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Deontologia da profissão docente

Deontologia

Deontologia vem do grego deon, déontos (dever, obrigação) mais logos (ciência).
Assim, a deontologia será o estudo ou o tratado dos deveres ou regras de natureza ética.
Pode também adquirir o significado de um conjunto de deveres e regras de natureza
ética de uma classe profissional. A deontologia diz respeito ao fazer, ao fazer “atos”,
com sentido. A deontologia resulta da combinação entre o fazer algo e a relação com os
outros, ou pelo menos o fazer algo com implicação nos outros. A deontologia reflete a
preocupação com o agir em relação com os outros, em estabelecer os deveres que tenho
para com o outro[1].

Deontologia educacional

Uma deontologia educacional implica o envolvimento de toda a comunidade escolar


(Educandos, Educadores, Estado e Sociedade).

Na educação, e nomeadamente na profissão docente, pensar numa deontologia


subentende uma determinada identidade profissional. Segundo Fernández y Hortal, uma
profissão é uma atividade ocupacional, ou um conjunto de tarefas, que se apoiam nas
seguintes características:

· A profissão é uma atividade social humana pela qual o indivíduo presta um


serviço específico à sociedade, de modo institucionalizado. Esse tipo de serviço requer
alguns aspetos: o serviço deve ser único, em que os profissionais exigem o direito de
poder executar à sociedade de forma exclusiva; essa prestação deve estar bem definida,
de modo a que os destinatários saibam, por um lado, o que esperam desse serviço e, por
outro lado, as exigências do desempenho dos profissionais que o realizam; e que seja
uma tarefa indispensável (tipo de serviço) à sociedade.

· A profissão é uma “vocação”, “inclinação” e “missão” (serviço), em que o


profissional se entrega inteiramente a ela e, simultaneamente investe na sua formação
para cumprir adequada e corretamente (competências).

· (…)

(Cf. Fernández y Hortal, apud Reis e Fernandes, 2011: 196).

O trabalho tem em si mesmo uma dimensão deontológica, na medida em


envolve relações humanas e uma responsabilidade contratual pelo menos tácita. A
análise deontológica está associada ao conceito de direito, uma vez que o direito é
correlativo do dever. O direito é o suporte e a sustentabilidade da moral. As normas
deontológicas aparecem muitas vezes plasmadas em códigos normativos, muitos deles
com carácter legal. Segundo Patrício, a deontologia, é atualmente, entendida a partir de
quatro preceitos:

a) Um código de deveres e de direitos num âmbito concreto de ação;

b) Uma reflexão crítica sobre esse código;

c) Uma reflexão dinâmica sobre esse código;

d) O procedimento ético concreto num âmbito delimitado.

Um código deontológico é um código normativo que basicamente estabelece um


conjunto de direitos e deveres do profissional inerente à profissão e regras de ação
moral concretas. Um “sujeito deontológico” é definido pelas duas vertentes (direitos e
deveres).

«Os Códigos de Deontologia profissional enunciam os princípios ou valores


fundamentais vinculativos da profissão – exprimindo o seu sentido humano e social – e
os correspondentes deveres para com os seus destinatários, os colegas, a profissão e seu
órgão profissional, a entidade patronal e outros legítimos interessados. Devem ser
concretos, exequíveis e ter força obrigatória, quanto possível. A sua obrigatoriedade
ganha força jurídica quando a Deontologia é transformada em Direito positivo, por via
de Decreto.» (Monteiro, 2006: 3)

Deontologia na profissão docente

Na atividade docente predomina ainda um profissionalismo funcionalista, muito


baseado e fixado à didática dos programas. Muitos são os que têm proposto como
alternativa a um profissionalismo funcionalista um profissionalismo reflexivo, ou seja,
um profissionalismo centrado na reflexão acerca da prática e da capacidade docente
para tomar decisões ajustadas. Esta alteração envolve uma perspetiva mais larga e uma
implicação maior no ato pedagógico.

