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A discussão internacional sobre o meio ambiente

As Conferências ambientais deram-se início após um longo período ininterrupto de


crescimento econômico e tecnológico. As primeiras discussões e preocupações
ambientais ocorreram principalmente na década de 60 através de pequenos setores
civis e países ocidentais mais ricos. Analisando esse crescimento econômico e o
impacto ambiental que a produção em massa estava ocasionando, tais como,
exploração do meio ambiente para obter matérias-primas, grandes quantidades de
poluentes liberadas na atmosfera, poluição sonora, lixos produzidos e descartados
de forma inapropriada preocupavam as pessoas em relação ao futuro e o meio
ambiente.

Com esse cenário global, movimentos foram surgindo com intenção de discutir sobre
aspectos ambientais e sobre o futuro da humanidade. Esses movimentos deram-se
por diversos motivos. E grandes acidentes ecológicos intensificaram as ações
ambientalistas por exemplo no Japão é um pequeno vilarejo de nome Minamata,
pescadores e familiares sofreram de uma intoxicação causada por um vazamento de
mercúrio na fábrica Chisso, entre os anos de 50 e 70. Outra catástrofe que também
teve grande peso para o início dessa discussão foram os danos causados na costa
inglesa e francesa pelo naufrágio do petroleiro “Torrey Canyon”, além desses,
existiram muitos outros grande acidentes que também podem ser considerados
como de grande importância para que fosse realizado o avanço das discussões que
posteriormente se transformaria na primeira conferência ambientalista liderada por
diversos países.

Apesar dos bônus houveram muitos ônus por consequência da revolução industrial
tais como desmatamento, poluição da atmosfera e poluição dos rios e oceanos
fizeram com que estudiosos, principalmente de países de primeiro mundo usassem
seus conhecimentos e a política para manifestar suas ideias através de obras
literárias como: "Silent Spring (1962), de Rachel Carson, e This Endangered Planet
(1971), de Richard Falk, ou de ensaios e livros de Garrett Hardin, como The Tragedy
of Commons (1968) e Exploring New Ethics for Survival (1972)"1. Essas obras junto
com o livro "The limits to growth" ajudou o movimento a ganhar força e subir para
outro patamar.

1 Conferência-de-desenvolvimento-sustentavel.pdf p. 24.
O que começou como pequenas manifestações e discussões tomou grandes
proporções ao longo dos anos. Essas questões ambientais tiveram grandes
impactos políticos e econômicos e junto com a opinião pública conquistou agenda de
vários países. A partir disso teve registro da primeira conferência com objetivo de
discutir questões ambientais.

A primeira conferência
Estocolmo (1972) foi marcado pela História como a primeira conferência a tratar da
Natureza x Homem. A reunião das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente
aconteceu entre os dias 5 e 16 de junho de 1972, e recebeu o nome de Estocolmo,
por ter ocorrido na capital da Suécia. A partir desse cenário 113 países e mais de
400 instituições governamentais e não governamentais iniciaram as discussões
sobre medidas e ações cabíveis para proteger a natureza das desenfreadas
mudanças ocasionadas pelo acelerado processo de transformações econômicas e
ambientais. Claro que nesse processo inicial foi basicamente apresentado de
maneira mais forte ao mundo sobre uma discussão que já vinha se tornando
indispensável.

É de grande importância mencionar que "a conferência se originou em 1968, da


resolução no 1346(XLV) do Conselho Econômico e Social das Nações Unidas
aprovada pela Assembleia Geral em sua resolução 2391(XXIII)" 2. O dia de abertura
da conferência foi 5 de junho, e essa data se tornou tão marcante para o mundo,
que o dia do meio ambiente é comemorado neste dia.

