Você está na página 1de 14

ÍNDICE

INTRODUÇÃO................................................................................................................................................................................... 3
1.OBJECTIVOS.................................................................................................................................................................................. 4
1.1.Objectivos específicos..............................................................................................................................................................4
2.METODOLOGIA.............................................................................................................................................................................4
3.CONTEXTUALIZAÇÃO................................................................................................................................................................5
3.1.Resíduos Sólidos em Moçambique ..........................................................................................................................................5
3.2.Resíduos Sólidos.......................................................................................................................................................................5
3.3. Definição de Resíduos ………………...……………………………………………………………….……………………….5

4.TIPOS DE RESÍDUOS SÓLIDOS..................................................................................................................................................6


4.1.Resíduo sólido urbano..............................................................................................................................................................6
4.2.Resíduos domiciliares...............................................................................................................................................................6
4.3.Resíduos orgânicos...................................................................................................................................................................6
4.4.Resíduos inorgânicos................................................................................................................................................................6
4.5.Resíduos de limpeza urbana.....................................................................................................................................................6
4.6.Resíduos especiais.................................................................................................................................................................... 7
4.7.Resíduos de estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços.......................................................................................8
5.ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO EM MOÇAMBIQUE.......................................................................................................9
5.1.Decreto 13/2006, de 15 de Julho, Regulamento sobre Resíduos Urbanos.............................................................................10
4.3.CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS........................................................................................................................................10
6.1. Âmbito dos Resíduos Sólidos Urbanos.................................................................................................................................11
6.2.Objecto e Âmbito....................................................................................................................................................................11
6.3.Competências..........................................................................................................................................................................11
7.PLANO DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS...........................................................................11
7.1.Licenciamento Ambiental.......................................................................................................................................................12
7.2.Recolha e Transporte, Tratamento e Valorização...................................................................................................................12
7.3.Recolha Selectiva, Segregação e Acondicionamento.............................................................................................................12
7.2.TEORIA DO QUATRO Rs......................................................................................................................................................12
7.3. Repensar...................................................................................................................................................................................12
7.4.A Redução…………………………………………………………………………………………………….……………….12

8. A Reutilização……………………………………………………………….……………………………….…………………13

Conclusão.......................................................................................................................................................................................... 14
Bibliografias...................................................................................................................................................................................... 15

2
INTRODUÇÃO

O presente trabalho de pesquisa tem como o tema ‘‘Gestao de Resíduos sólidos em


Moçambique’’. Na verdade, com este tema ela descreve a base legal que regula a gestão de
resíduos sólidos urbanos em Moçambique com a visão focada nas organizações de colecta
selectiva e reciclagem. Para tanto, fez-se uso do método analítico descritivo, utilizando como
estratégia metodológica o levantamento bibliográfico e documental em obras de maior relevância
sobre o tema abordado, a partir do qual, foi feita uma análise descritiva da legislação e das
normas legais.

A pesquisa demonstrou que a legislação ambiental Moçambicano e no mundo como forma de


perceber a sua epistemologia, apresenta as normas ambientais, contudo, há inadequação dos
meios de implementação, por carência de recursos materiais, técnicos, humanos e financeiros. A
legislação ambiental moçambicana contém instrumentos importantes para permitir o avanço
necessário ao país no enfrentamento dos principais problemas ambientais, sociais e económicos
decorrentes do maneio inadequado dos resíduos sólidos urbanos.

A legislação não apresenta instrumentos para propiciar a reciclagem e o reaproveitamento, nem


faz referência à participação de organizações de colecta selectiva e reciclagem no sistema de
gestão de resíduos sólidos dos municípios, como forma de enfrentamento à pobreza e aos
problemas causados pelos resíduos sólidos.

3
1.OBJECTIVOS

1.1.Objectivos específicos

Os objectivos do presente trabalho foram:

 Avaliar a composição dos resíduos sólidos presentes no nosso país (Moçambique);

 Quantificar os resíduos sólidos encontrados na nossa província (Nampula); e

 Propor medidas de acção, de modo a permitir uma melhoria do estado de conservação e


limpeza em Moçambique.

