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Conceito, evolução e

períodos do Direito do
Ambiente
O impacto do Direito do Ambiente na reconfiguração
dos sistemas jurídicos contemporâneos

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O que é o Direito do Ambiente?
Proteger o ambiente de quê?
Aquecimento global, estranheza global, hipérboles
ambientais?
Mudanças do clima – permanentes e novidades
 Glaciações
 Gravuras no Sahara
 Troia
 Visita a Éfeso
 Gronelândia

Alterações climáticas – mudanças vertiginosas


 Há vinho (bom) na Inglaterra…
Ação humana é causa? Poderá ser também o travão?

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O que é o Direito do Ambiente?
Dialética política – o maior inimigo das políticas
ambientais
Ambiente como esforço de comprovação de
ideologias prévias
Ambiente como arma de arremesso

Hipocrisia ambiental

Greenwashing

Os negacionismos declarados ou dissimulados


Total

Mais tarde, talvez…

O problema não é esse…

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O que é o Direito do Ambiente?
Os ativismos contraproducentes:
 Regresso à era pré-industrial
 A culpa é do capitalismo

 Os novos liberais equivocados


 Se o mundo mudou durante o Covid-
19 também poderá acontecer o
mesmo pelo ambiente…
 A ilusão de um acordo mundial – a

singularidade do Protocolo de
Montreal
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O que é o Direito do Ambiente?
As dificuldades:
Culturais
Políticase geopolíticas
Económicas
Tecnológicas
A sociedade de bem-estar

A resistência ao sacrifício

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O que é o direito do Ambiente?
As soluções:
Ciência, ciência, ciência…
O digital
A consciencialização da opinião pública
A informação como chave
O direito de recusa cívica
Ambiente como causa suprapolítica,

suprapartidária, acima das ideologias…

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Direito do Ambiente – o que é?
Nasceu como subsistema do Direito
Administrativo dado que se entendia que o seu
núcleo duro decorria da ação da Administração
Pública (no seu sentido orgânico)
Aparentemente, a CRP de 1976, no seu artigo
9.º/e), dará razão a essa conceção
Contudo, uma leitura mais atenta da norma
constitucional assim como dos autores que mais
têm desenvolvido estas matérias, parecem
desmentir essa visão de exclusividade
administrativista…
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Autonomia do Direito do Ambiente
As preocupações com a saúde ambiental do planeta
cresceram desmesuradamente na 2.ª metade do século
XX, alcandoraram-se a uma das principais preocupações
sociais e políticas do século XXI - e o direito
internacional, europeu e interno, espelharam essa
extraordinária redimensionação.
O Direito do Ambiente (DA) nasceu no seio do direito
administrativo mas as suas lógicas essenciais já não se
confundem plenamente com este.
Do mesmo modo que o DA se diferencia de outras suas
subespécies como o direito do urbanismo, direito do
património cultural, direito da paisagem ou outros
subsistemas afins…
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Direito do Ambiente – o que é?
O DA tem uma razão de ser própria e uma lógica
de existir inconfundível: assegurar a preservação
e as qualidades dos componentes ambientais
naturais e impor aos seus utilizadores princípios
de gestão racional.
Essa essência específica ganha maior acuidade
perante a emergência das alterações climáticas.
E distingue-se de outros subsistemas de direito
afins ganhando espaço para a sua autonomia

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DA português é direito europeu
O DA nasce do Direito Internacional e ganhou eficácia
nas ordens jurídicas internas através da ação do Estado
(direito administrativo).
A natural evolução e incremento do DA permitiu
superar este estado de coisas.
No caso português, o DA iniciou um percurso
autónomo a partir da CRP de 1976, sobretudo com a
primeira Lei de Bases do Ambiente de 1987 e ganhou
foro quando a União Europeia (UE) o conseguiu moldar
como uma das suas principais prioridades.
Mais de 90% das leis nacionais de DA são direito
europeu.
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MUDANÇA DE ERA
Desde as últimas décadas do século passado
foram-se esbatendo as linhas mestras daquilo
a que se convencionou chamar de
MODERNIDADE (Lyotard, Habermas)
Segundo alguns, estaremos na Pós-
Modernidade ou na Tardo-Modernidade
Seja qual for o nome escolhido, na época
contemporânea assiste-se ao desfazer de
bastiões indiscutíveis da Era antecedente

