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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Tema do Trabalho

CONHECER OS DIFERENTES TIPOS DE CONHECIMENTO

Nome e Código do Estudante

Prista Chale Francisco - 708238360

Tutor:

Viriato Emmanuel Uetela

Curso: Licenciatura em ensino de


história

Disciplina: Disciplina de Metodologia


de Investigação Científica I

Ano de Frequência: 1ª Ano

Beira, Junho, 2023

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Estrutura
organizacionais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao 2.0
objecto do trabalho
 Articulação e
domínio do
discurso
académico 2.0
Conteúdo (expressão escrita
cuidada, coerência
/ coesão textual)
Análise e
 Revisão
discussão
bibliográfica
nacional e
2.
internacionais
relevantes na área
de estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos
Conclusão 2.0
teóricos práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA 6ª  Rigor e coerência
Referências edição em das
4.0
Bibliográficas citações e citações/referência
bibliografia s bibliográficas

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Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor

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Índice

Conteúdo
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 5
1.1. Objectivo geral: .................................................................................................. 6
1.2. Objectivos Específicos: ...................................................................................... 6
2. Método de pesquisa ................................................................................................... 6
2.1. Bibliográfica e documental ................................................................................ 6
3. DESENVOLVIMENTO ........................................................................................... 7
3.1. Conceitos básicos ............................................................................................... 7
3.2. A Importância do Conhecimento ....................................................................... 7
3.3. Os Diversos Tipos de Conhecimento................................................................. 7
3.3.1. O conhecimento mítico ............................................................................... 8
3.3.2. Conhecimento teológico ............................................................................. 8
3.3.3. Conhecimento filosófico ............................................................................ 8
3.3.4. Conhecimento científico ............................................................................. 9
3.4. Diferenças existentes nos diferentes tipos de conhecimento ............................. 9
4. CONCLUSÃO ........................................................................................................ 12
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................... 13

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1. INTRODUÇÃO

A palavra “ciência” provém do latim scientia, e significa conhecimento, erudição,


doutrina ou prática (Arnal et al., 1992, mencionado por Almeida & Freire, 2003).
Actualmente, pode ser definida como um conjunto de conhecimentos organizados sobre
a realidade através do método científico (Bravo, 1985, referido por Almeida & Freire,
2003). Ferrari (1974) define-a como “todo um conjunto de atitudes e actividades
racionais, dirigidas ao sistemático conhecimento com objecto limitado, capaz de ser
submetido à verificação (citado por Marconi & Lakatos, 2003, p. 80).

Existem diversas formas de conhecer e interpretar o mundo. Cada uma delas possui
características específicas que as distinguem das demais. A mitologia, o senso comum,
as religiões, a filosofia e a ciência possuem uma mesma finalidade: organizar
informações que possam explicar ou dar sentido ao mundo e às coisas. Em outras
palavras, essas diferentes áreas são produtoras de conhecimento. Entretanto, a forma
como esse conhecimento é adquirido e transmitido varia em cada um desses tipos de
conhecimento. Essas particularidades são responsáveis pela distinção entre mitologia e
ciência ou filosofia e religião. Por tanto, Falar, escrever e gesticular seriam maneiras
elementares de o sujeito humano produzir e veicular informações, conhecimentos e
saberes (Charlot, 2000).

Assim, o presente trabalho tem como objectivo conhecer os diferentes tipos de


conhecimento, onde ira centralizar-se na conceptualizar do conhecimento científico, na
identificação dos diferentes tipos de conhecimento e a caracterização da importância de
cada um dos conhecimentos na sociedade. Salientar que o trabalho esta divide em três:
abordagem do conteúdo, saber fazer a formatação dos trabalhos científicos com base em
norma APA e saber organizar as referências bibliográficas, tendo em conta a norma
APA, para responder a objectivo usou-se a revisão bibliográfica com metodologia pra
realização do trabalho.

