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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Recursos Hídricos e o meio Ambiente

Adinaida António Finiasse Beca - 708211518

Curso: Licenciatura em Gestão Ambiental

Disciplina: Gestão de Recursos Hídricos

Ano de frequência: 3° Ano

Docente: Sara Romão


Turma: C

Índice Tete, Junho de 2023


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Estrutura  Capa 0,5
 Índice 0,5
 Introdução 0,5
 Discussão 0,5
 Conclusão 0,5

Aspectos  Bibliografia 0,5

organizacionais
 Contextualização
(indicação clara do
problema) 1,0
 Descrição dos 1,0
Conteúdo Introdução objectivos
 Metodologia adequada
no objecto do trabalho
2,0
 Articulação do domínio
do discurso académico
(expressão escrita 2,0
cuidada,
coerência/coesão
textual
 Revisão bibliográfica
nacional e
internacionais
relevantes na área de
Análise e
estudo
Discussão 2,0

 Exploração de dados 2,0


Conclusão  Contributos teóricos 2,0
práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
parágrafo, espaçamento
Aspectos Gerais Formatação 1,0
entre linhas
Referências Normas APA 6ª  Rigor e coerência das 4,0
Bibliográficas edição m citações citações/referências
bibliográficas bibliográficas
Recomendações de melhoria:
ÍNDICE
1. Introdução...........................................................................................................................1

2. Objectivos da pesquisa .......................................................................................................2

2.1. Objectivo geral ...............................................................................................................2

Debruçar em torno dos Recursos Hídricos e o meio Ambiente. ...............................................2

2.2. Objectivos específicos ....................................................................................................2

3. Metodologia de Pesquisa .......................................................................................................2

4. Revisão da Literatura .............................................................................................................3

4.1. Recursos hídricos ............................................................................................................3

4.1.1. Definição .................................................................................................................3

4.1.2. Classificação dos Recursos Hídricos.......................................................................3

4.1.2.1. Recursos hídricossubterrâneos ............................................................................3

4.1.2.2. Recursos Hídricos Superficiais ............................................................................3

4.1.3. Tipologia dos Recursos Hídricos ............................................................................4

4.1.4. Formas de utilização de recursos hídricos...............................................................5

4.1.5. Disponibilidade dos recursos hídricos ao nível global ............................................6

4.1.6. Disponibilidade dos recursos hídricos em Moçambique.........................................7

4.1.7. Os Impactos nos Recursos Hídricos ........................................................................8

5. Conclusão .........................................................................................................................11

6. Referências Bibliográficas ...............................................................................................12


1. Introdução
A água é um elemento essencial para a vida e para o desenvolvimento sustentável das
sociedades. Considerada até a poucas décadas como recurso inesgotável, sabe-se agora que se
trata de recurso renovável mas finito, cuja disponibilidade é fortemente influenciada quer pela
variabilidade climática, quer pela forma como se utiliza, consome e rejeita quer ainda pelo uso
e ocupação do solo o crescimento da população e do consumo unitário, associado à melhoria do
nível de vida das populações, traz para o momento presente o risco real da escassez.

O presente trabalho versa sobre “Recursos Hídricos e o meio Ambiente”, não se trata de um
enfoque cabal, mas sim, o mesmo aborda aspectos básicos sobre os temas supracitados.

Este trabalho caracteriza-se quanto ao escopo, como um teórico de natureza exploratória. Os


estudos exploratórios buscam maiores informações sobre o tema em questão, daí a
importância da revisão bibliográfica.

Por conseguinte, a ordem teórica do presente trabalho se fundamenta em argumentações


doutrinárias e nos autores especializados. De facto, utilizamos no seu desenvolvimento a
pesquisa bibliográfica com recurso material bibliográfico que se fizerem necessários bem
como á obras especializadas nas matérias tratadas que sirvam de substrato para o
desenvolvimento das ideias e efectivo alcance dos objectivos pretendidos no decorrer do
presente trabalho.

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2. Objectivos da pesquisa

2.1. Objectivo geral

Debruçar em torno dos Recursos Hídricos e o meio Ambiente.

2.2. Objectivos específicos

 Definir recursos hídricos;


 Identificar tipos de recursos hídricos;
 Falar das formas de utilização de recursos hídricos;
 Descrever a disponibilidade dos recursos hídricos ao nível global e em Moçambique;
 Falar da influência dos recursos hídricos para o meio ambiente e importância dos recursos
hídricos para a sustentabilidade do ambiente.

