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Tema:

PROTOCOLOS INTERNACIONAIS SOBRE MUDANÇAS CLIMÁTICAS E ATMOSFÉRICAS


Índice
1. INTRODUÇÃO.........................................................................................................3
2. HISTÓRICO..............................................................................................................4
3. NORMAS AMBIENTAIS INTERNACIONAIS......................................................7
3.1. ISO – International Organization for Standardization........................................7
3.2. Sistemas de Gestão e Sistemas Integrados.......................................................11
4. CONCLUSÃO.........................................................................................................15
5. BIBLIOGRAFIA......................................................................................................16
1. INTRODUÇÃO

As organizações de todos os tipos estão cada vez mais preocupadas em atingir e


demonstrar um comprometimento ambiental sólido, através do controle dos impactos
ambientais das suas atividades, produtos ou serviços, tendo em consideração a sua
política e objetivos ambientais. Estas preocupações surgem no contexto do
aparecimento de legislação cada vez mais restritiva, do desenvolvimento de políticas
econômicas e de outras medidas que fomentam cada vez mais a proteção ambiental, e
de um crescimento generalizado das preocupações das partes interessadas sobre as
questões ambientais, incluindo o desenvolvimento sustentável. As Normas
Internacionais referentes à gestão ambiental destinam-se a proporcionar às organizações
os elementos de um sistema eficaz de gestão ambiental, que possam ser integrados com
outros requisitos de gestão, a fim de ajudar essas organizações a atingir os objetivos
ambientais e econômicos.

Portanto, é dentro deste cenário que deve ser considerado o desenvolvimento do


Sistema de Gestão Ambiental - SGA, pois ele serve para a sistematização das medidas
ambientais e para a melhoria da eficiência do compromisso ambiental das organizações.
2. HISTÓRICO

A utilização descontrolada dos recursos naturais renováveis e não renováveis


acrescidas da explosão demográfica, despertou ao longo dos anos, uma consciência da
necessidade de preservação do meio ambiente. Nas décadas de 40 e 50 foram marcadas
pelo desafio dos aliados na reconstrução após a II Guerra Mundial motivando o
estabelecimento de um sistema econômico internacional e a fundação das primeiras
associações de proteção ambiental. Em 1952 Londres foi envolvida pelo smog –
poluição atmosférica de origem industrial que causou a morte de milhares de pessoas
marcando os primeiros efeitos significativos da poluição industrial, estimulando debates
sobre a qualidade do ar e a aprovação da lei do ar puro em 1956.

A década de 60 evidencia a preocupação da comunidade internacional com os


limites do desenvolvimento do planeta, quando começaram as discussões sobre os riscos
da degradação do meio ambiente pelo homem. Nos Estados Unidos, com a criação da
Agencia de Proteção ambiental (EPA) e aprovação das Leis: CleanAirAct,
CleanWaterAct, ToxicSubstanceControlAct.Em 1962, com a publicação do livro Silent
Spring (Primavera Silenciosa) da jornalista norte-americana Rachel Carson,
desencadeou o processo de discussão acerca dos efeitos das ações humanas no
ambiente, a perda da qualidade de vida derivada do uso indiscriminado de produtos
químicos e seus efeitos sobre a vida e os recursos naturais, resultando em pressão para
que os políticos agissem e em uma profundamudança na atitude do povo americanocom
relação à necessidade de normas ambientais federais.

No Brasil em 1965 foi promulgada a lei federal 4771/65 que instituiu o código florestal
brasileiro e em 1967 a Lei 5197/67 sobre a proteção da fauna. Em 1968 foi criado o
clube de Roma, por especialistas de diversas áreas e nacionalidades, para discutir a
crescente crise do ambiente humano e buscar soluções para os problemas ambientais.

