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Indice

1. Introdução..............................................................................................................................4

1.2. Metodologia........................................................................................................................5

1.2.1. Pesquisa exploratória.......................................................................................................5

1.2.2. Entrevista..........................................................................................................................5

1.2.3. Pesquisa bibliográfica......................................................................................................6

2. Referencial teórico.................................................................................................................6

2.1. Breve Histórico sobre a Gestão dos Resíduos.....................................................................6

2.2. Conceitos de Resíduo..........................................................................................................7

2.3. Diagnostico de resíduos sólidos..........................................................................................7

2.3.1. O que é caracterização dos resíduos sólidos....................................................................7

2.3.2. Sistema de Coleta e Transporte........................................................................................8

2.3.3. Tratamento e Disposição Final dos Resíduos Sólidos.....................................................8

2.3.4. Incineração, reciclagem e compostagem..........................................................................9

2.4. Educação Ambiental...........................................................................................................9

2.5. Gestão de Resíduos...........................................................................................................10

2.5.1. Resíduo sólido................................................................................................................11

2.6. Colecta Seletiva.................................................................................................................11

2.6.1. As formas mais comuns de coleta seletiva.....................................................................11

2.6.2. Como funciona a colecta seletiva...................................................................................12

2.6.3. Passo a passo de implantação de projeto de coleta seletiva...........................................12

2.7. Planejamento.....................................................................................................................12

2.8. Parceiros............................................................................................................................13

2.9. Alternativas para coleta e disposição final de resíduos sólidos na Beira..........................14

2.10. Alternativas e tecnologias disponíveis............................................................................14

2.11. Como fazer a disposição ambientalmente adequada.......................................................15


2.11.1. Aterro comum..............................................................................................................15

2.11.2. Aterro controlado.........................................................................................................15

2.11.3. Aterro sanitário.............................................................................................................15

3. Conclusão.............................................................................................................................17

4. Referencias Bibliográficas...................................................................................................18
1. Introdução
A produção de resíduos está diretamente relacionada com as atividades humanas e com o
crescimento demográfico. Com o crescimento da população, especialmente em áreas urbanas,
onde se verificam os maiores índices de consumo e nichos urbanos, portanto maiores índices
de produção. Com as atividades humanas, no que respeita aos processos produtivos dos
materiais e produtos que saciam as necessidades dos consumidores e ao próprio ato de
consumo. O ambiente é o meio de sustentação dessas atividades, fornecendo recursos e
assimilando os resíduos, sendo cada vez mais evidente a relação entre o ambiente ecológico e
a sociedade.
O Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS) é um documento que define
diretrizes de gerenciamento ambientalmente adequado de todos os resíduos que são gerados
no estabelecimento, determinando estratégias de controle e monitoramento dos processos
produtivos, visando evitar descartes ou destinações inadequadas que possam gerar poluição
ao meio ambiente e acarretar prejuízos à saúde pública.
A problemática ambiental, apesar de antiga, cada vez se torna mais presente na sociedade.
Com o crescente anseio por sustentabilidade, as empresas devem adotar novas formas de
interagir com o meio ambiente de modo a garantir um negócio rentável, mas assente na
sustentabilidade. Nesse sentido, o stand de vendas e oficina de automóveis é visto como uma
unidade potencialmente poluidora, nomeadamente devido aos óleos lubrificantes usados na
área mecânica, que caso não sejam acondicionados da melhor maneira, poderão acarretar
implicações ambientais de relevo.
A política de planeamento de gestão de resíduos constitui um pilar importante em que se
baseia a estratégia de desenvolvimento sustentável associada às prioridades de atuação
identificadas no Plano Estratégico para Gestão de Resíduos Urbanos (PESGRU). Em
consonância com razões de valorização da qualidade ambiental, de salvaguarda da saúde
pública e integração no quadro normativo de Angola, a gestão de resíduos deve proporcionar
uma elevada proteção do ambiente e da saúde humana, contribuindo também para o
desenvolvimento social e económico. Tendo em vista um reforço da competitividade de uma
empresa, é necessária uma adequada gestão dos resíduos ao mesmo tempo em que lhe é
conferido um valor adicional. Assim, a gestão integrada dos resíduos pressupõe uma
abordagem em que os resíduos são tratados como recursos, e é considerados uma fase
transitória da vida dos materiais.
1.2. Metodologia