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1.1. Objectivo geral:
 Conhecer os diferentes tipos de conhecimento
1.2. Objectivos Específicos:
 Conceptualizar o conhecimento científico;
 Identificar os diferentes tipos de conhecimento;
 Caracterizar a importância de cada um dos conhecimentos na sociedade.

2. Método de pesquisa

2.1. Bibliográfica e documental

A leitura de obras científicas, livros e ficheiros do módulo, constituirá a base da


elaboração do presente trabalho de campo.

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3. DESENVOLVIMENTO
3.1. Conceitos básicos

O conhecimento é uma forma de apreensão da realidade. Os seres humanos vivem como


as outras espécies da natureza, mas diferente delas, criam para si, representações da
realidade. Essas representações fundamentam-se nos sentidos e na percepção; na
memória, na imaginação e no intelecto; na ideia de aparência e de realidade e na ideia
de verdade ou falsidade (Chauí, 1987, p. 13)

A partir desses modos, os indivíduos interiorizam o mundo e apreendem a realidade. E,


na consciência, criam códigos de interpretação de tudo o que existe ou pode ser
pensado. É estabelecida uma relação entre o sujeito (aquele que conhece) e o objecto
(aquilo a ser conhecido).

3.2. A Importância do Conhecimento

Historicamente, os seres humanos construíram diversos sistemas de conhecimento como


forma de dar sentido a sua própria vida e transmitir informações necessárias para
sobrevivência da espécie Burke, Peter (2003; 2012). Deste modo, diferenciam-se dos
outros animais, também, por possuírem uma linguagem que possibilita o
compartilhamento de informações. Esses sistemas de conhecimentos transmitidos de
geração a geração, de grupos para grupos, formam a cultura. Com o passar do tempo, o
domínio da razão e de diversos códigos de linguagem possibilitou a complexificação
desse conhecimento (Cyrino, 1992).

3.3. Os Diversos Tipos de Conhecimento

Ao longo da história da humanidade, distinguir quatro tipos de conhecimento: o


conhecimento popular ou senso comum, o conhecimento religioso, o conhecimento
filosófico e o conhecimento científico. Segundo Maffesoli, Michel (1998) não existe
um conhecimento que seja melhor do que outro; eles são diferentes, com características
próprias e bem específicas. Cada um deles, dentro de seu escopo, possui o mesmo
objectivo: responder às nossas dúvidas actuais e criar novas dúvidas. Apesar do
conhecimento científico ser o mais sistematizado, podemos afirmar com certeza que a
ciência não é o único caminho que leva à verdade.

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3.3.1. O conhecimento mítico

Trata-se de uma modalidade de conhecimento baseado na intuição e que deriva do


entendimento de que existem modelos naturais e sobrenaturais dos quais brota o sentido
de tudo o que existe. É um tipo de conhecimento que ajuda o ser humano a "explicar" o
mundo por meio de representações que não são logicamente raciocinadas, nem
resultantes de experimentações científicas.

O conhecimento mítico é "expresso por meio de linguagem simbólica e imaginária"


(CYRINO & PENHA, 1992, p. 14). Assim, ainda que o conhecimento mítico crie
representações para atribuir um sentido às coisas, ele ainda se baseia na crença de que
seres fantásticos e suas histórias sobrenaturais é que são os responsáveis pela razão de
ser do existente.

3.3.2. Conhecimento teológico

Se o saber da vida se baseia na experiência de vida e é espontâneo, e se o conhecimento


mítico fundamenta-se na crença em seres fantásticos e é elaborado fora da lógica
racional, o saber teológico fundamenta-se na fé. É dedutivo por partir de uma realidade
universal para representar e atribuir sentido a realidades particulares.

Desse modo, o conhecimento teológico parte da compreensão e da aceitação da


existência de um Deus ou de deuses, os quais constituem a razão de ser de todas as
coisas. Esses seres "revelam-se" aos humanos. Dão ao homem e à mulher as suas
verdades, as quais se caracterizam por ser indiscutíveis, inquestionáveis. Se assim são, a
razão não precisa compreender esses dogmas, mas aceitá-los. É esse processo que o
conhecimento teológico investiga e tenta explicar.