2.METODOLOGIA

Para elaboração deste trabalho foi feito uma revisão bibliográfica. Também, foi usado o método
indutivo, que é um método responsável pela generalização, isto é, partimos de algo particular
para uma questão mais ampla, mais geral. Para Lakatos e Marconi (2007:86), Indução é um
processo mental por intermédio do qual, partindo de dados particulares, suficientemente
constatados, infere-se uma verdade geral ou universal, não contida nas partes examinadas.
Portanto, o objectivo dos argumentos indutivos é levar a conclusões cujo conteúdo é muito mais
amplo do que o das premissas nas quais baseia o trabalho.

4
3.CONTEXTUALIZAÇÃO

3.1.Resíduos Sólidos em Moçambique

3.2.Gestão de Resíduos

De acordo com o Decreto nᵒ 13/2006, de 15 de Junho, no seu artigo 1 sobre o Regulamento de


gestão de resíduos em Moçambique, a gestão de resíduos são todos os procedimentos viáveis
com vista a assegurar uma gestão ambientalmente segura, sustentável e racional dos resíduos,
tendo em conta a necessidade da sua redução, reciclagem e reutilização, incluindo também a
separação, recolha, manuseamento, transporte, armazenagem e/ou eliminação de resíduos bem
como a posterior protecção dos locais de eliminação, por forma a proteger a saúde humana e o
ambiente contra os efeitos nocivos que possam advir dos mesmos (Conselho de Ministros,
2006)

3.3. Resíduo sólido

Funasa (2006), define resíduo sólido como os materiais heterogéneos, (inertes, minerais e
orgânicos) resultantes das actividades humanas e da natureza, os quais podem ser parcialmente
utilizados, gerando, entre outros aspectos, protecção à saúde pública e economia de recursos na
turais.

Para Nobre (2010), a preocupação mundial em relação aos resíduos sólidos tem aumentado
devido ao crescimento da produção, ao aumento da periculosidade de alguns resíduos e à falta de
áreas adequadas para sua disposição final. Continuando, o tema tem-se mostrado prioritário
desde a Conferência das Nações Unidas sobre Ambiente e Desenvolvimento (Rio-92) em escala
global, tanto nos países desenvolvidos, quanto em desenvolvimento.

4.TIPOS DE RESÍDUOS SÓLIDOS

4.1.Resíduo sólido urbano

5
Constituído dos resíduos domiciliares, os resíduos de limpeza urbana, e os resíduos de
estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços.

4.2.Resíduos domiciliares

São constituídos por três fracções distintas, os recicláveis, os orgânicos biodegradáveis e os


rejeitos. No Moçambique, em média, mais de 50% dos resíduos domiciliares são compostos por
materiais orgânicos. Nessa categoria se inclui os restos de comida e variação.

4.3.Resíduos orgânicos

Os resíduos orgânicos são compostos por alimentos e outros materiais que se decompõem pela
natureza, tais como cascas e bagaços de frutas, verduras, galhos e folhas de podas, entre outros.

Todavia, é possível que o resíduo orgânico possa ser compostado para a fabricação de adubos ou
até ter seu conteúdo energético aproveitado, seja através do calor gerado na compostagem seja
através da digestão anaeróbia, que gera biogás, um combustível renovável. 5

4.4.Resíduos inorgânicos

Os resíduos inorgânicos são compostos por produtos manufaturados, tais como cortiças,
espumas, metais e tecidos.

4.5.Resíduos de limpeza urbana

Oriundos da variação pública, poda e capina de espaços e vias públicas como praças, calçadas,
ruas e sarjetas.