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MODERNIDADE
A Modernidade constitui-se a partir do século
XV e consolidou-se em todos os domínios
existenciais e do pensamento a partir do
século XVIII
Ganhou fôlego no século XIX com a
Industrialização e com o constitucionalismo
liberal
Manteve-se e adaptou-se à superação do
individualismo e a consagração do ideal do
coletivo, ao Estado Social de Direito e
percorreu os totalitarismos do século XX
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MODERNIDADE
 A Modernidade tem lógicas essenciais:
 Visão antropocêntrica, Razão,
contratualismo social, lógica do Progresso,
dicotomia Individualismo vs. Coletivismo,
crença nos vetores exatos da Ciência e da
tecnologia
 No Direito:
 Direito dos Estados, dos direitos
humanos (a partir da RF) e legalismo

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Pós-Modernidade
A Pós-Modernidade significa a transição aportada
pela constatação da insuficiência das bases da
Modernidade para explicar e reger a época
contemporânea
O fim do exclusivo da Razão, a improficiência do
debate entre contratualismo social e do
individualismo vs. Coletivismo, a perda da unidade de
conta Estado, a ascensão de lógicas do direito
universal, a decadência da lei, o emergir de novos
direitos e o BIO-CENTRISMO
O Ambiente é parte integrante desta visão de
transição…
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Ambiente e novo Direito
Não significa que o Direito mude apenas por causa do
Ambiente – queremos significar que o Ambiente é
elemento sintomático, integrante e estruturante, da
mudança profunda que o Direito está a atravessar
Hoje, o sistema jurídico atual tende para o universal, para
o direito dos grandes espaços, para soluções adaptáveis e
moldáveis às contínuas transformações da realidade e
não para esquemas espartilhados em dogmas legais
Os acentos tónicos do jurídico são os acordos
internacionais alargados, a revitalização da
Jurisprudência, renovação de soluções consuetudinárias
(negócios internacionais, comércio eletrónico, mercado
high tech) 15
Ambiente – alguns conceitos
ECOLOGIA - A Ecologia é o estudo das
interacções dos seres vivos entre si e com o
meio ambiente.
A palavra Ecologia tem origem no grego “oikos",
que significa casa, e "logos", estudo. Logo, por
extensão seria o estudo do lugar onde se vive.
Foi o cientista alemão Ernst Haeckel, discípulo
de Darwin, em 1869, quem primeiro usou este
termo para designar o estudo das relações entre
os seres vivos e o ambiente em que vivem.
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Ambiente – alguns conceitos
BIOSFERA – é o conjunto de todos os
ecossistemas da Terra.
É um conceito da Ecologia, relacionado com
os conceitos de litosfera (crosta terrestre), hidrosfera
(superfície aquática [71%]e seus seres vivos) e atmosfera (camada
de gases que envolvem um corpo).
Incluem-se na biosfera todos os organismos
vivos que vivem no planeta, embora o conceito
seja geralmente alargado para incluir também
os seus habitats.
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Ambiente – alguns conceitos
ECOSSISTEMA - é o conjunto formado por
todos os factores bióticos e abióticos que
actuam simultaneamente sobre
determinada área.
Factores bióticos - as diversas populações
de animais, plantas e bactérias.
Factores abióticos - os factores externos
como a água, o sol, o solo, o gelo, o vento.