A década de 70 foi marcada por um lado pelo clima de reação e isolamento


desencadeado pela Crise do petróleo e do modelo energético vigente, que despertou a
procura de novas fontes de energia e de uma utilização mais racional. De outro lado, as
discussões levaram a ONU a promover uma Conferência sobre o Meio Ambiente
Humano (Primeira Conferência da ONU sobre as relações entre o homem e o Meio
Ambiente) em 1972.
Marco para o surgimento de políticas de gerenciamento ambiental.
Discutiram-se questões como a defesa e melhoria do meio ambiente para as
gerações presentes e futuras. 26 Princípios sobre nossa responsabilidade, os cuidados e
manutenção do planeta. Esta conferência gerou a Declaração sobre o Ambiente Humano
e estabeleceu o Plano de Ação Mundial com o objetivo de inspirar e orientar a
humanidade para a preservação e melhoria do ambiente humano. Preocupações:
Crescimento populacional, aumento dos níveis de poluição e o esgotamento dos
recursos naturais. Nesta ocasião, representantes do governo brasileiro defenderam o
desenvolvimento econômico a qualquer preço. Neste mesmo ano foi criado um
mecanismo institucional para tratar das questões ambientais no âmbito das Nações
Unidas - Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), com sede em
Nairóbi, Kenya. E Dennis Meadows e os pesquisadores do “Clube de Roma”
publicaram o relatório “TheLimitsofGrowth” (Os limites do crescimento), denunciando
que o crescente consumo mundial ocasionaria um possível colapso. O estudo concluía
que, mantidos os níveis de industrialização, poluição, produção de alimentos e
exploração dos recursos naturais, o limite de desenvolvimento do planeta seria atingido,
no máximo, em 100 anos, provocando uma repentina diminuição da população mundial
e da capacidade industrial. Em 1973, o canadense Maurice Strong lançou o conceito de
“ecodesenvolvimento”, referia-se principalmente às regiões subdesenvolvidas,
envolvendo uma crítica à sociedade industrial, sendo a precursora do conceito de
desenvolvimento sustentável.

Os caminhos do eco-desenvolvimento seriam seis: satisfação das necessidades


básicas; solidariedade com as gerações futuras; participação da população envolvida;
preservação dos recursos naturais e do meio ambiente; elaboração de um sistema social
que garanta emprego, segurança social e respeito a outras culturas; programas de
educação. Neste mesmo ano no Brasil foi criada a Secretaria Especial do Meio
Ambiente - SEMA, sendo o primeiro organismo brasileiro de ação nacional, orientado
para a gestão integrada do meio ambiente. Proposta em 1973 a Ecologia Profunda por
Arne Naess e no Brasil se desencadeava o movimento ecológico brasileiro com a
criação da AGAPAN (Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural).
Em 1978 a iniciativa alemã do selo ecológico “Anjo Azul” utilizado desde então como
símbolo para produtos ou serviços com impacto ambiental reduzido ou positivo. Estes
produtos devem manter as características de funcionalidade e segurança com os
similares e considerando todos os aspectosambientais inclusive a preservação de
recursos naturais com vantagens ambientais. No Brasil, os fatos marcantes na evolução
das regulamentações foram: a aprovação da Lei 6.938 da Política Nacional de Meio
Ambiente Brasileira, em 31/08/81; Em1986 o Conselho Nacional do Meio Ambiente
(CONAMA) aprova a Resolução n°001/86 que estabelece as responsabilidades, os
critérios básicos e as diretrizes gerais para o uso e implementação da avaliação de
impacto ambiental (AIA) como um dos instrumentos da Política Nacional do Meio
Ambiente. E a Constituição Federal Brasileira foi promulgada em 5 de outubro de 1988,
contendo pela primeira vez um capítulo sobre o meio ambiente e vários outros artigos
afins.

