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Índice de Conteúdos
1. INTRODUÇÃO. ................................................................................................................................. 3
2. CONTEXTO E ANÁLISE DE SITUAÇÃO. ............................................................................................ 4
2.1. Aspectos socioeconómicos. ........................................................................................................ 4
2.2. A indústria extractiva e a mineração artesanal. ........................................................................ 4
2.2.1. Problemas ambientais: ........................................................................................................... 5
2.2.2. Impacto social: ........................................................................................................................ 5
2.2.3. Impacto económico: ............................................................................................................... 6
2.2.4. Problemática para o sector da saúde: ................................................................................... 6
3. OBJECTIVOS DA CONSULTORIA. ..................................................................................................... 7
3.1. Objectivos gerais:........................................................................................................................ 7
3.2. Objectivos específicos: ............................................................................................................... 7
4. PRODUTOS ESPERADOS.................................................................................................................. 7
5. HIPÓTESES E RISCOS. ...................................................................................................................... 8
5.1. Hipóteses subjacentes à intervenção. ....................................................................................... 8
5.2. Riscos subjacentes à intervenção............................................................................................... 9
6. DESCRIÇÃO DO TRABALHO E ACTIVIDADES A REALIZAR............................................................... 9
7. ZONA GEOGRÁFICA ABRANGIDA. ................................................................................................ 10
8. GRUPOS-ALVO. ............................................................................................................................. 10
9. METODOLOGIA DO TRABALHO. ................................................................................................... 11
10. MEIOS COLOCADOS À DISPOSIÇÃO PELA ENTIDADE CONTRATANTE..................................... 11
11. PREMISSAS DA INVESTIGAÇÃO, AUTORIA E PUBLICAÇÃO...................................................... 12
12. PRAZOS PARA CONSULTORIA, ORÇAMENTO E DOCUMENTOS A APRESENTAR. ................... 12
13. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DAS PROPOSTAS. .......................................................................... 13
14. SUBMISSÃO DAS PROPOSTAS. ................................................................................................. 14
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TdR Pesquisa Descritiva sobre Mineração Artesanal
1. INTRODUÇÃO.
A Medicus Mundi (MM) trabalha desde o ano de 1994 em Moçambique, e particularmente em Cabo
Delgado, na melhoria dos determinantes sociais que afectam a saúde da população, entre os quais se
inclui o direito a viver em ambientes saudáveis. A estratégia de trabalho da MM baseia-se na defesa
do direito à saúde e no convencimento de que a melhor forma de atingir este direito é através do
trabalho integral no âmbito dos determinantes sociais da saúde e mediante a construção de um
sistema de saúde fundamentado nos princípios dos Cuidados de Saúde Primários. A defesa activa de
todos os direitos da cidadania e em particular o direito ambiental apresenta-se como uma prioridade:
pode-se conseguir uma melhor qualidade de vida se se respeita o ambiente e se a população se
empodera na defesa activa desses mesmos direitos ambientais.
Em Cabo Delgado, a prática da mineração artesanal é muito maior do que inicialmente previsto.
Existem nesta província grandes depósitos de ouro, sendo que o mercúrio é geralmente usado na
extracção do minério. Nas áreas onde esta actividade se desenvolve com maior intensidade registam-
se movimentos populacionais maciços que têm criado assentamentos informais superando claramente
a já limitada capacidade de prestação de serviços públicos de qualidade, sendo os de saúde os mais
afectados.
