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O Produto

O INOVATEC ECO BIO é uma solução totalmente natural. Mistura concentrada e balanceada
de microorganismos não patogênicos (não causam doenças diretas ou indiretas em animais ou vegetais
– produtores de enzimas hidrolíticas, dispersos numa carga orgânica (farelo de cereais) associada a um
estabilizante (cloreto de sódio - NaCl)). Não é tóxico ou corrosivo, sendo absolutamente seguro o seu
uso doméstico e institucional.
Composição:
Os microorganismos cultivados e concentrados, presentes na formulação do ECO BIO, não
apresentam nenhuma modificação genética (técnica de DNA recombinante), e distribuem-se
naturalmente no solo e na água, mas não na alta concentração apresentada no nosso produto, são
bactérias não patogênicas (não transmitem doenças diretas ou indiretas em animais ou vegetais –
terrestres ou aquáticos).
Composição ( por grama ):
Farelo de trigo. ............................................................................................. 0,79
Cloreto de Sódio. .......................................................................................... 0,21
Bacillus subitilis, licheniformis, amyloliquefaceans e polymyxa, Pseudomonas
fluorescens e putida - nunca inferior a 1,6x108 de UFC por grama
OBS: UFC = unidades formadoras de colônias.

Características do Produto:
É estável e de longa vida.
Não é tóxico e corrosivo
É seguro em seu uso.
É benéfico ao meio ambiente.
É livre de Salmonela e demais microorganismos patogênicos.
Aparência de pó seco e granulado de cor creme.
O pH dessa mistura quando reidratada tem o pH entre 6 ½ e 7 ½, dependendo da concentração.
Temperaturas entre 25Cº e 35Cº, propiciam sua máxima eficiência.
pH de trabalho 5 a 9,5
Temperatura de trabalho de 5 ºC a 60 ºC.

Apresentação:

Tambores com 15 ou 20 Kg cada

Condições de armazenagem:
Guarde o INOVATEC ECO BIO em local seco, sob sombra e em temperatura inferior a 40ºC.

Validade do produto:
Por dois anos, após a data de fabricação, desde que respeitadas as condições de
armazenagem. Após este período, o produto perde aproximadamente 30% de eficiência ao ano.
Aplicações em Residências

Pode ser aplicado diretamente nos vasos sanitários e ralos, ou ser diluído em água antes de ser
aplicado.

Modo de aplicar:

Para encanamentos fossas e sumidouros semi-entupidos e ou exalando mau cheiro: despejar


diretamente no vaso sanitário 1 copo (± 120 g) de ECO BIO e dar descarga.
Repetir a dosagem após 15 dias. Superado o problema, usar meio copo (± 60 g) a cada 30 dias.

Para Caixas de Gordura entupidas: retirar mecanicamente a placa de detritos que cobrem a
caixa e em seguida, despejar com água corrente no ralo da pia, 6 colheres de sopa de ECO BIO.
Posteriormente, 1 colher de sopa por semana.

Para eliminar apenas o mau cheiro de pias, ralos e vasos sanitários: diluir 2 colheres de sopa
de Norklin ECO BIO para cada ralo, em um recipiente com 5 litros de água e derramar lentamente
pelas paredes do ralo para proporcionar um maior contato do produto com os dejetos presentes. Para o
vaso sanitário basta colocar duas colheres de sopa diretamente no vaso e acionar a descarga.
Uma nova aplicação só se fará necessária quando reaparecer o mau cheiro.

Nota: - Ao se aplicar o ECO BIO, através dos ralos e vasos sanitários, estaremos também
promovendo a limpeza de todas as tubulações de esgoto da residência.
- O ECO BIO não interfere no uso normal do sistema sanitário da residência.

Aplicações em Edifícios
O ECO BIO pode ser aplicado diretamente nos vasos sanitários e ralos, ou ser diluído em água
antes de ser aplicado.

Modo de aplicar:

Para Encanamentos, Fossas e Sumidouros semi-entupidos e/ou exalando mau cheiro:


despejar diretamente no vaso sanitário, de preferência nos apartamentos do primeiro andar, o
equivalente a (± 120 g) de ECO BIO, por apartamento e acione a descarga.
Nos outros andares, usar 60gr. de ECO BIO por apartamento, com intervalos de uma semana,
entre as aplicações nos demais andares, evitando assim o desprendimento de placas de gordura ao
mesmo tempo, o que provocaria um entupimento temporário.

Para Caixas de Gordura de apartamentos entupidas: Retirar mecanicamente as placas de


detritos que normalmente cobrem a caixa, despejando 6 colheres de sopa de ECO BIO com água
corrente no ralo da pia. Posteriormente, aplique 1 colher de sopa, uma vez por semana.

Para a Caixa de Gordura Geral do Edifício, isto é, quando o edifício tem uma caixa de gordura
para todo o prédio: Retirar mecanicamente as placas de detritos que normalmente cobrem o esgoto,
diluir o equivalente a 20gr. de ECO BIO por apartamento e derramar na caixa de gordura.
Posteriormente aplique o equivalente a 10g. por apartamento uma vez por semana.

Para eliminar apenas o mau cheiro de ralos e vasos sanitários: diluir 2 colheres de sopa de
ECO BIO em um recipiente com 5 litros de água e derramar pelas paredes do ralo, para proporcionar
um maior contato do produto com os dejetos presentes nas paredes. Para vaso sanitário, basta colocar
duas colheres de sopa diretamente no vaso e acionar a descarga.
Uma nova aplicação só se fará necessária quando reaparecer o mau cheiro.
Nota: - Ao aplicar ECO BIO, através dos ralos e vasos sanitários, estaremos também
promovendo a limpeza de todas as tubulações de esgoto do edifício.

O ECO BIO não interfere no uso normal do sistema sanitário da residência

Aplicações em Restaurantes, Bares e Similares


O ECO BIO pode ser aplicado diretamente nos vasos sanitários e ralos, ou ser diluído em água
antes de ser aplicado.

Modo de aplicar:

Para Encanamentos, Fossas e Sumidouros semi-entupidos e/ou exalando mau cheiro:


Despejar diretamente no vaso sanitário o equivalente (± 500 g) de ECO BIO para cada 1400
refeições/mês e dar a descarga.

Posteriormente, aplicar metade da dose uma vez por semana.

Para Caixas de Gordura de Restaurantes: Remover mecanicamente a placa de detritos que


normalmente cobre a caixa, diluir em um recipiente limpo o equivalente a 20g de ECO BIO para cada
100 refeições/dia servidas e derramar nos ralos das pias da cozinha, promovendo assim também a
limpeza da tubulação até a caixa de gordura.

Posteriormente, aplique 10g de ECO BIO para cada 100 refeições/dia uma vez por dia.

As aplicações devem ser feitas diariamente, após o encerramento do expediente na área de


trabalho (cozinha), isto permitirá que os microorganismos tenham um contato maior com os dejetos sem
muita interferência e os detergentes usados estarão mais dissolvidos (menos concentrados) no sistema.

Para eliminar apenas o mau cheiro de ralos e vasos sanitários: diluir 2 colheres de sopa de
ECO BIO para cada ponto, em um recipiente com 5 litros de água e derramar lentamente pelas paredes
do ralo, para proporcionar um maior contato do produto com os dejetos presentes. Para o vaso
sanitário, basta colocar 2 colheres de sopa de ECO BIO diretamente no vaso e acionar a descarga.
Uma nova aplicação só se fará necessária quando reaparecer o mau cheiro.
Nota: - Ao aplicar o ECO BIO, através dos ralos e vasos sanitários, estaremos também
promovendo a limpeza de todas as tubulações de esgoto do edifício.

Aplicações em Canis
Para eliminar o mau cheiro de ralos e do piso dos canis: Diluir 3 colheres de sopa de ECO BIO,
em um recipiente com 5 litros de água e derramar lentamente pelas paredes do ralo, a fim de
proporcionar um maior contato do produto com os dejetos presentes. Para o piso, espalhar a solução
por todo o recinto e deixar secar.

Recomendamos que a aplicação seja feita no fim da tarde, de forma que o calor e a luz solar não
afetem a eficiência do produto.
Uma nova aplicação só se fará necessária quando reaparecer o mau cheiro.

OBS: Os animais não precisam ser retirados do recinto, visto que o produto não prejudica os
animais, mesmo se ingerido.
Aplicações em Estações de Tratamento e Efluentes (ETE´s) Públicas e Privadas.
Para se obter uma boa eficiência do produto devem-se observar os seguintes aspectos:
• O pH do sistema deve estar entre 5 e 9, pois estes microorganismos têm sua máxima
eficiência nessa faixa de pH.
• Acompanhar o DBO de entrada e saída do sistema, pois verifica a eficiência de remoção ou
transformação da matéria orgânica do processo.
• Acompanhar a temperatura de entrada e saída do sistema, pois em sistemas onde a
temperatura é abaixo de 15 graus Cº a atividade microbiana é mais lenta e pode até
paralisar.
• Verificar o tempo de retenção do sistema. Isto é muito importante, pois plantas de tratamento
com tempo superior a 20 dias são as de custo/benefício melhores, isto é, necessitam de
quantidade menor de bactérias.

Devido á grande complexidade e das muitas variáveis que interagem nas lagoas, não existe uma
fórmula matemática fácil de aplicar para se determinar a quantidade necessária para se obter um bom
resultado. Portanto se faz necessário partir de experimentos, ou seja, tentativas de acertar.

Calcula-se o volume da lagoa mais a quantidade que entra semanalmente no sistema, uma vez
determinado o volume em m3 multiplique por 0,008, assim teremos a quantidade em quilos a ser
aplicada na primeira vez do ECO BIO.

Coloca-se o produto em um tambor com água limpa e aproximadamente 30% de água da lagoa
deixando em repouso por aproximadamente uma hora. Despejar essa mistura na entrada do sistema e
espalha-lo pela lagoa, inclusive nos pontos mortos da mesma.