Para a opinião pública a função do professor é ensinar alguma coisa, no âmbito escolar é
aquele que ensina uma disciplina curricular. Contudo, a função do professor vai muito
para lá da perspetiva do senso comum, ou seja, vai muito para lá do simples ato de
ensinar uma determinada matéria. O professor exerce sobre os alunos que estão ao seu
cuidado uma influência geral e permanente. Os professores são, em conjunto com os
pais, uma referência marcante na formação da personalidade dos jovens. O professor
não é um simples instrutor, é um educador, um pedagogo no sentido pleno do conceito.
O professor, ao ter por função a formação de jovens, exerce uma atividade que congrega
uma função humanizadora e uma função socializadora (é neste sentido que se reporta à
ética). Participa na construção/modificação do ser humano, na obtenção de hábitos e
costumes, por parte dos alunos. Indiretamente, o professor também tem um papel ativo
na configuração da própria sociedade, na medida em que, ao estar incumbido da
formação de novos sujeitos, dos fundadores da nova sociedade, estão a intervir na
edificação da sociedade (cf. Silva, 1995: 32). Na função docente está implícito quer a
instrução quer a educação, sendo dois elementos indissociáveis. Assim, ressalta desta
função do professor o primeiro critério de uma deontologia do educador/professor: “A
acção do educador tem, como matéria e como fim, o desenvolvimento pessoal e social
das crianças e jovens com quem trabalha” (Rosa, 1999: 22).
A docência, devido à sua natureza ética, não pode ter um modus operandi alicerçado na
arbitrariedade, pelo contrário, as decisões devem ser tomadas de forma ponderada e com
prudência. “A ética profissional e a deontologia (que definem, propriamente, o que é
preciso, o que convém, o que é necessário, o que é uma obrigação imperiosa, que define
os deveres) tratam justamente de refletir e exprimir o modo como convém que a
profissão seja exercida. Tornam público o compromisso de os profissionais
promoverem o bem daqueles a quem prestam o seu serviço” (Silva, 1995: 33).

Os professores têm deveres profissionais para com os educandos, os colegas, para com a
profissão e o seu órgão profissional, para com a entidade patronal e para com os pais ou
os seus substitutos.

Os professores têm direito profissional à formação, ao estatuto e remuneração


decorrente da sua atividade, condições materiais e dignas no exercício da sua função,
direito à autonomia e responsabilidade profissional, participação no governo da escola e
ainda na definição da política da educação.

Segundo Monteiro, uma deontologia profissional, com grande pendor ético e


social (como é o caso da profissão docente), deve ter como princípios normativos os
seguintes desígnios: o respetivo estatuto profissional, o quadro legislativo nacional e a
jurisprudência pertinente e as normas internacionais existentes sobre a profissão e a
respetiva jurisprudência.

São fontes normativas internacionais os seguintes instrumentos jurídicos:

· Declaração universal dos direitos do homem;

· Convenção sobre a luta contra a discriminação no domínio do ensino;

· Convenção sobre os direitos da criança;

· Recomendação sobre a condição do pessoal docente;

· Recomendação sobre a condição do pessoal docente do ensino superior.

São fontes normativas nacionais os seguintes textos jurídicos:


· Constituição da República Portuguesa;

· Lei de bases do sistema educativo;

· Estatuto da carreira docente dos educadores de infância e dos professores dos


ensinos básico e secundário;

· Carta deontológica do serviço público;

· Carta ética da administração pública;

· Estatuto disciplinar dos funcionários e agentes da administração central, regional


e local.

Estas normativas internacionais e nacionais estabelecem a base jurídica fundamental dos


princípios que devem nortear a profissão docente (cf. Monteiro, 2004: 81-89).