1.2.1. Pesquisa exploratória

Segundo Selltiz et al. (1965), enquadram-se na categoria dos estudos exploratórios todos
aqueles que buscam descobrir idéias e intuições, na tentativa de adquirir maior familiaridade
com o fenômeno pesquisado. Nem sempre há a necessidade de formulação de hipóteses
nesses estudos.
De forma semelhante, Gil (1999) considera que a pesquisa exploratória tem como objetivo
principal desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e idéias, tendo em vista a formulação
de problemas mais precisos ou hipóteses pesquisáveis para estudos posteriores. Segundo o
autor, estes tipos de pesquisas são os que apresentam menor rigidez no planejamento, pois
são planejadas com o objetivo de proporcionar visão geral, de tipo aproximativo, acerca de
determinado fato.

1.2.2. Entrevista
Segundo Cervo & Bervian (2002), a entrevista é uma das principais técnicas de coletas de
dados e pode ser definida como conversa realizada face a face pelo pesquisador junto ao
entrevistado, seguindo um método para se obtiver informações sobre determinado assunto.
De acordo com Gil (1999), a entrevista é uma das técnicas de coleta de dados mais utilizadas
nas pesquisas sociais. Esta técnica de coleta de dados é bastante adequada para a obtenção de
informações acerca do que as pessoas sabem crêem, esperam e desejam, assim como suas
razões para cada resposta.

1.2.3. Pesquisa bibliográfica

A pesquisa bibliográfica, considerada uma fonte de coleta de dados secundária, pode ser
definida como: contribuições culturais ou científicas realizadas no passado sobre um
determinado assunto, tema ou problema que possa ser estudado (Lakatos & Marconi, 2001;
Cervo & Bervian, 2002).
Para Lakatos e Marconi (2001, p. 183), a pesquisa bibliográfica.
“[...] abrange toda bibliografia já tornada pública em relação ao tema estudado,
desde publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, livros, pesquisas,
monografias, teses, materiais cartográficos, etc. [...] e sua finalidade é colocar
o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito, dito ou filmado
sobre determinado assunto [...]”.

2. Referencial teórico

2.1. Breve Histórico sobre a Gestão dos Resíduos

Desde tempos remotos, os seres humanos puderam utilizar recursos naturais que garantissem
a sua sobrevivência e que servissem de base para a criação de objetos que os ajudasse a
prosperar. Nesses tempos iniciais, a produção de resíduos não representava nenhum tipo de
problema, pois essas populações eram pequenas e os resíduos, que na sua maioria eram
constituídos por despojos de caça e restos da preparação de alimentos, não constituíam um
problema, pois eram rapidamente decompostos por microrganismos e facilmente
reabsorvidos (Plano Nacional para o Saneamento Básico - PNSB, 2010).
Com o desenvolvimento das sociedades nasce a revolução industrial que viria contribuir
positivamente para o desenvolvimento económico e industrial, mas em simultâneo
aumentaria o problema da gestão de resíduos - agora em maior quantidade e com novas
características (Cruz, 2005).
Os dados da primeira lixeira municipal remontam à antiga Grécia, por volta do ano 500 a.C.,
onde os resíduos apanhados eram depositados a mais de um milha de distância das fronteiras
da cidade de Atenas (Martinho & Gonçalves, 2000).