A conferência de Estocolmo, de acordo com Le Preste (2005, p. 174-175) ocorreu


por quatro motivos principais:

a) problemas em relação a quantidade e a qualidade das águas disponíveis e


mudanças climáticas já estudadas por cientistas dos anos 60;
b) problemas que tiveram grandes destaques públicos e que foi causado
especialmente pelo ocorrências de certas catástrofes com efeitos visíveis
(desaparecimento de territórios selvagens, a modificações de paisagens e
acidentes como as marés negras).
c) causado especificamente pelo crescimento econômico acelerado
transformando tudo ao seu redor.
2 Esaoabsp.edu.br/Artigos?ART=307
e) outro problema identificado por cientistas no fim dos anos de 1960 foi as
chuvas ácidas e a poluição do mar báltico.

A partir dessa conferência foi elaborada a Declaração de Estocolmo que possui 26


princípios. Que de maneira geral servem para apresentar possíveis soluções para o
que pode se transformar em uma grande catástrofe Mundial. Com essas resoluções
fica estabelecido que seja feita a preservação ambiental para acomodação dos
futuros descendentes de maneira saudável e favorável para a vida. E trabalham com
questões como a mudança climática, as modificações da paisagem, como
poderíamos trabalhar de maneira inteligente, maneiras de controlar o uso de
pesticidas na agricultura, e por fim discutir a qualidade da água e reduzir a
quantidade de metais pesados lançados na natureza

Várias outras questões além dessas acima foram trabalhadas, e a busca pelo
desenvolvimento humano em torno de um objetivo comum. Na declaração da
conferência proclama-se também que "O homem é ao mesmo tempo a obra e
construtor do meio ambiente que o cerca, o qual lhe dá sustento material e oferece
oportunidade para desenvolver-se intelectual, moral, social e espiritualmente. [...]" 3,
contudo o homem deve ser responsável por suas ações principalmente em relação à
natureza e ter o discernimento para tomar suas ações conforme o previsto legal.

Conferência de Tbilisi (1977)

Essa foi a segunda conferência e teve como foco o processo educativo, deveria ser
orientado para a resolução dos problemas concretos do meio ambiente, através de
enfoques interdisciplinares e, de participação ativa e responsável de cada indivíduo
e da coletividade

A conferências inclusive a conferência de Tbilisi em 1877 que teve grande influência


ao seu redor e ao mundo, e teve parceria com a Unesco e ONU. Com vários
processos e objetivos e benefícios de ajudar grupos sociais a sustentabilidade e
respeito no meio ambiente e promover o bem-estar da sociedade.

Nas últimas décadas, o homem, utilizando o poder de transformar o meio ambiente,


modificou rapidamente o equilíbrio da natureza. Por conseguinte, as espécies vivas
3 Cetesb.sp.gov.br/pósgrafuacao.../declaração-de-estocolmo...pdf p.1
ficam frequentemente expostas a perigos que podem ser irreversíveis. E a
conferência de Tbilisi, veio apresentar o quanto a educação ambiental era
necessária para as pessoas, sendo elas de qualquer idade, etnia ou raça e de todos
os níveis sociais para assim tornar a sociedade consciente de que o meio ambiente
deve ser preservado e bem cuidado pela humanidade. A educação ambiental e os
meios sociais têm grandes responsabilidades de colocar seus serviços dessa
missão educativa, e os conhecimentos e detectarem o sentindo de suas
responsabilidades.

A educação ambiental deve constituir um ensino geral permanente, assim podendo


concretizar um pensamento de que no futuro próximo seja possível o continuarmos a
evolução tecnológica, indústria com o mínimo de riscos ambientais, considerando
que temos uma constante evolução. Educação deve abranger ao indivíduo
compreensão dos principais problemas do mundo contemporâneo, proporcionando-
lhe conhecimentos técnicos e as qualidades necessárias para desempenhar uma
função produtiva visando à melhoria da vida e à proteção do meio ambiente, atendo-
se aos valores éticos. Ao adotar um enfoque global, fundamentado numa ampla
base interdisciplinar, a educação ambiental torna a criar uma perspectiva geral,
dentro da qual se reconhece existir uma profunda interdependência entre o meio
natural e o meio artificial. Essa educação contribui para que se exija a continuidade
permanente que vincula os atos do presente às consequências do futuro; além
disso, demonstra a interdependência entre as comunidades nacionais e a
necessária solidariedade entre a humanidade.

