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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Métodos e técnicas como princípio de investigação científica.

Mariamo Ussene Silva: Código: 708231688

Curso: Licenciatura em Ensino de


Geografia
Disciplina: MIC
Ano de Frequência: 1º

Nampula, Junho, 2023

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problema)
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Introdução 1.0
objectivos
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adequada ao objecto 2.0
do trabalho
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domínio do discurso
académico
2.0
Conteúdo (expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e  Revisão
discussão bibliográfica
nacional e
2.
internacionais
relevantes na área de
estudo
 Exploração dos
2.0
dados
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Conclusão 2.0
práticos
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Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
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Normas APA 6ª  Rigor e coerência
Referências edição em das
4.0
Bibliográficas citações e citações/referências
bibliografia bibliográficas

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Índice
1.Introdução ............................................................................................................................. 5

2.Tipos de conhecimentos ........................................................................................................ 6

2.3.Diferença entre análise textual, análise temática e analise interpretativa .................. 10

2.5. Citação direta, citação indireta e citação de citação .................................................... 12

2.6. Princípios da ética e sua importância numa investigação científica .......................... 12

3.Considerações Finais .......................................................................................................... 13

4.Referências Bibliográficas .................................................................................................. 14

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1.Introdução
Sabemos que os animais desenvolvem estilos próprios de vida, que lhes permitem a
reprodução e a sobrevivência. Para isso, os animais estabelecem modelos de vida complexos,
com sistemas de acasalamento, alojamento, migração, proteção e alimentação. Os homens
também desenvolvem esses processos em suas vidas. Para sobreviver, os homens apresentam
atividades instintivas (respirar, engatinhar, sentir fome, frio) e outras ações que dependem de
um aprendizado (trabalhar, estudar, etc.). Para um bebê se transformar em homem, ele precisa
de um aprendizado. Esse aprendizado é possível porque o homem é capaz de criar um sistema
simbólico e de comunicação, e por meio desse sistema ele dá significado às suas experiências
e as transmite aos seus pares.

O homem é o único ser capaz de imaginar ações e reações de forma simbólica, diferenciar
experiências no tempo e projetar ações racionalmente para enfrentar o porvir. Por isso, o
homem conseguiu desenvolver o CONHECIMENTO. Ao pensar, projetar, ordenar, prever e
interpretar, o homem estabeleceu com o mundo uma relação dotada de significados e, assim
sendo, um conhecimento. O conhecimento sobre o mundo que foi produzido pelos homens se
transformou em CULTURA. Assim, cada grupo, compartilhando experiências comuns, cria
formas de sociabilidade. Por isso, cada cultura tem suas particularidades, seus símbolos. Tudo
isso é transmitido de uma geração a outra. O estudo da cultura nos mostra que o homem busca
formas de resolver seus problemas, que são aceitas pelo seu grupo social e por isso se tornam
perenes. Uma vez aceitas, essas formas são transformadas em rituais, que são repetidos pelos
membros do grupo. Esses rituais são transmitidos e transformados pelos homens para atender
suas necessidades. Ficou claro então que os homens desenvolvem conhecimentos conforme
suas necessidades.

1.1.Metodologia

Na íntegra desse estudo que tem por objectivo compreender Métodos e técnicas como
princípio de investigação científica. A presente pesquisa é um estudo de caráter bibliográfico
qualitativo, uma vez que se propõe a discutir criticamente os tipos de avaliações mais comuns
na realidade escolar.

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2.Tipos de conhecimentos
O conhecimento é, portanto, uma forma de compreender a realidade. Essa representação
a realidade fundamenta-se nos sentidos e na percepção, na imaginação ou no intelecto; na ideia
de verdade ou de falsidade.

A partir desses modos, as pessoas criam códigos de interpretação das coisas que existem.
Estabelece-se, pois, uma relação entre o sujeito – que é aquele que conhece – e o objeto – que
é aquilo a ser conhecido.

Ao longo da história, as pessoas construíram muitas formas de conhecimento, como uma


forma de dar sentido à própria vida e transmitir informações necessárias para sobrevivência da
espécie.

Os conhecimentos podem ser pensados a partir de quatro dimensões principais: científico,


filosófico, religioso e empírico. Esses são os tipos de conhecimentos diferentes.