2.2. Conceitos de Resíduo


Um conceito generalizado é que resíduos “lixo”, são substâncias, produtos ou objetos que
foram utilizados ou consumidos e que já não são necessários; São todos os resíduos
resultantes da atividade humana e animal, que normalmente são sólidos e são descartados
como inúteis ou indesejados. Devido às suas propriedades intrínsecas, os materiais rejeitados
são muitas vezes reutilizáveis e pode ser considerado um recurso para outra atividade
(Tchobanoglous. et al, 1993 cit in Correia, 2012);
Resíduos é um conjunto de materiais de que o seu possuidor pretenda ou tenha necessidade
de se desembaraçar, podendo compreender o que resta de matérias primas após a sua
utilização e que não possa ser considerado subproduto ou produto (Decreto Lei nº 14/97, de 1
de Julho, Cabo Verde).
2.3. Diagnostico de resíduos sólidos

A classificação dos resíduos sólidos é realizada de acordo com suas características ou


propriedades. A classificação é relevante para a escolha da destinação ambientalmente
adequada. Os resíduos podem ser classificados quanto: à natureza física, a composição
química, aos riscos potenciais ao meio ambiente e ainda quanto à origem. A legislação
vigente de classificação de resíduos é aplicada, por exemplo, aos resíduos industriais, de
saúde, de construção civil e os radioativos.

2.3.1. O que é caracterização dos resíduos sólidos


Muitas empresas encontram dificuldade para realizar o gerenciamento adequado de seus
resíduos devido a enorme quantidade produzida e a questão relativa a composição dos
materiais.
Antes da destinação final, todo resíduo deverá ser caracterizado e classificado
apropriadamente para evitar danos ao meio ambiente e a saúde do ser humano.
A caracterização de resíduos tem papel importante nessa etapa ao determinar os principais
aspectos físico-químicos, biológicos, qualitativos e/ou quantitativos do resíduo gerado, pois
estes aspectos analíticos auxiliam na classificação do resíduo para a escolha da melhor
destinação. Conhecer o passo a passo para realizar a caracterização do resíduo é essencial
para a gestão correta de resíduos.

2.3.2. Sistema de Coleta e Transporte

Define como coleta domiciliar ou convencional aquela destinada ao recolhimento dos


resíduos provenientes das residências, estabelecimentos comerciais e indústrias,
diferentemente da coleta de resíduos oriundos da varrição de ruas, praças e calçadas, bem
como, da coleta de feiras e praias, e por fim, da coleta de resíduos de serviços de saúde.
De acordo com Monteiro (2001), o sistema de coleta e transporte consiste no conjunto de
operações de carga, transporte e descarga. Inicia com a coleta dos resíduos na parte externa
das edificações até a descarga pelos veículos coletores no local de tratamento ou disposição
final.
O planejamento do transporte deve ser feito rota por rota. Para tanto, são informações
relevantes, os fluxos nas diversas ligações da rede, o nível de serviço atual e o desejado,
características ou parâmetros sobre a carga (peso, volume, dimensões da carga e do veículo,
periculosidade) e tipos de equipamentos disponíveis.
Na opinião de Monteiro (2001), a coleta deve ser realizada por veículos especialmente
construídos para essa finalidade. No caso de estações de transferência ou transbordo, tais são
necessárias quando o deslocamento de transporte ao lugar de tratamento é superior a 15- 20
km ou são produzidas quantidades consideráveis.

2.3.3. Tratamento e Disposição Final dos Resíduos Sólidos

De acordo com Monteiro (2001), entende-se por tratamento e disposição de resíduos o


conjunto de operações destinadas a sua eliminação ou reaproveitamento. Na opinião do autor,
os sistemas mais comumente empregados são o aterro sanitário, a incineração, a reciclagem e
a compostagem. Embora o lixão represente ainda a forma de disposição final predominante
no país, os vazadouros a céu aberto representam somente o abandono do lixo.
Martinho & Gonçalves (2000) afirmam que o confinamento é a operação terminal de todo o
sistema de gestão dos resíduos sólidos e pode assumir diversas modalidades. Os autores
salientam que os esforços de redução, reutilização, reciclagem e incineração podem
minimizar a quantidade de resíduos. Contudo, sempre permanecem residuais que necessitam
ser corretamente destinados.
Lima (2001) assegura que há várias formas de tratamento e cita os principais: incineração,
compostagem, aterro sanitário, aterro controlado e sistemas de tratamento de líquidos
percolados (chorume).

