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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Tema do Trabalho:
Reflexão sobre Deontologia Profissional de professor em Moçambique

Nome: Isolda Joaquim Inácio


Código do Estudante:708204366

Curso: Licenciatura em Ensino de Geografia


Disciplina: Ética Profissional
Ano de Frequência: 4º Ano

Tete, Junho, 2023

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Aspectos  Introdução 0.5
Estrutura
organizacionais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
 Articulação e
domínio do discurso
académico
Conteúdo 2.0
(expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e
 Revisão bibliográfica
discussão
nacional e
internacionais 2.
relevantes na área de
estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA 6ª
 Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia

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Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor
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Índice
1 Introdução.................................................................................................................................4

1.1 Objectivos..........................................................................................................................5

1.1.1 Objectivo geral...........................................................................................................5

1.1.2 Objectivos específicos................................................................................................5

1.2 Metodologias.....................................................................................................................5

2 Reflexão sobre Deontologia Profissional do professor em Moçambique................................6

2.1 Conceitos básicos...............................................................................................................6

2.2 Deontologia profissional....................................................................................................7

2.2.1 Deontologia profissional do professor moçambicano................................................7

2.3 Formação dos professores em reação a Deontologia profissional.....................................8

2.4 Desafios da actividade docente da actualidade em Moçambique....................................10

2.4.1 Corrupção no sector da educação em Moçambique.................................................10

2.4.2 Aliciamento no sector da educação em Moçambique..............................................11

2.4.3 Assédio sexual no sector da educação em Moçambique..........................................11

2.5 Importância da Ética na Formação Docente....................................................................12

3 Conclusão...............................................................................................................................13

4 Referências Bibliográficas......................................................................................................14

iv
1 Introdução

A presente pesquisa insere-se no âmbito de trabalho do campo pertencente a cadeira da Ética


Profissional, busca na sua essência uma reflexão em torno da deontologia profissional de
professor em Moçambique, partindo da suposição de que que a Ética é um princípio que deve
nortear a qualquer indivíduo dentro do seu contexto para o garantir da socialização amena nas
relações inter e intra-pessoais.

A ética aqui é entendida como um tema que perpassa toda a vida profissional do professor e,
sendo a educação uma das principais formas de poder de um homem sobre o outro, torna-se
importante debater a questão deontológica na docência, enfatizando na criação de um código
de ética profissional. Assim é neste prisma que se propõe em refletir sobre a Deontologia dos
professores moçambicanos para averiguar a sustentabilidade destes conceitos na aplicação prática
da vida dos moçambicanos, com o objectivo de apresentar uma reflexão em torno das práticas
docentes na vertente da Deontologia dos professores em Moçambique.

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1.1 Objectivos

1.1.1 Objectivo geral

 Refletir sobre Deontologia Profissional de professor em Moçambique

1.1.2 Objectivos específicos

 Conceituar a deontologia profissional;


 Descrever deontologia profissional de professor em Moçambique;
 Reconhecer importância do estudo Deontologia Profissional de professor nos Institutos de
Formação de Professores em Moçambique.

1.2 Metodologias

Para que este estudo fosse factível, o presente trabalho assenta particularmente no método de
pesquisa bibliográfica, assim como a consulta a informação eletrónica, e também alguns artigos
que abordam a questão com maior incidência, e finalmente o dialogo com alguns professores que
de alguma forma são possuidores de algum conhecimento credível a respeito do tema em estudo.

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2 Reflexão sobre Deontologia Profissional do professor em Moçambique

Conforme sustenta Cunha (1996):

A atitude que vem dignificar o professor não é, certamente o hábito conformista de adesão a
normas éticas pré-estabelecidas. O que a sociedade necessita, o que a reforma educativa exige são
professores que em todas as situações sirvam a causa da educação e que neste compromisso básico
se regem intransigentemente pela sua consciência ética, subordinando os seus interesses ao bem
comum dos seus alunos, (p.99).