3. Metodologia de Pesquisa

A classificação metodológica do tipo de pesquisa quanto aos objectivos é exploratória,


Sampieri, Collado e Lúcio (2006) defendem que, as pesquisas exploratórias têm como objetivo
proporcionar maior familiaridade com o tema, com vistas a torna-lo mais explícito ou a
constituir hipóteses. Pode-se dizer que estas pesquisas têm como objetivo principal o
aprimoramento de ideias ou a descoberta de intuições.

O método de abordagem que adoptado no presente trabalho foi abordagem qualitativa com
vista a conferir as hipóteses, analisar factos, avaliar um assunto conforme suas principais
variáveis.

Quanto aos procedimentos técnicos, é uma pesquisa bibliográfica. “Entende-se por pesquisa
bibliográfica o acto de fichar, relacionar, referenciar, ler, arquivar, fazer resumos de assuntos
relacionados com a pesquisa em questão. Assim, no presente estudo, a pesquisa foi elaborada a
partir de material já publicado, fonte secundária, constituído fundamentalmente, de livros,
artigos de jornais científicos; artigos publicados em portais científicos da internet.

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4. Revisão da Literatura
4.1. Recursos hídricos

4.1.1. Definição
Segundo Motonganhica (s/d), Recursos hídricos são as águas superficiais ou subterrâneas
disponíveis para qualquer tipo de uso numa determinada região ou bacia.
Procura este conceito dar relevância à necessidade de integrar a gestão da água em função dos
seus diferentes tipos de uso, das diferentes dimensões de conhecimento que estão envolvidas,
dos diferentes tipos de instituições. Consiste na valorização da água em função da sua natureza
renovável e fluida.
4.1.2. Classificação dos Recursos Hídricos
4.1.2.1. Recursos hídricossubterrâneos
Origem e Ocorrência da Água Subterrânea
De acordo com Motonganhica (s/d), a água é encontrada em todos os corpos do sistema solar
nas formas de vapor ou gelo. A Terra, porém, é o único que possui água no estado líquido e em
abundância. Ela representa um recurso natural de valor económico, estratégico e social, além de
ser um dos elementos fundamentais para existência e bem-estar do homem e componente
importantíssimo na manutenção dos ecossistemas do planeta.
A ocorrência, o modo de armazenamento e a circulação dos recursos hídricos subterrâneos
estão directamente atrelados às características litológicas e estruturais das unidades geológicas
existentes, as quais determinam o potencial hídrico de um determinado aquífero (Franzini,
2008).
Motonganhica (s/d) refere que as águas subterrâneas são um recurso natural imprescindível
para a vida e para a integridade dos ecossistemas que estão delas dependentes, representando
mais de 95% das reservas de água doce exploráveis do globo. Delas dependem em grande parte
as actividades agrícolas e industriais, constituindo além do mais uma componente fundamental
no abastecimento público: mais de metade da população mundial depende das águas
subterrâneas.
4.1.2.2. Recursos Hídricos Superficiais
Conforme Motonganhica (s/d), a água é essencial à vida e todos os organismos vivos no
planeta Terra dependem da água para sua sobrevivência. O planeta Terra é o único planeta do
sistema solar que tem água nos três estados (sólido, líquido e gasoso), e as mudanças de estado
físico da água no ciclo hidrológico são fundamentais e influenciam os processos
biogeoquímicos nos ecossistemas terrestres e aquáticos. Somente 3% da água do planeta está
disponível como água doce. Destes 3%, cerca de 75% estão congelados nas calotas polares, em
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estado sólido, 10% estão confinados nos aquíferos e, portanto, a disponibilidade dos recursos
hídricos no estado líquido é de aproximadamente 15% destes 3%. A água, portanto, é um
recurso extremamente reduzido. O suprimento de água doce de boa qualidade é essencial para o
desenvolvimento económico, para a qualidade de vida das populações humanas e para a
sustentabilidade dos ciclos no planeta.
A água nutre as florestas, mantêm a produção agrícola, mantêm a biodiversidade nos sistemas
terrestres e aquáticos. Portanto, os recursos hídricos superficiais e os recursos hídricos
subterrâneos são recursos estratégicos para o homem e todas as plantas e animais, (Tucci,
2005).
O ciclo hidrológico é o princípio unificador fundamental referente à água no planeta, sua
disponibilidade e distribuição. O ciclo hidrológico opera em função da energia solar que produz
evaporação dos oceanos e dos efeitos dos ventos, que transportam vapor d’água acumulado
para os continentes. A velocidade do ciclo hidrológico variou de uma era geológica a outra,
bem como a proporção de águas doces e águas marinhas, (Motongonhica, s/d).
4.1.3. Tipologia dos Recursos Hídricos
Segundo Motongonhica (s/d), os tipos de recursos hídricos são:

 Rio - um rio é uma corrente natural de água que flui com continuidade. Possui um
caudal considerável e desemboca no mar, num lago ou noutro rio. Ao lado, o Rio
Amazonas, o mais extenso do mundo e o maior em volume d´água.