Conhecimento Cientifico

A seguir argumentamos sobre os diferentes pontos de vistas de diferentes teóricos sobre


a definição de ciência.

Conforme Ruiz (1996, p.129):

“A palavra ciência pode ser assumida em duas acepções: em sentido amplo, ciência
significa simplesmente conhecimento, como na expressão tomar ciência disto ou daquilo; em
sentido restrito, ciência não significa um conhecimento qualquer, e sim um conhecimento que
não só apreende ou registra fatos, mas também os demonstra pelas suas causas determinantes
ou constitutivas”.

Para Fachin (2003, p. 14),

O ser humano, diante da necessidade de compreender e dominar o meio, ou o mundo, em


benefício próprio e da sociedade da qual faz parte, acumula conhecimentos racionais sobre seu
próprio meio e sobre as ações capazes de transformá-lo. A essa sequência permanente de
acréscimos de conhecimentos racionais e verificáveis da realidade denominamos ciência”.

O conceito apresentado por Ander-Egg (1978) define ciência como sendo um conjunto de
conhecimentos racionais, certos ou prováveis, obtidos metodicamente, sistematizados e
verificáveis, que fazem referência a objetos de uma mesma natureza. Para Trujillo “A ciência é
todo conjunto todo conjunto de atitudes e atividades racionais, dirigidas ao sistemático

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conhecimento com objetivo limitado, capaz de ser submetido à verificação” (1974, p. 8). Em
outros termos, a ciência é uma sistematização de conhecimentos, um conjunto de proposições
logicamente correlacionadas sobre o comportamento de certos fenômenos que se deseja estudar.

Para Ferrari (1982, p. 22), “[...] A ciência é todo um conjunto de atitudes e atividades
racionais, dirigidas ao sistemático conhecimento com objeto limitado, capaz de ser submetido à
verificação”. Para Rubem Alves:

A ciência é uma especialização, um refinamento de potenciais comuns a todos. Quem


usa um telescópio ou um microscópio vê coisas que não poderiam ser vistas a olho nu. Mas eles
nada mais são que extensões do olho. Não são órgãos novos. São melhoramentos na capacidade
de ver, comum a quase todas as pessoas. Um instrumento que fosse a melhoria de um sentido
que não temos seria totalmente inútil, da mesma forma como telescópios e microscópios são
inúteis para cegos, e pianos e violinos são inúteis para surdos” (1981, p. 9).

Conhecimento Popular

O homem está imerso na cotidianidade, lugar das demonstrações espontâneas de emoções,


sentimentos, capacidades intelectuais e ideologias. Na observação de Martins (1998) ilumina-
se tal constatação. “Se a vida de todo o dia se tornou o refúgio dos céticos, tornou-se igualmente
o ponto de referência das novas esperanças da sociedade. O novo herói da vida é o homem
comum imerso no cotidiano” (p. 2).

Nas atividades diárias qualquer indivíduo assume pequenas decisões, sendo que nesse
momento, não existem necessariamente reflexões sobre cada ocorrência do seu dia-a-dia. Até
porque se isso fosse possível, não haveria uma dinamização nas ações, seria preciso
empreender longos intervalos de tempo para dedicar-se ao refletir criteriosamente e até mesmo
se alcançariam graus de loucura nos sujeitos.

Nesse sentido, há o conhecimento oriundo do cotidiano que equivale a “soma de nossos


conhecimentos sobre a realidade que utilizamos de um modo efetivo na vida cotidiana, sempre
de modo heterogêneo”. (LOPES, 1999, p. 143).

O senso comum, do mesmo modo que o saber popular, traduz-se numa das formas do
conhecimento cotidiano. Essa diferenciação é ressaltada por Lopes (1999) a fim de evitar a
recorrência equivalente aos termos, pois para a autora senso comum refere-se ao caráter
homogêneo ou universal do conhecimento cotidiano, enquanto que saberes populares “não são
um conhecimento necessário para que grupos específicos [com práticas sociais específicas] se

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orientem no mundo, ajam, sobrevivam, se comuniquem, o que constitui um senso comum geral.
Mas são conhecimentos necessários para aquele dado grupo viver melhor” (p. 150).

