O que são startups?

Profª Alícia Calaça

CRP:15/5688
Startup se trata de uma empresa que nasce
em torno de uma ideia diferente, escalável e
em condições de extrema incerteza.

Trata-se de uma empresa inovadora com

custos de manutenção baixos, mas que
consegue crescer rapidamente e gerar
lucros cada vez maiores.

A definição mais atual é uma empresa em

estágio inicial à procura de um modelo de
negócios repetível e escalável, trabalhando
em condições de extrema incerteza.
Características:

Ser repetível: capaz de entregar o mesmo produto novamente em escala

potencialmente ilimitada, sem muitas customizações ou adaptações para

cada cliente

Escalável: com um único produto é possível atender 1 cliente ou 1 milhão

de clientes, sem que seus custos com time e infraestrutura aumentem na

mesma proporção

Inovadora: deve atuar com inovação que não necessariamente implica na

criação de um produto. Ela pode ser trazer melhorias em processos,

métodos ou modelos de negócios.

Exemplos de startups de sucesso

A empresa oferece a venda virtual de passagens rodoviárias para mais de 3 mil

municípios do Brasil. Pela plataforma, o usuário acessa as opções de mais de 60
empresas viárias e compra seus ingressos em poucos cliques.

Essa startup oferece soluções simples e eficazes a quem deseja começar a vender
por meio da internet. Com a Unbox, o usuário pode criar uma loja virtual completa
em poucos minutos e já iniciar as transações on-line. A plataforma disponibiliza
uma integração com meios de pagamento e com transportadoras.
Etapas para começar uma start-up de

sucesso:

Análise de Mercado

Identificar as dores e as

necessidades do mercado.

Oferecer soluções para os

problemas cotidianos das

pessoas. Ferramentas como a

Análise SWOT e a Análise de

Competitividade podem ajudar

nessa etapa.
Definir a visão do projeto

É o momento de colocar as ideias no papel e reunir informações completas

sobre a futura startup
O que é
Público-alv
Qual problema irá resolve
Como será o produto ou serviç
Como a ideia será contabilizada/por onde virão os ganhos.

Validação com o público

Entrevistas e pesquisas com perguntas simples representam grande

economia de tempo e dinheiro.
A lei que regulamenta as ações das startups
é a Lei Complementar n.º 167/2019.

No artigo 65, traz que a empresa não deve

produzir poluição, barulho, aglomeração de
veículos para se caracterizar baixo grau de risco,
também traz que a sede pode ser instalada em
qualquer local.

Para se caracterizar uma startup o faturamento

de até R$: 81.000,00 por ano”.
Ecossistema de Inovação e Empreendedorismo
O ecossistema de startups é uma rede de organizações, indivíduos e recursos que
trabalham juntos para apoiar o desenvolvimento e o sucesso de empresas
inovadoras.

Os elementos que compõe esse ecossistema são:

· Empreendedores e fundadores de startups;

· Incubadoras, aceleradoras e espaços de coworking;

· Universidades, centros de pesquisa e inovação;

· Mentores e consultores;

· Governos e agências reguladoras;

· Organizações comunitárias e associações empresariais.

Mapa mental/conceitual
Essa ferramenta auxilia na organização das informações e ideias, deixando-as
visuais, as suas conexões e vínculos facilitam a identificação dos conceitos
trabalhados.

Além disso, colocam o cérebro para fazer associação de ideias e aumentar a

possibilidade inovativa.

No contexto das startups, os mapas mentais possibilitam o trabalho colaborativo,

possibilitam o desenvolvimento de produtos e serviços inovativos e estruturam a
exposição do projeto para possíveis investidores.
Business Model Canvas

O Business Model Canvas (BMC) é uma ferramenta para desenvolver, descrever,

visualizar, avaliar e alterar modelos de negócios.

Os nove elementos abrangem as principais áreas dentro de um negócio são:

1. Segmentos de clientes – definição do público-alvo. “Quem vende para todo

mundo, não vende para ninguém”.

2. Proposta de valor – é a oferta de produto ou serviço que busca resolver o

problema do cliente.