Os professores têm de formar uma identidade profissional mais profunda, alicerçada a todas as
contingências da função de educador. Os professores têm de contribuir para a promoção do
desenvolvimento socio - moral dos alunos, e isto só será possível quando se verificar um
paradigma deontológico adequado à realidade do modelo e paradigma educativo vigente. A
perspetiva ética e moral que os professores possuem, determinam a forma como assumem a sua
função de educadores morais e éticos.

2.1 Conceitos básicos

Segundo Olivares (2009), considera “ética como uma ciência que estuda os valores e virtudes do
homem estabelecendo um conjunto de regras de conduta e de postura a serem observadas para
que o convívio em sociedade possa se dar de forma ordenada e justa”.

Na visão de Mazula (2005, p.36) “não é possível esgotar a reflexão sobre a ética e nunca se
esgotará, pois o percurso histórico mostra que a ética foi e é uma preocupação da humanidade de
todos os tempos”.

A ética se ocupa de dizer que os profissionais devem ser competentes e responsáveis no exercício
da sua profissão. Neste contexto, constata-se que o professor para desempenhar com abnegação a
sua actividade deve pautar pelos princípios éticos.

Todavia, durante vários anos, a questão da ética foi “marginalizada” nos currículo de formação
de professores, entretanto, actualmente, de forma tímida a ética associada à deontologia tem sido
muito discutida como tema transversal nas instituições de formação de professores.

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2.2 Deontologia profissional

Deontologia vem do grego deon, déontos (dever, obrigação) mais logos (ciência). Assim, a
deontologia será o estudo ou o tratado dos deveres ou regras de natureza ética. Pode também
adquirir o significado de um conjunto de deveres e regras de natureza ética de uma classe
profissional. A deontologia diz respeito ao fazer, ao fazer “atos”, com sentido.

A deontologia resulta da combinação entre o fazer algo e a relação com os outros, ou pelo menos
o fazer algo com implicação nos outros. A deontologia reflete a preocupação com o agir em
relação com os outros, em estabelecer os deveres que tenho para com o outro.

De acordo com Alonso (2008), Deontologia profissional é o conjunto dos deveres e as obrigações
do profissional, aquilo que é preciso exigir de todo profissional no desempenho das suas
funções”, (p.179).

Em conformidade com a teoria acima Chihulume e Viegas (2011) “falar de Deontologia


profissional é, pois, falar de conjunto de deveres, princípios e normas adoptadas por grupos
profissionais, ou seja, de grupos que exercem uma determinada profissão”, (p. 27).

Desta feita podemos dizer que a Deontologia profissional diz respeito a todas profissões e refere-
se ao carácter normativo e, até, jurídico que regulamenta todas as profissões. Assim o normal é
que essas formas tenham sido regidas, compiladas em um código escrito e aprovado pelo
colectivo profissional.

2.2.1 Deontologia profissional do professor moçambicano

Na educação, e nomeadamente na profissão docente, pensar numa deontologia subentende uma


determinada identidade profissional. Assim segundo Fernández e Hortal, uma profissão é uma
atividade ocupacional, ou um conjunto de tarefas, que se apoiam nas seguintes características:

A profissão é uma atividade social humana pela qual o indivíduo presta um serviço específico à
sociedade, de modo institucionalizado. Esse tipo de serviço requer alguns aspetos: o serviço deve
ser único, em que os profissionais exigem o direito de poder executar à sociedade de forma
exclusiva; essa prestação deve estar bem definida, de modo a que os destinatários saibam, por um

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lado, o que esperam desse serviço e, por outro lado, as exigências do desempenho dos profissionais
que o realizam; e que seja uma tarefa indispensável (tipo de serviço) à sociedade. A profissão é
uma “vocação”, “inclinação” e “missão” (serviço), em que o profissional se entrega inteiramente a
ela e, simultaneamente investe na sua formação para cumprir adequada e corretamente
(competências) Fernández e Hortal, apud Reis e Fernandes, 2011: 196).

Assim aliando-se aos pressupostos acima podemos dizer que tem sido preocupante no nosso pais
notar que o professor nosso professor, no âmbito deontológico, deve obedecer ao plasmado no
Estatuto do Professor conjugado com o Estatuto Geral dos Funcionários e Agentes do Estado.