4.6.Resíduos especiais

São aqueles resíduos classificados pelos riscos que representam para o meio ambiente e a saúde
públicas, podendo ser provenientes de actividades industriais, hospitalares, agrícolas e exigem
cuidados especiais desde o acondicionamento, transporte, tratamento até destinação final. Podem
ser classificados em:

Classe I - perigosos: São aqueles que, em função de suas propriedades físicas, químicas ou
infecto-contagiosas, podem apresentar riscos à saúde pública ou ao meio ambiente, ou ainda

6
inflamável, corrosivo, reactivamos, toxicidade ou patogénicos; Ex.: pilhas, pesticidas, resíduos
de serviços de saúde infectantes, baterias, lâmpadas, óleos.

 Classe II A - não inertes: são aqueles que não se enquadram nas classificações de resíduos
classes I-perigosos ou de resíduos classe II B - inertes. Os resíduos classe II A - não inertes
podem ter propriedades, tais como: biodegradabilidade, combustibilidade ou solubilidade em
água; Ex. Restos de alimentos, papel, resíduos de variação.
 Classe II B - inertes: Quaisquer resíduos que, quando amostrados de forma representativa e
submetidos a ABNT 10007 - Amostragem de resíduos sólidos, e submetidos a um contacto
dinâmico ou estático com água destilada ou desionizada, à temperatura ambiente, conforme
ABNT NBR 10006 - Procedimento para obtenção de extracto solubilizado de resíduos
sólidos, não tiver em nenhum de seus constituintes solubilizados a concentrações superiores
aos padrões de potabilidade da água, exceptuando-se os padrões de aspecto, cor, turbidez e
sabor (ABNT, 2004). Ex.: tijolos, plástico, aço e vidro.
 Rejeitos: aqueles resíduos que não podem ser reaproveitados ou reciclados, devido à falta
de tecnologia ou viabilidade económica para esse fim, entre eles estão: absorventes
femininos, fraldas descartáveis e papéis higiénicos usados.

4.7.Resíduos de estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços

Resíduos de estabelecimentos como sacolas de supermercados, embalagens de produtos,


embalagens de plástico de materiais de limpeza, resíduos de materiais inorgânicos como metais e
ferros provenientes de estabelecimentos comerciais.

4.8.Resíduo industrial

Os resíduos industriais podem estar no estado sólido, semissólido ou líquido, sendo


caracterizados como contaminantes e altamente prejudiciais ao meio ambiente e à saúde, não
devendo ser lançados na rede pública de esgotos ou corpos d'água.1

4.9.Resíduo hospitalar

Resíduos perigosos produzidos dentro de hospitais, como seringas usadas, jalecos. Por conter
agentes causadores de doenças, este tipo de lixo é separado do restante dos resíduos produzidos

7
dentro de um hospital (restos de comida), e é geralmente incinerado. Porém, certos materiais
hospitalares, como aventais que estiveram em contacto com raios electromagnéticos de alta
energia como raios X, são categorizados de forma diferente (o mencionado avental, por exemplo,
é considerado lixo nuclear), e recebem tratamento diferente. Os resíduos hospitalares constituem
o lixo produzido em unidades de prestação de cuidados de saúde, incluindo as actividades
médicas de diagnóstico, prevenção e tratamento da doença em seres humanos ou em animais, e
ainda em actividades de investigação relacionadas.

4.10.Resíduos de construção civil

É o entulho, ou seja, resíduos provenientes de obras civis: construção, reconstrução, ampliação,


alteração, conservação e demolição ou derrocada de edificações, assim como o solo e lama de
escavações.

4.11.Resíduos nucleares

Composto por produtos altamente radioactivos, como restos de combustível nuclear, produtos
hospitalares que tiveram contacto com radioactividade (aventais, papéis, etc), enfim, qualquer
material que teve exposição prolongada à radioactividade ou que possui algum grau de
radioactividade. Devido ao fato de que tais materiais continuam a emitir radioactividade por
muito tempo, eles precisam ser totalmente confinados e isolados do resto do mundo.