Neste contexto, o projecto que tem como título “Redução do impacto negativo da mineração
artesanal na saúde individual, comunitária e ambiental” visa, portanto, reduzir o impacto negativo
na saúde individual, comunitária e ambiental que a mineração artesanal tem vindo a causar em três
distritos de Cabo Delgado (Montepuez, Namuno e Ancuabe). O mesmo contribuirá para: (1) ampliar o
conhecimento e a descrição sobre a prática da mineração artesanal nos distritos de intervenção; (2)
introduzir métodos alternativos ao uso de mercúrio na extracção de ouro para promover práticas limpas
que respeitem o meio ambiente; (3) fortalecer a capacidade do sistema de saúde na prestação de
serviços às comunidades das zonas de mineração, melhorando a capacidade dos recursos humanos
e desenvolvendo novos sistemas de registo que permitam adequar a oferta de serviços aos novos
perfis sociais e sanitários que a mineração artesanal está a criar; (4) finalmente, sensibilizar a
população das áreas de intervenção (e população em geral) sobre os riscos da mineração e promover
campanhas de promoção da saúde para que as comunidades, a partir da melhoria da sua própria
organização, para que tenham a capacidade de minimizar os impactos negativos dessa prática e
maximizar o seu potencial económico. O projecto aconselhará as organizações mineiras a
consolidarem-se como associações ou cooperativas, para que possam ter uma maior capacidade de
diálogo com as autoridades locais.
Este projecto tem como o principal implementador a medicusmundi, que trabalhará com outras
instituições locais como é o caso do Centro Terra Viva (CTV), a Direcção Provincial de Saúde (DPS),
a Direcção Provincial de Recursos Minerais e Energia (DPRME), Instituto Nacional de Saúde (INS) e a
outra contraparte da Dinamarca, Diálogos. Conta com o financiamento da Generalitat Valenciana e co-
financiamento da União Europeia, e visa contribuir para garantir o direito à saúde e ao direito ambiental
da população de Cabo Delgado, com especial enfoque nas comunidades mineiras nos distritos de
Montepuez, Namuno e Ancuabe.
A consultoria proposta para a realização de uma pesquisa descritiva sobre a mineração artesanal,
faz parte do primeiro resultado do projecto, “Aumentado o conhecimento sobre a prática da
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mineração artesanal em Cabo Delgado, tanto a nível das autoridades locais como das
comunidades mineiras”, e abrange as actividades 2 e 3 do resultado indicado.
Nos últimos anos, o PIB em Moçambique tem crescido na ordem dos 7-8% por ano, mas o índice de
pobreza permanece alto (55% em 2010), com um forte desemprego juvenil (27%), sendo que a
distribuição geográfica da pobreza continua semelhante. O país aparece classificado na 180ª posição
de um total de 188 países no Índice de Desenvolvimento Humano (0,416 de acordo com o Relatório de
2015). Subsistem altas taxas de analfabetismo (64% no Norte e Centro), desnutrição (44% das crianças
sofrem de desnutrição crónica), HIV/SIDA (com uma média de prevalência 11,5%), e uma esperança
de vida ao nascer que mal chega a 50 anos. O índice de progresso social, de acesso a fontes de água
e saneamento, coloca Moçambique entre os países com taxas de consumo de água mais baixas do
mundo. Ao mesmo tempo, cerca de 70% da população habita e trabalha nas zonas rurais e no sector
primário, com uma baixa utilização das tecnologias e poucas oportunidades nos sectores não
tradicionais. A cultura e as actividades ligadas ao uso sustentável dos recursos naturais são áreas com
grande potencial para mobilização e criação de emprego que ainda não estão completamente
exploradas.
Muitos estudos expressam dúvidas sobre a eficácia dos espaços formais de diálogo (os Observatórios
de Desenvolvimento, as Instituição de Participação e Consultas Comunitárias, os órgãos de
representação política) entre a sociedade civil e a governação. Estes estudos referem barreiras no
acesso à informação, partidarização do diálogo, frágil representação dos interesses das comunidades,
cooptação e riscos concretos de represálias no caso de exprimir critica em particular no sector da
gestão dos recursos naturais. É neste quadro que pode ser potenciada uma abordagem territorial de
desenvolvimento como uma dinâmica de baixo para cima, com uma abordagem de actores múltiplos e
multissectoriais, em que diferentes instituições e actores locais trabalham juntos para planear e
implementar estratégias de desenvolvimento. Este trabalho colectivo pode ser crucial na prevenção,
mitigação e preparação em áreas sujeitas às calamidades naturais.
