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Tema: A revelação.
Código:708222447
Ano de frequencia:2°,Turma D
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Índice
1. Introdução ........................................................................................................................... 1
3. Conclusão.......................................................................................................................... 14
Entretanto, a revelação, antes de tudo, funda-se na iniciativa de Deus que, por bondade e
sabedoria comunicou a Si mesmo ao ser humano, convidando-o à vida de comunhão consigo.
Em Jesus Cristo, a revelação divina alcança sua consumação e por Ele os homens são
introduzidos na vida da graça.
1.1.Objetivo geral
Compreender a revelação.
1.2.Objetivos específicos
Definição de revelação;
Mencionaras Etapas da revelação;
Caracterizar da etapa da revelação.
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2. Fundamentação teórica
2.1. Conceito de revelação
Entende-se por revelação o acto de tirar o véu que cobre uma realidade, o acto de tornar
acessível uma verdade até então velada ou oculta. Este conceito é usado para indicar a
realidade ampla que constitui o dado de fé que nos é oferecido no Evento Jesus Cristo.
A revelação de Deus é a forma pela qual ele se deixa conhecer. Em outras palavras, Deus
resolveu permitir que os homens tivessem conhecimento de Sua existência, do Seu caráter e
de Sua vontade através de sua auto-revelação.
Agostinho de Hipona foi um dos grandes estudiosos da história da Igreja que refletiu sobre
essa questão. Ele argumentou que na condição de criaturas, não poderíamos saber coisa
alguma se Deus não tivesse tornado o conhecimento possível para nós.
A revelação de Deus tem como seu primeiro passo a criação, onde Ele oferece um perene
testemunho de Si mesmo (cf. Catecismo, 288). Através das criaturas, Deus Se manifestou e
Se manifesta aos homens de todos os tempos, fazendo-os conhecer a sua bondade e as suas
perfeições. Entre estas, o ser humano, imagem e semelhança de Deus, é a criatura que, em
maior grau, revela a Deus. Entretanto, Deus quis revelar-Se como Ser pessoal, através da
história da salvação, criando e educando um povo para que fosse guardião da sua Palavra,
dirigida aos homens, e para preparar nele a Encarnação de seu Verbo, Jesus
Cristo (cf. Catecismo, 54-64). N'Ele, Deus revela o mistério da sua vida trinitária: o projeto do
Pai de recapitular em seu Filho todas as coisas e de escolher e adotar a todos os homens como
filhos, em seu Filho (cf. Ef 1, 3-10; Cl 1, 13-20), reunindo-os para participar de sua eterna
vida divina por meio do Espírito Santo. Deus Se revela e cumpre o seu plano de salvação
mediante as missões do Filho e do Espírito Santo na história.
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A Bíblia fala da revelação de Deus em dois tipos que a teologia chama de “revelação geral” e
“revelação especial”.
Já a revelação especial é o tipo de revelação de Deus que hoje está disponível nas Escrituras.
A revelação especial fornece de forma clara e objetiva todos os detalhes que Deus quis que
soubéssemos sobre o Seu propósito, Sua obra e Sua vontade. Assim, o processo da revelação
especial de Deus foi longo e progressivo. O escritor de Hebreus explica que no decorrer do
tempo, Deus se manifestou para certas pessoas muitas vezes e de muitas maneiras (Hebreus
1:1).
Além disso, a revelação especial alcançou sua maior expressão e completude na encarnação
de Cristo. Isso quer dizer que Deus não se revela mais como se revelou em outros estágios da
história da redenção, porque uma vez que Cristo veio – sendo Ele o resplendor da glória e a
expressão exata do ser de Deus – a revelação de Deus para nós está completa (Hebreus 1:1-3).
Chamamos etapas da Revelação os diferentes momentos nos quais as verdades sobre Deus
foram reveladas à humanidade.
Um dos aspectos nos quais Deus se revelou ao homem é como o Deus criador. Este aspecto
da revelação é comum às três grandes religiões: o judaísmo, o cristianismo e o Islão.
