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Resíduos Sólidos
Tratamento e Disposição Final de Resíduos Sólidos
Revisão Textual:
Profa. Esp. Márcia Ota
Tratamento e Disposição Final de Resíduos Sólidos
Normalmente com a correria do dia a dia, não nos organizamos e deixamos para o último
momento o acesso ao estudo, o que implicará o não aprofundamento no material trabalhado
ou, ainda, a perda dos prazos para o lançamento das atividades solicitadas.
Assim, organize seus estudos de maneira que entrem na sua rotina. Por exemplo, você poderá
escolher um dia ao longo da semana ou um determinado horário todos ou alguns dias e
determinar como o seu “momento do estudo”.
No material de cada Unidade, há videoaulas e leituras indicadas, assim como sugestões de
materiais complementares, elementos didáticos que ampliarão sua interpretação e auxiliarão
o pleno entendimento dos temas abordados.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de
discussão, pois estes ajudarão a verificar o quanto você absorveu do conteúdo, além de
propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca
de ideias e aprendizagem.
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Unidade: Tratamento e Disposição Final de Resíduos Sólidos
Introdução ao tema
Segundo o IBGE (2013), o Brasil possui uma população de 201.032.714 habitantes, dos
quais 85% residem em centros urbanos. Um fator relevante é a quantidade de resíduos gerados
que está correlacionada ao número de habitantes, ao nível de urbanização, escolarização e
modo de vida da população entre outros fatores, como o desenvolvimento econômico.
Esse conjunto de fatores também estará relacionado com o tratamento e disposição final dos
resíduos; consequentemente, à gestão e ao gerenciamento dos resíduos pelo poder público que
precisa implementar políticas públicas capazes de promover ações que incentivem a redução,
reutilização, reciclagem, tratamento e disposição final ambientalmente adequada dos resíduos,
ou seja, um destino final ambientalmente seguro, tanto no presente como no futuro.
Considerando suas especificidades socioeconômicas e ambientais, a gestão dos resíduos
sólidos é considerada um dos pilares do saneamento, mas infelizmente não tem recebido a
devida atenção por parte dos gestores públicos.
Como vimos, os resíduos sólidos são classificados em função da sua tipologia e periculosidade.
Da mesma forma, ocorre com o tratamento dos resíduos, diferentes tipos de resíduos possuem
diferentes tipos de tratamento e destinação específica.
O tratamento corresponde a uma série de procedimentos físicos, químicos e biológicos que
têm como objetivo diminuir a carga poluidora ao meio ambiente.
O uso das tecnologias de tratamento, como a compostagem, reciclagem, incineração entre
outros, ainda não é muito difundido na disposição final dos resíduos sólidos no Brasil, que
predominantemente utiliza a técnica de tratamento e disposição final do aterro sanitário.
Gostaria de chamar a atenção para a influência dos aspectos geográficos, fazendo um
exercício de comparação com o Japão que possui uma população numerosa e uso intensivo
do solo, ou seja, pouco espaço disponível para a destinação final de resíduos.
O Japão apresenta elevados índices de reciclagem, de diversos tipos de materiais e utiliza
de forma intensiva o processo de incineração para a redução do volume de resíduos sólidos.
Com o estabelecimento de uma nova política de gestão de resíduos sólidos no Brasil,
a Lei nº 12.305/2010 que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, adotaram-se
novos objetivos e instrumentos na implementação de ações adotadas pelo Governo Federal
em um regime de cooperação com Estados, Distrito Federal, Municípios e/ou particulares,
com vistas à gestão integrada e ao gerenciamento de resíduos sólidos, com atribuição de
responsabilidades aos geradores e ao poder público.
Embora a Política Nacional tenha estabelecido um prazo para o fim da utilização dos lixões e
esse prazo já tenha se esgotado em 2015, ainda encontramos os lixões na maioria das cidades
brasileiras, onde os resíduos sólidos são descartados sem o devido tratamento, representando
uma grave ameaça à saúde pública e ao meio ambiente.
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De forma geral, existem quatro sistemas básicos de tratamento e disposição de resíduos
sólidos que se baseiam na triagem, tratamentos biológicos, incineração e aterros sanitários.
Na triagem de resíduos, predominam os processos físicos, como a separação manual ou
mesmo o uso de peneiras. No processo de segregação e triagem dos resíduos sólidos urbanos,
a coleta pode ser feita de forma convencional ou indiferenciada, quando os resíduos não
passam por nenhuma separação prévia com significativa perda de qualidade dos materiais
recicláveis ou na forma diferenciada, quando ocorre uma separação prévia do resíduo feita
pelo próprio gerador.