https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/biologia/conferencia-de-
tbilisi-1977/27425

Relatório de Brundtland (1987)

Em 1983 foi criada pela Assembleia Geral da ONU, a Comissão Mundial sobre o
Meio Ambiente e Desenvolvimento - CMMAD, que foi presidida por Gro Harlem
Brundtland, na época primeira-ministra da Noruega e Mansour Khalid, daí o nome
final do documento definindo-o como o processo que “satisfaz as necessidades
presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas
próprias necessidades”. É a partir daí que o conceito de desenvolvimento
sustentável passa a ficar conhecido. Elaborado pela Comissão Mundial sobre o Meio
Ambiente e Desenvolvimento, o Relatório Brundtland aponta para a
incompatibilidade entre desenvolvimento sustentável e os padrões de produção e
consumo, trazendo à tona mais uma vez a necessidade de uma nova relação “ser
humano-meio ambiente”. Ao mesmo tempo, esse modelo não sugere a estagnação
do crescimento econômico, mas sim essa conciliação com as questões ambientais e
sociais. O documento enfatizou problemas ambientais, como o aquecimento global e
a destruição da camada de ozônio (conceitos novos para a época), e expressou
preocupação em relação ao fato de a velocidade das mudanças estar excedendo a
capacidade das disciplinas científicas e de nossas habilidades de avaliar e propor
soluções. O relatório Brundtland trazia ainda dados sobre o aquecimento global e a
destruição da camada de ozônio, temáticas que também eram bastante novas para
o momento de seu lançamento. Por fim, colocava uma série de metas a serem
seguidas por nações de todo o mundo para evitar o avanço das destruições
ambientais e o desequilíbrio climático. Foi a primeira tentativa já que, até a
atualidade, as nações ainda não conseguiram criar um consenso sobre como agir
em conjunto em prol do desenvolvimento sustentável. Entre as medidas apontadas
pelo relatório, constam soluções, como: diminuição do consumo de energia,
limitação do crescimento populacional, garantia de recursos básicos (água,
alimentos, energia) a longo prazo, preservação da biodiversidade e dos
ecossistemas, diminuição do consumo de energia e desenvolvimento de tecnologias
com uso de fontes energéticas renováveis.

Tripé da Sustentabilidade (Triple Bottom Line) – 1994

A primeira vez que se tomou conhecimento do Triple Bottom Line foi na década de
90, mais precisamente, em 1994.

O Triple Bottom Line é um conceito de gestão que preza pela sustentabilidade de


forma ampla nas empresas. Mais do que preocupações ecológicas, é preciso ter
uma atuação mais sólida em outros setores. Trata-se de um conceito que prega a
gestão empresarial com foco, além dos resultados, no impacto causado pela
empresa no planeta.

o tripé é formado pelas perspectivas do planeta, das pessoas e do lucro, ou seja,


uma empresa deve ser conduzida visando à parte econômica, seus impactos
ambientais e como ela se relaciona com seus colaboradores. Nessa ideia, é possível
perceber como a sustentabilidade é algo muito maior do que simplesmente a
preservação de recursos naturais e a redução da agressão ao planeta. O Tripé da
Sustentabilidade inaugurou uma nova maneira das empresas encararem o
desenvolvimento de seus negócios: o aspecto econômico não deve ser o único
indicador de desempenho e sucesso de uma companhia. Na verdade, os fatores
econômicos, sociais e ambientais – que eram vistos como incompatíveis – são
perfeitamente complementares e estão diretamente interligados. O desempenho
financeiro está relacionado à sustentabilidade de qualquer negócio. People
(Pessoas) – Os colaboradores são o ativo mais importante das empresas e essa é
mais uma prova de como é imprescindível cuidar da cultura organizacional. Planet
(Planeta) – Refere-se aos impactos que as atividades da empresa geram no meio
ambiente e quais medidas são tomadas para evitar ou abrandar os riscos dessa
interferência. Profit (Lucro) – Adotar medidas em prol dos colaboradores e do
planeta resultam em números positivos no final do mês. Quando a marca investe na
equipe e incorpora ações sustentáveis, consequentemente melhora a produtividade,
competitividade e resultados. Aspectos econômicos:

