Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Tema:
Fontes Imateriais da História

Docente: Marcelino Dias Mwandichalira

Nome: Maria Cesária Abel Campos

Código: 708224064

Curso: Licenciatura em Ensino de História

Disciplina: Introdução aos Estudos da História
Ano de Frequência: 1º Ano

Tete, Agosto, 2022

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(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
 Articulação e
domínio do discurso
académico
Conteúdo 2.0
(expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e
 Revisão bibliográfica
discussão
nacional e
internacionais 2.
relevantes na área de
estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA 6ª
 Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia

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Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor
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Índice
Introdução ........................................................................................................................................ 5

Objectivos ........................................................................................................................................ 5

Objectivo Geral................................................................................................................................ 5

Objectivos Específicos .................................................................................................................... 5

Metodologia ..................................................................................................................................... 5

Fontes Imateriais da História ........................................................................................................... 6

Conceito de fontes históricas ........................................................................................................... 6

Conceptualização de fontes imateriais ............................................................................................ 6

Exemplos concretos das fontes imateriais ....................................................................................... 6

Tradição oral .................................................................................................................................... 6

Folclore ............................................................................................................................................ 7

Características do folclore ............................................................................................................... 7

Música e dança ................................................................................................................................ 8

Música ............................................................................................................................................. 8

Dança ............................................................................................................................................... 8

Cuiddos necessários para evitar a degradação das fontes imateriais ............................................... 8

Conclusão ........................................................................................................................................ 9

Referências Bibliográficas ............................................................................................................. 10

iv
Introdução

O presente trabalho pertence a cadeira de Introdução aos Estudos da História, e versa sobre
fontes imateriais da História.

As fontes de históricas são concebidas por vários autores como sendo todos vestígios que nos
permite reconstituir a sociedade de uma comunidade ao longo do tempo, sem descartar nenhuma
possibilidade, dando margem assim o enquadramento vários tipos de fontes, incluindo as fontes
não tangíveis que são designadas de fontes imateriais.

Constituem o elo de ligação entre os historiadores e o passado e o espelho da verdade histórica.

É nesta senda que o presente trabalho espelha sobre fontes imateriais da História, focalizando-se
em conceito de fontes imateriais e seus exemplos, caracterização das fontes imateriais,
importância deste tipo de fontes e por fim os cuidados necessários para evitar a degradação
dessas fontes.

As fontes históricas desempenham um papel de extrema importância para a reconstituição da

história em qualquer sociedade. A História só é feita com base nas fontes.

Objectivos

Objectivo Geral

 Compreender as fontes históricas imateriais.

Objectivos Específicos

 Conceituar fontes históricas imateriais;

 Apresentar os exemplos das fontes imateriais;
 Explicar a importância das fontes imateriais.

Metodologia

Para a realização do presente trabalho adoptamos como práticas metodológicas a revisão

bibliográfica, que consistiu na leitura e interpretação dos diversos manuais, resumos e
discussões de textos. O método virtual inerente a cadeira de Introdução aos Estudos da História
também contribuiu bastante para a elaboração do presente trabalho, através dos sites da internet
colhemos as informações sobre os temas em estudo.

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Fontes Imateriais da História

Conceito de fontes históricas

Segundo VIANA (2017), fontes de História “são todos vestígios que nos permite reconstituir a
sociedade de uma comunidade ao longo do tempo” (p. 15).

Os historiadores sempre se serviram de fontes históricas para a reconstituição da história de uma

determinada sociedade.

Na acepção de Lucien Febvre fontes de históricas diz respeito “a tudo aquilo que, pertencendo
ao homem, estão ao serviço do homem, exprime o homem, significa a presença, a actividade, os
gostos, as memórias do ser do homem”.

Este autor, não exclui nenhuma possibilidade da informação, afirmando que tudo que exprime o
homem, indício que revela a presença, actividade, sentimentos, mentalidade do homem é fonte
de história. Nesta sequência, as coisas não tangíveis ou palpáveis tamnem constituem fontes de
Histórias, designadas fontes imateriais.

Conceptualização de fontes imateriais

Partindo do pressuposto de que “tudo o que pode informar sobre o passado dos homens pode ser
fonte histórica” portanto a parte invisível da sociedade também não foge desta realidade.

Fontes imateriais são fontes históricas não tangíveis, ou seja, aquelas fontes que não se podem
tocar.

Exemplos concretos das fontes imateriais

Pertencem a este tipo de fontes a tradição oral, música e danças, canções populares, crenças,
usos e costumes, hábitos, religiosidade, lendas, cultura, etc.

Tradição oral

Fontes orais são informações transmitidas de geração em geração por via oral. Pertencem a este
tipo de fontes as genealogias, a tradição oral, recordações, usos e, entrevistas, folclore,
depoimentos, contos, etc.

A tradição oral é a forma de transmitir desde tempos anteriores a cultura, a experiência e as

tradições de uma sociedade através de relatos, cantos, orações, lendas, fábulas, conjuros, mitos,
conto, etc.

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De cordo com VIANA (2017), fontes orais “são narrativas oralmente de geração em geração ou
são testemunhos de pessoas que viveram factos do passado” (p. 16).