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Ambiente – alguns conceitos
BIODIVERSIDADE - A biodiversidade é a variedade
de interacções duradouras entre espécies. Isto
aplica-se também ao biótopo (o seu ambiente
imediato) e à ecoregião em que os organismos
vivem.
Em cada ecossistema os organismos são parte de
um todo, interagem uns com os outros mas
também com o ar, a água e o solo que os envolvem.
Fundamental na preservação do ambiente (fatores
bióticos e abióticos) é a capacidade de
regeneração dos ecossistemas.
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Ambiente – alguns conceitos
Para os biólogos e zoólogos ou botânicos, a
Biodiversidade não é só apenas a diversidade de
populações de organismos e espécies, mas também
a forma como estes organismos funcionam.
Organismos surgem e desaparecem. Locais são
colonizados por organismos da mesma espécie ou
de outra. Algumas espécies desenvolvem
organização social ou outras adaptações com
vantagem evolutiva
As estratégias de reprodução dos organismos
dependem das condições ambientais.
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Soft e hard law
O Direito do Ambiente gerou-se num contexto
internacional intrincado em que os Estados resistiram
em abdicar de parcelas da sua soberania e revela
duas vertentes:
Soft law – disposição não-obrigatórias, declarações
de princípio e normas programáticas que visam
harmonizar as questões entre Estados;
Hard law - direito vinculante que impõe soluções
nas ‘áreas comuns’ dos Estados, as que excedem as
de soberania pp. Dita (Oceanos, Antártida, etc.).

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Origens
O direito internacional do ambiente, mesmo num
entendimento embrionário, é uma criação recente
– séc. XIX.
Preocupação primeira foi a limitação dos recursos
naturais – início da autolimitação da soberania dos
em matéria de ambiente.
Nessa tarefa, assumiram relevância uma série de
decisões de tribunais arbitrais que regularam
conflitos fronteiriços com impactos ambientais e, já
no séc. XX, o papel do TIJ.

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Evolução – 1.º período (até 1945)
1) 1.º período – desde o ‘início’ até 1945;
2) 2.º período – desde 1945 até Conf. de Estocolmo (1972);
3) 3.º período – desde Estocolmo até ao Rio (1992);
4) 4.º período – do Rio até Paris (2015);
5) 5.º período – Paris. Contestação e PEE (Contra-Reforma
Europeia) (2016-2021)
1.º Período
- Convenção de Paris de 1867, Convenção de Belgrado de 1902
(recursos pesqueiros), Convenção de Paris de 1902 (protecção
de aves úteis para a agricultura), Convenções de Washington
de 1911 (protecção de focas para a indústria das peles).
- Convenção de Londres de 1900 (+ 1933) – protecção da vida
selvagem (inofensiva ao homem)
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(cont.) 1.º período (até 1945)
Criação do primeiro Parque Natural do Mundo –
Yellowstone (1872)
Tratado USA-Canadá (1909) sobre rios
fronteiriços em que se prevenia a ‘contaminação’.
Smelter Trail Case (1938-41), USA-Canadá , em
que um tribunal arbitral disse que:
«…nenhum Estado tem o direito de permitir
actividades no seu território que causem danos,
por emissões, no território de outro Estado…».

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2.º período (1945-1972)
Criação da ONU (1945) – a Conferência
UNCCUR de 1949 (Conferência sobre
Conservação e Utilização dos Recursos
Naturais) afirmou a competência da ONU
nesta matéria.
Primeiro tratado ambiental moderno de
proteção das espécies: Convenção de
Ramsar (1971) [espécies aquáticas].

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(cont.) 2.º período (1945-1972)
TIJ - Decisão de 9 de Abril de 1949, Reino
Unido vs. Albania (Corfu);
- Decisão arbitral Lago Lanoux, de 1956
(Espanha vs. França);
- NEPA (National Environmental Policy Act) de
1969, pioneiro em direito ambiental
contemporâneo;
- ONU , em 1970, cria o Ano de Protecção da
Natureza.
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3º período – desde 1972 até ao Rio
Conf. de Estocolmo – 114 Estados acordaram
medidas de protecção da Natureza, até aí
inexistentes – a primeira Cimeira do Planeta.
 Declaração de Estocolmo: 25 princípios,
Magna Carta do Direito Ambiental moderno;
 Plano de Acção para o Meio Ambiente: 109
recomendações que formataram o direito
ambiente moderno (recursos, deveres,
educação);
 Recomendação para a criação de entidades
internacionais do Ambiente: UNEP (1972).
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(cont.) 3º período – de 1972 até ao Rio
CITIES, de 1973-75 (Tratado sobre
Comércio Internacional de Espécies
Ameaçadas de Fauna e Flora Silvestre);
Protocolo de Montreal para a Protecção
da camada de Ozono, de 1987, reuniu 190
países mais a CEE (UE).
Carta Mundial da Natureza, de 1982,
aprovada pela Assembleia Geral da ONU;