Assim, o saber popular é composto de saberes das classes ditas populares, tais como os
relacionados: à culinária, aos artesanatos, às ervas medicinais, à construção de imóveis, práticas
políticas, às expressões da arte e à garantia de sobrevivência. Após identificar esse saber como
uma manifestação do conhecimento cotidiano é possível estabelecer uma compreensão mais
clara do que se configura por senso comum.

Lopes (1998, p. 149) defende que “o senso comum possui um caráter transclassista, o que
faz tender a um grau de universalidade: suas concepções permeiam diferentes classes e grupos
sociais, mantendo-se resistentes a mudanças”. Nessa visão o senso comum não é característico
de classes específicas, contrariamente a isso, ele encontra-se numa esfera genérica ou universal.
Daí justifica-se a resistência em modificar ideias, informações e comportamentos já
internalizados.

A fragilidade existente no senso comum para a validação de resultados está certamente


ligada as suas características. São elas: acrítico, difuso, fragmentário e dogmático.

Aranha e Martins (1993, p. 127) consideram que o senso comum é “um conhecimento
espontâneo, é um saber resultante das experiências levadas a efeito pelo homem ao enfrentar
os problemas da existência”. As autoras em nenhum momento tratam da condição de
universalidade do senso comum.

Enquanto que Martins (1998) volta sua atenção às características, peculiaridades e eficácia
desse conhecimento próprio da realidade de todo dia, na tentativa de não simplificar o senso
comum busca nas ciências sociais entendimentos para essa superação.

A possibilidade de uma sociologia da vida cotidiana está nesse âmbito


intermediário, na investigação e superação do que o senso comum tem sido para a
interpretação acadêmica: ou apenas o conhecimento com que o homem comum define
a vida cotidiana, dando-lhe realidade, como supõem Berger e Luckmann; ou apenas o
conhecimento alienado da falsa consciência que separa o trabalhador do mundo que ele
cria, de que nos falam os marxistas. (p. 3)

Entretanto sejam o saber popular ou o conhecimento do senso comum, e também outras


formas de conhecimento, ambos não irão responder a todas as inquietações humanas, pois
experiências realizadas nesses espaços não podem ser sempre tender a uma universalização.

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Para elaborarmos uma concepção de mundo coerente, Lopes (1999, p. 150) revela que
“precisamos exercer a crítica de nossas concepções à luz de toda filosofia até hoje existente,
redimensionando seus limites de atuação”.

Conhecimento Teológico

O conhecimento teológico está relacionado com a fé e a crença


divina. É, portanto “produto de intelecto do ser humano que recai sobre a fé” (CERVO;
BERVIAN, 2002, p. 8). Esse conhecimento manifesta-se diante do mistério ou de algo oculto
que provoca curiosidade, estimulando a vontade de entender aquilo que se desconhece. Apoia-
se em fundamentos sagrados, portanto, valorativos. É um conhecimento sistemático, ou seja,
tem origem, significado, finalidade e destino. Para que você compreenda o que é conhecimento
teológico, pense naquilo que entendemos como “obra de Deus”. A obra tem origem,
significado, finalidade e destino e, embora esse conhecimento não seja verificável, é
indiscutível.

Na opinião de Lakatos e Marconi (2007) O conhecimento religioso, isto é, teológico,


apoia-se em doutrinas que contêm proposições sagradas (valorativas), por terem sido reveladas
pelo sobrenatural (inspiracional) e, por esse motivo, tais verdades são consideradas infalíveis
e indiscutíveis (exatas); é um conhecimento sistemático do mundo (origem, significado,
fmalidade e destino) como obra de um criador divino; suas evidências não são verificadas: está
sempre implícita uma atitude de fé perante um conhecimento revelado.

Conhecimento filosófico

O conhecimento filosófico é valorativo, pois seu ponto de partida consiste em hipóteses,


que não poderão ser submetidas à observação: "as hipóteses filosóficas baseiam-se na
experiência, portanto, este conhecimento emerge da experiência e não da experimentação"
(Trujillo, 1974: 12); por este motivo, o conhecimento filosófico é não verificável, já que os
enunciados das hipóteses filosóficas, ao contrário do que ocorre no campo da ciência, não
podem ser confirmados nem refutados. É racional, em virtude de consistir num conjunto de
enunciados logicamente correlacionados. Tem a característica de sisterryítico, pois suas
hipóteses e enunciados visam a uma representação coerente da realidade estudada, numa
tentativa de apreendê-la em sua totalidade. Por último, é infalível e exato, já que, quer na busca
da realidade capaz de abranger todas as outras, quer na definição do instrumento capaz de
apreender a realidade, seus postulados, assim como suas hipóteses, não são submetidos ao
decisivo teste da observação (experimentação). (Lakatos e Marconi, 2007).