Os acidentes ambientais ocorridos nas décadas de 70 e 80 desencadearam um


dramático crescimento da conscientização ambiental, que direcionaram na década de 90
para os verdadeiros impactos ambientais causados pelos pequenos e acumulativos
poluentes lançados muitas vezes dentro dos padrões das regulamentações ambientais.
Os principais acidentes foram: 1976 - Solveso na Itália caracterizado pelo vazamento
acidental de dioxina; em 1979 o vazamento nuclear na Usina de ThreeMileIsland -
Estados Unidos; em 1984 ocorreu o acidente em Bhopal – Índia, vazamento de 40
toneladas de isocianato de metila (de 2500 a 5000 mortes e mais de 200 feridos);
vazamento nuclear na usina de Chernobyl – Rússia; no Brasil em 1987, contaminação
com Césio 137 em Goiânia (4 pessoas mortas e 249 contaminadas).

Antes dos anos 80, a proteção ambiental era vista como uma questão marginal, custosa e
muito indesejável, a ser evitada; seus opositores argumentavam que ela diminuía a
vantagem competitiva da empresa, evidencia uma postura reativa das empresas com
relação aos danos ambientais e suas sanções legais.

O dia 16 de fevereiro de 2005 marcou o início de um esforço mundial para redução


do aquecimento global, com a entrada em vigor do Protocolo de Kyoto. Ratificado por
141 países (incluindo o Brasil), o Protocolo determina que países industrializados
reduzam em 5,2% as emissões de gases-estufa entre 2008 e 2012, tendo como base o
nível de emissões registradas em 1990; estabelecerá o Comércio Internacional de
Carbono, permitindo que países industrializados adquiram ou vendam cotas de emissão.
Concluído em 11 de dezembro de 1997 em Kyoto, no Japão, o documento impõe a
redução das emissões de seis gases causadores de efeito estufa, responsáveis pelo
aquecimento do planeta: CO2 (dióxido de carbono ou gás carbônico), CH4 (metano),
monóxido de nitrogênio (N20) e três gases flúor (HFC, PFC e SF6). Nesta data, o
Mecanismo de Desenvolvimento Limpo - MDL entrará em ação, encorajando
investimentos em países menos desenvolvidos que promovam o desenvolvimento
sustentável e o Fundo de Adaptação do Protocolo começará a auxiliar os países em
desenvolvimento a se adaptarem às restrições do Protocolo.

3. NORMAS AMBIENTAIS INTERNACIONAIS


3.1. ISO – International Organization for Standardization

É uma federação mundial de entidades nacionais de normalização, não governamental


que congrega mais de 140 países, representando praticamente 95% da
produção industrial do mundo. Fundada em 23 de Fevereiro de 1947, com sede em
Genebra, na Suíça, com o objetivo principal de criar normas internacionais que
representem e traduzam o consenso dos diferentes países do mundo para
homogeneização de procedimentos, medidas, materiais, uso, etc.

Como uma instituição normalizadora internacional, ela elabora e avalia normas


através de vários comitês técnicos, compostos por especialistas dos diversos países
membros. Em relação às propostas de normas ambientais, o Comitê Técnico
especialmente designado para o assunto foi o de número 207 (TC-207), intitulado
Gestão Ambiental que passou a elaborar normas de orientação gerencial para as
organizações em relação ao meio ambiente. O TC-207 conta com a participação de
cerca de 56 países. Este comitê está inter-relacionado com o comitê responsável pelas
normas Internacional de qualidade (TC-176).

A Série ISO 14000 é um grupo de normas que fornece ferramentas e estabelece um


padrão de Sistemas de Gestão Ambiental. Através dela, a empresa poderá sistematizar a
sua gestão através de uma política ambiental que vise à melhoria contínua em relação ao
meio ambiente. De forma simplificada, a Série ISO 14000 está representada na figura
abaixo:
Figura 1. Família ISO 14000

A Série ISO 14000 tem orientação similar a Série ISO 9000, as siglas caracterizam
os estágios em que as normas estão, pois, esta série ainda está em desenvolvimento e
sujeita a alterações.

