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RESÍDUOS DE MANDIOCA PARA OTIMIZAÇÃO DO PROCESSO DE PRODUÇÃO


DE BIOGÁS A PARTIR DA VINHAÇA

Chapter · April 2023


DOI: 10.53934/9786585062060-27

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Nayara Lima Ana Cristina Silva da Natividade


Universidade Federal do Paraná Universidade Federal do Rio Grande (FURG)
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Osmar Vasconcelos
Universidade Federal do Maranhão
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Capítulo 27
Doi.org/10.53934/9786585062060-27
RESÍDUOS DE MANDIOCA PARA OTIMIZAÇÃO DO PROCESSO
DE PRODUÇÃO DE BIOGÁS A PARTIR DA VINHAÇA
Ana Maria Silva Costa *; Nayara Pereira Lima ; Ana Cristina Silva da
Natividade ; José Matheus santos Oliveira ; Osmar Luis Silva Vasconcelos
; Jennifer da Cruz Arouche Silva ; Francisco Albuquerque Bastos

*Autor correspondente (Corresponding author) – Email: anas@acad.ifma.edu.br

Resumo: No processo da cadeia produtiva do etanol, a vinhaça surge como um efluente


de elevado poder poluente, cerca de cem vezes maior que o do esgoto doméstico. Seu
potencial poluidor decorre da sua riqueza em matéria orgânica, baixo pH e elevada
corrosividade. O presente trabalho teve como objetivo analisar e quantificar o potencial
de geração de biogás a partir da biodegradação da vinhaça de cana-de-açúcar (Tratamento
I) e vinhaça com adição de rejeitos de mandioca (Tratamento II) em um biodigestor
anaeróbio em regime de batelada. A produção de biogás foi avaliada durante 15 dias, sob
condições mesofílicas. A geração do biogás foi monitorada, observando-se diariamente a
temperatura e pressão manométrica. Parâmetros como pH, demanda bioquímica de
oxigênio (DBO) e umidade foram medidos nos dois tratamentos e avaliados de modo a
relacioná-los com a produção de biogás observada no período de incubação. A
biodigestão resultante nos tratamentos apresentou volume de biogás acumulado
diferenciados. O tratamento II produziu 2,1 Kg/Cm2, enquanto o Tratamento I, somente
0,5 Kg/Cm2. Portanto, pelas condições dos experimentos adotadas neste estudo, o
substrato com adição rejeitos de mandioca, mostrou potencial de geração de biogás
satisfatório.

Palavras–chave: The sugar and alcohol industries are characterized by high demand for
water, and generate proportional volumes of waste to be discarded. In the process of the
ethanol production chain, vinasse emerges as an effluent of high pollutant power, about
one hundred times greater than that of domestic sewage. Its polluting potential stems from
its richness in organic matter, low pH and high corrosivity. The present work aimed to
analyze and quantify the potential of biogas generation from the biodegradation of
sugarcane vinasse (Treatment I) and the addition of cassava tailings (Treatment II) in a
batch anaerobic biodigester. Biogas production was evaluated during 15 days of digestion
under mesophilic conditions. Biogas generation was constantly monitored, observing the
temperature and gauge pressure daily. Parameters such as pH, biochemical oxygen
demand (BOD) and humidity were measured in both treatments and evaluated in order to
relate them to the biogas production observed during the incubation period. The resulting
digestion in the treatments presented differentiated accumulated biogas volume.
Treatment II produced 2.1 Kg/Cm2, while Treatment I only 0.5 Kg/Cm2. Therefore, due
to the conditions of the experiments adopted in this study, the substrate with cassava
tailings addition showed satisfactory biogas generation potential.