Como observou-se acima, os deveres e os direitos inerentes ao exercício de uma profissão,


fundados nos princípios da sua responsabilidade moral e social, constituem a respectiva
deontologia.

Neste sentido parafraseando Monteiro (2008), “Deontologia é cada vez mais crucial para a
distinção profissional dos professores, por duas razões: porque é um atributo maior do prestígio
social de uma profissão e porque a função docente não tem uma tradição deontológica”.

2.3 Formação dos professores em reação a Deontologia profissional

A pouca formação ética recebida na formação inicial dos professores tem pouco, ou nenhum
impacto na dimensão ética e deontológica inerente à atividade de docente. O mesmo pode ser dito
relativamente ao código deontológico, porque se a formação inicial não tem muito impacto, uma
via normativa ainda menos impacto vai ter.

Neste sentido, torna-se pertinente, que a formação de professores contemple uma maior formação
ética e que, o desempenho da função de professor seja acompanhado duma formação contínua, no
sentido de formar uma maior consciência ética própria da profissão, e que não se verifique uma
distância tão grande entre aquilo que são as referências normativas e o desempenho da atividade
docente, para que seja possível criar uma consciência profissional e ser a base de uma formação
deontológica.

De acordo com Silva e Caetano (2009):

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Uma formação inicial que forneça fundamentos para a prática, que se constitua como uma
formação rigorosa e organizada, motivadora para as questões éticas e que seja ela própria uma
experiência onde se vive a ética. Uma formação contínua que, numa fase em que poderá haver
mais sensibilidade para o tema, permita colmatar a distância entre a teoria e a prática, pela
consciencialização de si próprio, que crie condições nas quais os professores possam parar para
pensar, que mobilize o tratamento de temas atuais, que ajude a gerir relações de grupo e que
oriente a formação ética dos alunos, (p.54).

Evidenciando claramente uma componente ética, a formação de professores como educadores


morais devia ocupar os currículos de formação de professores e o tema das normas éticas da
profissão não deveria estar afastado desses programas.

Outrossim a questão deontológica reveste-se de particular complexidade nos profissionais de


educação, suscitando resistências e dificuldades. Assim, os códigos de deontologia profissional
enunciam os princípios ou valores fundamentais vinculativos da profissão.

Na mesma ordem de ideias Golias (1993) diz que o nível de qualificação e formação de
professores nos primeiros anos após a independência de Moçambique era bastante baixo, em
especial, para o ensino primário de primeiro grau, onde grande parte de professores possuía
apenas a quarta (4ª ) classe e com pouca ou quase nenhuma formação profissional.

Este baixo nível de formação de professores primários, até nos últimos (2) dois se verifica uma
melhoria, pois o nível de ingresso dos formandos nos actuais IFP’s (Instituto de Formação de
Professores) passou de 10ª classe para 12ª classe com todos os problemas e deficientes condições
do sistema de educação e de formação de professores que tornam todo o sistema de ensino
memorizante e pouco ajustado aos objectivos.

De acordo com Golias (1993):

Quanto ao sistema de formação de professores para a educação básica, a falta da sua eficácia é em
primeiro lugar, o resultado duma confusão gerada entre a elevação do nível de conhecimentos
gerais e a arte de ensinar. De acordo com as análises feitas aos actuais currículo de formação, tem
se verificado que a existência de tantas disciplinas teóricas tem retirado o carácter prático que toda
a formação de professor para o nível básico devia ter” (p.70).

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A questão apresentada na citação anterior, não só se observa ao nível do ensino básico. Ela
também se estende a nível da UP e aos IFP’s, onde a mudança constante dos programas de ensino
provoca confusão para aqueles que implementam o currículo (professores) e nos estudantes para
quem o currículo é traçado.

2.4 Desafios da actividade docente da actualidade em Moçambique

Quanto ao nível salarial do professor em Moçambique, destacam-se mediadores de N4 (Nível


Básico), N3 (Nível Médio), N2 Nível de Bacharelato), e N1 (Nível de Licenciatura), com tabela
salarial bastante e que era tão desnivelada que até com introdução recente da tabela Salarial única
que ainda está no debate trouxe melhorias da vida dos professores.