(1) a indústria extractiva formal focada principalmente na extracção de petróleo, gás, carvão e outros
minerais fósseis, e
(2) a mineração artesanal e de pequena escala, informal, mas com impacto directo no desenvolvimento
social, económico, ambiental e na saúde nas áreas onde é desenvolvida.
Esta última é praticada por trabalhadores conhecidos como “garimpeiros”. A atenção do Governo, das
empresas internacionais, das organizações internacionais e nacionais que trabalham em prol de uma
gestão eficiente e distributiva dos recursos tem-se concentrado na indústria formal, enquanto que a
mineração artesanal ainda não recebe a devida atenção, facto que inibe o seu potencial como um
mecanismo de desenvolvimento e não permite alertar e minimizar os riscos inerentes a essa actividade.
A maior parte das discussões e debates que se têm produzido sobre a mineração concentram-se em
questões de enquadramento legal e fiscal, transparência, exportações, etc., deixando de lado outras
questões igualmente importantes, como as transformações socioeconómicas e ambientais.
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Os dados mais recentes fornecidos por fontes governamentais indicam a existência de 60 associações
de mineração no país, número muito inferior ao número estimado das pessoas envolvidas na actividade
do garimpo. Ainda não há dados oficiais e verificados, mas estima-se que, actualmente, cerca de
100.000 pessoas estejam directamente envolvidas no sector de mineração artesanal, sustentando a
vida de meio milhão de pessoas em zonas rurais e com maiores taxas de pobreza. As actividades, em
alguns casos, são ilegais e clandestinas, com maior incidência nas províncias de Manica, Tete,
Zambézia, Niassa, Nampula e Cabo Delgado, que são as que têm maior potencial mineiro.
As evidências que existem no país e noutras regiões internacionais com problemas semelhantes
alertam sobre os desafios sociais, económicos e ambientais que a mineração artesanal produz:
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os gases e as doenças causadas por este metal, podendo-se manifestar apenas entre 20 e 35
anos após a exposição ao mercúrio ou como resultado do consumo de alimentos contaminados.
Os sintomas são tremores, alterações de personalidade, parkinsonismo e demência,
resultantes da infecção do sistema nervoso, entre outros.
c. Vida nómada com condições precárias de higiene e segurança em extrema dependência,
tanto de produtos alimentares como de alternativas de geração de rendimento, possibilidade
de criatividade, aprendizagem, escolha da qualidade do trabalho, lazer, segurança, usufruto de
valores culturais e saúde mental.
d. Os movimentos migratórios e o aumento desorganizado da população próxima às minas
têm repercussões na assimetria e na falta de serviços básicos com cobertura mínima, tanto na
educação quanto na saúde.
e. Separação e fragmentação das famílias por longos períodos e colocação do poder
económico em primeiro plano em detrimento de outros valores que os identificam.
f. O uso de mão-de-obra infantil é observado em violação dos direitos das crianças e das
comunidades em geral. O Centro de Desenvolvimento Sustentável para Recursos Naturais
alerta para o aumento do absentismo escolar nas zonas de mineração artesanal entre crianças
de 11 a 14 anos de idade.
g. Segundo a UNICEF, em 2012, 24% das meninas entre 15 e 18 anos trabalharam como
prostitutas nas zonas de mineração.
h. A ONU alerta sobre a correlação entre a indústria extractiva e o aumento das doenças
sexualmente transmissíveis e do HIV.
As publicações sobre a mineração artesanal em Cabo Delgado são escassas e, em muitas ocasiões,
oferecem dados fragmentados. A pesquisa liderada por Eduardo Jaime Bata e Zilda Fátima Mariano “A
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Em 2017, realizou-se um trabalho que procurou descrever as minas artesanais nos distritos de
Ancuabe, Montepuez e Namuno, na província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique e identificava
alguns factores condicionantes tais como o estado de saúde e as perspectivas dos mineiros tradicionais
que vivem na área de estudo.