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INTRODUÇÃO
O Brasil é o maior produtor de cana-de-açúcar e também o primeiro país do mundo
na produção e exportação de açúcar e etanol (1). As usinas sucroalcooleiras representam
para o país um dos maiores ramos do agronegócio nacional, contribuindo para a economia
e gerando milhões de empregos. Com o aumento da produção de etanol e açúcar, houve
também o aumento da produção de subprodutos e resíduos gerados pelo processo, com
isso maneiras de descarte e novas tecnologias estão sendo estudadas pensando nos
impactos ambientais e na geração de energia. Desse processo surge a vinhaça (2).
A vinhaça é o principal subproduto da produção sucroalcoleira, apresenta elevado
teor de matéria orgânica rica em nutrientes minerais. É um resíduo presente em destilarias
autônomas e usinas de açúcar e etanol e com custo relativamente baixo, vem sendo
amplamente utilizada na fertirrigação de áreas cultivadas com cana. No entanto, deve-se
utilizá-la com cautela, uma vez que pode contaminar águas subterrâneas e mananciais
superficiais, devido à percolação ou arraste de altas concentrações de manganês, ferro,
potássio, alumínio, cloreto, matéria orgânica, dentre outros (3,4).
A vinhaça é caracterizada como efluente de destilarias com alto poder poluente e
alto valor fertilizante; o poder poluente, cerca de cem vezes maior que o do esgoto
doméstico, decorre da sua riqueza em matéria orgânica, baixo pH, elevada corrosividade
e altos índices de demanda bioquímica de oxigênio (DBO), além de elevada temperatura
na saída dos destiladores; é considerada altamente nociva à fauna, flora, microfauna e
microflora das águas doces, além de afugentar a fauna marinha que vem às costas
brasileiras para procriação (3).
A mandioca é uma cultura versátil e de grande apelo econômico e social.
Cultivada nas diversas regiões do País, serve de fonte de alimento e renda para as
populações rurais, que consomem e comercializam o produto tanto em forma de farinha
como in natura. Como toda atividade produtiva, o processamento da mandioca gera
grande quantidade de resíduos, que geralmente se perdem nas áreas de produção por
desconhecimento do produtor sobre as alternativas de uso. No processamento das raízes
de mandioca para o preparo de farinhas, as cascas representam de 10-15% do peso das
raízes, dependendo do processo de descascamento. As cascas de mandioca ricas em
carboidratos se constituem em excelente matéria prima. Aproveitar os resíduos gerados
na produção de mandioca é uma forma de tornar a cultura mais competitiva e resolver
problemas ambientais (4,5).
Segundo o levantamento da Organização das Nações Unidas para a Alimentação
e a Agricultura (6), a mandioca (Manihot esculenta Crantz) é um dos tubérculos mais
importantes cultivados no Brasil (7). A mandioca é uma planta nativa do Brasil
classificada como uma cultura perene de alta produtividade, baixo custo de produção,
resistente a pragas, de fácil adaptação às condições climáticas e elevado valor energético.
Como toda atividade produtiva, o processamento da mandioca gera grande
quantidade de resíduos, que geralmente se perdem nas áreas de produção por
desconhecimento do produtor sobre as alternativas de uso. No processamento das raízes
de mandioca para o preparo de farinhas, as cascas representam de 10-15% do peso das
raízes, dependendo do processo de descascamento. As cascas de mandioca ricas em
carboidratos se constituem em excelente matéria prima. Aproveitar os resíduos gerados
302
na produção de mandioca é uma forma de tornar a cultura mais competitiva e resolver
problemas ambientais (4).
A composição do substrato é importante para a quantificação e a qualidade do
biogás, o que está diretamente ligado à quantidade de nutrientes e contaminantes
potenciais (metais, patógenos, contaminantes orgânicos contidos na matéria orgânica). A
escolha do material certo influencia no resultado do processo, na maximização da
produção de energia e na boa qualidade de biogás.
A biodigestão anaeróbia apresenta-se como uma das melhores soluções para o
aproveitamento da biomassa existente tanto na vinhaça como nos rejeitos de mandioca,
não somente no sentido ambiental como também no econômico (8). Trata-se de uma
tecnologia madura e atualmente é aplicada em milhares de plantas em escala real em todo
o mundo (9).
As aplicações dos subprodutos da biodigestão, tem como resultado a vinhaça
biodigerida e o biogás. O digestado pode ainda ser utilizado na fertilização, uma vez que
este tratamento não reduz o potencial fertilizante do efluente. Com relação ao biogás,
devido à elevada concentração de metano em sua composição, as principais aplicações
referem-se à geração de energia (pelo seu potencial combustível).
Este trabalho visa avaliar e quantificar a produção de biogás obtido por mistura
de vinhaça com rejeitos de mandioca como inoculante, em proporções definidas
utilizando biodigestor anaeróbio e verificar a diminuição de sua carga orgânica através
de análises físico-químicas de DBO e assim, contribuir para um manejo correto dos
resíduos gerados em agroindústria de produção de açúcar, etanol e/ou de cachaça,
agregando valor ao efluente gerado do processo da biodigestão na forma de
biofertilizantes.