2.3.4. Incineração, reciclagem e compostagem.

Monteiro (2001) afirma que a compostagem pode ocorrer de forma aeróbia ou anaeróbia. A
decomposição ocorre de forma natural, ao ar livre, ou acelerado em digestores. O tempo de
duração é de três meses e 45 dias, respectivamente. O produto obtido é uma substância de cor
marrom escura, denominado composto ou húmus. A compostagem compreende o processo
biológico de decomposição da matéria orgânica contida em restos de origem animal ou
vegetal. O produto final pode ser aplicado ao solo para melhor suas características, sem
quaisquer riscos ao meio ambiente.
Quanto às vantagens desse processo, cita-se a economia de aterro, o aproveitamento agrícola
da matéria orgânica, a reciclagem de nutrientes para o solo, além de ser ambientalmente
seguro. (Lima, 2001 e Monteiro et al, 2001).

2.4. Educação Ambiental


Segundo MICOA (2010), a educação ambiental constitui um processo destinado a ampliar a
consciência pública sobre as questões ambientais através dos meios de comunicação de
massas (jornais, revistas, rádio e televisão e internet). Inclui-se também cartazes, folhetos,
boletins informativos entre outros. Segundo Brasil & Santos (2007), a educação ambiental é a
formação de um ser íntegro, capaz de reconhecer-se como parte do mundo e de se relacionar
harmonicamente com ele. A educação ambiental propõe o desenvolvimento de cidadãos
críticos e reflexivos capazes de actuar de maneira diferente com a natureza e com os demais.
Ademais a educação ambiental tem uma grande importância nesse cenário, pois só assim se
pode exercer a autoridade de um povo e provocar mudanças que contribuam para o bem-estar
do mundo em que se vive.
De acordo com MICOA (2010), a educação ambiental classifica-se em dois tipos: educação
ambiental formal e educação ambiental não formal.

 Educação ambiental formal


Aquela que se desenvolve de forma estruturada e dentro do sistema formal de ensino,
através da inclusão de termos, conceitos e noções sobre ambiente nos planos
curriculares. Aliás, constitui um processo destinado a ampliar a consciência pública
sobre as questões ambientais através dos meios de comunicação de massa (jornais,
revistas, rádio, televisão e internet). Inclui-se ainda cartazes, folhetos, boletins
informativos entre outros.

 Educação ambiental não formal


A que é desenvolvida de forma semiestruturada dentro e fora do sistema de ensino,
através de actividades como: palestras, seminários, acções de capacitação e
demonstrativas (criação de clubes nas escolas, jornadas de limpeza, plantio de
árvores, actividades culturais e desportivas) e programas comunitários (criação de
associações, núcleo e comités).
2.5. Gestão de Resíduos
De acordo com o Decreto nᵒ 13/2006, de 15 de Junho, no seu artigo 1 sobre o Regulamento
de gestão de resíduos em Moçambique, a gestão de resíduos são todos os procedimentos
viáveis com vista a assegurar uma gestão ambientalmente segura, sustentável e racional dos
resíduos, tendo em conta a necessidade da sua redução, reciclagem e reutilização, incluindo
também a separação, recolha, manuseamento, transporte, armazenagem e/ou eliminação de
resíduos bem como a posterior protecção dos locais de eliminação, por forma a proteger a
saúde humana e o ambiente contra os efeitos nocivos que possam advir dos mesmos
(Conselho de Ministros, 2006).

2.5.1. Resíduo sólido


Funasa (2006) define resíduo sólido como os materiais heterogéneos, (inertes, minerais e
orgânicos) resultantes das actividades humanas e da natureza, os quais podem ser
parcialmente utilizados, gerando, entre outros aspectos, protecção à saúde pública e economia
de recursos naturais.