Formação ética e deontológica dos professores

É comum assistir-se no domínio ético à extrapolação da ética pessoal para a ética


profissional. A atividade educacional não é exceção, muitos dos professores têm uma
visão centrada em princípios e valores, orientadores da ação, que são comuns aos
domínios pessoais e profissionais[2]. Isto leva a que muitos docentes considerem a ética
profissional como uma extensão da ética pessoal. Nesta ótica, a identidade profissional e
pessoal formam um todo (cf. Silva e Caetano, 2009: 53). Daqui emerge a necessidade
de uma formação ética e deontológica dos professores. Na sua formação inicial, os
professores ainda têm um défice de formação no campo da ética e do seu consequente
papel formativo. A formação ética é praticamente toda adquirida fora do processo
escolar, o que depois se reflete numa formação ética pouco ou nada estruturada. A
pouca formação ética recebida na formação inicial dos professores tem pouco, ou
nenhum impacto na dimensão ética e deontológica inerente à atividade de docente. O
mesmo pode ser dito relativamente ao código deontológico, porque se a formação
inicial não tem muito impacto, uma via normativa ainda menos impacto vai ter. Neste
sentido, torna-se pertinente, que a formação de professores contemple uma maior
formação ética e que, o desempenho da função de professor seja acompanhado duma
formação contínua, no sentido de formar uma maior consciência ética própria da
profissão, e que não se verifique uma distância tão grande entre aquilo que são as
referências normativas e o desempenho da atividade docente, para que seja possível
criar uma consciência profissional e ser a base de uma formação deontológica.

«Uma formação inicial que forneça fundamentos para a prática, que se constitua como
uma formação rigorosa e organizada, motivadora para as questões éticas e que seja ela
própria uma experiência onde se vive a ética. Uma formação contínua que, numa fase
em que poderá haver mais sensibilidade para o tema, permita colmatar a distância entre
a teoria e a prática, pela consciencialização de si próprio, que crie condições nas quais
os professores possam parar para pensar, que mobilize o tratamento de temas atuais, que
ajude a gerir relações de grupo e que oriente a formação ética dos alunos.» (Silva e
Caetano, 2009: 54).

Evidenciando claramente uma componente ética, a formação de professores como


educadores morais devia ocupar os currículos de formação de professores e o tema das
normas éticas da profissão não deveria estar afastado desses programas.

Relação pedagógica

D´Orey define uma nova relação pedagógica, alicerçada numa reforma


educativa, que possibilite criar as bases e estruturas para formar jovens autónomos –
cognitiva e afetivamente – jovens com respeito pela autonomia dos outros (preparados
para o amor, o diálogo e a cooperação), ou seja, que contemple o desenvolvimento
pessoal e social assente na autonomia. A nova relação pedagógica seria, desta forma,
fundamentada com base na autonomia.

O conceito de autonomia em D’Orey está próximo da noção de autonomia


kantiana, ou seja, manifesta o respeito que o indivíduo tem por uma lei que possui, por
uma lei interiorizada. Autonomia assume-se como um conceito positivo. Tal como
Kant, nesta perspetiva, o indivíduo quanto está perante um dilema moral não vai buscar
o motivo do princípio da ação a algo heterogéneo, mas age de acordo com a sua
consciência, com a lei que a si próprio prescreveu.

Uma formação baseada na autonomia é essencial para o indivíduo ver o outro


como autónomo. O indivíduo ao estar consciente de si e da sua autonomia, pode
reconhecer os mesmos atributos no outro e isso leva a que se entre “numa dinâmica
infalível e dramática, é levado a dar-se, a contribuir, a amar, a dedicar-se” (Cunha,
1996: 57). Daqui conclui D’Orey que a relação pedagógica para puder promover a
autonomia nos jovens, não deve ser centrada no autoritarismo e na humilhação, nem na
permissividade ou na gratificação permanente.

Contudo, a relação pedagógica não tem de assumir necessariamente um dos


lados (autoritarismo ou permissividade), pode-se seguir uma terceira via, que possibilite
o desenvolvimento dos educandos sem cair nos extremos. A relação pedagógica pode
ser definida com base na autonomia que desemboque na “colaboração e no amor”.
D’Orey segue esta terceira via, e estabelece os 10 princípios[3] que devem caracterizar a
relação pedagógica baseada na autonomia:

1. Princípio da fascinação 2. Princípio da confrontação;

3. Princípio da expectativa 4. Princípio das consequências

5. Princípio do respeito 6. Princípio da Negociação Criativa;

7. Princípio do encorajamento 8. Princípio do diálogo;

9. Princípio da compreensão 10. Princípio da exigência.

A nova relação pedagógica que D’Orey propõe, é muito centrada nos dois pólos
clássicos desta relação, educando e educador. É certo que uma relação pedagógica
pressupõe sobretudo a relação que se estabelece entre educando e educador, porém, hoje
esta relação já não se limita a estes dois pólos. A relação pedagógica deve ser hoje
muito mais abrangente, os seus limites devem ser alargados. O processo de educação no
âmbito escolar é hoje muito mais alargado, para isso contribui a cada vez maior
presença dos pais na “vida” da escola, e nas tomadas de decisão. Hoje os pais já não são
meros “guias” do aluno no processo escolar, assumem, de facto, um papel central na
política educativa da escola e da forma como se estabelece a relação entre educando e
educador. Os pais são hoje chamados a intervirem no desenvolvimento curricular dos
seus filhos, ou seja, este papel que cabia quase em exclusivo aos professores, passou
agora a ser desempenhado de forma cada vez mais regular também pelos pais. Os pais
muitas das vezes são o ponto de equilíbrio entre o educando e o educador. Neste
sentido, a relação pedagógica já não se estabelece apenas em dois pólos, mas antes em
três, educando, educador e pais. Os professores devem ter isto bem presente, porque se
apenas se centrarem na relação que estabelecem com o educando, vão menosprezar um
elo importante da relação pedagógica, que poderá vir a custar-lhe caro no futuro.

Outro aspeto que gostaria de ressalvar prende-se com a “responsabilidade” na relação


entre educador e educando. Quando falo aqui em responsabilidade, falo dos cuidados
que os professores devem ter em conta quando estabelecem esta relação. Atualmente os
alunos já não vêem o professor como uma autoridade absoluta, que não se pode pôr em
causa a sua palavra ou seus atos. Os alunos têm hoje uma maior consciência dos seus
direitos, para além disso, têm fortes mecanismos legais e sociais[4] que lhe conferem
uma determinada sensação de comodidade e segurança. Isto conduz a uma situação, em
que os alunos permanentemente estão a julgar o professor, a um estado de “vigilância”
permanente dos alunos face aos professores, e ao mínimo descuido isso será reportado
às demais estâncias[5]. Associado a isto está ainda o ponto de vista dos pais, ou seja, os
pais vão ter uma voz ativa no tipo de relação que o professor estabelece com os alunos,
muitas das vezes são os próprios a deturparem a relação que se estabelece. O cuidado a
que me refiro que os professores devem ter na relação com os alunos é extensivo aos
vários níveis dessa relação, sejam eles afetivos, pedagógicos ou sociais. Uma relação
demasiado afetiva pode muitas vezes extravasar (aos olhos do aluno ou dos pais) para
uma interpretação mais abusiva dessa relação[6]. Um professor que não esteja
convenientemente preparado aquando da lecionação dos conteúdos, pode levar a que a
relação com os alunos seja esbatida.

Ter em conta os três pólos da relação pedagógica – educadores, educandos e pais –


compreender e assimilar a complexidade e a responsabilidade dessas relações, é
fundamental para um desempenho pleno e conveniente da difícil tarefa de ser
professor[7].
Um novo paradigma deontológico para a profissão docente

Após estabelecida uma nova relação pedagógica, urge a necessidade de encontrar uma
deontologia que permita abarcar as contingências dessa nova relação.

Ao longo dos tempos a escola tem sido encarada de diversas formas. Desde o início do
século XX a escola começou a adquirir o modelo mais próximo daquele que hoje temos.
Ao longo desse século e até aos nossos dias ela foi sofrendo várias metamorfoses.
Inicialmente a escola era um local privilegiado apenas de determinadas classes, ou seja,
era uma escola de elites, posteriormente veio a escola de massas[8], a escola para todos,
hoje, apesar de prevalecer ainda o lema da escolas para todos, estamos a assistir a uma
prevalência do sistema privado em detrimento do sistema público, o que pode conduzir
a um retrocesso educativo, a um retorno à escola elitista.