O termo criar, assim designa uma actividade própria e exclusiva de Deus, uma actividade
diferente de fabricação humana. Não se trata, portanto, de um mero fazer teórico e
instrumental que exige provas científicas, mas sim um agir que envolve a intencionalidade do
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agente (Deus) pela própria iniciativa como seu projecto por Ele iniciado e que envolve o
homem através do seu convite a ser co-criador.
Para designar a acção criadora de Deus, se emprega o verbo hebraico barã (criar), da tradição
sacerdotal, para designar a criação de Deus. Ele significa a criação – não condicionada e livre
de requisitos como marco histórico da natureza e do espírito. O que não existia passa a existir
nesse momento (Ex 34,10; Nm 16,30; Sl 51,12, etc.). Esta actividade divina carece de
analogias (Conte, 1994, p. 237).
Distingue-se assim o “criar” (barã) e “fazer” (asâh). O verbo barã designa a totalidade da
criação e é empregado exclusivamente quando se fala de Deus, na sua acção criadora, ou seja,
na criação: «No princípio, Deus criou o céu e a terra» (Gn 1,1). Diferentemente, o verbo asâh,
inicia no versículo 2 e é concluído com o dia de descanso, indica a realização consequente de
uma obra, a função determinada de uma obra. Somente o fazer, na medida em que é uma
configuração e produção, é modelo do trabalho manual. Mas a actividade criadora divina e a
actividade humana não têm nada em comum
A omnipotência de Deus tem como última consequência a sua actividade criadora, ou mais
exactamente, a criação do nada.
O evento da criação é apresentado como criação mediante a palavra: Ele cria pela sua palavra
(Bauer, 1988, p. 233).
A ideia da criação do nada, ou seja, do nada tudo proveio, vem da expressão Creatioexnihil,
expressão que se encontra na boca da mãe dos filhos Macabeus (cf. 2Mac 7,28).
Deus cria livremente, sem necessidade alguma, sem coação alguma. No entanto, a expressão
creatio exnihil indica um limite. O nihil é limite “do nada”, i. É.do puro nada (La Peña, 1986,
pp. 134-139). A preposição “de” não aponta para algo preexistente, mas exclui toda matéria.
A história iniciada com a criação tem o seu ponto culminante naquele constituído por Deus
pela ressurreição, Cristo, Palavra que ultimamente Deus falou (Hb1,1) e inclui em si a palavra
sobre a natureza da criação. Cristo é identificado como salvador e posteriormente inserido na
dimensão cósmico-criadora e, a Criação que já havia recebido a função histórico-salvífica
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passa a uma conotação cristológica: Cristo é, «ao mesmo tempo, como princípio, o centro e o
fim da criação» (Cl1,15-20). Com a Sua presença, a Criação assume novas dimensões da nova
criação.
Santo Irineu afirmou que a criação é uma iniciativa do Pai: “A vontade de Deus Pai é o
substrato de todas as coisas” (Irineu, p.44). O Deus criador é o Pai de Jesus Cristo e toda a
Trindade opera na criação. Para ele, há somente um Deus em quem tudo tem origem. A
economia salvífica una de Deus se estende da criação até a sua consumação final, e a chave
para ela é o Filho eterno, o Verbo que se fez carne e por sua encarnação, resume em si toda a
humanidade e até o universo. O Filho, Logos de Deus é o ápice de toda a revelação,
corporalmente humano em Jesus Cristo nele se experimenta a salvação de Deus a vida em
liberdade, amor e Imortalidade.
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2.5. A dimensão trinitária da criação
Na concepção cristã, a criação do mundo é um acontecimento trinitário: o Pai cria pelo Filho e
no Espírito santo. Durante muito tempo, a tradição teológica compreendeu a criação como
obra do Pai, Senhor de sua criação (monoteísmo).Posteriormente, desenvolveu-se uma
doutrina especificamente cristológica da criação, com ênfase na criação através da Palavra.