5.ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO EM MOÇAMBIQUE

Nesta secção é apresentada a legislação moçambicana aplicável a resíduos sólidos urbanos desde
os comandos institucionais, regulamentos e posturas municipais. Um maior destaque é dado ao
Decreto n.º 13/2006, de 15 de Junho de 2006, Regulamento sobre Gestão de Resíduos Sólidos,
por ser o instrumento que aborda com mais detalhe o tema dos resíduos sólidos. Entretanto, há
outros instrumentos legais e normativos que guardam relações com o tema resíduo sólido, os
quais destacam-se:

 Lei n.º 2/97, de 18 de Fevereiro de 1997, Lei das Autarquias Locais;


 Lei n.º 11/97, de 31 de Maio de 1997, Lei das Finanças e Património das autarquias
locais;

8
 Decreto n.º 8/2003, de 18 de Fevereiro de 2003, Regulamento sobre a Gestão de Lixos
Biomédicos;
 Decreto n.º 45/2004, Regulamento sobre o Processo de Avaliação de Impacto Ambiental;
 Decreto n.º 11/2006, de 15 de Junho de 2006, Regulamento sobre Inspecção Ambiental;
 Decreto n.º 13 /2006, de 15 de Junho de 2006, Regulamento sobre a Gestão de Resíduos
Sólidos;
 Resolução n.º 86/AM/2008, de 22 de Maio de 2006, Postura de Limpeza de Resíduos
Sólidos Urbanos no Município de Maputo.

O país carece de uma política nacional de resíduos sólidos que contemple de forma ampla as
diversas questões que envolvem o gerenciamento destes resíduos. Entretanto, é importante
salientar a criação do Ministério para Coordenação da Acção Ambiental (MICOA), como órgão
consultivo e deliberativo responsável por assessorar e propor ao Conselho de Governo,
directrizes de políticas governamentais para o meio ambiente e para os recursos naturais. Há,
ainda, na legislação, instrumentos jurídicos para auxiliados municípios na gestão dos resíduos
sólidos: o Plano Director de Resíduos Sólidos; a Lei de Uso e Ocupação do Solo; Código de
Postura de Limpeza, entre outras disposições.

5.1.Decreto 13/2006, de 15 de Julho, Regulamento sobre Resíduos Urbanos

Havendo necessidade de se definir o quadro legal moçambicano para se processar a gestão de


resíduos resultantes das actividades humanas, foi aprovado, a 15 de Julho de 2006, o Decreto n.º
13/2006, Regulamento sobre a Gestão de Resíduos. Ficou como competência do MICOA
aprovar as normas que se mostrem necessárias para assegurar a aplicação do regulamento. O
regulamento sobre resíduos sólidos é uma ferramenta legal indispensável para se promover uma
adequada gestão dos resíduos no país.

O decreto institui a regulamentação sobre a gestão de resíduos sólidos em nível nacional,


dispondo sobre seus princípios, objectivos e instrumentos, bem como sobre as directrizes
relativas à gestão integrada, ao gerenciamento de resíduos sólidos, incluídos os perigosos, às
responsabilidades dos geradores e do poder público e aos instrumentos económicos aplicáveis.

9
5.2.CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS

No artigo 5.o, consta a classificação geral dos resíduos sólidos. Há dois tipos de classificação,
pela origem e pela periculosidade.

Os resíduos sólidos urbanos reúnem os resíduos domiciliares e os resíduos de limpeza urbana.


Por sua vez, na classificação quanto à periculosidade, tem se: resíduos perigosos, assim
considerados em razão de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reactividade,
toxicidade, patogenicidade, carcinogenicidade, teratogenicidade ou mutagenicidade; e resíduos
não perigosos. Seja na tipologia consoante à origem, seja na ponderação da periculosidade, as
classes de resíduos estabelecidas pelo regulamento reflectem o entendimento de que cada uma
delas demanda procedimentos particulares em seu gerenciamento.