Importante:

1. Não usar recipientes que contenham resíduos de medicamentos, venenos, cal hidratada, cloro e
outros.
2. A água de estar entre 20 e 30ºC de temperatura (para evitar o choque térmico).
3. Para cada kg de ECO BIO diluir no mínimo em 20 litros de água.

Nas semanas seguintes a dosagem se calcula apenas pelo volume de entrada em m3 por 0,005,
assim teremos as quantidades em quilos a serem aplicadas por semana do ECO BIO.

Pela análise do comportamento da DBO saberemos da eficiência que a aplicação está tendo e é
o que vai determinar se devemos aumentar ou diminuir a dosagem do ECO BIO.

Observações a serem feitas na lagoa;

Após uma semana da aplicação se notará que a água da lagoa terá um aumento de bolhas que
são resultados da liberação de CO2 pelos microorganismos e inicialmente também poderá aumentar a
quantidade de sobrenadantes, o mesmo acontecerá com a DBO.

Após a 3ª semana os sobrenadantes, a DBO e DQO têm um decréscimo substancial assim


como a contagem de coliformes fecais e totais, bem como a amônia e gases sulfídricos, maiores
fontes de odores desagradáveis, serão reduzidos á medida que a atividade microbiana aumenta.

Turbidez: antes do tratamento a água é turva e a coloração vai do preto ao verde, com o
tratamento a água apresenta uma coloração marrom clara e muito pouca turbidez.
O uso regular do ECO BIO produz os seguintes benefícios:

• Melhora os níveis de DBO e outros parâmetros do efluente final.


• Reduz o volume de lodo e os sobrenadantes.
• Reduz ou elimina os maus odores.
• Incrementa eficiência de processo nos sistemas de tratamento.
• Reduz ou elimina as extrações mecânicas e manuais.
• Restaura o fluxo das áreas de drenagem e filtração.
• Reduz as bactérias patogênicas.
• Reduz ou elimina a contaminação do solo e corpos de água.
• Reduz custos de manutenção e ampliações.

Nos matadouros, onde também há poços de descarte de carcaças, deve-se usar o ECO BIO na
proporção de 7gramas por m3 (por quinzena) para acelerar a decomposição aumentando dessa maneira
a vida útil deste poço e também reduzindo a contaminação do lençol freático.

OBS: As dosagens aqui indicadas são apenas de orientação, podendo ser alteradas conforme
necessidades específicas.
- Em caso de usar-se uma dosagem maior do que a recomendada, a conseqüência
provável será somente a aceleração dos resultados, sem causar danos ao sistema, visto que
haverá uma quantidade maior de bactérias para degradar os dejetos.
- Nos casos de dosagens menores do que a recomendada, teremos também os resultados
esperados, somente o tempo de resposta será maior do que o previsto.
Aplicações na Suinocultura
Metodologia de Aplicação:

Modo de preparo:

Diluir o produto em água morna deixando em repouso por 1 hora, coar o preparado,
pulverizando a baia com regador ou pulverizador costal (não utilizar bombas de alta pressão). Os restos
sólidos do produto coado deverão ser aplicados nas canaletas e/ou esterqueiras.

Modo de aplicar:

Maternidade

Usar 2 gramas de ECO BIO, dissolvendo em ½ litro de água por matriz, pulverizando as partes
úmidas da cela a cada 7 dias.

Creche e Terminação (engorda)

Aplicar 200 gramas de ECO BIO, dissolvido em 80 litros de água para 300 animais, pulverizando
as partes úmidas das baias a cada 7 dias.

Importante:

• Evitar o uso de recipientes que contenham resíduos de medicamentos, venenos, cal hidratada,
cloro e outros.
• Estas dosagens são de orientação, elas poderão ser adequadas conforme necessidade.

Como se processa e quais são os benefícios.

Com a inoculação das bactérias benéficas do ECO BIO, se produz uma concorrência pelos
substratos, provocando a exclusão das bactérias indesejáveis para os animais, tais como a Escherichia
Colli, Coliformes fecais e propicia um sinergismo com as bactérias naturais.
Por esse processo de exclusão competitiva, se obtêm também uma drástica eliminação das bactérias
geradoras de gás sulfídrico e amônia, provenientes da decomposição por meio das bactérias e dos
aminoácidos.
O amoníaco é produzido no esterco, durante a conversão do nitrogênio da uréia em nitrato,
sendo seu processo: uréia  amoníaco  nitrito  nitrato.

Neste ciclo se produz a oxidação do amoníaco em nitrito. Porém esta reação é lenta e inibida
pela temperatura, pH, etc. , quando a uréia se converte em amoníaco, mais rápido que a conversão de
amoníaco em nitrato, o excesso de amoníaco se libera no ar.
Com a incorporação das bactérias benéficas do ECO BIO, o ciclo do nitrogênio é acelerado, ou
seja, a transformação do amoníaco da uréia em nitrato é acelerada, impedindo dessa maneira a
liberação do amoníaco. Este processo reduz em cerca de 80% da amônia no ambiente. Este gás é
altamente irritante para o sistema respiratório dos animais, predispondo-os ao desenvolvimento de
enfermidades respiratórias. Seus benefícios mais imediatos são: melhoria do ambiente, redução do
stress, redução das doenças respiratórias, melhoria da conversão alimentar, redução da mão de obra e
da preocupação do criador.

A acumulação dos dejetos e seu destino, tem sido uma grande preocupação aos criadores e
ambientalistas, que somente é resolvido com o uso regular do ECO BIO, que é composto de bactérias
facultativas, que em condições propícias, isto é, temperatura, pH, nutrientes, etc... Degradam os dejetos
de forma acelerada, podendo-se observar sua atividade, já nos primeiros dias, pelo aumento das
borbulhas na superfície da lagoa, redução considerável dos maus odores e a cor da lagoa, começa a
mudar de negra para cinza, sendo esta uma prova de que o metabolismo do sistema é saudável e
eficiente.

A maneira de se quantificar esta atividade cientificamente, é através da realização de diferentes


análises físico-químicas, entre distintos períodos, para se obter e comparar os diferentes níveis de
DQO, DBO, súlfuros e biológicos completos, entre outros, nos quais se visualizará a produção de
melhoras na qualidade da água, quando a biomassa for aumentada.

Aproximadamente 30 dias após, o uso do produto, se notará que o conteúdo das lagoas e
esterqueiras, estará mais líquido, não havendo mais formação de crostas na superfície e redução das
existentes. O bombeamento dos dejetos é mais fácil, pois não haverá entupimentos nos encanamentos
e os dejetos já estarão humificados, com baixíssimas quantidades de bactérias nocivas para a aplicação
na agricultura.

Reduzindo-se assim os custos de compra de adubo e ao mesmo tempo dando fim aos dejetos
sem poluir o meio ambiente.

Resumo das vantagens:

1- Para a Baia:
• Redução na emissão de amônia (mau cheiro) em mais de 80%.
• Ambiente menos contaminado.
• Redução das moscas que são atraídas pelo mau cheiro.
• Economia de água e energia elétrica.
2- Para os Suínos:
• Redução significativa da tosse, rouquidão e diarréia.
• Com menor incidência de doenças, haverá redução nos gastos com remédios.
• Animais menos estressados, mais calmos e sadios.
• Melhora na conversão alimentar.
• Melhora nos índices zootécnicos de produtividade.
3- Para o criador:
• Redução do trabalho, pois haverá menos problemas.
• Redução da insalubridade, pela redução dos gases.
• Haverá melhora na manutenção dos equipamentos e no controle da criação, pela possibilidade
de o operador poder permanecer mais tempo dentro do galpão.
• Haverá melhora no rendimento financeiro por lote.
4- Para o meio ambiente e a destinação dos dejetos:
• Adequação de eliminação dos dejetos aos parâmetros da legislação.
• Redução da contaminação do solo e corpos de água.
• Redução do consumo de água.
• Aumento da vida útil das lagoas e esterqueiras.
• Lucro com o uso e/ou venda do adubo produzido.

Conclusão final:

O uso de microorganismos tem se convertido em um importante colaborador dentro de um


sistema de criação intensiva de animais, pois, se considerarmos os fatores acima mencionados
veremos que eles incidem diretamente no custo e viabilidade da criação de suínos, de forma
ecologicamente correta.
Aplicações na Avicultura
Aplicação em aviários de frango de corte:
Esta metodologia foi configurada para um aviário de 12.000 aves de corte. Para outras
quantidades, as dosagens deverão ser proporcionais.
1º Aplicação - Antes de instalar os pintinhos, aplicar 1 kg de ECO BIO sobre acama.
2º Aplicação - Na abertura do lote, aplicar 1,5 kg de ECO BIO sobre a cama.
3º Aplicação - Aos 30 dias, aplicar 1 kg de ECO BIO sobre a cama.
As dosagens informadas são apenas de orientação, podendo ser alteradas conforme
necessidade.

Preparo e aplicação:
Dissolver em 80 litros de água morna e limpa, a quantidade de produto recomendada, deixando-
a em repouso por até 1 hora. Coar o preparado e regar o aviário de forma homogênea.

Importante:
Para aplicar o produto, recomendamos o uso de regador, pulverizador costal, ou bombas de
água de baixa pressão.

Evitar o uso de recipientes que contenham resíduos de medicamentos, venenos, cloro e outros.

Aplicação em Aviários de Poedeiras, Frangos, Perus e Codornas.


Aplicar 2 gramas de ECO BIO por m² em um recipiente com água morna e limpa, suficiente para
regar toda a área.
Deixar a mistura em repouso por aproximadamente 1 hora antes da aplicação.