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Para Cervo e Bervian (2002), a base do conhecimento filosófico é a reflexão. Por
intermédio desse conhecimento o homem passou a entender o sentido da vida e do universo.
Esse conhecimento é valorativo, pois parte de hipóteses que não poderão ser submetidas à
observação, ou seja, não são verificáveis e não podem ser confirmadas, nem refutadas.

2.3.Diferença entre análise textual, análise temática e analise interpretativa


Para Lakatos e Marconi (1991, p. 27) significa:

[...] decompor um todo em suas partes a fim de poder efetuar um estudo mais completo,
encontrando o elemento-chave do autor, determinar as relações que prevalecem nas partes
constitutivas, compreendendo a maneira pela qual estão organizadas e estruturar as ideias
de maneira hierárquica.

Severino (2007) agrupa essas atividades em cinco etapas ou fases: a textual, a temática,
a interpretativa e a problematização e, por fim, a síntese ou conclusão pessoal.

Na análise textual você desenvolve atividades que são preparatórias para o processo de
análise mais profunda do texto. E Na análise temática você deve compreender a mensagem do
autor, mas sem interferir nas ideias preconizadas por ele. Isto quer dizer que você deve ouvir o
que o autor do texto quer dizer, sem emitir julgamento ou crítica. Ao passo que, Interpretar é
tomar uma posição própria a respeito das ideias enunciadas, é superar a estrita mensagem do
texto, é ler nas entrelinhas, é forçar o autor a um diálogo, é explorar toda a fecundidade das
ideias expostas, é cotejá-las com outras, enfim, é dialogar com o autor (SEVERINO, 2007, p.
59).

2.4. Método qualitativo, quantitativo e princípios de investigação

De acordo com PRODANOV(2012), Sob o ponto de vista da abordagem do problema,


a pesquisa pode ser:

Pesquisa quantitativa: considera que tudo pode ser quantificável, o que significa
traduzir em números opiniões e informações para classificá-las e analisá-las. Requer o uso de
recursos e de técnicas estatísticas (percentagem, média, moda, mediana, desvio padrão,
coeficiente de correlação, análise de regressão etc.).

Quanto ao Método e à forma de abordar o problema Richardson et al.(2007) classifica as


pesquisas em qualitativa e quantitativa. Para Vieira (1996), a pesquisa qualitativa pode ser
definida como a que se fundamenta principalmente em análises qualitativas, caracterizando-

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se, em princípio, pela não utilização de instrumental estatístico na análise dos
dados.

Essa forma de abordagem é empregada em vários tipos de pesquisas,


inclusive nas descritivas, principalmente quando buscam a relação causa-efeito entre
os fenômenos e também pela facilidade de poder descrever a complexidade de determinada
hipótese ou de um problema, analisar a interação de certas variáveis, compreender e classificar
processos dinâmicos experimentados por grupos sociais, apresentar contribuições no processo
de mudança, criação ou formação de opiniões de determinado grupo e permitir, em maior grau
de profundidade, a interpretação das particularidades dos comportamentos ou das atitudes dos
indivíduos.

Pesquisa qualitativa: considera que há uma relação dinâmica entre o mundo


real e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do
sujeito que não pode ser traduzido em números. A interpretação dos fenômenos e a atribuição
de significados são básicas no processo de pesquisa qualitativa. Esta não requer o uso de
métodos e técnicas estatísticas. O ambiente natural é a fonte direta para coleta de dados e o
pesquisador é o instrumento-chave. Tal pesquisa é descritiva. Os pesquisadores tendem a
analisar seus dados indutivamente. O processo e seu significado são os focos principais de

abordagem.

Princípios de investigação

A ética em pesquisa se baseia nos três princípios fundamentais abaixo:

o Respeito pelas pessoas


o Beneficência
o Justiça

Estes princípios são considerados universais — são aplicáveis em qualquer lugar do


mundo. Estes princípios não têm fronteiras nacionais, culturais, legais ou econômicas. Todas
as partes envolvidas em estudos de pesquisa com humanos devem entender e seguir esses
princípios.