6.1. Âmbito dos Resíduos Sólidos Urbanos

O Decreto n.º 94/2014, de 31 de Dezembro, aprovou o Regulamento sobre a Gestão de


Resíduos Sólidos Urbanos (“Regulamento”), revogando o Regulamento de Gestão de Resíduos,
aprovado pelo Decreto n.º 13/2006, de 15 de Junho.

6.2.Objecto e Âmbito

O Regulamento estabelece as regras de gestão dos resíduos sólidos urbanos no território de


Moçambique e é aplicável a todas as pessoas singulares e colectivas, públicas e privadas que
estejam envolvidas na produção e gestão de resíduos sólidos urbanos ou de resíduos industriais e
hospitalares equiparados aos urbanos.

10
Ficam excluídos do âmbito de aplicação do Regulamento (i) os resíduos industriais perigosos,
(ii) os resíduos biomédicos, (iii) os resíduos radioactivos, (iv) as emissões e descargas de
efluentes, (v) as águas residuais e (vi) outros resíduos sujeitos à regulamentação específica.

6.3.Competências

As competências em matéria de gestão de resíduos sólidos urbanos dividem-se entre o Ministério


que superintende o Sector do Ambiente e os Conselhos Municipais e Governos Distritais, nas
respectivas áreas de jurisdição.

6.2.PLANO DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

Todas as entidades públicas e/ou privadas que desenvolvem actividades relacionadas com a
gestão de resíduos sólidos urbanos, estão obrigadas a elaborar e implementar um plano de gestão
integrada dos resíduos sólidos urbanos por elas geridos, contendo, no mínimo, a informação do
Regulamento.

6.3.Licenciamento Ambiental

Todas as instalações destinadas a tratamento e deposição final de resíduos sólidos urbanos estão
sujeitas a prévio licenciamento ambiental nos termos do Regulamento sobre o Processo de
Avaliação do Impacto Ambiental.

7.Recolha e Transporte, Tratamento e Valorização

Os métodos ou processos de recolha e transporte de resíduos sólidos urbanos e os sistemas de


tratamento e valorização destes resíduos serão estabelecidos e aprovados pelos Conselhos
Municipais ou Governos Distritais.

7.1.Recolha Selectiva, Segregação e Acondicionamento

11
O sistema de recolha selectiva deve ser aprovado pelos Conselhos Municipais ou Governos
Distritais, devendo os resíduos ser separados de acordo com as categorias previstas no artigo
14.º.

7.2.TEORIA DO QUATRO Rs
Os princípios básicos para a gestão dos resíduos foram enunciados obedecem a quatro atitudes
do 4R’s que são: Repensar, Reduzir; Reutilizar e Reciclar,
7.3. Repensar
Repensar significa menos embalagens nas mercadorias; significa a utilização de quantidades
mínimas de alumínio; significa menor utilização de petróleo na produção de energia e menor
consumo na distribuição; significa menor desperdício por parte de cidadãos conscientes das
potencialidades inerentes à sua atitude individual; significa consumo responsável; significa
menor consumismo, uma vida de simplicidade voluntária atendo-se ao que de fato é essencial e
importante para o futuro da sociedade humana; significa enfim uma vida visceralmente
comunitária, com cidadãos integrados no contexto do seu espaço de vida imediato e com meio
social no seio do qual vivem e reproduzem as suas esperanças (WALDMAN, 2003, p. 7).

7.4.A Redução

É a parte mais importante da prevenção primária e pode abarcar-se sob dois aspectos, o
quantitativo (através da diminuição do peso e do volume dos resíduos) e o qualitativo (através da
diminuição da perigosidade)

8. A Reutilização

Permite contribuir, pela utilização repetida de bens e produtos, para o abaixamento do peso e
volume dos resíduos produzidos.