Aplicação em peruários de corte


Esta metodologia está dividida em duas fases da criação, sendo a 1ª fase (Iniciadores), a que
compreende perus de 1 a 30 dias e a 2ª fase (Terminadores), a que compreende perus de 30 dias até o
abate.
Iniciadores:
1ª Aplicação - Antes de instalar os pintainhos, aplicar 2 gramas por m2 sobre a cama. Repetir a
cada 7 dias.
Terminadores:
1ª Aplicação – Idem aos iniciadores. Repetindo a cada 14 dias.
As dosagens informadas são apenas de orientação, podendo, ser alteradas conforme
necessidade.

Preparo e aplicação:
Dissolver na proporção de 2 gramas de ECO BIO por 15 litros de água morna e limpa por cada
metro quadrado, deixando em repouso por até 1 hora. Coar o preparado e regar na cama do galpão de
forma homogênea.

Como se processa e quais são os benefícios?


Com a inoculação das bactérias benéficas do ECO BIO, se produz uma concorrência pelos
substratos, provocando a exclusão das bactérias indesejáveis para os animais tais como a Escherichia
Colli, Coliformes fecais, Salmonella enteriditis, Clostridium perfringis e propicia um sinergismo com as
bactérias naturais.
Por esse processo de exclusão competitiva, se produzem uma drástica redução das bactérias
geradoras de gás sulfídrico e amônia, provenientes da decomposição anterior por bactérias e
aminoácidos.
O amoníaco é produzido no esterco durante a conversão do nitrogênio da uréia em nitrato,
sendo seu processo: uréia  amoníaco  nitrito  nitrato.
Neste ciclo se produz a oxidação do amoníaco, que se transforma em nitrito. Porém esta reação
é lenta e inibida pela temperatura, pelo pH, etc..., quando a uréia se converte em amoníaco mais rápido
do que a conversão do amoníaco em nitrato, o excesso de amoníaco se libera no ar.
Com a incorporação das bactérias benéficas do ECO BIO, o ciclo do nitrogênio é acelerado, ou
seja, a transformação do amoníaco da uréia em nitrato é acelerada, impedindo dessa maneira a
liberação do amoníaco. Este processo reduz em cerca de 80% da amônia no ambiente. Este gás é
altamente irritante para o sistema respiratório dos animais, predispondo-os ao desenvolvimento de
enfermidades respiratórias. Seus benefícios mais imediatos são: redução do stress, das doenças
respiratórias, melhoria da conversão alimentar, redução da mortalidade, redução da mão de obra e da
preocupação do criador.

Resumo das vantagens:


1- Para o aviário:
• Redução da emissão da amônia em mais de 80%
• Ambiente menos contaminado.
• A cama fica mais seca e fofa, não formando aglomerados pisoteados.
• O manejo da cortina depende mais do clima e não da formação da amônia.
• Redução das moscas que são atraídas pelo mau cheiro.
2- Para as aves:
• Redução da mortalidade.
• Redução significativa da tosse, rouquidão e diarréia.
• Com a menor incidência de doenças, haverá redução nos custos com remédios.
• Um frango menos estressado, mais calmo e sadio.
• Há melhoria na conversão alimentar.
• Com o aumento do desempenho da criação, para um mesmo peso de abate, o tempo de
permanência da ave no aviário é menor.
• Incremento no peso corporal das aves.
3- Para o criador:
• Redução do trabalho, pois haverá menos problemas.
• Redução da insalubridade, pela redução dos gases.
• Melhoria na manutenção dos equipamentos e controle da criação, pela possibilidade de o
operador permanecer mais tempo no aviário.
• Melhoria do rendimento financeiro da criação.
4- Para o meio ambiente e a destinação da cama:
• É mais fácil retirar a cama do aviário, porque fica mais solta e ter muito menos gás.
• A cama pode ser usada de imediato como fertilizante, pois já estará humificada, ou servir de
alimento para animais.
• Os níveis de amoníaco encontrados na cama tratada ao final do 5º lote alcançam uma média de
10 a 12 ppm, enquanto que nas camas não tratadas, a média é de 105ppm.
Conclusão final:
O uso de microorganismos tem se convertido em um importante colaborador dentro de
um sistema de criação intensiva de animais, pois considerando os fatores acima mencionados,
veremos que eles incidem diretamente no custo e viabilidade da criação de aves, de forma
ecologicamente correta.
Aplicações na Piscicultura
Na piscicultura o problema mais freqüente encontrado nas lagoas é a poluição, principalmente
do fundo. Isto se deve ao processo da degradação microbiana natural ser muito lento em relação aos
restos de alimento e desperdícios que se acumulam no lago ou tanque de criação.

A amônia, sulfetos de hidrogênio, nitritos, nitratos, acidez e baixos teores de oxigênio


dissolvidos, são as maiores causas de doenças, baixo índice de desenvolvimento e mortalidade,
resultando grandes perdas econômicas ao criador.

O ECO BIO é a formulação ideal para degradar os alimentos não consumidos e as excretas dos
animais, fitoplanctons, zooplanctons e exoesqueletos mortos.

Instruções Para Uso:

Incubadoras: Inicialmente aplique 1g por m3 de água nos tanques de criação com fêmeas
grávidas e 0,25 g/m3 como dosagem nas aplicações semanais posteriores. Até o momento em que os
alevinos e os jovens são transferidos para a “enfermaria”

Enfermarias: Aplique 1g/m3 nos tanques ou lagos de enfermaria e 0,25g/m3 como dosagem nas
aplicações semanais subseqüentes, até o momento de transferir para as instalações de crescimento (e
engorda).

Tanques de Crescimento: Aplique de 0,004 a 0,006g/m3 inicialmente, para sistemas semi-


intensivos. Para sistemas intensivos, pode ser necessário aplicar de 0,02 a 0,11g/m3.
A dosagem de manutenção semanal deve ser de 0,004 a 0,022g/m3.

Observações:
1 - O melhor momento para aplicação é sempre depois das 16 horas. (menor incidência de luz
solar). Aplique o produto depois de qualquer troca de água no dia da aplicação.

2- A melhor maneira de preparar o ECO BIO é diluí-lo na proporção de 1Kg de produto para 10
litros de água do lago e deixar em repouso por aproximadamente 3 horas e espelha-lo pelo lago da
melhor maneira possível.

A determinação das quantidades e da freqüência das aplicações são baseadas em 3 parâmetros:


1- Qualidade da água que abastece o lago ou tanque.
2- Concentração de amônia, nitritos e nitratos.
3- Densidade populacional da criação.

Use equipamentos de teste para determinar esses valores. Caso os números comecem a
aumentar, aumente as dosagens. As adições de produto devem ser feitas de maneira a garantir uma
perfeita diluição e mistura. O método preferido de obter isso é fazer uma calda com 100 gramas de
ECO BIO por litro de água do tanque ou lago, devidamente agitada ou aerada por diversas horas, antes
da aplicação. O monitoramento continuado dos 3 parâmetros elencados acima é essencial. Por favor,
contate-nos, caso necessite de recomendações mais específicas para suas operações.
Tabela de orientação das dosagens de ECO BIO a serem aplicadas considerando:

Uma área de 10.000m2 e profundidade de 1m = 10.000m3


Essas quantidades são apenas de orientação, devendo ser alteradas conforme a qualidade da
água, espécie de peixe, densidade populacional, o tipo e quantidade de alimento fornecido ao sistema.

Dias de Densidade Densidade


cultura 1 a 3/m2 10 a 20/m2
-7° 30g 200g  7 dias antes do inicio da cultura
0º 30g 200g  Dia do inicio da cultura
7º 40g 300g  Semana seguinte ao inicio da cultura
14º 40g 300g
21º 60g 400g Benefícios:
28º 60g 400g • Remoção do H2S (gás sulfídrico), NH3 (amônia) e NO2
35º 60g 400g (dióxido de nitrogênio).
42º 90g 600g • Estimula a taxa de crescimento.
49º 90g 600g • Reduz a necessidade de troca de água.
56º 90g 600g • Acrescenta nutrientes viáveis para o crescimento dos
63º 120g 800g plânctons.
70º 120g 800g • Minimiza a acidez do lodo
77º 120g 800g • Ajuda a manter a boa qualidade da água.
84º 120g 800g • Melhora a conversão alimentar.
91º 120g 800g • Reduz o lodo do fundo.
98º 120g 1000g • Reduz a incidência de doenças.
105º 120g 1000g • Reduz o decréscimo de oxigênio dissolvido.
112º 120g 800g • Previne mudanças drásticas na bioquímica e nutrição que
118º 120g 800g podem reduzir o metabolismo normal dos animais.
128º 120g 800g
133º 120g 800g
140º 120g 800g
continua ......... ........
Total 1940g 14.000g
= 1,94Kg = 14 Kg
Aplicações na Pecuária
Modo de preparo:

Diluir o produto em água morna (20 a 40ºC), deixando em repouso por 1 hora, coar o preparado,
pulverizar os locais com regador ou pulverizador costal (Não utilizar bombas de alta pressão). Os restos
sólidos da coagem deverão ser aplicados nas canaletas e/ou esterqueiras.

Dosagem de aplicação:
Aplicar 100g. de ECO BIO a cada 100 m2 .
Repetir a aplicação a cada semana.

Aplicação:
Pulverize por toda a área dos currais, maternidades, sala de ordenha e outras, principalmente
áreas identificadas como úmidas e sombrias.

Use água suficiente para dispersar uniformemente a mistura sobre a área a tratar, sendo que,
em locais providos com canaletas coletoras, pulverize sobre toda a sua superfície.

Leve em conta que as aplicações recomendadas são de orientação As dosagens corretas para
cada caso, dependerão dos problemas peculiares de cada local, pois, quando se inicia o programa de
melhoria com o ECO BIO, deve-se levar em conta que alguns fatores influenciam diretamente nas
dosagens. Exemplo: a quantidade de água consumida, o número de animais e seu tamanho por um
determinado espaço, o tipo de alimentação e fatores climáticos.