As siglas são:

 AWI - Item aprovado;


 CD - Rascunho do comitê, DAM - Rascunho da emenda, DIS - Rascunho do
Padrão Internacional (ISO),
 FDIS - Rascunho Final do Padrão Internacional,
 NWIP - Trabalho novo em progresso;
 PWI - Item preliminar,
 WD – Rascunho de Trabalho.

As normas que compõem esta série são: ISO 14001:1996- Sistemas de Gestão
Ambiental - Especificação e diretrizes para uso (válida até maio de 2006 para empresas
certificadas até 15 de maio de 2005).
ISO 14001:2004 – Sistemas de Gestão Ambiental - Requisitos com orientação para uso;
ISO 14004:1996- Sistemas de Gestão Ambiental - Diretrizes gerais sobre princípios,
sistemas e técnicas de apoio (versão 2004 em elaboração)

ISO 19011:2002 – Diretrizes para auditoria em sistema de gestão da qualidade e ou


ambiental

ISO 14015:2001 - Gestão Ambiental - Análise ambiental de lugares e organizações

ISO 14020:2000- Rotulagem e declarações ambientais - Princípios gerais

ISO 14021:1999- Rotulagem e declarações ambientais - Auto declaração das exigências


ambientais (Tipo II Rotulagem Ambiental);

ISO 14024:1999- Rotulagem e declarações ambientais - Tipo I Rotulagem ambiental -


Princípios e procedimentos;

ISO/DIS 14025 - Rotulagem e declarações ambientais - Tipo III Declarações ambientais


– princípios e procedimentos;

ISO 14031:1999- Gestão Ambiental- Avaliação do desempenho ambiental- Diretrizes


ISO/TR 14032:1999- Gestão Ambiental - Exemplos de avaliação de desempenho
ambiental- (EPE)

ISO 14040:1997- Gestão Ambiental- Análise do ciclo de vida- Princípios e estrutura

ISO/DIS 14040 - Gestão Ambiental- Análise do ciclo de vida- Princípios e estrutura

ISO 14041:1998- Gestão Ambiental - Análise do ciclo de vida - Objetivos, definição do


escopo e análise do inventário

ISO 14042:2000- Gestão Ambiental- Análise do ciclo de vida - Análise dos impactos

ISO 14043:2000- Gestão Ambiental- Análise do ciclo de vida- Interpretação do ciclo de


vida

ISO/DIS 14044 - Gestão Ambiental- Análise do ciclo de vida – Requerimentos e


diretrizes
ISO/TR 14047: 2003 - Gestão Ambiental- Análise do ciclo de vida- Exemplos de
aplicação da ISO 14042

ISO/TS 14048:2002 - Gestão Ambiental - Análise do ciclo de vida - Formato dos dados
da documentação

ISO/TR 14049:2000 - Gestão Ambiental - Análise do ciclo de vida - Exemplos de


aplicação da ISO 14041, definição de metas e escopo e análise do inventário (em
construção);
ISO 14050:2002 - Gestão Ambiental- vocabulário ISO/AWI 14050 - Gestão Ambiental-
vocabulário

ISO/TR 14062: 2002 - Gestão ambiental - Integrando dos aspectos ambientais no


projeto e desenvolvimento de produtos ISO/DIS 14063- Gestão ambiental –
Comunicações ambiental – Diretrizes e exemplos

ISO/DIS 14064 - 1 – Diretrizes para medição, verificação e relatório de entidades e


projetos emissões de gás da estufa (Greenhouse gases -- Part 1:
Specificationwithguidanceattheorganizationlevel for
quantificationandreportingofgreenhousegasemissionsandremovals)

ISO/DIS 14064-2 Greenhouse gases -- Part 2: Specification with guidance at the project
level for quantification, monitoring and reporting of greenhouse gas emission reductions
orremoval enhancements

ISO/DIS 14064-3 Greenhouse gases -- Part 3: Specification with guidance for the
validation and verification of greenhouse gas assertions

ISO/WD 14065 Greenhouse gases -- Requirements for greenhouse gas validation and
verification bodies for use in accreditation or other forms of recognition

Guia ISO/AWI 64 - Guia para inclusão dos aspectos ambientais na padronização dos
Produtos.