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4º período – de 1992 até Paris (2015)
Conferência do Rio de 1992 (Relatório Brundtland):
 27 princípios acerca do desenvolvimento
ambientalmente sustentável;
 Agenda 21 (Programa Global para o
Desenvolvimento no século XXI), não vinculante;
 Convenção sobre Diversidade Biológica;
 Princípios sobre gestão e conservação das
florestas;
 CDS (1993) – Comissão de Desenvolvimento
Sustentável, sob a égide da ONU;
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(cont.) 4º período – de 1992 até Paris
 Protocolo de Quioto (1997) (55% + 55%): calendário
de limites nas emissões de gases efeito-estufa de
menos 5,2% em relação a 1990. Limitações são
diferenciadas entre os 38 países mais poluentes;
 Gerou graves problemas políticos / acusações em
relação aos países em desenvolvimento (asiáticos).
Joanesburgo (2002) - Considerada um falhanço (em
comparação com o Rio) era chamada como ‘Rio + 10’;
Não existiu ‘declaração’ nem ‘carta de princípios’ –
incidiu sobre o combate à pobreza e a desigualdade
de desenvolvimento entre Estados
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Copenhaga – 2009
Foi a continuação da desilusão de
Joanesburgo e dos erros políticos de
Quioto. Acordo frouxo que não obteve
unanimidade.
Não contém compromissos vinculativos
– o objetivo de reduzir a temperatura em
2ºC é uma mera recomendação.
“Esqueceram-se” da redução do CO2…
SNOWDEN
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5.º Período - Acordo de Paris (2015)
Correspondeu a um anseio da consciência mundial
liderado pelos alertas da Ciência e guiado pela diplomacia
francesa.
Foi antecipado pela Plataforma de Durban (2011) – obter
um instrumento vinculativo e abrangente contra as
alterações climáticas.
Objetivos:
a) temperatura global abaixo de 2º acima dos níveis pré-
industriais e nunca acima de 1,5º; (Relatórios do Painel
Intergovernamental para as Alterações Climáticas)
b) Estratégias de adaptação às alterações climáticas e
reduzir gases efeito-estufa;
c) Fundos financeiros que o possibilitem… 32
5.º PERÍODO - Paris a entardecer…
Crescimento político do negacionismo;
Debate crispado, populista e que desdenha a Ciência;
O debate ambiental transformou-se num combate
irrazoável de Apóstolos, extremado e sem pontos de
convergência, feito de desdém sobre os adquiridos
científicos, aproveitado por populistas que só pensam em
ganhar o próximo combate eleitoral;
Afunilamento da discussão na falsa dicotomia
Desenvolvimento vs. Ambiente;
EUA-Trump saem do Acordo. Brasil ameaça mas não sai.
Acordos bilaterais entre países para utilização dos recursos
numa perspetiva economicista.
Impasse à vista… 33
5.º PERÍODO - Paris a entardecer…
O Acordo de Paris foi realizado na COP 21 (2015)
Depois não se deram mais avanços especiais sob a égide
da ONU:
COP 22 – Marraquexe (2016)
COP 23 – Bona (2017)
COP 24 – Katowice (2018)
COP 25 – Madrid (2019) – esta última foi
especialmente problemática. Era para ser realizada no
Brasil que recusou. Passou para o Chile que não foi
capaz. Aconteceu em Espanha e notabilizou-se por
espetáculos político-circenses que só cavaram o fosso
entre os apóstolos a favor e contra o Ambiente…
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5.º período - RPIAC 21
Os Relatórios do Painel Intergovernamental para
as Alterações Climáticas, designadamente o
último (conhecido a agosto 21) realizado por mais
de 230 cientistas, de 66 nacionalidades, com
base em 14.000 estudos publicados, traçam um
quadro muito negativo:
a temperatura global já ultrapassa os 1,5

graus centígrados, em comparação com a era


pré-industrial, até 2030 - 10 anos antes da
estimativa anterior do IPCC (subirá 2,7 graus
em 2100)