Nossa recomendação é de que se aplique as dosagens recomendadas por 8 semanas, ou até


que o nível de controle seja alcançado. Depois, pode-se reduzir a dosagem em 20% e assim
sucessivamente, até a queda do nível. Nesse instante se recomenda aumentar a dosagem novamente,
para retornar aos níveis anteriores. Assim estará determinada a dosagem adequada para atingir o nível
de controle adequado com a melhor relação custo/benefício.

Como se processa e quais são os benefícios?


Com a inoculação das bactérias benéficas do ECO BIO, se produz uma concorrência pelos
substratos, provocando a exclusão das bactérias indesejáveis para os animais, tais como a Escherichia
Colli, Streptococcus agalactie, Staphylococcus aureus Enterobacter aerogenes, Pseudomonas
aeruginosa, Corynsbacterium pyogenes,Coliformes fecais e um sinergismo com as bactérias naturais.
Por esse processo de exclusão competitiva, se produz também uma drástica eliminação das bactérias
geradoras de gás sulfídrico e amônia, proveniente da decomposição por meio das bactérias e dos
aminoácidos.

O amoníaco é produzido no esterco, durante a conversão do nitrogênio da uréia em nitrato,


sendo seu processo: uréia  amoníaco  nitrito  nitrato.

Neste ciclo se produz a oxidação do amoníaco em nitrito. Porém esta reação é lenta e inibida
pela temperatura, pH, etc. , quando a uréia se converte em amoníaco, mais rápido que a conversão de
amoníaco em nitrito, o excesso de amoníaco se libera no ar.
Com a incorporação das bactérias benéficas do ECO BIO, o ciclo do nitrogênio é acelerado, ou
seja, a transformação do amoníaco da uréia em nitrato é acelerada, impedindo dessa maneira a
liberação do amoníaco. Este processo reduz em cerca de 80% da amônia no ambiente. Este gás é
altamente irritante para o sistema respiratório dos animais, predispondo-os ao desenvolvimento de
enfermidades respiratórias. Seus benefícios mais imediatos são: melhoria do ambiente, redução do
stress, redução das doenças respiratórias, melhoria da conversão alimentar, redução da mão de obra e
da preocupação do criador.

Resumo das vantagens:


1- Para o estábulo:
• Redução da emissão da amônia em mais de 80%
• Ambiente menos contaminado, portanto mais sadio.
• Redução das moscas que são atraídas pelo cheiro.

2- Para os animais:
• Com a menor incidência de doenças, haverá redução nos custos com remédios.
• Animais menos estressados, mais calmos e sadios.
• Aumento do desempenho de produção de leite, porque a incidência de mastite cai em 90%

3- Para o criador:
• Redução do trabalho, pois haverá menor ocorrência de problemas.
• Redução da insalubridade, pela redução dos gases.
• Melhoria do rendimento financeiro da criação.

4- Para o meio-ambiente e na destinação da cama:


• Os dejetos poderão ser usados de imediato como adubo, pois já estarão humificados.

Conclusão final:

O uso de microorganismos se converte em um importante colaborador dentro de um sistema de


criação intensiva de animais, pois se considerarmos os fatores acima mencionados, veremos que eles
incidem diretamente no custo e viabilidade da produção de leite, de forma ecologicamente correta.
Aplicações na Compostagem
Os materiais usados na produção de húmus podem ser divididos, de forma simplificada, em três
tipos.

Tipo 1 (Ricos em Nitrogênio): sobras de proteína animal, resíduos de peixes, sangue, vísceras,
detritos vegetais, estrume, lodo de fossa séptica ou qualquer detrito contendo mais de 14% de proteína.

Tipo 2 (Rico em Carboidratos): açúcares, cereais, grãos, aparas de frutas e legumes.

Tipo 3 (Ricos em Celulose): Palha de arroz, palha de aveia, e folhagens, aparas de papel,
aparas de capim, lascas de madeira dura, madeira macia muito velha, serragem (quando forem usados
detritos de madeira, evitar os de pinho ou outras madeiras resinosas).

Modo de preparar o material orgânico para compostagem:

Todos os materiais devem ser moídos ou picados tão fino quanto possível, de forma que
aumente a área de contato com as bactérias. Uma mistura dos três tipos de materiais em partes iguais
faz um composto quase ideal. Para se obter resultados ainda melhores, adicione dez quilos de
carbonato de cálcio e de 5 a 20 quilos de fosfato mineral para cada 100 quilos de mistura orgânica.
Nunca use cal, isto pode paralisar o processo.

Faça uma pasta aguada com estes produtos para se obter uma boa homogeneização da
mistura. Umedeça sem encharcar. Se ela ficar muito úmida, adicione mais material do tipo 3 para
absorver o excesso.

Dica de umidade ideal: Pegue uma porção da mistura com a mão e esprema com força. Ela
estará no ponto quando não pingar e nem ficar um bolo compacto que se esfarele facilmente.

Lembre-se de que é necessário ter em mente que o excesso de água, evita a penetração de ar
na pilha do composto, causando mau cheiro e uma indesejável condição ácida.

Métodos de compostagem:
Existem vários métodos, mas todos estão baseados no princípio fundamental de arejamento da
massa de material junto com um adequado grau de umidade.

Método da pilha: O material deverá ser empilhado sobre o solo, numa largura de 1,5 m por 1,0
de altura e num comprimento conveniente. Faça uma pasta bem aguada, quase uma "sopa" na
proporção de 1 kg de ECO BIO para cada 1000 kg de material para a compostagem. Distribua sobre a
pilha e misture bem. Para uma compostagem mais rápida, a pilha deverá ser revirada a cada 48 horas
por 10 dias.

Método no solo: Espalhe sobre o solo uma mistura de materiais orgânicos. A compostagem se
dará com menos trabalho, ainda que num ritmo bem mais lento do que o método anterior. Misture
ligeiramente o material com a terra, e molhe com água misturada com ECO BIO, na proporção de 120
g (1 copo) para 20 litros de água. Use água suficiente para molhar toda a camada de material. Deixe
ficar por pelo menos 3 semanas antes de plantar.

Observações: Nos dois métodos é importante cobrir o composto para protegê-lo do sol e chuva.
Introdução ao tratamento de efluentes.

O objetivo básico de um processo industrial é a transformação da matéria-prima em produto.


Assim fazendo, aumentamos seu valor comercial, realizando o lucro, que é a finalidade básica da
empresa.
Apesar de o produto ser o alvo intencional do empreendimento, podemos gerar outras
substâncias, de origem não-intencional — os subprodutos, que ainda possuem algum valor comercial,
ou seja, podem ser vendidos e gerarem lucros e, ainda os resíduos industriais, na maioria das vezes
indesejáveis e com recuperação custosa, causando ônus para companhia.

Uma vez gerado o resíduo industrial, é necessário dar-lhe um destino, pois não deve ser
acumulado indefinidamente em um determinado local. A solução mais cômoda e mais empregada é
disseminar os resíduos no meio ambiente, de qualquer maneira possível (lançando-os na atmosfera,
nas águas ou no solo). Assim, quando as emissões residuárias prejudicarem o uso posterior do ar, água
ou solo, fica caracterizado a poluição ambiental, e a quantidade de poluente indesejável lançada no
meio ambiente são denominadas — carga poluidora.

Podemos exemplificar vários poluentes, tais como: gases gerados por queima da maioria dos
materiais combustíveis; ruídos (emissão de energia sonora); águas de lavagem de produtos,
equipamentos e pisos; as águas de processos, tendo substâncias indesejáveis em solução ou em
suspensão; águas de refrigeração (irradiam energia térmica); poluentes depositados no solo pela água,
ar ou qualquer outro meio – tais como lixo, lamas residuárias, óleos minerais ou vegetais, aparas,
poeiras, espécies impermeabilizantes dos solos agrícolas, substâncias prejudiciais ao desenvolvimento
das culturas (complexos de boro, derivados de flúor, compostos de arsênico) e outros.

Além da possibilidade de contaminação ambiental por empresas, não podemos nos esquecer da
poluição gerada por dejetos de seres vivos (excrementos de seres humanos e animais, por exemplo).

Vários são os processos que tendem a minimizar os efeitos causados pelas cargas poluidoras,
mas apenas parte dos processos de tratamento cabe nesta sinopse: os processos biológicos de
estabilização ou degradação dos materiais poluentes acessíveis ao metabolismo dos seres vivos —
especialmente ao dos microorganismos.

Decomposição natural:
Quaisquer fenômenos biológicos no nosso planeta envolvem duas atividades básicas e em uma
obrigatória relação de interdependência: a síntese de compostos orgânicos e a biodegradação desses
compostos.

Todos os seres vivos realizam uma atividade incessante, como processo para sua
autoconstrução e obtenção de energia, a partir de elementos do meio, entretanto essa capacidade de
síntese atinge níveis diferentes em diferentes grupos de organismos. O maior grau de capacidade é o
encontrado entre seres chamados autótrofos, que sintetizam moléculas altamente complexas e com
elevado teor de energia potencial disponível, a partir de espécies químicas simples e de baixa estrutura
molecular, como o gás carbônico - CO2, por exemplo, o que fazem absorvendo energia física ou
química dispersa no meio, como a luz solar.

Outros seres, incapazes de utilizar tais fontes de energia, apenas conseguem transformar
compostos de elevado conteúdo energético em outros compostos semelhantes, não podendo omitir de
sua dieta alimentar, a presença de moléculas de elevada estrutura molecular. Tais organismos são
denominados heterótrofos, e compreendem todos os animais, além de fungos e parte das bactérias.
Dessa exigência, deriva uma necessidade primária de dependência entre esses dois grandes grupos de
seres vivos, no sentido de que somente os primeiros são capazes de produzir os compostos
indispensáveis à nutrição dos outros. A rigor, essa dependência é recíproca. Atividades biológicas
caracterizam-se por transformações de energia, de tal forma que a energia proveniente da luz solar é
transformada em energia química e acumulada, pelos autótrofos fotossintetizantes, na forma de
moléculas complexas e assim, sucessivamente transferidas a toda uma cadeia alimentar de organismos
heterótrofos.