A elaboração da série ISO 14000 está evoluindo rapidamente. Esta velocidade


deve-se, em grande parte, ao compromisso da organização (ISO) de acompanhar o ritmo
da unificação europeia, cujos países já dispõem de regulamentos ambientais e
necessitam agora de uniformização. Logo, a ISO 14000 deverá ter um impacto maior
que a ISO 9000, que, com a globalização da economia mundial e a formação de blocos
regionais, que já dispõem de regulamentos ambientais que facilitarão na integração,
contribui para o crescimento do comércio internacional.

A ISO 14000 ajudará no monitoramento das atividades em relação ao meio


ambiente e a medir a utilização de recursos, além de auxiliar a planejar e controlar
mecanismos de melhoria. É também a preparação de critérios para a avaliação da
qualidade e eficácia das relações entre empresas e o meio ambiente. Ou seja, com a
publicação da série ISO 14000 espera-se a harmonização dos procedimentos, aplicáveis
internacionalmente, que efetivamente expressem os requisitos fundamentais das boas
práticas de gerenciamento ambiental.

3.2. Sistemas de Gestão e Sistemas Integrados

As normas para modelos de demonstração de sistemas de gestão servem em


primeiro lugar para facilitar as organizações à estruturação do sistema, determinando os
elementos que compõe um sistema de gestão. Contudo, as normas não contêm
exigências de como uma organização realiza e implementa os elementos na prática.
Estas Normas tal como outras Normas Internacionais, não pretendem criar barreiras ao
comércio não tarifário nem ampliar ou alterar as obrigações legais de qualquer
organização.

Figura 2. Exemplos de estrutura das normas de sistemas de gestão


As normas mais conhecidas são:

 Gestão da Qualidade: NBR ISO 9001, QS 9000 (setor automobilístico), TL 9000


(setor de telecomunicações).
 Gestão Ambiental: NBR ISO 14001, BS7750 e EMAS - Environmental
Management AndAuditScheme.

 Gestão da Saúde e Segurança Ocupacional: BS 8800, OHSAS 18001 e OHSAS


18002.
 Outros: AS 8000 (Responsabilidade Social), Boas praticas de fabricação, boas
praticas de laboratórios, etc.

As normas de gestão possuem elementos chaves comuns que facilitam a implantação de


sistemas integrados de gestão:

 Estrutura Organizacional
 Processos sistemáticos e recursos associados
 Metodologia de medição e avaliação
 Processos de análise crítica

a) A seguir serão discutido as delimitações das normas de qualidade


ambiental e saúde e segurança ocupacional. Sistemas de Gestão da
Qualidade – NBR ISO 9001

A NBR ISO 9001:2000 define exigências a um sistema de gestão da qualidade, quando


uma organização deve fazer o seguinte:

 Demonstrar a sua capacidade para a constante disponibilizado de produtos que


atendam aos requisitos dos clientes, os regulamentares e os da própria
organização, e
 Demonstrar que atingem à satisfação do cliente através de uma aplicação
eficiente do sistema, inclusive dos processos para a melhoria continua e para o
impedimento de não-conformidades.

O objetivo é a capacidade de desempenho dos fornecedores para poder


disponibilizar produtos condizentes com a qualidade para a satisfação dos clientes.
As partes interessadas, conforme definição na NBR ISO 9000:2000 item 3.3.7,
definida como : “pessoa ou grupo que tem um interesse no desempenho ou no sucesso
de uma organização.” A serie ISO 9000 não cobre todas as exigências de todas as partes
interessadas da mesma forma, concentram as suas instruções e exigências à satisfação
do cliente. A parte interessada principal é o cliente, ao passo que os proprietários,
colaboradores, subcontratados e público são alcançados apenas de forma intermediaria
pela NBR ISO 9001:2000.

