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INTRODUÇÃO
Por essa razão é que o presente artigo pretende demonstrar alguns pontos
relativos ao Direito Internacional Ambiental, ressaltando desde já, que o meio
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Para leitura completa do assunto vide GUERRA, Sidney. Direito internacional ambiental. Rio de Janeiro:
Freitas Bastos, 2006.
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ambiente deixa de ter apenas a protecção do direito interno para ter tratamento
no âmbito do direito internacional, e, por consequência, a celebração de vários
documentos internacionais, haja vista que a matéria não pode mais ser tratada
isoladamente pelos Estados porque está ligada às questões de equilíbrio
mundial.
1. ANTECEDENTES
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VARELLA, Marcelo Dias. Direito internacional econômico ambiental. Belo Horizonte: Del Rey, 2004.p.
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Todavia, o foco principal nessas normas internacionais vigentes até então
contemplavam, especialmente, a questão de natureza económica, desprezando
a questão ambiental propriamente dita. Foi no ano de 1972 que um grupo
constituído por empresários, pesquisadores e economistas, reuniu-se para
discutir questões relativas à problemática envolvendo o meio ambiente e a
economia. Este grupo, que ficou conhecido como Clube de Roma ou Clube do
Juízo Final, apresentou resultados catastróficos para humanidade diante do
esgotamento dos recursos naturais e o consequente colapso da economia
mundial. No mesmo ano, a Organização das Nações Unidas patrocina a
Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente Humano, realizado em
Estocolmo na Suécia, em 1972, que alerta para a necessidade da formulação
de um critério e princípios que sejam comuns para a preservação e melhoria do
meio ambiente humano.
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ultrapassam limites considerados inesperados e que eram concebidos no
domínio exclusivo.
2. CONCEITO
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plano internacional, visando a melhoria da vida e qualidade de vida, para as
presentes e futuras gerações.
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de Estocolmo, apresentando como resultados, já no ano de 1987, do Relatório
Nosso Futuro Comum, o referido relatório ficou conhecido como “Relatório
Brundtland”, em decorrência da presidência da primeira ministra da Noruega
Gro Harlem Brundtland, tendo como uma de suas principais recomendações a
realização de uma Conferência Mundial que abordasse todos os assuntos ali
levantados.
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dar prosseguimento a sua implementação. Outro marco importante em matéria
ambiental internacional foi o Protocolo de Kyoto, do ano de 1997, posto que
pela primeira vez na história pôs limites às emissões de gases pelos Estados.
Kyoto sinaliza para os diversos actores internacionais quanto a necessidade de
mudanças dos sistemas energéticos e fontes renováveis de energia, haja vista
que a solução dos problemas relativos a alterações climáticas requer adopção
de medidas e comportamentos diferenciados no sistema energético actual,
baseado em energia não renovável e contaminantes (petróleo, carvão e gás),
que são utilizadas de forma excessiva e com desperdício. No ano de 2002
ocorre a Conferência de Joanesburgo, na África do Sul, que procurou a
adopção de medidas concretas e identificações de metas quantificáveis para
por em acção de forma concreta a Agenda 21.
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finalmente à convocação da conferência do rio de Janeiro em 1992, que em seu
próprio título reconhece meio ambiente e desenvolvimento como dois lados da
mesma moeda.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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TRINDADE, Antônio Augusto Cançado. Direitos humanos e meio ambiente. Porto
Alegre: Sérgio Fabris, 1993, p. 23
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forçosa vocação internacionalista da matéria, tendo em vista a convicção de
que o controle da poluição terrestre depende da formulação e execução de
políticas ambientais em nível supranacional, donde não poderem as fronteiras
nacionais servir de barreiras à preservação e repressão de danos ambientais
capazes de afectar vários países ou continentes e até mesmo pôr em risco o
equilíbrio do ecossistema em escala planetária, consolidou-se em definitivo o
Direito Internacional Ambiental, ramo altamente especializado do Direito
Internacional Público.
Alerta –se ainda que pela sua própria natureza, certos fenómenos biológicos
ou físicos localizados dentro de um espaço geográfico submetido à soberania
de um Estado exigem regulamentação internacional, seja porque, em sua
unicidade, estendem-se sobre a geografia política de vários países, seja porque
os fenómenos a serem regulados somente poderão sê-lo com a intervenção de
normas internacionais.
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do clima da Terra causadas por factores humanos, mediante a emissão dos
gases de efeito estufa. Por tudo isso é que pode-se afirmar com plena convicção
que o meio ambiente se apresenta hodiernamente como um dos grandes temas
da globalidade ensejando uma atenção especial e diferenciada do jurista e de
toda sociedade internacional.
REFERÊNCIAS
ANTUNES, Paulo Bessa. Direito ambiental. 3. ed. Rio de Janeiro: Lúmen Júris,
1999. CASTRO, Carlos Roberto Siqueira. A constituição aberta e os direitos
fundamentais: ensaios sobre o constitucionalismo pós-moderno e comunitário.
Rio de Janeiro: Forense, 2003. GUERRA, Sidney. Direito internacional
ambiental. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 2006. GUERRA, Sidney. Direito
ambiental: legislação. 3. ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2007. GUERRA,
Sidney. Direito Internacional Público. 3. ed. Rio de Janeiro: Freitas Bastos,
2007. GUERRA, Sidney; GUERRA, Sérgio. Direito ambiental. Rio de Janeiro:
Freitas Bastos, 2005. TRINDADE, Antônio Augusto Cançado. Direitos
humanos e meio ambiente. Porto Alegre: Sérgio Fabris, 1993. SOARES, Guido
Fernando Silva. Curso de direito internacional público. São Paulo: Atlas, 2002.
SILVA, Geraldo Eulálio do Nascimento. Direito ambiental internacional. Rio de
Janeiro: Thex, 1995.
Trabalho Individual
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