A fonte de energia física - o Sol - pode ser considerada como inesgotável, não necessitando ser
“reciclada”, porém o mesmo não acontece com os elementos químicos que entram na composição das
moléculas orgânicas, os quais, por existirem em quantidades limitadas no nosso ambiente terrestre,
devem ser – forçosamente – restituídos ao meio, para dar continuidade indefinidamente ao processo
biológico.

Não obstante, uma grande parte desses elementos sejam continuamente devolvidos ao meio
ambiente, uma parte considerável é acumulada (constituindo as próprias estruturas físicas dos
organismos vegetais e animais) e deverá forçosamente ser devolvida ao meio ambiente, por ocasião de
sua morte. Esta restituição é feita, normalmente, através do processo de decomposição, o qual assume,
dessa forma, importância primordial em relação aos ciclos vitais, impedindo o acúmulo progressivo de
elementos como o carbono e outros.

A decomposição é, ainda, um processo biológico de nutrição e respiração.

A nutrição — propriedade fundamental dos seres vivos — tem como finalidade à obtenção de
matéria orgânica para estruturação de organismos e a obtenção de energia molecular para a realização
das atividades biológicas normais. A respiração é o processo de oxidação através do qual são liberadas
as energias contidas nas moléculas orgânicas, as quais passam de um alto nível energético, para um
nível mais baixo e são eliminadas no meio. A matéria orgânica constituinte de um cadáver animal ou
vegetal, ou de qualquer resíduo orgânico, independente do estado físico líquido ou sólido, será
prontamente consumida como alimento por uma multidão de bactérias, fungos e outros seres
heterótrofos, que utilizam pequena parte dela para sua autoconstrução e reprodução e oxidam o
restante, através da respiração, para aproveitamento de sua energia, restituindo elementos ao meio na
forma de subprodutos do seu metabolismo. Dessa forma, o carbono, o nitrogênio, o fósforo e vários
outros elementos constituintes das moléculas orgânicas que integravam o cadáver ou o resíduo são
devolvidos ao meio na forma de compostos mais simples, tais como gás carbônico, nitratos, fosfatos,
que podem ser novamente assimilados no processo autotrófico. Há, pois, uma decomposição ou
biodegradação desses compostos orgânicos.

Estabilidade:
Convencionou-se falar em processo de estabilização dos resíduos, no sentido de que os
compostos orgânicos são instáveis quando na presença de microorganismos que possam utilizá-los
como alimentos, o que corresponde à situação natural mais freqüente. O grau de instabilidade de um
composto orgânico depende, essencialmente, da existência da maior ou menor freqüência de enzimas
capazes de catalisar sua decomposição. Substâncias orgânicas como celulose ou cabelo são (nas
condições normais) muito mais estáveis que açúcar, carne, etc., dada à reduzida freqüência que
ocorrem, entre os seres vivos, enzimas capazes de digeri-los. Organismos possuidores dessas enzimas
podem ocorrer, entretanto, em grande número, em ambientes especiais, que se tornam seletivos como,
por exemplo, os solos úmidos e quentes, favoráveis à proliferação de fungos celulíticos que
decompõem a madeira.

Resumidamente, isso significa que, para qualquer resíduo se decompor por atividade biológica,
é necessário que ele sirva de alimento (matéria fornecedora de energia) a algum tipo de organismo, ou
seja, que algum tipo de organismo possua as enzimas necessárias para sua decomposição. Então se
percebe, que nenhum tipo de organismo, poderia estar equipado, enzimaticamente, para decompor
moléculas inexistentes na natureza e que são sintetizadas industrialmente pelo homem.

A nutrição e respiração:
O fenômeno da decomposição é, basicamente, um processo de nutrição e respiração (ou
oxidação biológica). Reações de oxidação podem ser realizadas em presença de oxigênio molecular ou
na sua ausência, uma vez que a principal característica dessas reações é a retirada de hidrogênio (ou
de elétrons) do composto. O hidrogênio retirado da molécula é transferido a outro composto, que é o
oxidante. Por isso se diz que sempre que uma substância se oxida à custa de outra, a oxidação da
Primeira realiza-se, necessariamente, com a redução da Segunda, costumando-se denominar a reação
de oxirredução.

Quando o composto que funciona como aceptor de hidrogênio é o oxigênio molecular, diz-se que
a respiração é aeróbia; quando o oxigênio molecular não intervém na respiração, sendo o aceptor um
outro composto qualquer, a reação passa a ser denominada anaeróbia.

Em presença de oxigênio molecular, a oxidação realizada é completa, ou seja, a molécula


orgânica é totalmente desmembrada, cedendo toda sua energia potencial disponível e formando, como
produtos, apenas água e gás carbônico. Nessas condições o rendimento da reação, em termos
energéticos, é o máximo.

Com reações anaeróbias, entretanto, não ocorre o mesmo. A oxidação é apenas parcial, levando
à formação de produtos que ainda contêm energia potencial disponível, tais como metano, álcoois ou
ácidos orgânicos. Tais processos podem ser considerados de baixo rendimento, por essa razão, eles
somente são realizados em ausência de oxigênio molecular. Os microorganismos capazes de respirar
anaerobiamente podem ser classificados, em relação a essa propriedade, em facultativos e anaeróbios
obrigatórios, sendo que, para esses últimos, a presença de oxigênio é nociva ou tóxica. Entre os
facultativos, além de muitas bactérias, estão incluídas as leveduras, as quais, em presença de oxigênio,
respiram aerobiamente, produzindo gás carbônico como único produto gasoso e, na ausência desse,
respiram anaerobiamente, formando álcoois ou ácidos orgânicos.

Fatores que limitam a velocidade:


As exigências dos seres aeróbios quanto à concentração de oxigênio presente no meio, variam
muito e a quantidade de oxigênio necessária à atividade estabilizadora de um microorganismo aeróbio é
variável, mesmo para uma mesma espécie de organismo, de acordo com as demais condições
ambientes. As condições ótimas de eficiência, para as atividades biológicas em geral, estão coerentes
com o seguinte princípio: “quando um processo é condicionado, quanto à sua rapidez, por um certo
número de fatores separados, o rendimento do processo passa a ser limitado pelo fator em mínimo”.
Entende-se pelo fator em mínimo aquele que existe em quantidade mínima, relativamente às
necessidades do organismo em questão. Suponhamos, somente como exemplo, que em um
determinado ambiente contendo água, matéria orgânica, sais minerais solúveis, oxigênio molecular,
etc., desejemos manter uma flora bacteriana bastante ativa, em termos de nutrição e reprodução.
Tratando-se de organismos aeróbios, sabemos de antemão que, além da matéria orgânica como
alimento, é necessário o oxigênio molecular e entre esses dois fatores, será limitante aquele que, uma
vez incrementado, levar a um aumento da atividade bacteriana. Assim, tentamos aumentar a
quantidade de alimento orgânico e obtemos um aumento proporcional de atividade; se prosseguirmos a
experiência, aumentando ainda mais a quantidade de matéria orgânica sem elevar a quantidade de
oxigênio, notaremos que acima de certo ponto, esse aumento já não proporciona aumento
correspondente da atividade bacteriana: nesse ponto, a matéria orgânica deixou de ser o fator limitante.
Se, agora, pela simples elevação do fornecimento de oxigênio, verificamos que o aumento de atividade
prossegue, isso significa que o oxigênio passou a ser o fator limitante.

O fator limitante para o crescimento de um determinado tipo de organismo é sempre relativo. Se


aumentarmos o fornecimento de oxigênio e de alimentos, um outro fator pode passar a ser o fator
limitante como fósforo ou o nitrogênio. Como as exigências em termos nutricionais são diferentes, de
um para outro organismo, também o fator que é limitante para uma espécie pode não ser para outra.
Assim, se reduzirmos excessivamente o fornecimento de oxigênio molecular, bactérias anaeróbias
ocuparão o lugar das aeróbias; se restringirmos muito o nitrogênio e o fósforo, as bactérias darão o
lugar a fungos, que são menos exigentes quanto a esses elementos. Dessa forma, todos esses
elementos determinam uma seleção de organismos no meio, de acordo com suas exigências básicas. A
atividade atingirá seu ótimo, em termos de rendimento ou de desenvolvimento da espécie mais
desejável, quando houver um perfeito equilíbrio entre os elementos em relação às necessidades da
espécie em questão.
O tratamento aeróbio:
Tratando-se de resíduos orgânicos biodegradáveis, o principal fator limitante à sua estabilização
na água é o oxigênio, e o processo para seu fornecimento é um dos fatores mais importantes em
qualquer processo de biodegradação. Basicamente temos duas opções para esse fornecimento: utilizar
uma fonte física de oxigênio (como o ar atmosférico) ou uma fonte bioquímica (a fotossíntese por algas).

O ar atmosférico pode ser utilizado de duas maneiras principais: aumentando-se a superfície


líquida em relação ao seu volume, de forma a se oferecer a maior área possível de contato do líquido
com o ar; ou promovendo-se agitação na água (turbulência), de modo a misturar continuamente sua
película superficial (saturada de oxigênio) com o restante da massa líquida, ao mesmo tempo em que é
renovada a película superficial exposta ao ar. Borbulhando-se ar no interior da massa líquida, traz
resultados idênticos à alternativa anterior, com os inconvenientes de ordem prática.