3. Canais – Trata-se dos canais de comunicação, vendas e distribuição, que

possibilitam a entrega da proposta de valor aos clientes;

4. Relacionamento com Clientes – conquista do cliente, retenção do cliente e

ampliação das vendas.

5. Fontes de Receita – mecanismo de precificação da empresa.

6. Recursos Principais – São artefatos necessários para entregar os elementos

descritos;

7. Atividades-chave – as ações mais importantes de realizar para fazer o modelo de

negócios funcionar.

8. Parcerias Principais – rede de fornecedores, alianças com empresas não

competidoras e competição com a concorrência.

9. Estrutura de Custo – custos que envolvem os negócios advindo dos recursos,

atividades e parcerias.
Pitch
É a exposição de uma ideia de negócio que busca chamar a atenção de um possível
investidor. É uma apresentação que deve ser executada entre 30 segundos a 20
minutos.

Para construí-lo, deve-se pensar:

1. Qual é a oportunidade?

2. Qual o mercado de atuação?

3. Qual é a solução ofertada?

4. Quais são os seus diferenciais que lhe distingue da concorrência?

5. O que pretende com essa apresentação? Parceiros, sócios, investidores, capital

humano?
Design Thinking
Ferramenta para gerar e organizar ideias,
resolver problemas e ajudar na tomada de
decisões.

Pauta-se na busca de conhecimento para

resolver problemas ou elaborar novos produtos
e serviços.

Deve ser realizado de forma coletiva para reunir

o máximo de perspectivas diferentes
(brainstorm).

A ideia é entrar na vida do consumidor e

procurar ditar comportamentos e necessidades
futuras.
Os passos são:

1. Imersão - compreender o contexto do problema, tanto da perspectiva da

empresa, quanto do usuário final. Ex: através da análise de SWOT, pesquisa
desk (artigos, blogs, livros), pesquisa exploratória e entrevistas com usuários.

2. Definição do problema: definir o problema que será selecionado. Podem ser

realizados mapas conceituais e personas.

3. Ideação da solução. Geração de ideias através do Brainstorming.

4. Prototipação do produto: materialização das ideias através de

experimentação. Consiste em dar vida ao produto corroborando para a
realização de testes e validação até aperfeiçoar a solução. Essa fase de
experimento auxilia na antecipação de problemas, reduzindo riscos e
otimizando gastos.
Empresas que utilizaram o Design Thinking
Natura:

A empresa precisava desenvolver produtos para cabelo 30% mais baratos e

reduzir em 50% o impacto ambiental da embalagem.

Para encontrar a solução, pesquisadores da marca se hospedaram na casa de

consumidores e perceberam que as pessoas preferem comprar refis, pois são
mais baratos e ocupam menos espaço no armário do banheiro.

Assim foi o processo de design thinking da Natura, que resultou em uma

embalagem 70% mais barata e que ocupa 94% menos espaço que a média de
outros vidros de shampoo.
Samsung:

A ideia da empresa era de lançar uma linha básica de televisores voltada para

as classes C e D.

A marca realizou entrevistas com famílias de baixa renda e vendedores de lojas

populares e descobriu que os televisores precisavam ser resistentes a

oscilações elétricas, frequente nos bairros que o público-alvo residia.

Em vez de lançar uma linha nova de produtos, foram instalados dispositivos

nas televisões quer as protegessem de eventuais quedas de energia.

Além de ajudar os consumidores finais, a Samsung não precisou lançar um

modelo novo no marcado, o que representa uma economia em estoque e

logística.
Análise e gestão
de negócios
Profª Alícia Calaça

CRP:15/5688
Análise de mercado, por que é
importante?
Permite que o empreendedor compreenda a necessidade da clientela,
a concorrência no mercado, os melhores fornecedores e assim
conseguir analisar os pontos fortes e fracos.

Duas perguntas são primordiais para se abrir um empreendimento:

Quem são os seus clientes e o que seus concorrentes já oferecem?

