ele aconteça que não fique sem
punição e reparação. Um exemplo onde poderia ser aplicado o princípio do
poluidor-pagador é o caso de Brumadinho, onde uma barragem da mineradora
Vale se rompeu e outra transbordou em Brumadinho, na região metropolitana
de Belo Horizonte. Uma enxurrada de rejeitos de minério de ferro arrastou
prédios da empresa e casas da comunidade de Vila Ferteco - o restaurante
onde funcionários almoçavam na hora do acidente foi soterrado. Diante dos
transtornos trazidos pelo rompimento da barragem em Brumadinho é inegável
que houve falhas na prevenção do acidente que ceivou diversas pessoas,
traduzindo-se em mais uma das tragédias humanas no país. Princípio da
Responsabilidade Civil Objetiva: segundo este princípio, basta que o dano se
relacione materialmente com os atos praticados por determinada pessoa para
que essa arque com a responsabilidade civil de reparar o dano. Não é
necessário que haja uma intenção de degradar o meio ambiente, essa
responsabilidade faz parte do risco de quem se utiliza do meio ambiente para
obter lucro. Por exemplo, o funcionário de um órgão ambiental concedeu
autorização para o funcionamento de uma fábrica. Ele age de acordo com a
legislação ambiental e com o seu conhecimento, no entanto, posteriormente,
as instalações da fábrica vêm causar danos a plantação de soja de uma
determinada propriedade rural. Neste caso, o Estado é co-responsável pelo
dano provocado pela atuação não culposa do seu agente, ou seja, o ato
administrativo é legal, mas leva a responsabilidade objetiva do Estado, pois
houve um dano especial de determinados indivíduos.
Princípio da prioridade da reparação específica do dano ambiental: para a
aplicação deste princípio deve-se propiciar a recomposição do ambiente
lesado. Dessa forma, não é suficiente o pagamento em dinheiro para legitimar
um prejuízo que, muitas vezes, é irreparável. Dependendo da extensão do
dano, será adotada a medida que melhor se amolde à solução, como a
recuperação da área ou a compensação ambiental. A primeira visa a
reintegração ou recuperação dos bens afetados localmente. No segundo
caso, a intenção é a substituição dos bens afetados por outros de
funcionalidade equivalente, mesmo que em locais diferentes.