A primeira dessas duas possibilidades básicas é aplicada nos chamados “filtros biológicos” —
que é uma denominação imprópria por não se tratar, realmente, de um sistema de filtração física —, em
que o resíduo líquido é lançado sobre um leito de cascalhos ou mesmo de areia, devendo escorrer por
sobre a superfície de inúmeras camadas dessas pedras de alto abaixo do filtro. Dessa forma, o volume
de líquido a ser tratado fica reduzido a uma imensa superfície que é a soma das superfícies individuais
de cada um dos cascalhos e em contato direto com o ar intersticial, que circula entre os cascalhos. Em
conseqüência da presença de abundante matéria orgânica e oxigênio, desenvolve-se uma massa de
microorganismos, constituindo uma película de consistência gelatinosa que reveste cada um dos
cascalhos e que promove a assimilação e oxidação (respiração) dos compostos orgânicos presentes
nas águas residuárias.

A outra possibilidade — turbulência ou o borbulhamento de ar — é empregada em um segundo


processo de tratamento aeróbio, denominado “lodos ativados”. Nestes, a massa de microorganismos,
ao invés de se achar fixa à superfície de um suporte sólido, encontra-se em suspensão, na forma de
pequenos flocos gelatinosos que, uma vez cessada a turbulência, precipitam-se na forma de lodo. É
conveniente salientar que esse lodo, constituído de seres microscópicos ativos, é um lodo de formação
secundária e não o lodo próprio do esgoto (que é constituído de matérias sólidas sedimentáveis) que se
tornou ativado. Então, talvez a designação mais correta deveria ser “lodo biológico” ou simplesmente
“lodo ativo” em lugar de “lodo ativado” – denominação já consagrada.

Fotossíntese nas lagoas de estabilização:


Outra fonte de oxigênio molecular para o meio aquático em geral e, em particular, para as águas
poluídas é constituída pela fotossíntese realizada, sobretudo por algas microscópicas. Essa fonte
bioquímica de oxigênio molecular (em lugar de fontes físicas) é utilizada na prática, no processo de
tratamento denominada lagoas de estabilização ou, mais especificamente, lagoas de fotossíntese, uma
vez que a primeira denominação vem sendo aplicada genericamente a vários tipos de lagoas em que
não há participação significativa de fotossíntese, algumas delas mesmo anaeróbias ou com sistemas de
aeração mecânica.

O tratamento ou estabilização dos compostos orgânicos, em uma lagoa, opera-se de maneira


análoga à dos demais processos aeróbios, com participação predominante de bactérias aeróbias.
Apenas não se verifica, nesse caso, a formação (pelo menos de forma quantitativamente significativa)
de flocos ou massas gelatinosas, provavelmente em virtude de viverem aí bactérias em equilíbrio mais
estável em relação às fontes de alimento e de oxigênio. A principal função das algas no sistema é a de
fornecer oxigênio molecular, indispensável à respiração aeróbia e, além disso, absorver o excesso de
nitrogênio, fósforo e outros elementos minerais resultantes da decomposição orgânica. Não têm elas
participações ativas no processo de estabilização propriamente dito, mas sim estabelecer um ciclo
biológico entre algas e bactérias aeróbias, deve haver acesso de luz em quantidade suficiente para
permitir atividade produtora de oxigênio que compense a demanda respiratória da bactéria (DBO). Para
tanto, o esgoto lançado deve sofrer um processo prévio de decantações ou clarificações e a
profundidade não pode ser muito grande. Havendo ventos, estes podem provocar a circulação
permanente ou intermitente da água no interior da lagoa, favorecendo o transporte de oxigênio
molecular que é produzido em excesso na superfície, para regiões mais profundas.
Processo anaeróbio — digestão:
Com o tratamento anaeróbio, procura-se obter, em instalações especiais, a mesma seqüência
de fenômenos que se verifica nos depósitos de lodo orgânico formados nos cursos de água altamente
poluídos. O processo é semelhante, sob muitos aspectos, à digestão de alimentos nos organismos
animais (até no animal homem), que, como já foi exposto, nada mais é que um processo de degradação
da matéria orgânica com o fim de torná-la solúvel, permitindo sua passagem através das paredes do
trato digestivo e incorporação ao sangue e às células. As reações que se verificam no interior desses
órgãos são também em grande parte anaeróbias, e muitas das bactérias que nela tomam parte,
capazes de respiração intramolecular, têm, também, papel importante em algumas das fases do
processo anaeróbio de depuração. A solubilização de compostos orgânicos por atividade enzimática
recebe a denominação de digestão.

No decorrer do processo reconhece-se uma fase na qual se dá a liquefação do material tal como
na digestão dos animais, transformando-os por hidrólise os corpos em suspensão de tamanhos
relativamente grandes, sedimentáveis, em substâncias solúveis ou, pelo menos, em um estágio
intermediário finamente dividido. O processo é realizado por enzimas produzidas pelas bactérias, que
são liberadas para o meio, solubilizando partículas orgânicas para que possam ser posteriormente
assimiladas pelas células bacterianas. Em seguida observa-se a gaseificação desse material solúvel,
absorvido pelas células, através de uma ação enzimática no interior das próprias bactérias (liberando
principalmente gás carbônico, metano e gás sulfídrico).

Mais sobre lagoas de estabilização:


Os princípios de funcionamento das lagoas já foram descritos anteriormente, podemos
considerá-los como uma extrapolação do processo de lodos ativados com aeração prolongada, em que
os equipamentos de aeração são substituídos pela ação fotossintética das algas. São tanques de terra
construídos de acordo com certas regras, que favorecem sua eficiência, facilitando também sua
operação e a manutenção. O efluente é introduzido longe das margens, para facilitar sua diluição no
meio aquoso, e a entrada se dá normalmente por um tubo colocado sobre o fundo. Raramente as
lagoas de estabilização são pavimentadas.
A principal desvantagem dessas lagoas reside na enorme área requerida para sua instalação,
que é cerca de dez vezes maior do que a do valo de oxidação de capacidade equivalente, e trinta a
cinqüenta vezes maior que a de instalações compactas de lodos ativados. Entretanto, onde houver
áreas planas disponíveis, constitui-se no tratamento mais adequado para a maioria dos despejos
biodegradáveis, pela sua simplicidade de construção, custo e manutenção.
Devido ao tempo prolongado de detenção - geralmente entre trinta e sessenta dias - não há,
praticamente, necessidade de operação. A manutenção é fácil: conservar o talude interno livre de
vegetação, manter a limpeza, consertar as avarias causadas pela erosão originadas pelas chuvas,
observar o aparecimento de caramujos transmissores da esquistossomose, detectar alterações da cor
verde da superfície, aparecimento de mau cheiro, etc.

O tratamento anaeróbio de águas residuais:


É um processo de baixo rendimento, que pode ser empregado eficientemente como primeiro
estágio de um tratamento realizado em duas etapas, na primeira das quais reside à intenção de se
eliminar, sob forma gasosa, dissipável na atmosfera, a maior massa possível de carbono. E,
efetivamente, a matéria carbonácea biodegradável é transformada em grande parte em gás carbônico e
metano, sem necessidade de introdução, na massa do resíduo, de qualquer quantidade de energia
externa. Com isso, as matérias orgânicas, responsáveis pela DBO, são expulsa em grande parte do
seio da massa líquida, deixando para o segundo estágio – aeróbio, uma tarefa reduzida em maior ou
menor grau. Porém, um dos maiores inconvenientes é a formação de gás sulfídrico, que além de cheiro
repugnante, apresenta uma considerável demanda imediata de DBO. O tratamento anaeróbio pode
eliminar, em condições favoráveis, mais de 80% da matéria biodegradável; porém o tratamento
anaeróbio de esgotos urbanos já foi abandonado há tempos em praticamente todos os países do
mundo. Não obstante, encontra ainda ampla aplicação em pequenas instalações residenciais ou em
pequenos aglomerados urbanos e rurais, sob forma de “fossas sépticas” ou “tanques sépticos”. Estes
também são empregados com eficiência, isolados ou associados a um tratamento final aeróbio, em
numerosos despejos industriais.
Em pequenas empresas, os sistemas de tanque sépticos podem ser levados em consideração,
com ou sem tratamento suplementar, para o acondicionamento de efluentes antes do lançamento em
coletores públicos, quando os regulamentos exijam eliminação de gorduras ou limitam a quantidade de
sólidos em suspensão, por exemplo.

Embora, em geral, as normas excluam os tanques sépticos da aplicação às indústrias, é viável


utilizá-los vantajosamente em alguns casos, como segue:

Lavanderias — despejos contendo sabões, gorduras e detergentes; óleos e graxas em geral;

Matadouros — tanque com duas a três semanas de detenção, para possibilitar a degradação do
sangue, gorduras e estrume; o efluente tem cor castanha e cheiro desagradável que, desaparece em
tanques com quatro semanas de detenção;

Lacticínios — empregados como nos matadouros; entretanto, devido ao baixo pH, os tanques
devem ser revestidos com produtos que resistam à corrosão por acidez.

Lagoas anaeróbias de estabilização:


A rigor, as lagoas anaeróbias podem ser consideradas como tanques sépticos construídos em
taludes de terra, com profundidade superior a 1,5 metros e a superfície da lagoa é caracterizada por
uma cobertura constituída pelos sólidos flutuantes, que cumprem a finalidade de isolar a fase líquida do
ar atmosférico, mas permitindo a difusão de gases na atmosfera (principalmente gás carbônico e
metano).

Com alguma freqüência encontram-se entre os processos de tratamento de águas residuárias


domésticas e lagoas de estabilização do tipo anaeróbio, às vezes isoladas, às vezes seguidas de
lagoas facultativas. As lagoas anaeróbias, seguidas ou não de outras, ocupam uma área menor do que
as estritamente aeróbias ou as facultativas isoladas.