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5.º período - RPIAC 21 (cont)
A percentagem de absorção do dióxido de carbono está a
enfraquecer
Nível dos Oceanos sobe mais do que o previsto
Metano - (CH4), segundo gás com efeito de estufa mais
importante, depois do CO2. As concentrações de CH4 na
atmosfera - produção de gás, mineração, eliminação de
resíduos e gado - são as mais altas em 800 mil anos. O
metano tem um poder de aquecimento muito maior do que o
CO2, mas um período de permanência na atmosfera mais
curto
A Atlantic Meridional Reversal Circulation (AMOC), um
complexo sistema de correntes oceânicas que regulam o
calor entre os trópicos e o hemisfério norte, está a
desacelerar, uma tendência que "muito provavelmente"
continuará ao longo do século. 36
5.º PERÍODO - A Europa chegou
O sonho de Ursula von der Leyen para os
primeiros 100 dias da sua Comissão
A Contra-Reforma europeia no ambiente:
a) European Green Deal - Pacto Ecológico
Europeu como alteração fundamental das
lógicas do desenvolvimento;
b) A Lei Europeia do Clima e a transição justa
– a Declaração do “historiador”
Timmermans;
c) A transição digital.
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5.º PERÍODO
O vírus do nosso descontentamento
A Pandemia do COVID-19 atinge a Europa em finais
de janeiro de 2020. Numa primeira fase do
confinamento (março-maio 2020) atingiu todos os
países da UE e perturbou gravemente os sistema de
Saúde de alguns países europeus como a Itália,
Espanha e França.
Os efeitos económicos foram devastadores.
A segunda vaga - outubro de 2020 – está a ser
enfrentada com os ensinamentos adquiridos na
Primavera mas não há como fugir aos prejuízos
económicos e sociais.
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(cont.) O vírus do nosso descontentamento
Primeiro deu-se um debate dicotómico entre
Ambiente vs. Recuperação financeira
Depois, seguiu-se um consenso assinalável entre a
recuperação verde aproveitando a estratégia do PEE
- European Green Deal.
O plano de recuperação europeu - Recovery Plan for
Europe (
https://ec.europa.eu/info/strategy/recovery-plan-eur
ope_pt
) torna a proteção do Ambiente e o combate às
alterações climáticas num elemento fundamental e
imprescindível. 39
COP 26 - Glasgow Nov 2021
Empenho muito sério da diplomacia britânica
Objetivos políticos internos (pós-Brexit) misturam-se
com os globais
OBJETIVOS:
1. Reafirmar as metas de Paris

2. Emissões zero de gases de efeito-estufa a 2050

3. Ajudar os países já afetados, restaurar


ecossistemas, repensar a agricultura
4. Mobilizar recursos financeiros (1000 $bi por ano)

5. Colaboração ativa de governos – Livro de Regras


do Acordo de Paris
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Conclusões sobre o tempo que passa
I. A luta contra as alterações climáticas é um
vetor fundamental das políticas públicas – mas
só está a ser levado a sério na UE
II. O Acordo de Paris ainda não foi implementado
e o modelo de aplicação ainda está a ser
discutido mais de 7 anos depois…
III. Os EUA voltaram a Paris mas, para além da
retórica, não se percebeu ainda se tentarão
liderar a luta contra as alterações climáticas ou
ceder a certas faixas da sua opinião pública
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Conclusões sobre o tempo que passa
IV. A China diz que sim mas faz que não (mais de
200 novas centrais a carvão)
V. O Ambiente é condição sine qua non dos
Planos de Recuperação da crise económica
provocada pelo Covid-19
VI. Possui (para já) um largo consenso dos
Governos europeus – aceitação dessa
condição para receber fundos não teve
polémica

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Conclusões sobre o tempo que passa
VII. Ainda se vêm as estratégias ambientais como
algo que deverá ser feito desde que não
prejudique demasiado os interesses de cada
Estado-Membro (fora da UE é pior)
VIII.Dado o cariz identitário da UE (democracia,
direitos fundamentais, caráter social e
inclusivo e agora, também, o ambiente) a
chave para a força política necessária reside
na opinião pública europeia…
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