O objeto de verificação a ser observado pelo auditor no âmbito de uma certificação é o


produto de oferta a ser fornecido, enquanto resíduos e efluentes podem ser
produtos(secundários) de uma organização e não atingem diretamente o cliente. Os
aspectos de meio ambiente e segurança somente são registrados se o cliente pressupõe
características especiais do produto ou quando existem prescrições legais.

b) Sistemas de Gestão Ambiental – NBR ISO 14001:2004

O objetivo da NBR ISO 14001:2004 é a melhoria contínua do sistema de gestão


ambiental, a redução e prevenção da poluição e o atendimento aos requisitos legais
aplicáveis.

Se os sistemas de gestão da qualidade conforme a NBR ISO 9001:2000 se referem


principalmente aos interesses dos clientes, no sistema de gestão ambiental é muito mais
abrangente. Portanto, as partes interessadas podem ser: os proprietários, acionistas,
colaboradores, subcontratados, vizinhança, órgãos ambientais, publico em geral, etc.

O objeto da verificação de um sistema de gestão ambiental é a redução da poluição ou


dos impactos ambientais de suas atividades, processos, produtos e serviços de uma
organização que influenciem ao meio ambiente (inter-relacionamento). O sistema de
gestão ambiental é uma ferramenta que permite a organização atingir e
sistematicamente controlar o nível de desempenho ambiental por ela mesma
estabelecida em sua política, objetivos e metas ambientais.

c) Sistemas de Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional – OHSAS


18001:1999
A OHSAS 18001 foi publicada na Inglaterra em 1999, contém requisitos
certificáveis que vieram para atender a uma demanda do mercado
internacional, que exige cada vez mais o atendimento aos critérios
básicos de segurança e saúde ocupacional noambiente de trabalho.
Originária da norma BS8800 no Reino Unido, norma guia para a
implementação deste sistema.

O objetivo básico é o aumento da segurança do trabalho e da proteção da saúde


dos empregados como também a preservação ambiental operacional ligada à segurança
do trabalho nos contratantes. Do ponto de vista do contratante apresenta-se como o
sistema de gestão para a melhoria da segurança do trabalho.

As partes interessadas são em primeiro lugar os colaboradores de uma organização


expostos aos riscos no local de trabalho. Orientam-se em primeiro lugar a proteção do
empregador e consequentemente a garantia de condições de trabalho seguras e não
prejudiciais à saúde. Minimizando os riscos, reduzindo os acidentes e doenças
ocupacionais, os tempos de parada e consequentemente os custos associados.

O objeto da verificação são as condições no local de trabalho sob consideração dos


possíveis riscos para o empregado (e eventualmente do meio ambiente).
4. CONCLUSÃO

O comprometimento e a preocupação com o meio ambiente têm ganhado muita


importância, tanto pelas contribuições dos legisladores, através da crescente evolução
do Direito Ambiental, como também pelo aumento da complexidade e dos custos dos
problemas ambientais. Consequentemente tem ocorrido nas organizações uma gama de
múltiplas tarefas e responsabilidades ambientais, que surgem como medidas isoladas em
virtude de desafios momentâneos ou situações de emergência. O resultado geral,
frequentemente não é muito eficiente, pois geralmente é fruto de uma coleção de
medidas ambientais isoladas, distribuídas entre vários cargos e responsabilidades. Esta
visão fragmentada, dificilmente permitirá que medidas não sistematizadas atuem com
eficiência nas reais causas, ela geralmente apenas reduz ou mascara os efeitos adversos
temporariamente.
5. BIBLIOGRAFIA
Amorim, Eduardo Lucena C. (2005). Gestão Ambiental: Engenharia Ambiental.Brasil:
UFAL.

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