Esse motivo faz com que sejam empregadas em número cada vez maior as lagoas anaeróbias,
embora padeçam de certos inconvenientes que outros tipos de lagoas não têm, especialmente no que
diz respeito às condições estéticas e ao padrão de efluentes. Normalmente uma lagoa anaeróbia
convenientemente projetada que já passou pela fase de “maturação” (processo de adaptação à
produção biológica de grande quantidade de metano) pode ser considerada permanentemente inodora.
Quando uma lagoa anaeróbia apresenta problemas de maus odores, é sinal de que houve perturbação
na “fermentação metânica”, podendo haver necessidade de intervenção no seu funcionamento, a fim de
facilitar o restabelecimento da fermentação alcalina. A ação das lagoas anaeróbias não deve ser levada
em conta de simples tratamento primário, devido à importância poderosa da estabilização biológica que
nelas se realiza.

Geralmente são empregadas como primeiro estágio de uma associação anaeróbio-aeróbia ou


anaeróbio-facultativa. Podem ser empregadas para a depuração de esgotos domésticos ou de resíduos
industriais. Todas as aplicações de tanques sépticos podem ser atribuídas às lagoas anaeróbias de
estabilização e, muitas vezes, com vantagem (remoção mais espaçada de lodo).

Acelerando o Processo:
Para otimizar os sistemas, algumas empresas têm desenvolvido tecnologia capaz de agilizar o
processo de tratamento de efluentes melhorando sua eficiência. Desenvolveram produtos floculantes e
coagulantes que influem no bom resultado obtido pelas estações de tratamento. São três os aspectos
que determinam as características de um corpo de água poluído: Turbidez (impedindo a passagem dos
raios solares, prejudicando os processos fotossintéticos), oxidação (o material orgânico despejado retira
todo o oxigênio da água) e toxidade.
A função dos aditivos floculantes e coagulantes é clarificar a água, ou seja, separar o material
sólido do líquido, gerando a compactação do lodo ativado para que possa ser retirado do tanque e
dependendo de sua composição, ser preparado para ser utilizado como adubo.
Um outro processo que visa acelerar e melhorar a eficiência dos sistemas de tratamento de
efluentes é a bioaumentação ou biorremediação, ainda muito pouco conhecida.
O ECO BIO é uma seleção de bactérias (são tipos de bactérias específicas para a degradação
dos diferentes resíduos orgânicos) com a finalidade de uma vez inoculada acelerarem a digestão dos
diversos tipos de resíduos encontrados num sistema de tratamento, seja ele aeróbio ou anaeróbio.
Esses microorganismos complementam e aumentam a flora bacteriana já existente, isto é,
produzem uma bioaumentação otimizando o sistema. A utilização do ECO BIO não como um simples
coadjuvante no tratamento de efluentes, mas sim como o responsável por esse tratamento,
principalmente quando se refere ao sistema aeróbio: em virtude do baixo custo, a bioaumentação, dia
após dia, tem desbancado os processos de tratamento que necessitam fontes energéticas para seu
funcionamento.

Uma outra definição aponta para o uso de bactérias selecionadas tanto como aditivos
bioquímicos, quanto como sistema de tratamento.

No caso da bioaumentação em estações de tratamento as bactérias selecionadas na luta pelo


oxigênio e alimento para sobreviver tomarão todo o território não dando espaço para outras bactérias
sobreviverem reduzindo dessa forma drasticamente outras colônias de principalmente das patogênicas,
já verificamos casos, por exemplo, do desaparecimento completo dos coliformes fecais do sistema.
Perguntas e Respostas
O que é Biorremediação?

Todo o efluente gerado nas indústrias e residências deve ser tratado em estações planejadas
para que possa recuperar a água e ao mesmo tempo dar um destino aos poluentes contidos nela.

1 - As bactérias liberam as enzimas que quebram


(picotam) a cadeia molecular da matéria orgânica
(contaminante) e absorvem por osmose seus
nutrientes e oxigênio, deixando no efluente
apenas água, CO2e sais minerais.

2- Para cada tipo de matéria orgânica, será


necessário um tipo de enzima específica, isto é:
para degradar à celulose (papel) a bactéria irá
produzir a enzima celulase, para degradar a
proteína (carne) será liberada a protease e assim
por diante.

3- O esgoto doméstico e industrial é composto


de uma enorme variedade de materiais
orgânicos e, consequentemente são
necessárias grandes variedades de bactérias.
Estas bactérias terão eficiência máxima em
determinada faixa de pH, temperatura e
oxigenação.

As enzimas produzidas pelas bactérias atacam o contaminante na sua superfície e se este é


formado por pedaços (placas) grandes teremos um processo de degradação lento (baixa superfície de
contato), portanto menos eficiente.
A aeração de um efluente faz com que o processo de biorremediação seja muito mais rápido e
completo.

Enzimas x Biorremediação:
Os microrganismos (bactérias) são verdadeiras máquinas químicas. Eles desenvolveram uma
infinidade de enzimas, com mecanismos reguladores, capazes de se adaptar às mudanças necessárias
que a célula microbiana solicita à medida que o ambiente sofre variações. Eles se envolvem em
numerosas reações químicas, nas quais, cada uma delas ocorre sob a ação de uma enzima específica.
A degradação para obtenção de nutrientes disponíveis e o aumento de bactérias no meio, são os
primeiros passos do processo de biorremediação.

Enzimas são os catalisadores presentes no micróbio e, como todo catalisador, eles aceleram
uma determinada reação sem serem consumidos no decorrer do processo químico, da mesma maneira
como nossos talheres nos auxiliam na alimentação, mas não são consumidos. Uma bactéria viva
contém mais de 1000 enzimas diferentes, cada um é catalisador específico para alguma reação
química. Estas enzimas atuam juntas e consecutivamente em um esforço coordenado, de forma que
todas as atividades químicas nas células são harmonicamente integradas uma às outras. A grande
conseqüência desta coordenação enzimática é a produção e distribuição de materiais conforme as
necessidades do micróbio para o seu metabolismo e crescimento normal.

Há incontáveis números de produtos a base de enzimas no mercado para os quais os


fabricantes reivindicam alta eficácia na degradação de hidrocarbonetos.

Enzimas específicas são altamente capazes de degradar certos substratos ou porções de


substratos, enquanto que as desvantagens para usar misturas a base de enzimas são:

1. Tipos variáveis de enzimas em tipos variáveis de substratos, às vezes sofrem


transformações, originando substâncias diferentes (desarranjos) do substrato de origem.

2. Não basta haver enzimas extremamente específicas, deve haver também em


quantidades suficientes de cada, e na seqüência das necessidades (estequiometria).

3. Se faltar qualquer tipo de enzima, o processo pára.

4. Enzimas específicas devem ser adicionadas continuamente, e no exato instante em


que são necessárias às reações, porque estão sendo desnaturadas, assim como também
diluídas, no processo.

Conclusão: lembrando-se que as enzimas são produzidas pelas bactérias, podemos concluir
que é muito mais complexo, caro e de resultado duvidoso a adição de enzimas em um sistema, que a
inoculação das próprias bactérias produtora de enzimas no sistema, pois elas são capazes de produzir
as enzimas nas quantidades e no tempo necessário, porque uma vez que elas precisam de comida e,
portanto, a falta de enzimas será evitada.

O que são hidrocarbonetos de petróleo ou carboidratos?


Carboidrato, uma das combinações orgânicas mais abundantes na natureza. Carboidrato são
cadeias normalmente curtas contendo carbono, hidrogênio, oxigênio e, às vezes, outros elementos. Um
exemplo de um carboidrato é o açúcar que é uma combinação de carbono, hidrogênio e oxigênio.
Petróleo é um hidrocarboneto, contém em sua estrutura química uma combinação de somente carbono
e hidrogênio, mas em configurações diferentes (no número de átomos e/ou no modo ou sucessão nas
quais os vários átomos são ligados) desde que o carboidrato e hidrocarboneto são combinações de
principalmente carbono e hidrogênio, segue então que se algumas bactérias se desenvolveram para
usar o açúcar como uma fonte de carbono (alimento), outros podem usar hidrocarbonetos de petróleo
para comida.
Os hidrocarboneto (carbono) servem como fonte de comida ?
Hidrocarboneto são fontes satisfatórias de carbono (comida) e energia para o crescimento de
algumas espécies de células microbianas. A complexidade relativa do substrato determina a facilidade e
velocidade de consumo ou degradação. Moléculas mais complexas requerem mais atividades
microbianas, por causa dos muitos possíveis subprodutos que sua degradação pode originar. Até
mesmo o PCB (bifenilo policlorado) pode ser degradado, mas deve ser dada uma especial consideração
a tais partículas verificando se os subprodutos, gerados no processo de degradação, não são tóxicos
aos micróbios.

Petróleo cru é uma mistura complexa de hidrocarbonetos que, conforme seu peso molecular e
arranjo de seus átomos na estrutura, pode ser classificado em três grupos principais: parafinicos,
naftênicos e aromáticos. Estes hidrocarbonetos variam desde simples substâncias voláteis a ceras
complexas e combinações asfálticas que não podem ser destiladas. A degradação desta mistura deve
ser avaliada com uma emulsão de tais compostos mediante a utilização de agentes tensoativos
eficientes, que consigam emulsionar especialmente as frações mais pesadas do petróleo (frações que
possuem altas viscosidades e/ ou altos pontos de ebulição).

Gasolina e óleo combustível são facilmente eliminados (por processos de biorremediação) de


locais contaminados. Os componentes da gasolina: benzeno, tolueno, etilbenzeno, e xileno (juntos
conhecidos como BTEX) são relativamente fáceis para degradar. Diesel é composto principalmente por
parafinas e também é relativamente fácil sua degradação.

Disponibilidade de comida
A degradação de um substrato está diretamente relacionada com sua superfície de contato (área
de superfície do substrato disponível). Quanto maior for à área da superfície exposta aos micróbios, o
mais eficazmente eles podem sujeitar o substrato às enzimas por eles segregadas.