 Lago é uma depressão natural na superfície da Terra que contém permanentemente uma
quantidade variável de água. Essa água pode ser proveniente da chuva, duma nascente
local, ou de curso de água, como rios e glaciares geleiras que desaguem nessa
depressão.

 Aquífero é uma formação geológica que contém água e permite que quantidades
significativas dessa água se movimentem no seu interior, em condições naturais. A
maior preocupação com esse tipo de reservatório, é o impacto que as actividades
agrícolas com recurso a pesticidas e fertilizantes podem causar a qualidades dessas
águas.

 Açude - conjunto constituído por barragem ou barramento de um curso d’água efémero


(escoamento superficial que tem lugar após as chuvas e que cessa após algum tempo). A
foto ao lado é do Açude Camorim, que fica na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

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 Lagoa é uma porção de água cercada por terra. Segundo outras definições, lagoa é um
“lago pouco extenso”, no entanto há várias “lagoas” maiores do que muitos chamados
“lagos”. Ao lado, a Lagoa Rodrigo de Freitas no Rio de Janeiro. Actualmente sofre
problemas de poluição por despejo de esgoto e substâncias químicas das actividades do
entorno.

 Laguna é uma depressão formada por água salobra ou salgada, localizada na borda
litorânea, comunicando-se com o mar através de canal, constituindo assim uma espécie
de “quase-lago”. Ao lado, a Lagoa dos Patos que na verdade é uma Laguna.
4.1.4. Formas de utilização de recursos hídricos

a) Uso público
Para uso público, Faria (2013) refere que a água é utilizada para a limpeza de logradouros
públicos, avenidas, ruas, museus e demais prédios públicos, irrigação de parques e jardins,
prevenção de incêndios, recreação, etc.
Segundo Faria (2013), o uso público da água é subdividido em Abastecimento público e
Geração de Eletricidade.

 Abastecimento Público
Água que é retirada dos rios ou do subsolo e que, depois de tratada, abaste- ce as residências,
hospitais, escolas, indústrias e comércio em geral.

 Geração de Eletricidade
Quando a água é utilizada para mover as turbinas que produzem energia hidrelétrica.

b) Uso doméstico da água


De acordo com Faria (2013), a qualidade da água destinada ao abastecimento público deve
obedecer, de forma rígida, as normas de potabilidade da regulamentação nacional. O uso da
água para fins domésticos engloba uma infinidade de atividades, tais como: tomar banho,
escovar os dentes, lavar o rosto, fazer a barba, dar descargas sanitárias, lavar a louça, a roupa,
calçada, etc.

c) Uso Industrial
A água considerada de uso industrial é a utilizada para gerar energia; mover máquinas; resfriar
peças; fabricar bebidas, alimentos, roupas dentre outros (Faria, 2013).
Uma considerável parcela de água doce é direcionada para as indústrias. As diversas atividades
e tecnologias tornam o uso do recurso hídrico bem diversificado.
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A água também é usada como matéria-prima, como reagente, como sol- vente, para a lavagem
de gases e sólidos, como agente de resfriamento, transmissor de calor, fonte de energia e
muitos outros.
O recurso hídrico faz parte da produção industrial e é usada em grande quantidade pela
indústria de papel e celulose, siderúrgica, têxtil, química e petroquímica.
Outras indústrias, como as de bebidas, a farmacêutica, têm a água incorporada ao seu produto
final.

d) Uso Rural
Para Faria (2013), configura-se uso rural quando a água é utilizada tanto para a irrigação de
plantações, como para a criação de animais de um modo geral. Da mesma forma que no uso
público, também se subdivide em duas partes: Uso da água na agricultura e uso da água na
criação de animais:

e) Uso da água na agricultura


Segundo Faria (2013), em quase todas as regiões do mundo, excepto na Europa e na América
do Norte, é na agricultura que se usa a maior quantidade de água. Para que se possa ter uma
noção do gasto de água na agricultura, com- parado ao uso diário de uma pessoa adulta,
observe que esta precisa de 4 litros de água por dia para beber, mas para produzir seu alimento
diário são necessários de 2 a 5 mil litros.
Uma pessoa adulta precisa de 4 litros de água por dia para beber, mas para produzir seu
alimento diário são necessários de 2 a 5 mil litros.

