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PEDAGOGIA (Anotações)

O trabalho escolar é intencional. Tem objetivos a cumprir.


No planejamento escolar, o que se planejam são as atividades de ensino e aprendizagem. Envolve
objetivos, valores, atitudes, conteúdos e modos de agir dos educadores na escola. Envolve a)
diagnóstico e análise da realidade escolar, b) definição de objetivos e metas, e c) determinação de
atividades e tarefas a serem desenvolvidas, c) avaliação dos processos e resultados.
O planejamento expressa/clarifica as diretrizes do trabalho docente, estabelece objetivos, conteúdos
e métodos a partir da avaliação da realidade social, facilita a unidade e coerência da prática docente
e auxilia na preparação das aulas.

Três modalidades de planejamento escolar:


1. Plano da escola: é o plano pedagógico e administrativo da unidade escolar. Envolve a concepção
pedagógica do corpo docente, as bases teórico-metodológicas da organização didática, a
contextualização social e cultural da escola e as diretrizes metodológicas gerais.
2. Plano de ensino: é um roteiro organizado das unidades didáticas para um ano ou semestre.
Envolve os objetivos gerais e específicos, o conteúdo (organizado em unidades), o tempo provável e
o desenvolvimento metodológico (atividades do professor e dos alunos).
3. Plano de aula: é um detalhamento do plano de ensino para uma aula ou conjunto de aulas.

Níveis de planejamento:
1. Estratégico: altos executivos. Objetivos e planos da organização.
2. Tático: traduzir os objetivos e estratégias da alta direção em objetivos e atividades mais
específicos, promovendo um contato entre o nível estratégico e o nível operacional.
3. Operacional: foco nas atividades a serem executadas no dia a dia da organização.

Projeto Político-Pedagógico:
Elaborado pela escola com a colaboração da comunidade escolar, é a organização do trabalho
didático da escola. Princípios: igualdade, qualidade, gestão democrática, liberdade (autonomia),
valorização do magistério. Reflete a “relativa autonomia” da escola.

Currículo:
Formal: é o determinado oficialmente pelos sistemas de ensino.
Real: é o efetivamente trabalhado em sala de aula.
Oculto: é o trabalhado implicitamente. Todos os aspectos do ambiente escolar que contribuem, de
forma implícita, para aprendizagens sociais consideradas relevantes.

Teorias sobre o currículo:


Tradicional: o currículo é a expressão de conteúdo (o quê ensinar)
Teoria Crítica: busca compreender o que o currículo faz (por quê?). São teorias de desconfiança,
de questionamento.
Teoria Pós-Crítica: a pergunta-chave é para quem? Preocupa-se com identidade, alteridade,
diferença, subjetividade, cultura, gênero, raça, etnia, sexualidade, multiculturalismo.

CONCEPÇÕES DE DESENVOLVIMENTO
Inatista: o sujeito é considerado como ser biológico determinado por sua carga genética. A
aprendizagem depende do desenvolvimento maturacional e da prontidão do sujeito (teorias
biologizantes).
Ambientalista: o sujeito é uma folha em branco e o comportamento é produto do meio. Identifica a
aprendizagem com o condicionamento (behaviorismo: reforços positivos e negativos). A primazia é
do objeto e o conhecimento se reduz a uma cópia do real, o sujeito fica submetido ao meio.
Interacionista (Piaget): o conhecimento advém da experiência (meio), mas também de fatores
inatos (hereditários, orgânicos, naturais). O conhecimento acontece na interação entre o sujeito que
aprende e o objeto a ser aprendido. O sujeito é ativo e a sua capacidade de construir o
conhecimento é considerada.

Teoria histórico-cultural, sociohistórica ou sociointeracionismo (Vygotsky). Marxista.


A criança nasce com potencialidade para aprender, mas o desenvolvimento resulta do processo de
aprendizagem da cultura, que é socialmente mediado. Ênfase no social: sem a sociedade sem os
outros com quem aprender a ser um ser humano, o homem não se torna humano com inteligência,
personalidade e consciência. A internalização do conhecimento é vivenciada nas relações entre as
pessoas. Todo aprendizado é necessariamente mediado.
Zona de desenvolvimeno proximal (ZDP): é a distância entre o nível de desenvolvimento real
(tarefas realizadas com autonomia pelo sujeito) e o nível de desenvolvimento potencial (tarefas que
só consegue realizar com o auxílio de um professor ou de um adulto ou de uma criança mais velha).
Define as funções que ainda estão em processo de maturação.
→ O professor tem o papel explícito de interferir na ZDP dos alunos, provocando avanços que não
ocorreriam espontaneamente. Não transmite conhecimentos. Sua tarefa é provocar, incentivar e
possibilitar ao aluno a própria construção do conhecimento, a própria aprendizagem.
→ O processo de aprendizagem é visto sempre como colaborativo (atuação conjunta do professor
ou parceiro mais experiente e daquele que aprende). Exige interação do adulto com a criança, pois a
criança não tem condição de decifrar sozinha as conquistas da cultura humana. Mas a criança
precisa realizar, ela própria, as atividades.

AVALIAÇÃO EDUCACIONAL
A LDB prevê a “avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos
aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de
eventuais provas finais” (art. 24).
Tipos/Funções da Avaliação:
1) Diagnóstica: realizada no início do processo de ensino-aprendizagem. Visa orientar a prática
pedagógica que vai ser iniciada. Sondagem de conhecimentos e experiências já disponíveis no
aluno.
2) Formativa (processual): ocorre durante todo o processo de ensino-aprendizagem. Tem por
finalidade fornecer o feedback ao aluno para a correção de falhas, esclarecimento de dúvidas e
estímulo ao progresso na aprendizagem. Orienta o professor sobre a adequação dos métodos,
materiais e comunicação.
3) Somativa (classificatória): é a realizada ao final do processo de ensino-aprendizagem. Tem o
objetivo de verificar a aprendizagem acumulada e possibilitar o registro do desempenho do aluno.

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