3.3.3. Conhecimento filosófico

O conhecimento filosófico é racional. Baseia-se na especulação em torno do real, tendo


como objecto a busca da verdade. Por isso, diz-se que é uma atitude. Ele é sistemático,
mas não experimental. Vai à raiz das coisas e é produzido segundo o rigor lógico que a
razão exige de um conhecimento que se quer buscando a verdade do existente.

Nessa busca, o conhecimento filosófico busca os "porquês" de tudo o que existe. É


activo, pois coloca o humano em busca de respostas para as inúmeras perguntas que ele

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próprio pode formular. Exemplos: Quem é o homem? De onde ele veio? Para onde ele
vai? Qual é o valor da vida humana? O que é o tempo? O que é o sentido da vida?

3.3.4. Conhecimento científico

Semelhantemente ao conhecimento filosófico, o saber científico também é racional e é


produzido mediante a investigação da realidade, seja por meio de experimentos seja por
meio da busca do entendimento lógico de factos, fenómenos, relações, coisas, seres e
acontecimentos que ocorrem na realidade cósmica, humana e natural. Trata-se de um
conhecimento que é sistemático, metódico e que não é realizado de maneira espontânea,
intuitiva, baseada na fé ou simplesmente na lógica racional (Caune, 2014, p. 23).

Ele prevê, ainda, experimentação, validação e comprovação daquilo a que chega a título
de representação do real. Mediante as leis a que chega, o conhecimento científico
possibilita ao ser humano elaborar instrumentos os quais são utilizados para intervir na
realidade e transformá-la para melhor ou para pior.

3.4. Diferenças existentes nos diferentes tipos de conhecimento

Forma de
Tipo de Base do O que Valida o Quem Transmite
Aquisição do
Conhecimento Conhecimento Conhecimento? o Conhecimento?
Conhecimento

Narrativas
Mítico Crença Tradição Rapsodos
Míticas

Teólogos/Líderes
Religioso Crença (Fé) Escrituras Dogmas
Religiosos

Senso Comum
Não-
(conhecimento Crença Tradição Pessoa Comum
questionamento
empírico)

Científico Razão Investigação Método Cientista

Filosófico Razão Reflexão Argumentação Filósofo

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Para Morin, Edgar (2005; 2007) as diferenças dos quatro (4) tipo de conhecimento é
notável em:

CONHECIMENTO CONHECIMENTO CONHECIMENTO CONHECIMENTO


POPULAR RELIGIOSO FILOSÓFICO CIENTÍFICO
Valorativo Valorativo Valorativo Real (factual)
Reflexivo Inspiracional Racional Contingente
Assistemático Sistemático Sistemático Sistemático
Verificável Não verificável Não verificável Verificável
Falível Infalível Infalível Falível
Inexato Exato Exato Aproximadamente
exato

Conhecimento Popular: É valorativo porque é influenciado pelos estados de ânimo e


emoções do observador, que impedem uma isenção de opinião sobre o objecto
estudado. É reflexivo, porque a familiaridade com o objecto estudado não instiga à
formulação de padrões, não permitindo uma formulação geral. É assistemático porque
baseia-se em uma organização particular (subjectiva), que depende do sujeito. É
verificável, porém apenas em relação ao que pode ser observado, no dia-a-dia, dentro do
âmbito do observador, ou seja, a verificabilidade é subjectiva. É falível porque se
conforma apenas com o que se vê ou se ouviu falar, não se preocupando em buscar a
verdade. É inexacto, porque a falibilidade não permite a formulação de hipóteses
verificáveis sob o ponto de vista filosófico ou científico.

Conhecimento Religioso: É valorativo porque baseia-se em doutrinas que possuem


proposições sagradas (dogmas), que emitem um juízo de valor. É inspiracional, porque
é revelada pelo sobrenatural. É sistemático porque os dogmas revelam um
conhecimento organizado do mundo (de onde viemos, para qual finalidade e para que
destino). É não verificável, porque não precisa, por depender da fé em um criador
divino. É infalível e exacto, porque os dogmas (revelações divinas) não podem ser
discutidos.