A presente pesquisa visa dar continuidade a este trabalho que foi iniciado em 2017 de modo a termos
uma informação mais detalhada e concreta da real situação nesta parcela do Norte do país.
3. OBJECTIVOS DA CONSULTORIA.
3.1. Objectivos gerais:
Descrever as características da mineração artesanal em três distritos da Província de Cabo
Delgado (Norte de Moçambique).
É provável que parte da informação necessária para atingir os objetivos específicos solicitados já esteja
disponível nas bases de dados elaboradoras com a pesquisa de 2017 ou em informação gerada por
outros actores nos últimos dois anos. Pretende-se actualizar a pesquisa, não sendo imprescindível
(sem comprometer a qualidade) que todos os dados utilizados sejam propriedade da medicusmundi.
4. PRODUTOS ESPERADOS.
Os produtos esperados desta consultoria são:
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5. HIPÓTESES E RISCOS.
5.1. Hipóteses subjacentes à intervenção.
o Existe apoio das Autoridades Locais para realizar os levantamentos e a pesquisa.
o Existe abertura e condições de segurança nas áreas de estudo por parte dos trabalhadores
da mineração artesanal.
o Existe interesse por parte das autoridades locais em aumentar a sua capacidade formativa
e organizativa.
o Existe pré-disposição das instituições de pesquisa e de geração de conhecimento de
considerar a mineração artesanal como um aspecto-chave no âmbito do direito ambiental
e outros (saúde, etc.).
o Existe interesse por parte da sociedade civil em aumentar a sua capacidade formativa e
organizativa.
o Não existem pressões ou acções coercivas que impeçam o trabalho de assessoria e
formação.
o Existe uma rede de entidades / organizações interessadas em formar parte duma
plataforma integradora sobre mineração artesanal: o Grupo Multissectorial de Mineração
(GMM).
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o Existe abertura por parte das Autoridades Locais para fomentar a participação da
sociedade civil e grupos de garimpeiros nos conselhos, exercícios de planificação, etc.
Prevê-se uma duração de 3 meses, incluindo o trabalho de campo, com início no mês de Dezembro de
2019 e finalização no mês de Fevereiro de 2020.
O protocolo da pesquisa será submetido pela medicusmundi Moçambique para aprovação ao Comité
de Ética do Instituto Nacional de Saúde (INS).
O levantamento da Linha de Base das minas será realizado por uma equipa especializada em
elaboração de mapeamentos SIG. A metodologia inclui uma formação básica dos especialistas de SIG
aos gestores da intervenção (tanto da MM como do CTV) e ao Grupo Multissectorial de Mineração.
Para o levantamento de dados, projeção das minas e outros elementos, bem como para a elaboração
dos mapas digitais propõe-se utilizar (podem-se explorar outras opções) a versão Windows Desktop 3
RC1 do software Kosmo http://www.opengis.es/. Trata-se de um SIG open-source.
O levantamento SIG incluirá como mínimo (indicam-se dados a título orientativo e não de forma
exclusiva):
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Para o levantamento em terreno, o projecto disponibilizará viatura, motorista e combustível para realizar
o levantamento. Da mesma forma, membros das associações de mineiros previamente identificados
acompanharão os técnicos GIS para assegurar o máximo de condições de segurança.
No âmbito das actividades, dever-se-á programar uma formação, no máximo 3 dias, a técnicos da
medicusmundi, do CTV e do GMM sobre SIG aplicado à mineração e os fundamentos básicos da
pesquisa descritiva a realizar. O objectivo desta formação é que os técnicos das três instituições
possam ter noções básicas sobre como alimentar a base de dados para a actualizar no momento
oportuno e colaborar no trabalho de consultoria a ser realizado.
Finalmente, um artigo científico deverá ser produzido com base nos resultados da pesquisa e ser
publicado em revistas nacionais / internacionais, em inglês e português.
A autoria da pesquisa, assim como do artigo, deve ser acordada com a medicusmundi antes da sua
publicação.
No caso hipotético de que o número de minas localizadas nestes três distritos seja muito limitado, a
pesquisa pode ser ampliada a outros distritos, desde que o orçamento e cronograma o permitam.