Era motivo de muita dor existindo professores que recebem 7 mil maticais (7.000,00) e outros
com acima de vinte mil maticais (30.000,00), de imediato, uma disparidade acentuada ao nível
salarial, mas nem por isso o problema se restringe apenas a aqueles com salários mais baixos.
Situação está que faz com que “alguns” aceitem certos favores em troca de notas, ou melhor
aprovações.

Para estes profissionais em Moçambique quando se fala da corrupção o fenómeno é directamente


associado aos princípios éticos e deontológicos que norteiam a profissão docente. O mesmo
fenómeno, o da corrupção, vai se aliar a questão de custo alto da vida e baixos salários e
consequentemente do suborno.

2.4.1 Corrupção no sector da educação em Moçambique

De acordo com Mosse e Cortez (2006:19):

Como a grande maioria dos funcionários do sector público, os funcionários do sector da educação
professores dos mais variados níveis apresentam com argumento de que se envolve facilmente na
corrupção porque recebem salários baixos e não têm quaisquer incentivos, por isso não se sentem
motivados. E os professores de carreira alegam que o sistema de carreiras profissionais beneficia
os seus colegas contratados.

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Em paralelo ao mesmo assunto, os autor acima, destaca que em vários debates sobre a corrupção
no sector público tem sido consensual a ideia de que uma boa remuneração é um passo para que
se tenha um serviço público honesto violando assim a Deontologia profissional e princípios
éticos.

Por isso mesmo, é que varias vozes da sociedade moçambicana consideram que salários baixos
no sector da educação são considerados um incentivo à prática da corrupção: funcionários
públicos, neste caso professores, mal pagos tornam-se menos resistentes à ofertas de suborno que
aqueles funcionários que recebem melhores salários. Portanto, o suborno, como se sabe, no sector
da educação está, muitas vezes associado à questão de baixos salários e ato custo de vida.

2.4.2 Aliciamento no sector da educação em Moçambique

Constituem também grandes questões actuais, quando se fala da ética e deontologia do professor,
em Moçambique aspectos inerentes ao aliciamento e assédio sexual. Esses aspectos são
incontornáveis nos dias que correm na medida em que gozam de propriedades comuns ao nível
da sua execução, isto é são aspectos praticados pelos docentes assim como pelos estudantes.

Pode se compreender como o assédio sexual um tipo de coerção de carácter sexual praticada
geralmente por uma pessoa em posição hierárquica superior em relação a um subordinado (mas
nem sempre o assédio é empregador empregado, o contrário também pode acontecer),
normalmente em local de trabalho ou ambiente académico. O assédio sexual caracteriza-se por
alguma ameaça, insinuação de ameaça ou hostilidade contra o subordinado.

2.4.3 Assédio sexual no sector da educação em Moçambique

Como observamos, o assédio sexual também está presente no meio académico, sobretudo no
ambiente escolar em que professores aliciam as suas alunas em troca de notas, entretanto, em
alguns casos, não poucos, as próprias alunas é que propõem aos professores o envolvimento
sexual para que possam obter boas notas nos testes e exames.

Desta feita, parafraseando Arthur (2003), quando a agressão sexual acontece na escola, que deve
educar e orientar para a vida, nós todos, as crianças, os seus pais e a sociedade sentimo-nos

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traídos, até porque muitas vezes o crime é exposto, inclusivamente na rádio, televisão e jornais, e,
ao que se sabe, em muitos casos nenhuma medida é tomada para travar os agressores.

O fenómeno de assédio sexual vai pouco a pouco sendo combatido no sector da educação
contrastando com as estatísticas dos últimos anos que destacam que a maior parte das alunas que
abandonaram ou desistiram foi pelo facto de terem sido engravidadas por professores.

Na maior dos casos os pais preferem tirar as filhas da escola a correr o risco de perder a sua
virgindade e ficarem grávidas, uma atitude que é uma reacção à corrupção, uma vez que as
raparigas são forçadas a oferecer favores sexuais para passar de classe e reprovam se não o
fizerem.