Quanto maior for o mercado que o empreendedor pretende atuar,

maior será a concorrência. Desse modo, o novo negócio entrante
deve ofertar produtos e serviços que se destaquem.
Para se chegar aos dados que permitam essa
análise, existem algumas técnicas, como:

1. Análise da Indústria/Setor;

2. Descrição do Segmento de Mercado;

3. Análise SWOT do produto/serviço.

1. Análise da indústria/setor

Para Potter (1980), compreender as cinco forças competitivas básicas auxilia o

empreendedor na busca de estratégias.
2. Descrição do segmento de mercado:

Para se obter o segmento de atuação do mercado, é importante entender: quem

está comprando? o que está comprando? por que está comprando?

Buscar conhecer sobre os clientes: Geografia (onde eles moram?); Perfil (Como

eles são?); Estilo de Vida (O que eles fazem?); Personalidade (Como eles agem?)

A compreensão das necessidades de cada grupo de cliente permite ao

empreendedor modificar os seguintes aspectos do produto ou serviço:

características, embalagem, preço e opções de entrega.

3. Análise SWOT do produto/serviço:

As forças e fraquezas (fatores internos) são controlados pela empresa,

enquanto as ameaças e oportunidades (ambiente externo) não possui
controle.
Estratégia de Marketing
Tem como principal objetivo promover os atributos da marca e
atrair mais grupos de segmento de clientes
Pesquisa de mercad
Algumas estratégias do marketing são: atendimento impecável,
participar e realizar eventos, uso das redes sociais.
Ferramentas do Marketing Digital

Por meio dessas ferramentas é

que o empreendedor irá expor,

se relacionar com o cliente e

analisar sua performance

nesse meio digital, buscando

sempre a melhoria na

promoção de venda dos seus

produtos/serviços.
Como ferramentas de marketing, temos:

Website: entender a forma que será utilizado pelo usuário e como o

site poderá auxiliá-los no atendimento as suas necessidades.

Gestão do relacionamento com o cliente (CRM): é um software que

armazena informações de clientes atuais e potenciais – nome,

endereço, número de telefone, etc –, e suas atividades e pontos de

contato com a empresa, incluindo visitas a sites, ligações telefônicas,

e-mails, entre outras interações.

A inteligência artificial reunirá essas informações para entrar em

contato com o cliente de uma forma personalizada.

E-mail: atualmente ferramenta antiga e pouco eficaz que pode
facilmente ser confundida com um spam.

Social Media: profissional especializado em cuidar das redes sociais

da empresa.

Marketing Analytics: profissional que integra dados, como por

exemplo, número de visualizações de post, de interação, likes,
compartilhamento, etc, além de outras métricas do marketing - número
de vendas, aceitação de novo produto, etc.
Estudo de viabilidade econômico-financeiro
O objetivo é conhecer a viabilidade financeira do seu investimento.
Realizando esse estudo o empreendedor terá economia de tempo e
dinheiro na tomada de decisões, possibilitando um plano de negócios
eficiente capaz de reduzir seus riscos financeiros.

Para realizar o estudo é necessário coletar dados sobre:

Projeção de fluxo de caixa: se faz três cenários, um otimista, um

neutro e outro pessimista, a diferença emergente desses cálculos
denota algo mais próximo da realidade.

Break-even: valor que a empresa deve ter para pagar seus custos.
Pay-back: tempo que a empresa levará para pagar seus investimentos
iniciais.

Exposição máxima de caixa: cálculo do montante de dinheiro

necessário para que a empresa inicie suas operações nos primeiros
meses até começar a dar lucro;

Taxa mínima de atratividade: é o mínimo esperado a receber de acordo

com os investimentos realizados.

É importante também conhecer os custos operacionais da empresa, que

são os custos fixos, custos variáveis e impostos.
Linhas de financiamento para startups:

Bootstraping: se refere a quando a empresa reinveste seu próprio lucro,

nessa modalidade não há a assistência de capital externo.

Fomento: quando as empresas acessam as fontes de recursos públicos por

meio de programas e bolsas advindos do governo.

Venture capital (ou capital de risco): nessa modalidade o capital é

aportado por investidores anjos, como garantia parte das ações da startup
são cedidas aos investidores. É a principal fonte de capital de startups.

Financiamento: trata-se de empréstimos e financiamentos bancários,

oferecidos tanto pelo setor privado, como por bancos públicos.