MATERIAL E MÉTODOS

A vinhaça e os rejeitos de mandioca utilizados neste estudo foram coletados na


Fazenda Egito, oriundos da cidade de Vargem Grande – MA. A vinhaça foi coletada na
saída da panela do alambique de destilação e armazenada em uma bombona plástica de
20 litros, enquanto os resíduos de mandioca foram coletados em uma casa de farinha da
mesma propriedade e acondicionados em sacos plásticos devidamente vedados.
As amostras foram encaminhadas ao laboratório de Química do Instituto Federal
de Ciência e Tecnologia do Maranhão – IFMA, Campus São Luís – Maracanã para a
realização das análises: pH, umidade, temperatura, sólidos sedimentáveis, sólidos totais,
sólidos totais fixos, sólidos totais voláteis, carbono, nitrogênio kjeldahl, alcalinidade total,
turbidez, cor, acidez total: Instituto Adolfo Lutz (10); Demanda Bioquímica de Oxigênio
– DBO: método de Winkler modificado pela ázida de sódio, que compreende diversas
fases.
O monitoramento foi realizado no início e final do processo por um período de 15
dias, visto que os ensaios foram concretizados em batelada.

Procedimentos para o processamento de biogás

303
Inicialmente os resíduos de vinhaça e rejeitos de mandioca, passaram por alguns
procedimentos prévios visando melhorar a cinética das reações e a eficiência da produção
de biogás. Os rejeitos de mandioca foram triturados e a vinhaça passou por um processo
de decantação para se obter um resíduo mais concentrado.
Dois tratamentos foram avaliados: Vinhaça (Tratamento I) e Vinhaça + rejeitos
de mandioca triturados (Tratamento II). Após a separação e preparo dos substratos, os
resíduos foram secos em estufa a 110 °C durante 48 horas para que posteriormente todos
recebessem a quantidade necessária de água, de modo que a umidade final em todos os
tratamentos fossem a mesma, 80%.
As bateladas foram realizadas colocando 12 litros de matéria orgânica na urna do
biodigestor, vinhaça (I) e vinhaça + rejeitos (II). Em seguida, selou-se o biodigestor,
ligou-se a resistência elétrica e ajustou-se o termostato para o controle da temperatura
desejada, 37°C. Os tratamentos I e II permaneceram incubados até que não se observasse
mais geração de biogás, o que ocorreu após o 15º dia de incubação.
A geração do biogás foi monitorada constantemente, observando-se diariamente
a temperatura e pressão manométrica.

Construção do biodigestor

O biodigestor foi equipado com uma urna, com capacidade para 30 litros,
resistência elétrica, termostato, manômetro e registro de gaveta para descarga de resíduos.
A estimativa da produção de gás foi feita através de um manômetro com aferição de 0 a
5 Kgf/cm2. O escoamento do gás produzido no biodigestor foi drenado por um registro
de gaveta instalado na parte inferior da urna do biodigestor.
O biodigestor foi equipado com uma urna, com capacidade para 30 litros,
resistência elétrica, termostato, manômetro e registro de gaveta para descarga de resíduos,
conforme Figura 1.