O aliciamento e assédio sexual na maior parte das vezes ocorre quando a sensibilidade humana,
isto é, o professor e a aluna interagem mutuamente ao nível do atrito amoroso, visto que é uma
pratica natural e todos homens incorrem nela.

Sendo ela feita com a própria estudante para com o docente e vice-versa a fim de lograr e “matar”
a saudade interna da sensação agradável sentida na devida altura. Mas é importante frisar que um
docente com uma prática invejável a nível conjuntural na esfera dos quatro pilares da educação
(saber ser, estar, fazer e viver em conjunto) é possível pautar pelos princípios éticos e
deontológicos ao nível da sua profissão.

2.5 Importância da Ética na Formação Docente

A formação ética deverá preparar os docentes para apoderar-se de uma consciência nítida no seu
crescimento moral, pessoal e profissional que habilite a entender e apoiar os alunos no seu
processo de crescimento sócio moral, planejando a sua formação para a vida, e o mundo do
trabalho, responsabilizado com sigo, e os outros e na sua profissão.

Segundo Contreras (2002, p.73), “nesse contesto de formação, a autossuficiência,


responsabilidade e a aptidão são características tradicional e associadas a valores profissionais
que deveriam ser incontestáveis na profissão docente”.

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3 Conclusão

Findo o trabalho após uma série de reflexão em torno da deontologia profissional dos professores
em Moçambique, chegou-se à conclusão de que a questão da ética e deontologia do professor em
Moçambique é uma questão que vem sendo discutido nos últimos tempos, com bastante
visibilidade no seio pedagógico e sobretudo no seio académico, pois a docência é considerada
como uma actividade essencialmente ética, quer pelas finalidades da acção educativa, quer pela
exigência de rigor profissional e moral no seu desempenho. A dimensão ética da docência reside
na contribuição prestada para a formação da personalidade.

Assim suborno, baixos salários e assédio sexual aliciamento são questões que devem ser
traduzidas cautelosamente e com muito rigor ao nível da prática docente, na medida em que cada
um destes aspectos vigoram na execução profissional e podem traduzir-se em aspectos maligno
quando enfermam a regra normativa dos profissionais.

Nesta visão, o docente na neste momento deve ser, deve fazer, deve conhecer e deve colaborar
conjuntamente nas várias abordagens dialécticas para consubstanciar naquilo que é mais desejado
num profissional integro da educação. Portanto, a escolha duma profissão implica a aceitação dos
seus princípios e preceitos deontológicos, assim o acto pedagógico é irredutível à sua dimensão
técnica porque a educação é um fenómeno radicalmente ético.

É importante também que os Institutos de Formação de professores (IFP’s e EPF’s), devem levar
a peito a integração da ética e deontologia profissional, não apenas como tema transversal, mas
como uma disciplina na formação docente nos currículos da educação, isto é, na formação dos
professores, é um aspecto irredutível e primordial para a integridade profissional dos vigentes,
pois tanto a ética deontológica como a deontologia, se ocupam de deveres, simplesmente éticos.

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4 Referências Bibliográficas

 Alonso, A.H. (2008). Ética das Profissões. São Paulo, Edições Loyola.

 Cunha, P. D. (1996), Ética e Educação. Lisboa, Universidade Católica Portuguesa.

 Golias, M. (1993). Sistema de Ensino em Moçambique: Passado e Presente. República de

 Mazula, B. (2005). Ética, Educação e Criação da Riqueza, uma Reflexão Epistemológica.


Maputo, Imprensa Universitária

 Moçambique, Editora Escolar.

 Monteiro, A. R. (2004). Para uma Deontologia Pedagógica. Lisboa, Faculdade de


Ciências da Universidade de Lisboa.

 Mosse, M.; Cortez, E (2006). A Pequena Corrupção no Sector de Educação em


Moçambique. Maputo, CIP,

 Viegas, M. A.; Chihulume, Z. (2011). Manual de Ética e Deontologia Profissional.


Maputo, UP-CEPE.

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