Em termos deontológicos, a cada transformação que o sistema educativo opera deve


acompanhar uma transformação ou adequação da deontologia e dos respetivos códigos
deontológicos. A escola de massas, apesar de estar assente num ideal que até se pode
louvar, trouxe consigo vários problemas para o sistema educativo e nomeadamente para
os professores. As escolas passaram a estar sobrelotadas, começou-se a construir escolas
sem critério e sem condições, mas pior que tudo, foi o facto de o Estado ter de recrutar
professores sem formação científica, pedagógica ou com curso superior. Mesmo a
formação profissionalizante foi feita de forma apressada, resultando em professor
inconvenientemente preparados. Começou-se a ver engenheiros a lecionar matemática
ou advogados a lecionar direito, etc. Estes problemas criaram no seio da classe docente
um espírito pessimista e de desmotivação face à profissão, uma vez que vieram
subqualificar os docentes, retirar a autoridade científica e pedagógica, e retirar o espírito
de missão e vocação profissional. “Tais pressupostos tornam compreensível o
desenvolvimento de um paradigma deontológico marcado pela insatisfação, a dúvida e a
ambiguidade. Três características podem identificar tal paradigma. O professor
considera-se ao serviço do melhoramento da sociedade, mas sente-se frustrado; aspira à
sua realização pessoal, mas duvida do sentido que lhe dará; concentra-se nos seus
interesses corporativos, mas com desencanto” (Cunha, 1996: 75).

Hoje, face a todas as transformações ocorridas na educação, impõe-se um novo


paradigma deontológico. As transformações verificam-se a vários níveis, desde a
escolaridade obrigatória, que passou dos 9 para os 12 anos, passando pela formação dos
docentes, do estatuto dos alunos, da relação dos pais com a escola (relação pedagógica),
das constantes alterações do estatuto do professor, dos impedimentos de acesso e
desempenho da atividade, até à organização do parque escolar com o aparecimento dos
centros escolares e de mega agrupamentos, e tenho de deixar um etc. porque muitas
mais alterações podiam ser enumeradas. Há, por isso, necessidade de encontrar quais os
indicadores, quais as especificidades que uma nova deontologia deve assumir para
responder à revolução educativa que se tem vindo a verificar.

Qualquer que seja o paradigma – tal como afirma D’Orey – este deve caracterizar-se
pelas seguintes atitudes: o professor deve encontrar-se:

1) Centrado sobre a pessoa humana do aluno;

2) Fascinado pela busca da verdade e do belo;

3) Dinamizado por uma nova consciência de profissionalismo e exigência de


qualidade.

Conclusão

O ideal de uma educação de qualidade não pode estar afastado de pressupostos


morais e éticos. Todos os envolvidos na relação pedagógica têm de adquirir uma
consciência moral inerente à sua função nessa relação. Os professores têm de formar
uma identidade profissional mais profunda, alicerçada a todas as contingências da
função de educador. Os professores têm de contribuir para a promoção do
desenvolvimento socio-moral dos alunos, e isto só será possível quando se verificar um
paradigma deontológico adequado à realidade do modelo e paradigma educativo
vigente. A perspetiva ética e moral que os professores possuem, determinam a forma
como assumem a sua função de educadores morais e éticos.

«A atitude que vem dignificar o professor não é, certamente o hábito conformista de


adesão a normas éticas pré-estabelecidas. O que a sociedade portuguesa necessita, o que
a reforma educativa exige são professores que em todas as situações sirvam a causa da
educação e que neste compromisso básico se regem intransigentemente pela sua
consciência ética, subordinando os seus interesses ao bem comum dos seus
alunos.» (Cunha, 1996: 99)

Bibliografia

CUNHA, Pedro D’Orey (1996), Ética e Educação, Lisboa, Universidade Católica


Portuguesa

CAETANO, Ana, SILVA, Maria (2009), Ética profissional e Formação de professores,


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MONTEIRO, A. Reis (2006), Para uma Deontologia Pedagógica, Lisboa, Faculdade de


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