Como se da o aumento da velocidade de decomposição ou degradação?


Quando o substrato (poluente-contaminante) é emulsificado em gotinhas de tamanho coloidal,
menor que os microorganismos, ele pode ser usado mais eficientemente pelos microorganismos,
acelerando a eficiência da decomposição/degradação. Quando praticamos biorremediação com
microorganismos pré-existentes no local, ou reforçamos sua população mediante adição de
microorganismos extras, não é necessária nenhuma aclimatação dos organismos ao local, qualquer
micróbio usará o poluente mais eficazmente como comida quando esta for servida com grande
superfície de contato.

Quais as exigências de temperatura na biorremediação?


Certa quantidade de calor (energia) é necessária para reações químicas; até mesmo quando
forem catalisadas através de enzimas, as reações devem ocorrer suficientemente rápidas para
sustentar a vida. Normalmente, para um aumento de 10 graus em um sistema que estiver reagindo, a
velocidade da reação dobra até um ponto no qual a temperatura é tão alta que interfere na deterioração
(desnaturação) da enzima.

Exigências de temperatura são limitadas e não são controláveis em muitos programas de


biorremediação. Temperaturas próximas ao conforto humano, tendem a aumentar a velocidade da
decomposição por microorganismos. Quando a temperatura se aproxima ao ponto de congelamento da
água os micróbios tendem a entrar em um processo de dormência, e a biorremediação cessará até que
o sistema seja aquecido novamente sem destruir a capacidade de biorremediação permanentemente.
Enzimas simplesmente não podem ser extraídas da água sólida (gelo). A degradação de poluentes
recomeça em temperaturas mais mornas. Temperaturas suficientemente altas podem matar os
micróbios (começando a 60ºC) paralisam o processo de decomposição do poluente, mas esta
temperatura não é esperada na maioria das aplicações ambientais.

O processo de decomposição pode ser acelerado?


Já vimos que sim, com o desenvolvimento exponencial dos microorganismos tornando seu
alimento mais disponível e a magnitude e rapidez com que são produzidos seus descendentes. Isto se
consegue, subdividindo-se o substrato em gotinhas (pedaços) minúsculas (colóides) que, dispersas em
água, aumentam a área de superfície disponível para os micróbios, ao mesmo tempo em que provém a
interface necessária de substrato-água. Assim, ocorre uma explosão populacional microbiana
extremamente rápida, com uma conseqüente degradação de poluente mais rápida e eficiente. Micróbios
capazes de produzir enzimas que agem sobre hidrocarbonetos devem estar presentes com um
fornecimento adequado de umidade e sais minerais necessários ao seu desenvolvimento.

O uso de qualquer substância química prejudicial aos micróbios diminuirá ou destruirá atividade
microbiana e conseqüentemente a biorremediação. A avaliação biológica de um agente microbiano é
aumentada em função da disponibilidade que se prepara o agente poluente como elemento de nutrição
para os microorganismos. A adição de micróbios juntamente com as enzimas acelera a resposta da
biorremediação.

A preocupação que devemos ter é para que se forme um sistema estável, sem variações
muito grandes de pH para valores menores que 5 ou maiores que 9, também cuidando para que
não haja nenhuma espécie química que provoque choque tóxico nos microorganismos, para que
eles encontrem um ambiente no qual possam sobreviver, alimentar-se e reproduzirem-se
rapidamente, aumentando exponencialmente a eficiência de sua atuação, até a biodegradação
completa dos agentes poluentes no sistema.

Em quanto devemos aumentar a superfície de contato?


Devemos aumentar ao máximo, quanto maior for a superfície de contato maior será a velocidade
de degradação.

Quais são os principais nutrientes inorgânicos?


Uma célula bacteriana típica é composta de 50% carbono, 14% nitrogênio; 3% fósforo; 2%
potássio; 1% enxofre; 0.2% ferro, e 0.5% cada um de cálcio, magnésio, e cloreto. Então todos os
organismos também requerem nutrientes que contêm alguma forma de nitrogênio, hidrogênio, oxigênio,
enxofre, fósforo, e numerosos outros elementos, embora a base primária seja o carbono. Em algumas
situações, é de fundamental importância a adição de nutrientes inorgânicos em um sistema para se
assegurar uma nutrição completa para a crescente população de micróbios.

Que papel representa o ciclo do nitrogênio no tratamento de dejetos?


O papel global do nitrogênio no tratamento de dejetos é muito complexo, quase todas as formas
de nitrogênio podem estar poluindo todos os ambientes aquáticos, algumas combinações de nitrogênio
são mais tóxicas a peixes e outros animais, enquanto que algumas afetam a relação DBO/DQO
(demanda bioquímica de oxigênio/demanda química de oxigênio) mais que outras formas; e ainda,
certas funções nitrogenadas alteram o pH do ambiente aquático mais que outras.

Todas as combinações de nitrogênio são ruins para situações de tratamento do


esgoto?
Não. Durante a biorremediação (ajuda por microorganismos) de esgotos, um pouco de nitrogênio
é necessário, geralmente para ajudar a microflora (microorganismos que já habitam naturalmente o
sistema), para degradar completamente os agentes contaminantes contidos na água que envolve os
dejetos (esgotos). No tratamento de hidrocarbonetos (derivados de petróleo como: óleos de motores —
também chamados de óleos minerais —, graxas, gasolina, querosene, etc.), por exemplo, é geralmente
aceito que a relação de C:N (carbono: nitrogênio) necessária para realizar a degradação do
hidrocarboneto é de aproximadamente 20:1.

Quais são as melhores formas de nitrogênio e as piores para o tratamento em


água?
Isso depende da situação. Resíduos de esgoto, que geralmente entram em uma planta de
tratamento de esgoto doméstico, têm um nível relativamente alto de amônia (substância responsável
pelo “cheiro” característico do amoníaco), isto se comparando com o nitrogênio sob forma de nitrato
(que não tem cheiro nenhum). Amônia é odorífera, volátil (transforma-se em gás e então podemos
percebê-la pelo olfato) e causa aumentos na escala de pH (escala que determina se um sistema aquoso
é ácido, neutro ou alcalino) do sistema em tratamento. Na oxidação dos detritos em meio aquoso, na
planta de tratamento de esgoto, a maior parte do nitrogênio contido no conjunto deve idealmente ser
convertida à forma de nitrato (uma espécie de sal sem cheiro – inodoro - e solúvel em água). Este
processo é conhecido como processo de NITRIFICAÇÃO (processo através do qual, por exemplo, o
cheiro de urina deixa de existir e transforma-se em um tipo de adubo sem cheiro, (o nitrato)). O
nitrogênio sob forma de nitrato é a forma menos tóxica para a vida aquática e não contribui para um
aumento no fator de DQO (demanda química de oxigênio) nos resíduos tratados. O problema da
contaminação por diferentes formas de combinações do nitrogênio não termina aqui, pois nitratos
contribuem para o crescimento de algas em ambiente aquático (desde que nitratos são um dos
principais nutrientes para plantas). Então o nitrogênio, sob forma de nitrato, é removido dos efluentes de
esgoto.

Como o nitrato pode ser removido da água em tratamento?


Biologicamente, nitrato (NO31-) pode ser despojado (servido como opção alternativa) do oxigênio
atmosférico por certos tipos de bactérias. Essas bactérias, quando são restringidas do acesso ao
oxigênio, utilizam nitrato em vez de oxigênio atmosférico para o propósito respiratório e,
bioquimicamente, absorve o componente oxigênio do íon nitrato. O resultado líquido deste processo de
DESNITRIFICAÇÃO é gás nitrogênio — que borbulha através do líquido para a atmosfera

Técnicos afirmam: certas bactérias que oxidam amônia crescem com grandes
dificuldades e é até mesmo difícil contá-las e reisolá-las.
Isto é verdade. Nitrosomonas e nitrobacter são espécies de microorganismos com crescimento
tipicamente muito lento, até mesmo em ambientes ideais. Esta é a razão pela qual é tão crítico manter a
presença de bactérias nitrificantes em instalações de tratamento de esgotos. A maior parte delas morre
através do choque tóxico, ou são lavadas (e levadas) para fora do sistema de tratamento, sendo muito
difícil o seu restabelecimento. Bactérias nitrificantes também são muito difíceis de se isolar de uma
mistura complexa de micróbios. Este isolamento só pode ser realizado com o auxílio de meios de
cultura especializados, sob técnicas bem específicas. Até mesmo em culturas puras destas bactérias, é
muito difícil contá-las com algum grau de precisão. Entretanto, podem ser realizados isolamentos de
bactérias que oxidam amônia, usando-se meios especializados, técnicas microbiológicas especializadas
e muita paciência.

Produtos comerciais de biorremediação para auxiliar o controle do nitrogênio,


garantem resultados positivos?
Não. Agentes de biorremediação pretendem auxiliar para que um sistema trabalhe tão
eficazmente quanto possível e certamente fará tudo o que se espera, desde que todas as outras
condições desejáveis estejam presentes. Por exemplo, se em um sistema há oxigênio dissolvido em
quantidade insuficiente, ou subjugando a demanda bioquímica de oxigênio, então é altamente
improvável que a nitrificação (ou seja, conversão de amônia para nitrato) seja acelerada. Se em alguma
área do sistema fornecer oxigênio limitado, é improvável que alguma desnitrificação apreciável no
material do esgoto venha a ocorrer. Às vezes, instalações especificamente projetadas para isto, devem
ser construídas para facilitar a remoção do nitrogênio completamente de águas de esgoto.

Considerando que bactérias nitrificantes e desnitrificantes são difíceis de serem isoladas na


natureza, a introdução de fontes prontas sob forma de um produto de biorremediação, pode ajudar o
sistema a ficar melhor e mais eficiente.

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