f) Uso da água na criação de animais


O consumo de água para a criação animal está associado ao efetivo dos rebanhos existentes e
corresponde não só ao consumo, propriamente dito dos animais, mas inclui também toda a
demanda de água associada ao seu manejo. O cálculo da demanda, nesse tipo de atividade, só é
considerado se a criação for semi-intensiva ou intensiva, (Faria, 2013).
4.1.5. Disponibilidade dos recursos hídricos ao nível global
De acordo com Motonganhica (s/d), quando se pensa que a água está sempre disponível,
comete-se um erro, pois 97% da água existente é salgada, dos restantes 3% a maioria está nos
pólos ou nas altas montanhas no estado sólido. Apenas 0,5% da água encontra-se à disposição
do homem.
Por outro lado, a população humana está a aumentar, o que motiva uma maior procura, e
consequente diminuição dos recursos hídricos. A necessidade de água é cada vez maior e
aquela que existe é poluída, o que faz com que um recurso à partida renovável deixe de o ser. É
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fundamental utilizar a água sem a desperdiçar e ao mesmo tempo diminuir as cargas de
poluição (Tucci, 2005).

Figura 1: disponibilidade de recursos hídricos no planeta

4.1.6. Disponibilidade dos recursos hídricos em Moçambique


Segundo Motonganhica (s/d), Moçambique tem 104 principais bacias de rios, dos quais 50 têm
áreas de captação de água de menos de 1,000 km2, 40 têm áreas de entre 1,000 e 10,000km2,
12 de entre 10,000 e 100,000 km2, sendo que o Rio Zambeze e o Rio Rovuma têm áreas de
captação de água de mais de 100,000 km2. As bacias de rios mais importantes, do sul ao norte,
são: Maputo, Umbeluzi, Incomati, Limpopo, Save, Buzi, Pungue, Zambeze, Licungo, Lurio,
Messalo e Rovuma (Mapa 3). Com a excepção das bacias do Licungo, Lurio e Messalo, todas
as outras bacias são divididas com pelo menos um outro país. A bacia do Rio Zambeze é
dividida por um total de oito países.
A situação dos recursos hídricos em Moçambique, em termos absolutos, se compara
razoavelmente bem com a dos outros países que ocupam zonas climáticas similares. A média
total anual do escoamento superficial é estimada em 216 km entrada na fronteira é de
aproximadamente 116 km3/ano, enquanto o escoamento superficial gerado dentro do país é em
média 100 km3/ano (Motonganhica s/d).
Portanto, mais de 50% da média total do escoamento superficial é gerado fora do país. A bacia
do Zambeze representa cerca de 18% da média total anual do escoamento superficial, e 75% do
total fluxo de entrada transfronteiriço: a bacia recebe 88 km3/ano de fluxo de entrada na
fronteira, e 18 km3/ano do escoamento superficial da bacia é gerado dentro do país, a dar uma
média total anual de escoamento superficial de 106 km3/ano. A disponibilidade per capita dos
recursos hídricos superficiais é de uns 5550 m3/ano (somente para o escoamento superficial
gerado dentro do país) ou 12000 m3/ano (a incluir os fluxos transfronteiriços).
Moçambique é um estado ripário a jusante em todos os nove rios principais, excepto o
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Rovuma, em que é um ripário paralelo. A alta dependência de Moçambique em recursos
hídricos compartilhados é um factor importante na vulnerabilidade hídrica nacional. Todos os
principais rios no sul de Moçambique (Maputo, Umbeluzi, Incomati, Limpopo e Save) têm
origem em países vizinhos. Os níveis de variabilidade do fluxo naturalmente altos,
necessitando alta capacidade de armazenagem, junto à extracção significante destes rios em
países citados acima, reduzem a disponibilidade de água e aumenta a vulnerabilidade hídrica da
região sul de Moçambique. A média combinada do fluxo natural nas quatro bacias é de
aproximadamente 11 km diminuir a uns 5 a 6 km3/ano ao longo dos próximos 20 anos, com
maior variabilidade devido à procura crescente dos vizinhos ripários. A gestão das bacias
hidrológicas e das reservas rio acima do seu território tem impacto directo nos próprios riscos
do país, particularmente em relação a enchentes. Para mitigar esses riscos, Moçambique é
muito activo numa série de processos conjuntos com países ripários para assegurar que seus
interesses e preocupações sejam atendidos.
4.1.7. Os Impactos nos Recursos Hídricos
Segundo Motonganhica (s/d), os impactos quantitativos nos recursos hídricos são crescentes e
produzem grandes alterações nos estoques de águas superficiais e subterrâneas. Há casos muito
evidentes de uso excessivo de recursos hídricos superficiais que resultaram na redução
quantitativa acentuada e em desastres de grandes proporções. Exemplos disto são os problemas
referentes ao Mar de Aral, à cidade do México e a muitas outras regiões do planeta,
especialmente regiões urbanas. Além dos impactos quantitativos, há muitos outros impactos na
qualidade da água superficiais e subterrâneas que comprometem os usos múltiplos e aumentam
as pressões económicas regionais e locais sobre os recursos hídricos. Estes impactos estão
descritos abaixo:
Construção de represas
De acordo com Tucci (2005), a Actividade Humana causa Impactos nos ecossistemas aquáticos
em risco através de construção de represas:

 Altera o fluxo dos rios e o transporte de nutrientes e sedimento e interfere na migração e


reprodução de peixes.

 Altera habitats e a pesca comercial e desportiva;

 Altera os deltas e suas economias.


Construção de diques e canais

 Destrói a conexão do rio com as áreas inundáveis;


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 Afecta a fertilidade natural das várzeas e os controles das enchentes;

 Alteração do canal natural dos rios;

 Danifica ecologicamente os rios;

 Modifica os fluxos dos rios;

 Afecta os habitats e a pesca comercial e esportiva;

 Afecta a produção de hidroelectricidade e transporte.


Drenagem de áreas alagadas

 Elimina um componente-chave dos ecossistemas aquáticos;

 Perda de biodiversidade;

 Perda de funções naturais de filtragem e reciclagem de nutrientes;

 Perda de habitats para peixes e aves aquáticas.


Desmatamento do solo

 Altera padrões de drenagem, inibe a recarga natural dos aquíferos, aumenta a


sedimentação, altera a qualidade e a quantidade da água, pesca comercial,
biodiversidade e controle de enchentes.
Poluição não controlada

 Diminui a qualidade da água, altera o suprimento de água, aumenta os custos de


tratamento, altera a pesca comercial;

 Diminui a biodiversidade, Introdução de espécies exóticas, elimina espécies nativas,


altera ciclos de nutrientes e ciclos biológicos, perda da biodiversidade natural e estoques
genéticos, altera a composição química de rios e lagos;

 Afecta a saúde humana;

 Afecta a agricultura.
Mudanças globais no clima

 Afecta drasticamente o volume dos recursos hídricos;

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 Altera padrões de distribuição de precipitação e evaporação;

 Afecta o suprimento de água, transporte, produção de energia eléctrica, produção


agrícola e pesca e aumenta enchentes e fluxo de água em rios.

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5. Conclusão
A água é essencial a vida, um recurso renovável, porém finito. É fundamental no desempenho
de inúmeros sectores económicos, os quais se destacam a agricultura, saúde, industrial, entre
outros. As bacias hidrográficas constituem estes recursos e compõem ecossistemas adequados
para avaliação dos impactos causados pela actividade antrópica que podem acarretar riscos ao
equilíbrio e à manutenção da quantidade e a qualidade da água, uma vez que estas variáveis são
relacionadas com o uso do solo. Moçambique possui cerca de 104 bacias, os quais se destacam
os rios Zambeze e Rovuma como as maiores áreas de captação e escoamento natural de água.
Porém, Moçambique encontra-se vulnerável na segurança dos recursos hídricos devido a
partilha dessas bacias com países vizinhos. No entanto, estudar os recursos hidrológicos ajuda a
compreender o funcionamento dos processos que controlam o movimento da água e os seus
impactos a partir da análise de características biofísicas da água.

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6. Referências Bibliográficas
Faria, A. M. (2013). Gerenciamento de Recursos Hídricos, Curitiba – PR.I
Franzini, S. B. (2008). Engenharia de Recursos Hídricos. Tradução e adaptação de Luiz
Américo Pastorino. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil.
Motonganhica, A. C. (s/d). Módulo de Gestão dos Recursos hídricos, Beira: UCM – CED.
Tucci, C. E. M. (2005) Caderno de Recursos Hídricos. Revista Brasileira de Engenharia.
Sampier, R.; Collado, C. & Lúcio, P. B. (2006). Metodologia de pesquisa. 3ª ed.. São Paulo:
McGraw-Hill

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