Diz o CIC 229 «Insinuada no Antigo Testamento, revelada na Nova Aliança, a acção criadora
do Filho e do Espírito Santo, inseparavelmente unida à do Pai, é claramente afirmada pela
regra de fé da Igreja “existe um só Deus. Ele é o Pai, o Criador, o Autor, o Organizador. Ele
fez todas as coisas por Si próprio, quer dizer, pelo seu Verbo e pela sua Sabedoria, pelo Filho
e pelo Espírito Santo” “que são como as suas mãos” (Santo Ireneu). A Criação é a obra
comum da Santíssima Trindade» (Frosini, 2011, p.124).
O projecto da revelação obedeceu um plano. “A seu tempo Deus chamou Abraão, para fazer
dele um grande povo, povo esse que depois dos Patriarcas, ensinou por meio de Moisés e dos
Profetas para que O reconhecessem como único Deus, vivo e verdadeiro, Pai providente e
justo juiz, e para que esperassem o Salvador prometido” (Concílio Vaticano II, O.C, 3). Como
se pode depreender do texto conciliar, Deus se revelou primeiro a Abraão, em seguida a
Moisés, sucessivamente aos profetas e quando chegou a plenitude dos tempos, depois de ter
falado muitas vezes e de muitos modos falou por meio do seu Filho, Jesus Cristo (Heb 1,1-2),
o profeta por excelência. Neste projecto estão envolvidos a palavra, o encontro, a experiência
num percurso histórico. Os padres conciliares não deixam margens para dúvidas que “a
economia cristã, como nova e definitiva aliança, jamais passará, e não se há-de esperar outra
revelação pública antes da gloriosa manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo” (Concílio
Vaticano II, O.C, 4).
Abraão respondeu à chamada de Deus e obedeceu ao seu projecto partindo sem saber para
onde ia (Gen 12). Confiou-se aos desígnios de Deus. O resultado dessa sua confiante abertura
é ser pai de um grande povo. É nosso pai na fé. É patriarca, isto é, arquétipo da fé. O Deus
que se revela em Abraão é o Deus da promessa. Um Deus que promete e cumpre a sua
promessa de salvação.
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Deus revelou se a Moisés oferecendo a libertação ao povo escravo no Egipto. O Seu nome “
Sou Aquele que Sou” revela uma solicitude de liberdade para o ser humano. Por isso o Deus
de Moisés é o Deus Libertador.
Nos últimos tempos Deus se revelou em Jesus Cristo como o centro e o ponto definitivo da
história de Salvação (Fisichella, 2002, p. 81). A Lei e os profetas são orientados a ele e
somente nele encontram pleno cumprimento.
De facto toda a vida de Jesus foi marcada por eventos que revelam algo transcendente. O seu
Baptismo, a sua pregação, os milagres, a sua morte por amor e finalmente a sua gloriosa
Ressurreição só podem ser revelação de Deus
Abraão respondeu à chamada de Deus e obedeceu ao seu projecto partindo sem saber para
onde ia (Gen 12). Confiou-se aos desígnios de Deus. O resultado dessa sua confiante abertura
é ser pai de um grande povo. É nosso pai na fé. É patriarca, isto é, arquétipo da fé. O Deus
que se revela em Abraão é o Deus da promessa. Um Deus que promete e cumpre a sua
promessa de salvação. Deus revelou se a Moisés oferecendo a libertação ao povo escravo no
Egipto. O Seu nome “ Sou Aquele que Sou” revela uma solicitude de liberdade para o ser
humano. Por isso o Deus de Moisés é o Deus Libertador.