Conhecimento Filosófico: É valorativo porque parte de hipóteses que não podem ser
submetidas à observação, ou seja, baseia-se na experiência, na argumentação, mas não
na experimentação. É racional por consistir de um conjunto de enunciados logicamente

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relacionados. É sistemático pelo fato das hipóteses e enunciados buscarem uma
representação coerente e geral da realidade estudada. É não verificável porque as
hipóteses filosóficas, ao contrário das científicas, não podem ser confirmadas nem
refutadas. É infalível e exacto porque as hipóteses filosóficas não exigem confirmação
experimental e não delimitam o campo de observação, exigindo apenas coerência e
lógica, que prescindem da experimentação.

Conhecimento Científico: É factual porque lida com ocorrências e fatos. É contingente


porque as hipóteses podem ser validadas ou descartadas por base na experimentação, e
não apenas pela razão. É sistemático porque busca a formulação de ideias
correlacionadas que abrangem o todo do objecto delimitado para estudo. É verificável a
tal ponto que as hipóteses que não forem comprovadas deixam de pertencer ao âmbito
da ciência. É falível porque nenhuma verdade é definitiva e absoluta. É
aproximadamente exacto, porque novas proposições e novas tecnologias podem
reformular o conhecimento científico existente.

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4. CONCLUSÃO

Para a realização do presente trabalho de campo que visa conhecer os diferentes tipos de
conhecimento conclui que: O ser humano é capaz de produzir diversos tipos de
informações, conhecimentos e saberes. Nesse sentido, um tipo de conhecimento não é
melhor que o outro. Eles devem ser vistos numa perspectiva de complementaridade,
interdisciplinaridade e até de transdisciplinaridade.

O conhecimento é uma forma de apreensão da realidade. São 4 os tipos de


conhecimento: conhecimento empírico (ou vulgar), conhecimento teológico,
conhecimento filosófico e conhecimento científico. Não existe um conhecimento que
seja melhor do que outro; eles são diferentes, com características próprias e bem
específicas.

O conhecimento tem importâncias por que os seres humanos construíram diversos


sistemas de conhecimento como forma de dar sentido a sua própria vida e transmitir
informações necessárias para sobrevivência da espécie.

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5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALMEIDA, M. da C. de. (2010a). A dupla face de um mesmo intelectual. In: ________.


Complexidade, saberes científicos e saberes da tradição. São Paulo: Livraria da
Física, Brasil

BURKE, P. (2012). Cronologias do conhecimento. In: ________. Uma história social


do conhecimento II: da Enciclopédia a Wikipédia. Rio de Janeiro, Brasil.

CHARLOT, B. (2000). Da relação com o saber: elemento para uma teoria. Trad. B.
Magne. Porto Alegre: Artmed,

CHAUÍ, M. (1987). Primeira filosofia: aspectos da história da filosofia. São Paulo,


Brasil.

CYRINO, H. & PENHA, C. (1992). Filosofia hoje. Campinas: Papirus, Brasil.

JOVCHELOVITCH, S. (2008). Ao encontro do saber do outro. In: ________. Os


contextos do saber: representações, comunidade e cultura. Petrópolis: Vozes,

MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS. (2008). Eva Maria. Fundamentos de


metodologia científica. 6. ed. São Paulo, Brasil. Atlas.

MORIN, E. (2007). O paradigma complexo. In: ________. Introdução ao pensamento


complexo. 3.ed. Porto Alegre: Sulina, Brasil

WILSON Correia, (2006). Doutor em Educação pela UNICAMP. É mestre em


Educação pela UFU. Cursou especialização em Psicopedagogia pela UFG.
Graduou-se em Filosofia pela UCG. É professor universitário. É autor de Saber
Ensinar. São Paulo: EPU.

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