Figura 1 – Biodigestor em batelada

Fonte – Autoria própria.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

304
Caracterização físico-química

Figura 1 – Matérias primas analisadas respectivamente: vinhaça e rejeitos de mandioca.

Fonte – Autoria própria.

A Tabela 1 apresenta os parâmetros físico-químicos analisados dos substratos de


vinhaça (tratamento I) e vinhaça + rejeitos de mandioca (tratamento II), antes do processo
de biodigestão. Pode-se observar que somente os parâmetros temperatura, pH e DBO
foram analisados nos dois tratamentos, tendo em vista que se alteram pela adição dos
rejeitos de mandioca. Contudo, os demais paramentos não foram analisados no tratamento
II, pois são relevantes, neste trabalho, apenas para o substrato principal, vinhaça.
Tabela 1 – Composição química dos substratos: vinhaça e vinhaça + rejeitos de mandioca
PARÂMETROS TRATAMENTO I TRATAMENTO II
Temperatura (°C) 31,0 37,0
pH 3,7 7,5
DBO (mg/l) 420 210
Sólidos totais (mg/l) 1.4657 -
Sólidos voláteis (mg/l) 1.360,30 -
Sólidos fixos (mg/l) 997,27 -
Sólidos Sedimentáveis (mg/l) 0,5 -
Nitrogênio (mg/l.N) 2,1 -
Carbono (mg/l.C) 58 -
C/N 29 -
Alcalinidade (mg/l CaCO3) 48,1 -
Turbidez (NTU) 1.314 -
Cor (UC) 161,4 -
Fonte – Autoria própria (2019).

Processamento de biogás

305
A Tabela 2 apresenta os parâmetros que foram monitorados no ensaio, como pH,
temperatura, umidade e demanda bioquímica de oxigênio (DBO), todos controlados antes
e depois do período de biodigestão.
TRATAMENTO I TRATAMENTO II
PARÂMETROS
Início Fim Redução Início Fim Redução

pH 8,0 7.2 0,8 8,0 7,5 0,5


Temperatura (°C) 37 37 - 37 37 -
Umidade (%) 80 80 - 80 80 -
DBO (mg.L-1) 7,60 4,2 44,74 7,60 2,1 72,37 %

A temperatura é um fator muito importante a ser considerado na digestão


anaeróbia. A maior parte da energia liberada pela respiração celular está diretamente
ligada ao produto final, o metano. Para que os microrganismos se desenvolvam da melhor
maneira possível e gerem quantidades satisfatórias de biogás, é necessário que o calor
seja fornecido externamente. A temperatura é a variável que apresenta maior influência
sobre o metabolismo dos microrganismos responsáveis pela geração de metano (11,12).
Baseado no que determina a literatura, a temperatura foi mantida constante em
37°C durante os tratamentos I e II. Resíduos que contém teor de umidade entre 60 e 90%
corroboram para um maior potencial de geração de biogás. A produção de biogás pode
ser afetada diretamente pela umidade que o resíduo apresenta (13).
A umidade final nos tratamentos I e II foi de 80%, conforme análises de material
seco (umidade), valor que se encontra dentro da faixa apresentada na literatura como
ótima para geração de biogás.
A geração de biogás obtém maior rendimento em pH neutros ou ligeiramente
superior (pH entre 7,0 e 8,5). A fim de manter um pH neutro e estável é necessário que a
alcalinidade do meio seja relativamente elevada e constante. Quanto maior for a
alcalinidade, maior será a capacidade tampão do processo, que, por sua vez, promove um
pH estável (14). O pH inicial foi aferido por meio de um pHmetro digital, o qual indicou
pH 3,7 na amostra de vinhaça (I) e 5,6 na amostra de vinhaça + rejeito (II), apontando a
necessidade de adição de uma base para aumentar o pH do meio. Para correção do pH
para 8,0 adicionou-se solução de NaOH a 50%). Conforme determina a literatura, esse
valor está dentro da faixa favorável à geração de biogás. De acordo com a tabela 2 houve
uma pequena redução de 0,8 em relação ao período de degradação para o tratamento I e
0,5 para o tratamento II.
A DBO é a quantidade de oxigênio necessária para oxidar a matéria orgânica por
decomposição microbiana aeróbia para uma forma inorgânica estável.
Em termos de demanda bioquímica de oxigênio, temos uma redução significativa
nos dois tratamentos, sendo, 44,74% para o tratamento I e 72,37% para o tratamento II.
Assim os valores observados podem ser 2atribuídos à conversão da matéria orgânica em
biogás.