A Lei e os profetas são orientados a ele e somente nele encontram pleno cumprimento. 18 De
facto toda a vida de Jesus foi marcada por eventos que revelam algo transcendente. O seu
Baptismo, a sua pregação, os milagres, a sua morte por amor e finalmente a sua gloriosa
Ressurreição só podem ser revelação de Deus. Os Sinópticos descrevem a actividade
reveladora de Jesus com os verbos pregar e ensinar. Jesus pregou o reino de Deus e
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testemunhou com a sua própria vida: “Convertei-vos porque o reino de Deus está próximo”
(Mt 4, 17).
No Evangelho de São João Jesus é o Logos como sinónimo de Palavra de Deus. Deus não fez
ouvir a sua voz mas a sua palavra que se pode reconhecer somente em Cristo (Jo 5, 37-38). A
invisibilidade do Pai torna-se visível na glória do Filho, pois este é o unigénito, isto é, o único
que possui a vida mesma do Pai, o único que pode revelar o Pai dada a sua preexistência junto
de Deus (Jo 1,1-2). Com S. Paulo pode se afirmar que quando chegou a plenitude dos tempos
Deus enviou o seu Filho nascido duma mulher […] para resgatar aqueles que estavam sob o
domínio da Lei, para que recebessem a adopção de filhos (Gal 4,4-5).
Cristo mandou os Apóstolos que pregassem a todos os homens o Evangelho, prometido pelos
profetas e por ele cumprido e promulgado pela sua própria boca, como fonte de toda a
verdade salvadora e de toda a disciplina de costumes, comunicando-lhes assim os dons
divinos (Concílio Vaticano II, Dei Verbum, 7). Os Apóstolos foram fiéis ao mandato e
anunciaram o Evangelho com palavras e a própria vida. Para que o Evangelho permanecesse
para sempre integro e vivo na Igreja, os Apóstolos deixaram os Bispos como seus sucessores,
“entregando-lhe o seu próprio magistério” (Irineu, III,3).
Portanto, a sagrada Tradição e a Sagrada Escritura de ambos os Testamentos são como que
um espelho, no qual a Igreja, peregrinando na terra contempla a Deus, de quem tudo recebe,
até chegar 19 a vê-lo face a face, tal qual Ele é (1Jo 3,2).Assim a sucessão Apostólica
ininterrupta ou a sagrada Tradição é a garantia da integridade do depositum fidei. No
ensinamento dos padres conciliares, a sagrada Tradição e a sagrada Escritura, estão
intimamente unidas e aglutinadas entre si; porque brotando ambas da mesma fonte divina,
reúnemse num mesmo caudal e tendem para o mesmo fim.
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2.8. A Sagrada Escritura, testemunho da Revelação
O povo de Israel, sob inspiração e mandato de Deus, no decorrer dos séculos, pôs por escrito
o testemunho da Revelação de Deus em sua história, relacionando-a diretamente com a
revelação do único e verdadeiro Deus, feita aos nossos Pais. Através da Sagrada Escritura, as
palavras de Deus se manifestam com palavras humanas, até assumir, no Verbo Encarnado, a
própria natureza humana. Além das Escrituras de Israel, acolhidas pela Igreja, e conhecidas
como Antigo ou Primeiro Testamento, os Apóstolos e os primeiros discípulos também
puseram por escrito o testemunho da Revelação de Deus, tal e como se realizou em seu
Verbo, de cuja vida terrena foram testemunhas, de modo particular do mistério pascal de sua
morte e ressurreição, dando assim origem ao Novo Testamento.
A verdade segundo a qual o Deus, de quem as Escrituras de Israel dão testemunho, é o único e
verdadeiro Deus, criador do céu e da terra, põe-se em evidência, em particular nos “livros
sapienciais”. O seu conteúdo supera os limites do povo de Israel para suscitar o interesse pela
experiência comum do gênero humano diante dos grandes temas da existência, desde o
sentido do cosmos até o sentido da vida do homem (Sabedoria); das interrogações sobre a
morte e o que vem depois dela, ao significado da atividade humana sobre a terra (Qohélet -
Eclesiastes); desde as relações familiares e sociais até a virtude que deve regulá-las, para viver
segundo os planos de Deus criador e alcançar assim a plenitude da própria humanidade
(Provérbios, Eclesiástico etc.).