A coleta diferenciada nada mais é que uma coleta seletiva de materiais potencialmente
recicláveis, previamente separados nas fontes geradoras.
No Brasil, geralmente os programas de coleta seletiva são implantados sem um
programa de educação ambiental, sem uma regularidade no processo de coleta, ou mesmo
sem um acordo com o mercado para aproveitamento desses materiais. A exceção parece
ser o programa de coleta seletiva das latas de alumínio e papelão que até o momento
apresentam certo grau de sustentabilidade.
Programas de educação, comunicação e assistência social aos protagonistas do trabalho
(catadores) são fundamentais para a continuidade das ações e para o estabelecimento
sustentável do sistema de coleta seletiva implantado. Segundo o Ministério do Meio Ambiente
(2012), o Brasil possui mais de 600.000 catadores de rua em atividade organizados ou não
em cooperativas ou associações de catadores de materiais recicláveis.
Os catadores transportam os materiais separados ou não para as unidades de triagem, onde
deve ocorrer a separação, a limpeza e o acondicionamento dos materiais para que possam
ser devidamente comercializados. As unidades de triagem devem ser implantadas em galpões
com infraestrutura e cobertura adequadas que podem ser equipadas com esteiras mecanizadas
ou não, dependendo do volume a ser separado ou simplesmente mesas de catação. No caso
das latas de alumínio, entre outros, há ainda a presença de prensas utilizadas para reduzir o
volume dos materiais, facilitar a estocagem e transporte.
Dessa forma, as unidades de triagem podem ser consideradas como parte da cadeia produtiva
da reciclagem de resíduos que fornece às indústrias recicladoras um resíduo segregado, limpo
e beneficiado. A reciclagem aproveita e transforma esses resíduos (tais como papéis, plásticos,
vidros e metais) em matéria-prima para a indústria beneficiadora que os utiliza na produção de
novos produtos comercializáveis.
A indústria da reciclagem trabalha na preservação de recursos naturais, na economia de
energia além da geração de trabalho e renda.
Os processos biológicos ocorrem nos tratamentos biológicos aeróbios na presença de O2
(compostagem) e anaeróbios na ausência de O2, como a digestão anaeróbia que pode ser
explicada como um conjunto de processos onde microrganismos anaeróbios degradam a
matéria orgânica biodegradável, podendo gerar energia (os biodigestores anaeróbios podem
produzir energia através do metano gerado no processo de decomposição dos resíduos
orgânicos) ou mesmo no tratamento de esgoto em Estação de tratamentos de efluentes (ETEs).
Até os dias atuais, no Brasil, não existe digestor anaeróbio que trate resíduos sólidos urbanos.
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Unidade: Tratamento e Disposição Final de Resíduos Sólidos
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Cinzas, lodos, óleos, resíduos
alcalinos ou ácidos, plásticos, 1. Aterro industrial;
Industrial Industrial Gerador
papel, madeira, fibras, 2. Lixão;
escórias e outros
Resíduos sépticos, sobras 1. Incineração;
Portos, aeroportos, Portos, aeroportos,
de alimentos, material de higiene Gerador 2. Aterro sanitário;
terminais. terminais.
e asseio pessoal e outros. 3. Lixão.
Embalagens de
agrotóxicos, pneus e óleos
Central de embalagens
Agrícola Agricultura usados, embalagens Gerador
vazias do Inpev
de medicamentos veterinários,
plásticos e outros.
1. Ecoponto
Gerador
2. Área de transbordo e
Obras e reformas Madeira, cimento, blocos, pregos, Município
triagem (ATT)
Construção civil (RCC) residenciais e gesso, tinta, latas, cerâmicas, e gerador
3. Área de reciclagem
comerciais. pedra, areia e outros. pequeno
4. Aterro de RCC
e grande.
5. Lixões
Adaptado por Jacob e Besen, 2011. Fontes: Sinduscom (2005), EPA (2010), Cetesb (2010) e Inpev (2011).
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Unidade: Tratamento e Disposição Final de Resíduos Sólidos
Material Complementar
Leituras:
Análise das Diversas Tecnologias de Tratamento e Disposição Final de Resíduos Sólidos Urbanos
no Brasil, Europa, Estados Unidos e Japão
http://goo.gl/x6QkO5
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Referências
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Unidade: Tratamento e Disposição Final de Resíduos Sólidos
Anotações
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