2.6. Colecta Seletiva


A coleta seletiva de materiais recicláveis e a reciclagem promovem a redução dos resíduos e
a racionalização de sua disposição e contribuem de forma direta com a sustentabilidade
urbana e a saúde ambiental e humana, aqui fica mais clara a função ou contribuição dos
catadores.
Embora a proposta da legislação moçambicana vise buscar um desenvolvimento sustentável
para todos, há de imediato vários interesses em conflito, como, por exemplo, em relação à
responsabilização das empresas no destino dos resíduos e a promoção de projetos de coleta
seletiva por parte do município (BUQUE, 2013 ,p. 41).
Segundo esta autora essa é uma questão que desafia a capacidade de regulação do município
na articulação entre interesses privados e coletivos, mas também este assunto de resíduos
sólidos abre possibilidades de formulação de políticas públicas que reduzam os impactos
sobre o meio ambiente e promovam inclusão social e geração de renda. Em Moçambique,
com a lei 2/97, de 18 de fevereiro – Lei das Autarquias Locais- que consagra o quadro
jurídico-legal para a implantação das autarquias locais, estabelece que é competência do
município legislar sobre assuntos de interesse local. Em seu artigo 6, esta lei estabelece que
as autoridades municipais são as que se encarregam de garantir os trabalhos de limpeza
urbana da sua área de jurisdição.

2.6.1. As formas mais comuns de coleta seletiva


 Coleta porta-a-porta e a coleta por Pontos de Entrega Voluntária (PEVs);
 Coleta porta-a-porta pode ser realizada tanto pelo prestador do serviço público de
limpeza;
 Coleta por associações ou cooperativas de catadores de materiais recicláveis.

2.6.2. Como funciona a colecta seletiva

Para ter sucesso na implantação de um projeto de coleta seletiva é importante ter


planejamento, verificar e promover parcerias com fornecedores para reaproveitamento dos
resíduos. É relevante também o treinamento periódico de educação ambiental para ter uma
equipe envolvida com a causa.
2.6.3. Passo a passo de implantação de projeto de coleta seletiva
Para implantar qualquer projeto que seja, é necessário seguir basicamente três fases:
planejamento, implantação e manutenção.

2.7. Planejamento
É preciso envolver os colaboradores. Este é um passo importante para o sucesso, pois as
pessoas estarão sensibilizadas com a realização deste trabalho e, portanto se envolverão de
forma construtiva.
Depois é essencial se informar melhor sobre os resíduos gerados:
 Número de colaboradores;
 Quantidade diária de resíduos gerados;
 Quais os tipos de resíduos são compostos e porcentagem de cada um (papel, alumínio,
plástico, vidro, orgânicos e perigosos);
 Qual a logística dos resíduos-desde onde é gerado até onde fica acumulado para a
coleta;
 Identificar se alguns materiais já são coletados separadamente;
 Onde serão encaminhados os resíduos;
 Verificar os pontos necessários para a disposição adequada dos coletores;
 Observar sobre os procedimentos de limpeza e coleta dos resíduos.

Conhecimento das características locais:


 Levantar quais os recursos materiais existentes (tambores, latões e outros que possam
ser reutilizados);
 Quem faz a limpeza e a coleta normal do lixo (quantas pessoas);
 Rotina da limpeza- será realiza a limpeza e a coleta (horário e frequência);
 Instalações físicas- locais para armazenagem e intermediários (andares, esquinas ou
pontos de coleta);
 Quem são e quantas pessoas farão a limpeza e coleta do lixo;
 Rotina da limpeza- como é feita a limpeza e a coleta (frequência e horários).
2.8. Parceiros
Para a recolha de resíduos sólidos ao nível da comunidade os potencias parceiros e o
conselho municipal e alguns empresários e empresas e cooperativas locais.

2.9. Alternativas para coleta e disposição final de resíduos sólidos na Beira


A preocupação com a destinação ambientalmente correta dos resíduos sólidos urbanos tem
sido alvo de inúmeras discussões e em meio a tantas tecnologias e alternativas que surgem a
todo o momento, qual deve ser adotada para a realidade de cada município? Esta é a dúvida
que tem consumido muitos governantes e gerando muitos impactos ao meio ambiente.
O saneamento ambiental contempla os serviços de abastecimento de água, esgotamento
sanitário, resíduos sólido, drenagem urbana e o controlo de vectores. Atualmente os
indicadores mostram que a situação dos municípios brasileiros é precária neste assunto, muito
embora o acesso a estes serviços seja razoável na área urbana, nas áreas rurais o que se
observa é uma realidade muito preocupante.