Deus é o autor da Sagrada Escritura, que os autores sagrados (hagiógrafos), também eles
autores do texto, redigiram sob a inspiração do Espírito Santo. Para sua composição, Ele
“escolheu homens, que utilizou usando de suas próprias faculdades e meios, de modo que
agindo Ele neles e por eles, escreveram, como verdadeiros autores, tudo e só o que Ele
queria” (cf. Catecismo, 106). Tudo o que os escritores sagrados afirmam pode considerar-se
afirmado pelo Espírito Santo: “deve-se confessar que os livros da Escritura ensinam
firmemente, com fidelidade e sem erro, a verdade que Deus quis consignar nas sagradas
letras”.
Para compreender corretamente a Sagrada Escritura deve-se ter presente os sentidos da
Escritura – literal e espiritual; este último reconhecível também como alegórico, moral e
analógico – e os diversos gêneros literários nos quais foram redigidos os diferentes livros ou
partes dos mesmos (cf. Catecismo, 110, 115-117). Em particular, a Sagrada Escritura deve ser
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lida na Igreja, ou seja, à luz de sua tradição viva e da analogia da fé (cf. Catecismo, 111-114):
a Escritura deve ser lida e compreendida no mesmo Espírito no qual foi escrita.
2.9.A Revelação como história da salvação que culmina em Cristo
Como diálogo entre Deus e os homens, pelo qual Ele os convida a participar da sua vida
pessoal, a Revelação se manifesta desde o início com um caráter de “aliança” que dá origem a
uma “história da salvação”. “Querendo abrir o caminho da salvação sobrenatural, manifestou-
se, além disso, pessoalmente, aos nossos primeiros pais, desde o princípio. Depois de sua
queda, alimentou neles a esperança da salvação, com a promessa da redenção, e teve
incessante cuidado para com o gênero humano, para dar a vida eterna a todos os que buscam a
salvação com a perseverança na prática das boas obras. A seu tempo, chamou a Abraão para
torná-lo pai de um grande povo, ao qual em seguida instruiu pelos Patriarcas, por Moisés e
pelos Profetas para que o reconhecessem como o Deus único, vivo e verdadeiro, Pai
providente e justo juiz, e para que esperassem o Salvador prometido, e desta forma, através
dos séculos, foi preparando o caminho do Evangelho”.
Entretanto, iniciada já com a criação de nossos primeiros pais e a elevação à vida da graça,
que lhes permitia participar da intimidade divina, e em seguida prefigurada no pacto cósmico
com Noé, a aliança de Deus com o homem se revela de modo explícito com Abraão e depois,
de maneira particular com Moisés, a quem Deus entrega as Tábuas da Aliança. Tanto a
numerosa descendência prometida a Abraão, na qual seriam abençoadas todas as nações da
terra, como a Lei entregue a Moisés, com os sacrifícios e o sacerdócio que acompanham o
culto divino, são preparações e figuras da nova e eterna aliança selada em Jesus Cristo, Filho
de Deus, realizada e revelada em sua Encarnação e em seu sacrifício pascal. A aliança em
Cristo redime do pecado dos primeiros pais, que romperam, com sua desobediência, o
primeiro oferecimento de aliança por parte de Deus criador.
A história da salvação se manifesta como uma grandiosa pedagogia divina que aponta para
Cristo. Os Profetas, cuja função era recordar a aliança e as suas exigências morais, falam
especialmente d'Ele, o Messias prometido. Eles anunciam a economia de uma nova aliança,
espiritual e eterna, escrita nos corações; será Cristo que a revelará com as Bem-aventuranças e
os ensinamentos do Evangelho, promulgando o mandamento da caridade, realização e
cumprimento de toda a Lei.