8. GRUPOS-ALVO.
O principal grupo-alvo é o das associações de garimpeiros de Montepuez, Namuno e Ancuabe. É um
objectivo da própria pesquisa aprofundar na descrição dos grupos-alvo.
Foi realizada uma nova actualização, embora incompleta, das associações de garimpeiros nos três
distritos, em outubro de 2019, o que permitiu obter alguns dados actualizados nesta matéria. A
informação obtida, desagregada por associações e área geográfica (distrito), apresenta-se no seguinte
quadro:
AUTORIZAÇÃO
TIPO DE TOTAL
Nº ASSOCIAÇÃO DISTRITO LEGALIZADA? ESTATUTOS DE HOMENS MULHERES
MINÉRIO MEMBROS
EXTRACÇÃO
Associação Mineira
1 ANCUABE Oro NÃO NÃO NÃO 22 10 32
Filipe Jacinto Nyusse
Associação Mineira 1
2 ANCUABE Oro NÃO NÃO NÃO 18 3 21
de Junho
Associação Mineira de Rubi, Granada
3 ANCUABE NÃO NÃO NÃO 51 2 53
Nacaca em Progresso e Corundo
Associação Mineira Rubi, Granada
4 ANCUABE NÃO NÃO NÃO 39 7 46
Namita de Nacaca e Corundo
Associação Mineira 1
5 ANCUABE Granada NÃO NÃO NÃO 26 3 29
de Maio
Associação Mineira Rubi, Granada
6 ANCUABE NÃO NÃO NÃO 21 15 36
Napela e Corundo
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AUTORIZAÇÃO
TIPO DE TOTAL
Nº ASSOCIAÇÃO DISTRITO LEGALIZADA? ESTATUTOS DE HOMENS MULHERES
MINÉRIO MEMBROS
EXTRACÇÃO
Associação Mineira Rubi, Granada
7 ANCUABE NÃO NÃO NÃO 27 5 32
Nacapa e Corundo
Associação Mineira Rubi, Granada
8 ANCUABE NÃO NÃO NÃO 24 4 28
Napico e Corundo
Rubi, Safira,
Associação Mineira
9 MONTEPUEZ Corundo, SIM SIM SIM 314 125 439
Armando Guebuza
Calcário e Oro
Rubi, Safira,
Associação Mineira 4
10 MONTEPUEZ Corundo, SIM SIM SIM 387 106 493
de Outubro
Calcário e Oro
Associação Mineira de
11 MONTEPUEZ Oro NÃO NÃO SIM 17 2 19
Ntola
Associação Mineira 3
12 NAMUNO Oro NÃO SIM NÃO 9 4 13
de Fevereiro
Associação Mineira 7
13 NAMUNO Oro SIM SIM SIM 1 10 11
de Abril
Associação Mineira de
14 NAMUNO Oro NÃO SIM NÃO 10 0 10
Wacueia
Associação Mineira de
15 NAMUNO Oro NÃO NÃO NÃO 8 2 10
Nicane
Associação Mineira de
16 NAMUNO Oro NÃO NÃO NÃO 9 1 10
Cororine
Associação Mineira de
17 NAMUNO Oro NÃO SIM SIM 10 2 12
Nanlia
Associação Mineira de
18 NAMUNO Oro NÃO NÃO NÃO 38 1 39
Siuewe
Total 1.031 302 1.333
9. METODOLOGIA DO TRABALHO.
A consultoria será levada a cabo pela entidade colectiva / individual contratada em estreita colaboração
com a equipa da medicusmundi, na qualidade de financiadora que, e ao mesmo tempo, será a
coordenadora entre os diferentes actores envolvidos.
A equipa consultora terá o apoio dos escritórios da medicusmundi em Maputo que irá traduzir-se em
aspectos organizacionaiss (marcação de encontros por skype e presenciais para quaisquer dúvidas),
logísticos (uso dos escritórios em Cabo Delgado para poder preparar e visitar os locais a visitar) e
técnicos (partilha de informação e documentação relevante).