Esta engloba dois tipos de actuações:

12
1. Concepção de produtos com maior durabilidade, (exemplo: a embalagem de vidro).
2. Utilização de um dado produto que já não se quer, em outros usos possíveis, (exemplo:
reutilização de roupa velha, que não se veste, como panos para a limpeza).
8.1. Reciclagem
Reciclagem é um processo no qual os resíduos são reaproveitados para um novo produto,
economizando matéria-prima que seria necessária para a produção destes novos produtos.
CAEIRO, S. A. (1998, pag. 210)

Conclusão

Ao chegar o fim deste trabalho, pude constatar que a legislação ambiental apresenta as normas
ambientais, contudo, há inadequação dos meios de implementação, por carência de recursos
materiais, técnicos, humanos e financeiros. Consequentemente, cumpre verificar como o Estado
e os demais órgãos responsáveis pela implementação da legislação ambiental vêm
desempenhando o seu papel, os recursos de que eles dispõem para isso e como esses recursos
vêm sendo aplicados.

Considerando-se a conjuntura da sociedade de consumo e os diversos impactos gerados, a


reciclagem de resíduos sólidos, desde que atendidas todas as condições de segurança e
salubridade, especialmente daqueles que manipulam directamente tais resíduos, desponta como

13
alternativa capaz de minimizar os impactos da disposição dos resíduos no meio ambiente,
tornando disponível matéria-prima que não implique em novos custos à natureza, isto
circuncreve se no Regulamento sobre Gestão de Resíduos Sólidos - Decreto n.º 13/2006, de 15
Junho. Sendo este último o norteador ou mesmo o centro da normalização deste setor que nos
propusemos a apresentar neste trabalho. A consciência de que é necessário integrar à gestão dos
resíduos sólidos, é algo que vem surgindo a partir das situações que muitas cidades, vem
vivendo, principalmente as africanas, como é o caso de Maputo. Essa consciência deve colocar a
todos como co-responsavéis na GRSU, e que a ação ativa de cada um pode, nos levar a resolver
um problema de todos, basta que no mínimo se mudem os comportamentos em relação ao lixo.

Bibliografias

Baquete, E. F. & M. A. E. Hauengue (1995). Preliminary Assessment of Land Based Sources of


Marine Pollution in Mozambique. Unpublished Report, 55 pp. Maputo.

Fernandes, A., M. T. Murta, A. Manuel, I. Amado & Z. Abixai (1993). Poluição na Baía de
Maputo. Revista Médica de Moçambique, 4 (2): 17–22.

14
Fernandes, A. (1996). Poluição Costeira: Factos e Figuras. In: Dias, D., P. Scarlet, J. Hatton &
A. Macia (eds). O Papel da Investigação na Gestão da Zona Costeira: Proceedings do workshop.
Maputo, 24-25 Abril. 75–81 pp. Maputo, DCB/UEM.

Fernandes, A. & M. A. E. Hauengue (1999). Mozambique. In: Waruinge, D. & D. Ouya (eds).
Land-Based Sources and Activities Affecting the Marine, Coastal and Associated Fresh Water.

MOÇAMBIQUE. Assembleia da República. Lei 2/97, de 18 de Fevereiro. Aprova a Lei das


Autarquias Locais. Boletim da República I série n.º7, Maputo, de 18 de Fevereiro de 1997.

MOÇAMBIQUE. Conselho de Ministros. Decreto n.º 8/2003, de 18 de Fevereiro. Aprova o


Regulamento sobre a Gestão de Resíduos Sólidos Biomédicos. Boletim da República I série n.º7,
Maputo, 18 de Fevereiro de 2003.

MOÇAMBIQUE. Conselho de Ministros. Lei no 20/97 de 1 de Outubro. Aprova a Lei do


Ambiente. Boletim da República I série no 40, Maputo, 1 de Outubro de 1997.

MOÇAMBIQUE. Conselho de Ministros. Decreto n.º 13/2006, de 15 de Junho. Aprova o


Regulamento sobre Gestão de Resíduos Sólidos. Boletim da República n.º 24, Maputo, 15 Junho
de 2006.

MOÇAMBIQUE. Conselho de Ministros. Constituição da República de Moçambique de 19 de


Novembro 2004. Boletim da República, Maputo, 2004.

15

Você também pode gostar