Transmite-se de pais a filhos, de geração a geração, chegando até nossos dias, e tem como
função primordial a conservação dos acontecimentos ancestrais através dos tempos. Esta fonte é
a mais antiga, desde épocas remotas, antes do surgimento da escrita, quando o homem começou
a se comunicar através da fala, a tradição oral desempenhou um papel de fonte histórica, garante
a transmissão de conhecimentos, ao ser o médio de comunicação mais rápido, fácil e utilizado.

Essa fonte distorce os factos com passar dos anos, pelo que estes relatos sofrem variações nas
maneiras de se contar, perdendo às vezes seu sentido inicial.

A tradição oral é a fonte de grande informação para o conhecimento da história e costumes de

grande valor em frente aos que tem defendido a historiografia como único método fiável de
acontecimento da História e da vida.

Folclore

É um genro de cultura de origem popular que representa a identidade social de uma comunidade
através de actividade culturais que nasceram, individualmente ou colectivamente, e se
desenvolveram com o povo (costumes e tradições) transmitidos entre gerações.

Folclore também é visto como fonte rica para a tradição oral. Se pensarmos nas inúmeras
versões que existe dos contos, fábulas, lendas em todo mundo, nota-se o quanto a oralidade é
importante na historicidade do ser humano e até mesmo antropologicamente.

Características do folclore

A UNESCO afirma que “para ser considerado um facto é facto folclórico, deve apresentar as
seguintes características: tradicionalidade, dinamicidade, funcionalidade e aceitação colectiva”.

Tradicionalidade- é a transmissão gerencial, entendida como uma continuidade, onde os fatos

novos se inserem sem ruptura com o passado, construindo-se sobre esse passado.

Dinamicidade- é a afeição mutável, ainda que baseada na tradição.

Funcionalidade- o contexto dinâmico (motivo) que originou o fato, não constituindo um dado
isolado.

Aceitação colectiva- deve ser uma prática generalizada, implicando uma identificação colectiva
com o facto, mesmo que ele derive das elites.

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As manifestações folclóricas dividem-se em músicas e danças, festas populares, usos e
costumes, linguagem e literatura, religiosidade, brincadeiras, etc.

Música e dança

Música

O termo Música provém do grego musiké téchme, arte das musas, é uma forma de arte que se
constituiu basicamente em combinar uma sucessão de sons e silêncios agradável, ritmada e
organizada ao longo do tempo.

Conforme sustenta o Dicionário da Língua Portuguesa (s/d), música “é a arte e ciência de

combinar os sons e ritmos de modo a criar uma sensação agradável ao ouvido” (p. 980).

Assim sendo, a música é a combinação perfeita do som e traz consigo um ensinamento, além da
mensagem. Por exemplo as músicas revolucionárias que denunciam a injustiça, constituem a
fonte de história na medida que demostra a realidade das coisas.

Dança

Segundo o Dicionário da Língua Portuguesa (s/d), dança “são passos ou saltos cadenciados, ao
som e compasso da Música” (p. 460).

Podemos dar como exemplo o Xigubo é uma dança tradicional moçambicana e que representa a
resistência contra a dominação colonial do país, realmente na região sul. Esta dança além de
revelar o passado

Além de danças e canções, pertencem às fontes imateriais as conações populares, crenças, usos e
costumes, hábitos, religiosidade, lendas, cultura, etc, pois transmitem de geração para geração o
conhecimento do passado desde que tenham uma aceitação colectiva. Devem ser analisadas
pelos historiadores para apurar a sua autenticidade e veracidade, para através delas retirar dados
pecisas sobre o passado. Explicar e que contexto surgiu a tal canção? A tal dança? etc..

Cuiddos necessários para evitar a degradação das fontes imateriais

Para a não degradação das fontes imateriais é fundamental valorizar a cultura, promover
entrevistas, debates públicos com figuras que participaram num dado processo, sensibilizar e
mobilizar os estudantes de todos níveis para a recolha de informações sobre a cultura, costumes,
crenças, lendas, etc.

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Conclusão

Terminando o trabalho chegou-se a concluir que as fontes imateriais são aquelas fontes de
história não tangíveis, isto é, que não são palpáveis, é o caso das canções, danças, cultura, usos e
costumes, etc. fornece um conhecimento do passado, transmite o conhecimento de geração em
geração.

As fontes imateriais caracterizam-se por tradicionalidade (sendo de carácter tradicional, naquilo

que está pautado na tradição ou nos costumes), dinamicidade (carácter do que é enérgico e
activo), funcionalidade (que desempenha de certa forma a função da qual foi criada) e aceitação
colectiva (aderência da maioria).

É fundamentar preservar as fontes imateriais para evitar a sua degradação, e este exercício poder
feito através da valoricacao de cultura, dancas tradicionais e fazer entrevistas pesquisando sobras
as tais fontes e por fim produzir um documento escrito e desponoibilizá-lo na biblioteca para o
seu uso.

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Referências Bibliográficas

 Comissão Nacional do Folclore. (1995). Carta do folclore Brasileiro. Capitulo I-

conceito, salvador;
 MACUCULE, G. (2017). História Modulo 3. Programa do ensino Secundário à
Distancia (PESD). Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano. Maputo,
Moçambique;
 FEBVRE, L, (1989). Combate pela história. Editorial presença. Lisboa;
 UNESCO. (1995). Recomendação sobre a salvaguarda do Folclore. Reunião de praga,
in Benjamim;

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