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se deve crer, mas porque é frequente a necessidade de elucidar algum erro ou de ajudar a fé do
povo de Deus com oportunos aprofundamentos definindo aspectos de modo claro e preciso.
Quando o Magistério da Igreja propõe um novo dogma não está criando nada de novo, mas
apenas explicitando aquilo que já está contido no depósito revelado. “O Magistério da Igreja
empenha plenamente a autoridade que recebeu de Cristo quando define dogmas, isto é,
quando, utilizando uma forma que obriga o povo cristão a uma adesão irrevogável de fé,
propõe verdades contidas na Revelação divina ou verdades que com estas têm uma conexão
necessária” (Catecismo, 88).
Contudo, o ensinamento dogmático da Igreja, como por exemplo os artigos do Credo, é
imutável, posto que manifesta o conteúdo de uma Revelação recebida de Deus e não feita
pelos homens. Os dogmas, entretanto, admitiram e admitem um desenvolvimento homogêneo,
seja porque o conhecimento da fé vai se aprofundando com o tempo, seja porque em culturas
e épocas diversas surgem problemas novos, aos quais o Magistério da Igreja deve dar
respostas que estejam de acordo com a palavra de Deus, explicitando o que está
implicitamente contido nela.
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3. Conclusão
Para terminar dizer que, revelar significa “desvelar o que está encoberto”. Então uma
revelação é um ato de “deixar-se ver”, de “manifestar-se”, de “descobrir-se”, de “tornar claro
ou exposto o que está oculto”. Portanto, a revelação de Deus é a Sua auto-manifestação aos
homens num nível em que o conhecimento sobre Ele se torna possível. R. C. Sproul explica
que nós não podemos contemplar Deus com os nossos olhos, mas podemos conhecê-lo por
meio da revelação, pois Ele removeu o véu que O ocultava de nós.
Entretanto, a revelação divina está contida nas Sagradas Escrituras e na Tradição, que
constituem um único depósito onde é guardada a palavra de Deus. Estas são interdependentes
entre si: a Tradição transmite e interpreta a Escritura, e esta, por sua vez, verifica e convalida
tudo o que se vive na Tradição (cf. Catecismo, 80-82).
Finalmente, a importância da revelação de Deus é praticamente imensurável. R. C. Sproul
lembra que a Bíblia afirma que Deus é a fonte de toda a verdade. Então não somente a
verdade religiosa, mas toda verdade é dependente da obra da revelação de Deus. Portanto,
podemos concluir que a importância da revelação de Deus é absoluta. Em outras palavras, é
inconcebível imaginar nossa vida neste mundo sem a revelação de Deus.
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4. Referências Bibliográficas
Bento XV, Enc. Spiritus Paraclitus, 15-09-1920 e Pio XII, Enc. Humani generis, 12-07-1950.
Cf. Concílio Vaticano II, Const. Lumen gentium, 2-4; Decr. Ad gentes, 2-4.
Cf. Concílio Vaticano II, Const.Dei Verbum, 3; João Paulo II, Enc. Fides et ratio, 14-09-
1988, 19.
Eicher. P. (1984). Dicionário de Conceitos fundamentais de Teologia. São Paulo: Ed. Paulus.
Giordano, F. (2001). A Teologia Hoje, síntese do pensamento teológico. Porto: Ed. Perpétuo
Socorro, Porto.
João Paulo II (1992). Catecismo da Igreja Católica. São Paulo: Editora Loyola. Concílio
Vaticano II (2002). Constituições, Decretos e Declarações.
Ladaria, L. (1998). Introdução à Antropologia Teológica II. São Paulo: Edições Loyola.
Libânio, J. & Meirad, A. (1998). Introdução à teologia. São Paulo: Edições Loyola.
Milão: Ed. Paulinas. Gaudium et Spes (2002). Concílio Vaticano II. Constituições, Decretos e
Declarações. Coimbra: Gráfica de Coimbra. Pontifício Conselho ‘Justiça e Paz’.
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