2.10. Alternativas e tecnologias disponíveis


Segundo Mota (2004), um sistema de gestão de resíduos sólidos urbanos é constituído por
diferentes componentes que interagem entre si e causam mudança no conjunto. Assim, todas
as etapas do processo de geração, acondicionamento, coleta, transporte, tratamento e
disposição final e devem ser abordadas como um modelo de gestão ambiental.
Na Europa, restrições ao aterramento de resíduos, têm levado ao desenvolvimento de
tecnologias para o tratamento de resíduos urbanos que, no caso da geração de produtos e
subprodutos, estes possam ser aproveitados para a geração de energia ou de calor, como
matéria prima ou ainda, disposta como rejeitos de processo de forma adequada e com
segurança. Estas tecnologias incluem a compostagem, a digestão anaeróbia, a pirólise, a
gaseificação e a incineração em combinação com a coleta com separação na fonte e a triagem
manual ou mecânica. Um dos tratamentos que mais tem evoluído nos últimos 15 anos,
principalmente na Europa, é a digestão anaeróbia (REICHERT, 2005).
A disposição final deve ser reservada para os casos em que se esgotaram as possibilidades
de não geração, reaproveitamento ou reciclagem do material a ser descartado. Para essas
situações, torna-se pertinente verificar para qual tipo de aterro sanitário os resíduos serão
encaminhados.

2.11. Como fazer a disposição ambientalmente adequada


Ao pensar na forma adequada de disposição final de resíduos, é preciso considerar que o
primeiro passa para agir de forma ambientalmente correta, é buscar a não geração de
qualquer forma de resíduo.
A disposição final deve ser reservada para os casos em que se esgotaram as possibilidades de
não geração, reaproveitamento ou reciclagem do material a ser descartado. Para essas
situações, torna-se pertinente verificar para qual tipo de aterro sanitário os resíduos serão
encaminhados.

2.11.1. Aterro comum


O primeiro deles é o aterro comum ou lixão, que são áreas sem nenhum tipo de proteção ao
meio ambiente, portanto, inadequadas para receber qualquer tipo de resíduo. Infelizmente, em
muitas cidades do país, essa ainda é a única forma de disposição final de resíduos.

2.11.2. Aterro controlado


Trata-se de um aterro comum com algumas adaptações para diminuir o impacto ambiental de
um lixão. Apesar disso, aterros controlados continuam sendo uma forma inadequada de fazer
a disposição final, sendo utilizados apenas como última alternativa por municípios que não
possuem outra forma de dispor seus resíduos.

2.11.3. Aterro sanitário


É construído utilizando técnicas de impermeabilização do solo e sistema de coleta de gases e
chorume, que evitam a contaminação do meio ambiente, o que faz dele um lugar adequado
para a disposição final de resíduos.
Os aterros sanitários recebem resídua classe II. Os resíduos perigosos, que são classe I,
devem ser encaminhados para aterros industriais, que estão preparados para receber esse tipo
de material.
3. Conclusão
Concluindo, nota-se, infelizmente, que muitos dos municípios em Moçambique ainda estão
sujeitos à exposição de resíduos sólidos urbanos a céu aberto. Estes são expostos
incorretamente o que tem representado um aspecto negativo para o meio ambiente e para a
saúde humana. Face às atuais condições degradantes da deposição de resíduos sólidos
urbanos a céu aberto, é importante mencionar que os desafios da educação ambiental na
cidade da Beira vão de encontro com a elaboração de uma proposta feita ao governo
municipal na formulação de medidas que promovam a maior consciencialização da
população, o que se torna essencial para o aprimoramento da gestão dos resíduos sólidos.
Além disso, a elaboração de projetos de educação ambiental nos pontos turísticos e na
conformidade de procedimentos que evidenciem a sustentabilidade residual, turística e social
da cidade Beira, pode ser, também, uma importante ferramenta para melhorar os níveis de
educação ambiental em Beira.
4. Referencias Bibliográficas
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