Embora estes princípios sejam universais, a disponibilidade dos recursos necessários para
manter estes princípios durante todo o processo de pesquisa não é universal, nem distribuída
equitativamente. Por exemplo, os recursos financeiros disponíveis para um comitê de ética ou

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um conselho consultivo comunitária podem ser limitados. Entretanto, esses princípios devem
guiar o pensamento e comportamento de todos os indivíduos envolvidos no planejamento,
condução e patrocínio da pesquisa que envolva participantes humanos, independente das
limitações.

2.5. Citação direta, citação indireta e citação de citação


Citação direta: é a cópia literal de um parágrafo, ou uma frase, ou mesmo uma expressão
extraída de uma fonte. É cópia exatamente igual como está no documento que foi
extraído.

Citação indireta: é dizer com as suas palavras a ideia do autor. É fazer uma paráfrase
das ideias do autor do texto. Devemos também citar a fonte.

Citação de citação: é uma “Citação direta ou indireta de um texto em que não se teve
acesso ao original” (ABNT, 2002, p. 1).

2.6. Princípios da ética e sua importância numa investigação científica


A publicação científica feita de forma eticamente correta tem relação com a
credibilidade e com a própria reputação do autor da pesquisa. Na pesquisa científica, ética é
um conjunto de práticas adotadas pela comunidade cientifica.

São princípios éticos da comunidade cientifica:

Primazia: quem publica o primeiro artigo sobre o tema, tem o crédito da descoberta (ou
da invenção)

Avanço do conhecimento: todo artigo científico deve conter um resultado inédito e


relevante para a Ciência

Reprodutibilidade: todo experimento publicado deve ser replicável por outrem.

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3.Considerações Finais
Diante do exposto na revisão teórica tanto o conhecimento do senso comum quanto o
conhecimento cientifico são legitimados enquanto elementos auxiliadores a serviço do homem.
A ruptura entre eles é conveniente em termos de uma conscientização crítica, mas isso não
significa que o indivíduo seja impedido de permear pelos mesmos, até porque não seria
logicamente adequado, já que todo ser humano estabelece em todo tempo relações sociais. O
senso comum não remete a particularidade pelo contrário toma proporções genéricas, daí a
necessidade em estabelecer cuidados nas tentativas de alterações de padrões anteriormente
esquematizados universalmente.

Entretanto a ciência e o conhecimento científico, construídos pelo próprio homem, lança


mão de métodos rigorosos e objetividade para analisar, pesquisar ou investigar dada situação,
o que por consequência devolve seus resultados para a sociedade promovendo, em geral, o
confronto ou a validação do senso comum. Espera-se que não se esgotem aqui os estudos numa
perspectiva do analisar os mecanismos do conhecimento cientifico e do senso comum a fim de
dinamizar as compreensões em torno dessas duas vertentes mutáveis dentro de suas limitações
e particularidades.

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4.Referências Bibliográficas
BARROS, Aidil Jesus da Silveira; LEHFELD,(2000.) Neide Aparecida de Souza.
Fundamentos de Metodologia Científica: Um Guia para a Iniciação Científica. (3. ed.)
São Paulo: Makron Books.

CHASSOT, Attico(2004). A ciência através dos tempos. (2. Ed). São Paulo: Moderna,

CHAUÍ, Marilena(, 2005). Convite à filosofia. (13. ed.) São Paulo: Ática.

MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria(2008.). Fundamentos de


metodologia científica. (6. ed.) São Paulo: Atlas.

MATALLO JÚNIOR, Heitor (1989.). A problemática do conhecimento. In: CARVALHO,


Maria Cecília Maringoni de (Org.). Construindo o saber – metodologia científica:
fundamentos e técnicas. (2. ed.) Campinas, SP: Papirus, cap. I. p. 13-28.

RUSSELL, Bertrand(2002). História do pensamento ocidental: a aventura das idéias dos


présocráticos a Wittgenstein. (6. ed.) Rio de Janeiro: Ediouro.

SAGAN, Carl. Cosmos(1982). Rio de Janeiro: Francisco Alves.

Kleina, C. & Rodrigues, K. S. B. (2014). Metodologia da Pesquisa e do Trabalho Científico.


(1. Ed.) Curitiba, PR: Iesde Brasil.

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