 Fluxo de caixa saudável, Pagamentos nos prazos estabelecidos, Baixo


endividamento, Boa lucratividade.
 Aspectos sociais: Salários justos e boas condições de trabalho, Empresa
contribui com a comunidade. Aspectos ecológicos:
 Reduz desperdícios, valoriza a eficiência energética e de água, reduz
produção de resíduos

Eco 92

A terceira conferência internacional para tratar sobre o meio ambiente, e a primeira


vez acontecendo no Brasil sendo que voltaríamos a recepcionar o evento outras
vezes anos mais tarde, foi também a primeira vez do Brasil recebendo um evento de
tão grande porte, o que podemos considerar até como tardio a vinda da
considerando que o Brasil é um dos mais importantes quando se fala em riqueza
ambiental. A Rio 92 deu início ao ciclo de grandes conferências internacionais pós-
guerra fria, e pode ser considerada o evento mais importante de impacto mundial na
década de 1990.
A conferência começou a ser idealizada muito a quase uma década antes de
acontecer definitivamente, no ano em que foi instituído o Programa das Nações
Unidas pelo meio Ambiente (PNUMA), a partir desse momento começam a aparecer
planos mais concretos, como a agenda 21, um documento com mais de 20 capítulos
que definia o que seria o desenvolvimento sustentável que os países deveriam
implantar.

A agenda 21 tem um conteúdo extremamente completo que fala desde maneiras


indiretas de proteção do ambiente como, a diminuição da diferença entre classes,
até maneiras mais diretas por exemplo o gerenciamento de ecossistemas frágeis.

Com base nele cada pais teve a liberdade de definir metas e objetivos a serem
implantados, “A partir deste debate, vamos intercambiar experiências de políticas
públicas que permitam o aprimoramento do fazer educacional voltado para a
questão ambiental” disse diretor de educação ambiental do ministério do meio
ambiente em 2005, Marcos Sorrentino. O Brasil apesar de ser um pais
extremamente rico em Biodiversidade tem principalmente nos últimos anos se
tornados muito mal visto internacionalmente quando se fala em proteção ambiental

Relatório Gri – 2001

Relatório GR1 2001: Tida como uma organização internacional que ajuda as
empresas e governos e outras instituições a entender as questões da
sustentabilidade do meio ambiente. As mudanças climáticas, e suas variações de
tempo.

Sempre quando ouvimos falar sobre sustentabilidade, vimos e notamos que muitas
pessoas, é empresas em especialmente tem essa dificuldade suas frentes de
atuação e trabalho para juntos fazer a sustentabilidade melhor. Em quais devem
focar em processos de atuação, como fazer, quais os métodos, como melhorar
internamente, para tais eventos sustentáveis.

Desde o início a GRI, ajudou dando suporte a todas as empresas. Mas, por ser
global, muitas vezes não conseguiu ajudar os particulares em determinados países e
tempos que apresentam maiores diversidades socioambiental, peculiaridades em
sua sugestão que o caso do Brasil.
Com tudo vemos que os impactos naturais estão mudando com o tempo e ficando
cada dia mais deploráveis, onde a sustentabilidade corre grande risco, e decadência
dos danos causados pela humanidade usufruindo de forma indevida. Causando
grande risco de consequência que muitas delas já estamos presenciando tais como
a poluições sonoras, rios, lagos, praias sujas, animais em risco de extinção.

Todas as empresas que trabalham com o relatório do GRI podem ver e relatar as
melhorias de métodos de como manusear melhor os métodos que podem usar para
a melhoria sustentável e outras empresas que estão dando esse rumo a
sustentabilidade também.

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