306
Em relação ao monitoramento da geração de biogás, o tratamento I apresentou
baixo pico de geração de biogás na biodigestão. O valor acumulado de biogás para esse
tratamento ao final dos 15 dias de experimento foi de 0,5 Kg/Cm2. A baixa produção de
biogás no referido ensaio, pode estar relacionada à falta de um inoculante no processo,
visto que nas condições adotadas no presente estudo, a codigestão utilizando somente
vinhaça não se mostrou eficiente no aumento da taxa de geração de biogás.
A ineficiência da codigestão pode estar relacionada à necessidade de determinar
a proporção correta da mistura na codigestão para potencializar a produção de metano;
além disso, deve-se evitar a formação de agentes inibidores do processo (15,16).
O ensaio de biodigestão no Tratamento II apresentou alto pico de geração de
biogás na biodigestão. O valor acumulado de biogás para esse tratamento ao final do15º
dia de experimento foi de 2,2 Kg/Cm2. O rejeito de mandioca adicionado a vinhaça como
inoculante neste tratamento possui componentes nutritivos que garantiram a sua alta
biodigestão anaeróbia, por isso recomenda-se a adição de nutrientes que favoreçam o
processo.

CONCLUSÕES

Os dois tratamentos realizados neste trabalho apresentaram características


diferentes; a composição de cada um de seus componentes contribuiu para seus
desempenhos. A produção de biogás apresentou padrões distintos nos tratamentos ao
longo do período de incubação, principalmente na quantidade de biogás gerada. Quanto
à remoção de carga orgânica, os dois mostraram-se uma boa alternativa para o tratamento
e disposição da vinhaça, visto que a eficiente redução de carga orgânica na vinhaça
biodigerida evidencia a transformação de matéria orgânica em biogás.
Quanto ao potencial de geração de biogás, o tratamento II que tem como substrato
adicional os rejeitos de mandioca, apresentou um volume de biogás gerado de 2,1
Kg/Cm2, evidenciando um quantitativo de quatro vezes maior que o produzido no
tratamento I, contendo apenas a vinhaça. Esse resultado mostra que nas condições
adotadas no presente estudo, o substrato com adição de um suplemento apresenta um
potencial de geração de biogás satisfatório guando codigerido.
Apesar do processo de digestão anaeróbia da vinhaça apresentar muitas vantagens,
ainda restam diversos desafios e obstáculos para que este processo seja implementado.
Como sugestões para melhoramento do processo, menciona-se o uso de um sistema de
agitação, o aumento no tempo de biodigestão, purificação do biogás e mais estudos na
adição de suplementação. Nesse cenário, o biogás se destaca principalmente por se tratar
de uma fonte renovável e com alto potencial energético.

REFERÊNCIAS

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307
2. MAPA - MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E
ABASTECIMENTO. Disponível em:
http://www.agricultura.gov.br/vegetal/culturas/cana-de-acucar.

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