A língua de trabalho, assim como dos documentos produzidos, será a língua portuguesa.
O resto de meios (computadores, GPS, etc.) e despesas (bilhetes de avião internos e/ou internacionais,
ajudas de custo, etc..) deverão estar incluídos no orçamento apresentado pelos consultores.
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As premissas básicas de comportamento ético e profissional por parte da equipa consultora devem
incluir:
As propostas a serem apresentadas e a consultoria a ser realizada devem ter e consideração o seguinte
calendário:
2019 2020
ACTIVIDADES
Dezembro Janeiro Fevereiro
1. Elaboração, submissão e aprovação do protocolo de estudo
(actividade prévia).
2. Elaboração e apresentação da proposta técnica detalhada e do 1 de
cronograma de trabalho finais aprovadas pela medicusmundi. Dezembro
3. Estudo e análise da informação prévia disponível e
documentação secundária sobre mineração artesanal e de X X
pequena escala, em Cabo Delgado e em geral.
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2019 2020
ACTIVIDADES
Dezembro Janeiro Fevereiro
4. Levantamento de dados e informações no terreno. Distritos de 9-21 de
Namuno, Montepuez e Ancuabe. Dezembro
5. Encontros para formação teórico-prática de técnicos da MM,
10-12 de
CTV e GMM sobre SIG aplicado à mineração (mapeamento e
Dezembro
geo-refenciamento das minas).
6. Preparação e apresentação do relatório intercalar (com Até 14 de
anexos). Janeiro
7. Elaboração e actualização dos mapas das minas artesanais e Até 31 de
X
de pequena escala, e dos limites das concessões mineiras. Janeiro
Até 28 de
8. Elaboração de um artigo científico para posterior difusão.
Fevereiro
9. Preparação e apresentação do projecto do relatório final: Até 7 de
X
pesquisa descritiva. Fevereiro
10. Preparação e apresentação do relatório final e entrega de Até 28 de
todos os anexos. Fevereiro
1. Uma proposta técnica, onde se deve incluir o plano metodológico, bem como todo material e
equipamento que irá utilizar neste trabalho de consultoria, de modo a alcançar os objectivos
acima referidos;
2. Um cronograma de trabalho. Este deve respeitar os prazos indicados nos TdRs e deve
apresentar uma correlação lógica entre as diferentes etapas apresentadas no mesmo;
3. Um orçamento detalhado: considerando todos os itens, incluindo todo o tipo de despesas,
taxas, impostos e demais contingências derivadas da consultoria;
4. O perfil dos candidatos (CV), incluindo as principais características da equipa técnica e
assinalando a experiência de cada um em trabalhos de natureza similar;
5. As propostas devem ser submetidas em português.
6. Três (3) cartas de referência de empresas ou organizações nos quais já prestaram serviços
semelhantes.
O tecto orçamental de referência disponível para esta consultoria é de 36.880,00 euros. No entanto,
cada consultor ou equipa de consultoria deve enviar o seu próprio orçamento detalhado, conforme
indicado acima. As propostas mais económicas serão avaliadas positivamente, desde que cumpram
todos os critérios técnicos exigidos nestes Termos de Referência.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
# PONTUAÇÃO
TOTAL: 100 PONTOS
Experiência de trabalho nesta área de mineração artesanal, na
1 30
componente de mapeamento de minas através de vários Softwares.
Proposta técnica:
Enquadramento.
2 Domínio da área temática. 30
Objectivos.
Metodologia.
Proposta Financeira:
Dentro do tecto orçamental disponível.
3 Inclui todas as despesas e equipamentos necessários. 20
Inclui todas as despesas no orçamento apresentado, incluindo
impostos.
4 Cronograma detalhado. 10
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CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
# PONTUAÇÃO
TOTAL: 100 PONTOS
Apresentação dos documentos solicitados nos TdRs (CV, Carta de
5 10
referência).
PONTUAÇÃO FINAL. 100
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